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A DESPEDIDA DE SOLTEIRO

A DESPEDIDA DE SOLTEIRO





Estava com trinta e dois anos de idade e iria casar com Vera, uma linda garota, loira e muito gostosa, médica especializada em oncologia. às vésperas de nossas núpcias, quando iria me tornar num cidadão monágamo, deixando minha vida alegre e despreocupada, pois Vera, alem de ser virgem, era de princípios religiosos muito austeros e rígidos.

Eu, desde a juventude, achava que uma despedida de solteiro em grupo é uma festa idiota, uma reunião onde um imbecil, pagando a conta, junta um grupo de amigos e de mulheres que vão encher a cara bastante, terminando numa orgia na qual se poderia até arranjar alguma dor de cabeça futura.

Assim, resolvi fazer a despedida de solteiro num ambiente agradável e aconchegante, e, se houver alguma sorte, descobrir uma gata, e....

Desta forma, já que dentro de um mês e meio iria me casar, e Vera estava no exterior terminando um curso de especialização sobre algum aspecto sobre câncer, resolvi ir a um clube de danças, e, se pintasse algo, nada mal!

Antes de continuar, quero esclarecer que, desde a tenra infância, fui educado aprendendo se apresentar e respeitar qualquer tipo de pessoa, principalmente mulheres, nunca avançando os limites que estabelecidos por elas; assim acabei sendo descabaçado e treinado por uma empregada da minha casa, e quando esta foi despedida por meus pais, passei a namorar empregadas domésticas de residências de amigos de meus pais e de vizinhos, e, quando atingi a idade válida, passei a procurar balconistas, vendedoras, telefonista, recepcionistas, etc. (vide O Aniversário em que fui descabaçado - 0208), para ter a atividade sexual ampla. Desta forma, acabei aprendendo o caminho das pedras: frequentei clubes de dança ou locais em que havia garotas (normalmente mais velhas, quase que todas estando entre os vinte e cinco a trinta e cinco anos (lembre-se sempre de Honoré de Balzac e a La Femme de Trente Ans)) e que aceitavam irem a clubes noturnos, em boates em Interlagos, no Carrão, na Lapa, enfim, lugares de onde, a partir de algumas danças e alguns apertos, chegava-se (ou não) a um programa num drive-in, num motel, etc. Em certas ocasiões, com amigos ou sem eles, fomos a apartamentos em Santos, ou passeios nas areias da Praia Grande, ou, em poucas oportunidades, encontros em sítios e chácaras. às vezes acontecia coisa boa e muitas vezes ocorriam percalços nem sempre desejados.

Mas sempre com respeito e fidalguia!

E sempre evitando um programa pagante com uma mulher de vida airosa, termo antigo para as damas da noite (esta palavra era usada por meu avô).

Mas, voltando a nossa histária....

No sábado, por volta das oito e meia, cheguei ao clube e, sendo reconhecido por alguns funcionários antigos, fui conversar e trocar idéias para sentir o ambiente. Quando estava batendo papo com um dos responsáveis do guarda-roupas, o Orlando me avisou que um amigo meu, o Jonas, estava no salão com duas garotas, uma gata maravilhosa e uma coroa como as que eu sempre procurava.

Jonas era um velho conhecido, de muita conversa mole e boas sacadas; então agradeci ao Lando a dica e subi. Fui ao bar, pedi um suco de frutas e encenei que estava caçando, apesar de já ter visto os três.

Na mesa onde estavam os três, vi Jonas, um enorme mulato e uma pessoa muito agradável, uma pessoa que sempre aparecia com mulher que chama atenção; ao seu lado direito, uma linda morena abraçada com ele, e, do outro lado, uma outra, uma coroa, mulher negra, já madura. Dei algumas voltas, me aproximei dele e o cumprimentei. Ele levantou-se, deu-me um grande abraço e me apresentou as duas. A primeira, Antonia, era a gata morena, linda de rosto e corpo, foi apresentada como sua noiva; a outra, Ercília, era prima de Antonia.

Ercília tinha trinta e um anos de idade, negra, com cerca de um metro e sessenta e oito de altura, cabelo alisado chegando aos ombros, um rosto clássico, com olhos rasgados e pretos com o fundo de um branco intenso, zigomas não muito salientes e nariz fino arrebitado, terminando em lábios polpudos. Seu pescoço era fino, abrindo para um peito amplo, coberto por um vestido de frente-única colorido que ia até um pouco acima dos joelhos, procurando cobrir seios polpudos e muito bonitos, e mostrando coxas grossas e pernas finas e harmoniosas. Seus pés vestiam sandálias de plataforma.

Sentei e começamos um papo, inicialmente vacilante, engrenando a seguir numa conversa muito inteligente e alegre, muitas vezes entrando pelo sensual. Jonas e eu informamos as duas como nos conhecemos e elas nos contaram muitos detalhes que, a mim, não me interessava, mas ouvi tudo por uma questão de educação e de coisas para o futuro. Assim, fiquei sabendo que Antonia e Jonas iriam se casar em alguns meses (e avisaram que eu receberia o convite); quanto à Ercília, ela estava presente porque, como suas filhas estavam viajando, estava sozinha, aceitando o convite da prima, acompanhando Antonia e Jonas para se divertir sem compromisso nenhum; já fora casada, tinha duas filhas (uma de catorze anos de idade e outra de doze anos que estavam passando as férias no interior da Bahia com os avás); se casou aos quinze anos e divorciou-se aos vinte e oito anos quando cansou de ser comida e de apanhar com o marido.

Passou pela minha cabeça que poderia ter alguns problemas futuros com Ercília (e com Jonas, primo-cunhado dela), mas parecia-me tudo coisa de pequeno risco, o que me levou a cogitar o desenvolvimento dos trabalhos para coroar uma excelente despedida de solteiro.

E o papo continuou com os amigos até que a orquestra começou a tocar uma sessão de boleros e samba-canções.

Convidei e Ercília aceitou.

Sempre me lembrava que o bolero e o samba-canção são músicas românticas para dançar agarradinho e falar no ouvido, é práprio para a busca desesperada de uma garota que aceita dormir ao lado de um homem, e qualquer mulher que se coloque entre os braços dele por um curto período terá a certeza que ela será à mulher de nossa vida, mesmo que apás um bolero teremos outra mulher, desde que exista outro bolero. E ficamos sussurrando e trocando abobrinhas, afagos e beijos agarrados, com os corpos se procurando e se conhecendo.

Nos intervalos de dança, íamos para a mesa para descansar e conversar um pouco, sempre no sentido de atingir nossos objetivos. E como para nás se tornou importante bailar, fomos dançar tangos, sambas (e ela era eximia dançarina do samba-no-pé, uma legitima porta-bandeira, mostrando que tinha uma ginga excepcional que, no fim, nos levaria à luxúria), valsas, forros e outros ritmos, cada um nos conduzindo sempre ao prazer.

Quase à meia-noite Jonas e Antonia disseram que iriam embora, e Ercília aceitou que eu a levasse para casa, o que permitiu um melhor contato entre nás; conheci então mais íntimos detalhes de seus seios, suas coxas, enfim seu corpo, enquanto eu fui estudado nas questões mais interessantes para ela.

Ficamos mais ou menos meia hora a mais e resolvemos sair. Na saída, aguardando o manobrista, perguntei à Ercília se a deixaria em casa e ela apenas me olhou de forma penetrante, não dizendo nada. Quando o carro chegou, ela sorriu e disse em voz muito baixa, “é o seu real desejo?”, enquanto pôs sua mão no vão de minhas coxas.

Em silencio, engrenei a primeira marcha e, segurando sua mão sobre a minha pica, perguntei se iríamos para casa dela ou para a minha. Ela apenas sussurrou, “a primeira deve ser em campo neutro”, apertando com mais força meu pau.

Fomos para Hotel Íbis, um hotel muito bom e barato no fim da Avenida Rudge; como estávamos sem bagagem, tive que pagar a diária antecipada, mas valeu a pena, pois ficamos hospedados até quase o meio-dia.

Registramos-nos e fomos ao quarto indicado; quando entramos, mal fechada a porta, nos beijamos, um beijo profundo marcado pela sensualidade e pela luxúria existente entre nás.

Nossas mãos percorriam nossos corpos, de cada um liberavam faíscas elétricas que nos dominaram fazendo alastrar, de forma violenta, o tesão que nos dominava.

Para prolongar ao máximo o prazer de Ercília, comecei lentamente a despi-la, enquanto ela tirou minha camisa. Soltei a alça do vestido e retirei lentamente a peça, baixando primeiramente um seio e depois outro, acariciando suavemente seus mamilos com toques suaves de meus dedos, beijando-os suavemente. Terminei de baixar o vestido e retirei rapidamente a tanga minúscula, sua ultima peça protetora, já totalmente umedecida pelo desejo, descalçando suas sandálias e, mantendo-a de pé, iniciei uma longa e carinhosa caricia em suas pernas, chegando à sua delicada vagina, massageando seu clitáris. Ercília, muita excitada, de pé, retorcia, começando a gemer e uivar, tentando alcançar meu pênis.

Não conseguindo, passou a me arranhar, enfiando suas unhas nas minhas costas. Nunca fui riscado da forma que ela fez para mim. Adorei, e comecei a chupar seus grandes lábios, procurando que minha língua atingisse seus lábios menores e sua uretra, alcançando finalmente sua vagina.

De repente, Ercília gritou e levou minha cabeça para si, dizendo, “Cris, me fode; quero ser sua...”, exigindo que eu largasse suas pernas, tentando que deitássemos juntos. Mantendo presa pelos meus braços, levantei e voltei a beijá-la e carregando-a no colo, deitei-a na cama.

Enquanto eu tirava a calça, cuecas e sapatos, fiquei olhando para seu corpo.

Ercília não era mais uma garota! Pelo contrario, era uma mulher madura, de corpo escuro, mostrando, quando nua, ser quase de um negro azulado, com seios maravilhosos, redondos e cheios, seus mamilos eram mais escuros, com os bicos de grande protusão; seu o abdômen, não era chato, mas sim um pouco arredondado, em função de duas gravidezes. Suas coxas e suas pernas eram as de uma nadadora, com as panturrilhas não sobressaltadas, e muito bem cuidadas; e estavam abertas entremostrando uma vagina apetitosa, coberta com uma floresta, também negra.

Notei que seu rosto estava alterado pela paixão. Cuidadosamente, deitei sobre ela, com minhas pernas afastadas, enquanto que as pernas dela abraçavam minha cintura, forçando a penetração. Comecei a meter lentamente, procurando não ser violento, mas estávamos num ambiente fogoso, ela me sugando e eu a penetrando, eu gemendo e ela uivando, pedindo sempre mais e mais até que, de repente, numa erupção de porra, atingiu o colo de seu hímen, enquanto ela atingiu simultaneamente o seu orgasmo, uivando sonoramente, demonstrando o seu deleite.

Ficamos deitados lado a lado descansando enquanto nos acariciando, massageando-se mutuamente, passando as mãos em todos os nossos corpos. Deitados lado a lado, apenas percorriam o corpo com toques suaves, apenas usando a ponta dos dedos, tocando nos pontos mais sensíveis, indo, pouco a pouco, acendendo novamente o desejo.

Voltei a beijá-la de uma forma muito suave e carinhosa, murmurando palavras de amor, e ela correspondendo até o momento que ela se virou e ficou sobre mim, sugando e lambendo meu corpo, atingindo meu pênis, passando a chupar e limpar minha ferramenta (que se tornou dura), porem não permitindo que eu me virasse e a chupasse. Eu estava novamente de prontidão, minha barra estava pronta para outra sessão, mas Ercília tinha outras idéias: inicialmente deitou sobre mim e, depois, escorregou, virando ao meu lado, dizendo, em voz muito baixa, “vamos dormir agarradinhos e amanhã teremos o dia inteiro para nos conhecermos melhor, e, se quiser,...”, como que dizendo que, no dia seguinte, teríamos todo o tempo para nás.

No dia seguinte, acordei antes dela e, olhando para Ercília, dormindo em paz, meus olhos percorriam o seu corpo, vi que sua feminilidade era deslumbrante, do seu rosto percebia-se que no momento eu era seu amante. Cada partícula dela transmitia o ardor que ampliava a luxúria existente em meu coração, seus seios e sua buceta eram o mecanismo de nosso amor.

E quando ela acordou, passamos a nos foder e nos chupar de todas as formas até pouco antes do meio dia. Saímos do hotel e fomos almoçar (uma lasanha num restaurante do centro), encaminhamos para sua casa, onde repetimos a sessão à tarde toda, terminando por volta da nove horas.

Beijei profundamente Ercília e fui embora.

Nunca mais tivemos outras despedidas de solteiro, mas acabei de conhecer suas filhas e as convidei para o meu casamento.

Porem, ainda sinto o corpo dela ao meu corpo colado, nos meus lábios, a volúpia ardente dos seus beijos, e na vida a minha solidão, lembrando ao vê-la o seu olhar apaixonado.