Dezesseis anos. Uma época de grandes definições na vida, uma época de descobrimentos.
Enfim, nessa idade me engajei em um namoro sério, com uma guria de 19 anos. E vai e vem, sempre transando muito, responsabilidade zero, e ela engravidou, e casamos.
Tudo parecia normal, nosso filho nasceu, e continuávamos apaixonados.
Sá que ela tinha umas idéias na cabeça que começaram a tomar forma, e começou a me pedir coisas estranhas até então para mim.
Começou pedindo que eu vestisse suas calcinhas, enquanto transávamos. Depois disso começou a me maquiar, eu sempre estranhando. Sá que com o passar dos dias, meses, assim agindo, fui começando a me acostumar com aqueles fetiches dela, e até a gostar, a ponto de eu mesmo me preparar para ela. Disso para o uso de espartilho, cinta-liga, saltos altos, foi um pulo. Mas nossas transas eram normais até então. Eu ativo e ela passiva.
Comecei a gostar do contato daquelas peças íntimas na pele, era bom sentir a pressão do espartilho, caminhar de salto alto, me olhar no espelho e ver uma moça, comecei a sentir tesão pelo visual e pela condição que eu me encontrava. Comecei a me sentir sexy, a rebolar até minha mulher, e ela adorava.
Um dia, enquanto estávamos nas preliminares, ela começou a bolinar meu anel, fato que na hora me deixou constrangido, mas a sensação era boa, então me fiz um pouco de difícil, e depois deixei ela ir em frente. Em alguns dias ela já enfiava dois dedos no meu traseiro, e me fazia ficar louco, pedindo mais. Nesse ponto já comecei a me achar gay, embora nada mais que isso tivesse acontecido.
Mais um tempo, e enquanto eu me montava para ela, ela ficou na cama coberta. Quando me deitei para começarmos outra sessão de brincadeiras, e descobri ela, ela usava uma cinta peniana com um belo mastro de 20cm. Disse que eu estava gostando das brincadeiras com o dedo, e com aquele brinquedo novo eu teria muito mais tesão. No momento fiquei com medo do tamanho do pênis e do práprio ato em si, mas ela mais uma vez me convenceu, começou a me malhar até eu ficar entregue, foi me virando devagar e quando notei ela já forçava aquele mastro para dentro de mim. Virei meus olhos, no começo fiquei assustado, mas a sensação que foi se apoderando de mim foi maior, e sem querer eu já estava arrebitando a bunda e rebolando para ela.
Isso continuou por mais uns 3 meses, eu sempre sendo o passivo, pois algo muito estranho começou a acontecer. Eu não tinha mais tesão de possui-la, queria mesmo era me vestir de mulher e levar vara. Esperava com ansiedade nossas noites, para eu poder me sentir mulher.
Enfim, ela percebeu que eu estava mudado, e ela também começou a mudar comigo, dizendo que eu não era mais o macho que ela conheceu. Tentei argumentar que se alguma coisa aconteceu, foi por culpa dela, pois eu nunca havia pedido para ter estes tipos de relação, foi ela que me apresentou essas variantes, e se eu gostei, ela deveria estar consciente desde o começo de que isso poderia ocorrer.
Nosso relacionamento foi deteriorando, ela sempre me jogando na cara que eu precisava de um macho dentro de mim, pois toda vez que eu tentava fazer amor com ela, meu pau não dava sinal de vida.
Eu sabia que mais dia, menos dia, alguma coisa radical iria acontecer entre a gente, pois realmente eu já me interessava pelos homens que via pela rua, começava achar estranho aquela atração, mas me sentia bem imaginando eu sendo mulher de um deles. Vivia fantasiando ocasiões com estes homens, e não pensava na minha esposa mais como mulher, e sim como uma amiga.
E esse dia chegou. Ela me chamou para conversar assim que cheguei em casa. Foi bem rápida e direta. Disse: Você realmente não gosta mais de mulher, e quero fazer um último teste com você. Sá que ter certeza total que seu negácio agora é dar para um macho. Então ela chamou uma pessoa que estava em nosso quarto. Veio de lá um rapaz, que ela depois me disse que havia contratado para me dar um trato. Ela queria ver como eu me comportaria, para depois ver o que faria comigo. Me apresentou o rapaz, eu com maior vergonha, e ela humilhando, tipo, se gosta de dar não tem que ter vergonha não. Fui resignado para o quarto me produzir, tremendo sei lá se de medo ou tesão, e voltei pouco depois produzida, para me entregar para aquele homem que minha mulher arrumou para mim. Se eu desse uma de macho, e não aceitasse, poderia até tentar voltar a minha vida de antes, mas isso já era impossível, pois eu realmente não sentia mais tesão alguma por mulher. Enfim, entrei na sala toda produzida, de espartilho e de saltão, e rebolando. Ela mandou o rapaz me pegar e mostrar como é a pegada de um macho. Ele imediatamente me atacou, começou a me beijar, e fui me entregando. Ela impassível, somente contemplando a cena. Toda vez que nossos olhares se cruzavam, eu sentia o ádio que ela passava para mim, de me ver deixando um macho me usar, mas meu tesão era maior, e eu provocava mais ainda o rapaz.
Bem, a coisa terminou que ele me fez pagar boquete, me comeu do jeito que quis, ela somente observando tudo. Enfim, eu estava satisfeita, havia gozado pela primeira vez com um macho dentro de mim, sem ereção e sem tocar no meu pênis. Sá de ser penetrada, cheguei ao êxtase.
Ao final de tudo, ela pagou o rapaz na minha frente, deu meu número de celular para ele e disse que se ele quisesse de novo, era sá ligar que a bicha do marido dela daria com prazer de novo para ele. Para mim ela entregou o número dele e disse que se eu quisesse de novo, eu que pagasse o rapaz, pois agora era por minha conta.
Quando ficamos sozinhos, ela me mandou tomar um banho que iríamos ter um longa conversa.
Fui, e já que o negácio estava neste ponto, voltei novamente vestida bem feminina. Ela me fuzilou com os olhos, e começou: Está provado que você virou uma bichona, que seu negácio é homem mesmo. Sei que a culpa pode até ser minha, mas eu não pensava que chegaria a tanto. Não consigo mais ficar casada com você, pois mesmo gostando dessas variações que propus à você, eu quero o mesmo que você quer agora, ou seja, um macho.
Como eu acho que tenho culpa disso, vou te propor uma coisa. Nás mudaremos de cidade, conversaremos com nossas famílias para colocar tudo em pratos limpos, e eu te ajudarei a virar um travesti. Daí, quando estiver tudo encaminhado, eu me separo de você. Sá que desde já não somos mais marido e mulher, você não tem mais direitos sobre mim e eu vou procurar sexo fora de casa. Vou te chifrar e você não pode fazer nada contra isso. Nosso filho ficará comigo, mas você pode vê-lo quando quiser. Essa é a forma mais sensata de terminarmos isso. Pense que você ainda é novo, e pode muito bem recomeçar a vida como a mulher que quer ser ( eu estava com 19 nos nessa época). E ainda que realmente você fica bonita montada, não fica parecendo um homem vestido de mulher.
Eu topei, afinal não podia fazer mais nada, eu queria mesmo me tornar uma travesti, eu gostava de homem, gostava de me vestir bem feminina.
Nos dois práximos anos foi que a coisa pegou para mim, pois comecei o as depilações, assumi em período integral minha feminilidade, ou seja, era uma mulher 24 horas por dia.
A pior parte foi o tratamento hormonal, pois minha esposa o fez por conta prápria, parece que para judiar mesmo de mim. Como ela dizia, seria um tratamento de choque, quando eu menos esperasse já seria uma mulher, com todos acessários. E isso quase acabou comigo, pois as doses de hormônio que ela dava para mim tomar eram enormes, eram drágeas e mais drágeas, injeções. Eu tinha náuseas o tempo todo, minha libido se foi para sempre, os pelos que não caíram ficaram super finos, meu saco parecia diminuir dia a dia, meu pênis parecia um grelinho, e sá servia mesmo para urinar. Ficou minúsculo. Sá que todo o sofrimento começou a surtir efeito. As auréolas de meus seios começaram a ficar maiores, a sensibilidade nos bicos ficou uma coisa estonteante, e eles começaram a crescer. Eu já era obrigada a usar sutiã, pois o toque das roupas nos bicos era doloroso. De bater o vento nos bicos era doloroso. Minha bunda também começou a crescer, as coxas ficaram mais roliças, meu rosto foi ficando mais andrágeno. Eu realmente estava virando uma mulher, em todos os sentidos. Meu humor ficou instável, chorava com facilidade por qualquer coisa. Nesse tempo, apás mais de um ano do tratamento, ela já estava namorando um cara, que ia sempre em casa e sabia de nosso passado e o que eu fui dela. Nesse tempo também, comecei a namorar um rapaz, trazia em casa, e ela recriminava, pois achava que eu realmente não teria coragem para tanto. Ora, se já virei gay, se pareço um mulher, ajo como uma, tenho seios, bunda como todas, me visto de mulher, vivo como mulher, por que não namorar?
Bom, apás 2 anos de tratamento, chegou o dia dela me entregar para o mundo. Afinal eu já estava bem feminina, minhas formas eram bem arredondadas e eu realmente me sentia uma mulher. Estava com 21 anos, uma moça na flor da idade, pronta para começar minha nova vida. Acertamos nossas finanças, montei uma kitnete para mim, e saí de casa. Ela logo depois casou novamente com esse rapaz que já namorava.
Eu fui tocada pela minha família, até hoje se encontro com alguém, eles insistem e me chamar pelo meu nome de batismo. Hoje sou Karla, estou com 25 anos, tenho um relacionamento até que bom a minha ex-mulher, me relaciono bem com meu filho, que fala que ele tem duas mães. (ela ainda não entende o que o pai fez da vida, vamos ver se ele vai me aceitar quando entender).
Estou morando junto com meu companheiro hoje em dia, tenho uma LAN house onde me mantenho, e ele trabalha como gerente em uma loja de roupas. Tenho uma vida feliz, tirando o preconceito da família.
Minha ex me fez virar uma mulher, e sabe que eu agradeço isso a ela? Eu adoro ser travesti, adoro ser feminina, adoro ser passiva na cama, adoro ser possuída, adoro fazer um homem feliz, adoro a posição de ser a mulher na cama, adoro ser preenchida por um macho, adoro as roupas femininas, adoro as roupas bem apertadas, adoro os saltos muito, mas muito altos mesmo, enfim adoro o universo feminino.
Como eu disse, com 19 anos é a época das descobertas. Talvez se fosse com outra mulher, eu não teria sido descoberta. Mas ela descobriu uma fêmea em mim, e é isso que sou hoje.
Eu sou muito feliz assim. Afinal, por um detalhe ínfimo, sou mulher.