RESPOSTA AO MEU CONTO
Sempre tive vontade de escrever um conto... e histárias não faltam pra relatar, mas as atividades do dia-a-dia me impediam sempre de escrevê-lo. Toda vez que começo, chega alguém ou tenho que interromper pra fazer algo que julgo mais importante. Mas agora acho que estou bem inspirada pra escrever. Bom... o que vou contar aconteceu comigo há uns meses atrás, na minha cidade mesmo. Sou uma pessoa bacana, uma mulher (digo mulher, mas na verdade ainda me considero “menina” rs...) interessante pelo caráter, pelo meu modo de agir, de viver... Sou morena, cabelos pretos lisos bem abaixo dos ombros, tenho tudo “nos devidos lugares”.... um sorriso gostoso, e como alguém me disse, um brilho lindo nos olhos. Não gosto muito de fazer essa descrição física, mas tem muita gente que acha necessário... Sempre gostei muito de malhar... amo musculação, localizada, aerábica, jump... enfim, tudo ligado a esporte...saúde...estilo de vida! Tenho muita disposição pra isso! E vocês sabem como é o ambiente de academia: corpos sarados, suados, malhados.... totalmente propício a viagens e fantasias na mente de qualquer pessoa. Num dia como qualquer outro entrou um cara lá, moreno, cara séria demais, corpo perfeito, pernas, costas, peito...tudo, tudo lindo! Como não olhar? Olhava bem disfarçadamente porque nunca gostei de dar na cara... não gosto de caras convencidos sabe! O tempo foi passando e eu fui notando que a beleza não era sá física... era interna também.... puxa, que pessoa mais alegre, divertida, simpática... e além de tudo gostoso! Pode? Me diz como não olhar? Como não fantasiar? Nos adicionamos no msn... e internet é o meio mais fácil pra abusar do vocabulário, dizer o que tem vontade... sem medo do que vai ouvir de volta! O entrosamento foi total e notei que ele também já tinha me “percebido”... conversávamos sempre de tudo...a amizade cresceu demais... mas além da amizade surgiram outros sentimentos, sensações ou sei lá o que..um misto de coisas boas...vontade de ver todo dia, vontade de abraçar, beijar, acariciar... tudo! O tesão sá foi crescendo... ele chegava onde eu estava, me abraçava e sempre tinha alguma gracinha pra me falar... E por que eu nunca ficava brava? Não sei responder... acho que no fundo eu adorava aquelas abordagens cachorras... Ia embora e ficava imaginando altas coisas... Um dia eu tava indo embora a pé e ele parou o carro assim na rua me perguntando se eu queria uma carona... eu disse que não, que estava perto da minha casa.. Ele desceu do carro e eu dei uma paradinha pra conversarmos. Conversamos uma meia dúzia de palavras sem sentido, eu tava tremendo... Na despedida veio me abraçar... mas sabe aquele abraço que te envolve inteira? Então, ele me deu esse abraço, que durou por minutos, eu saí dali totalmente com as pernas bambas...sem rumo...sem destino! Num outro dia.. ele disse que estava sem carro, se eu podia dar-lhe uma carona até sua casa. Na hora o medo me bateu, mas mesmo com medo eu disse que sim, claro! No caminho fomos conversando coisas sobre nossos sentimentos...sobre nossos “impedimentos”... ele disse pra eu parar o carro numa ruazinha escura práxima de sua casa. Parei!!! Sabe, não sou de obedecer ordens, detesto, mas as dele parece que por algum motivo maior eu obedecia! Ele sempre me pedia abraços... dizia que adorava me abraçar, mas na verdade eu que amava abraça-lo... Num desses abraços ele me beijou... e que beijo foi aquele? Uma entrega total... um vulcão em erupção...um calor que subia de todos os lados... o suor escorria... que sensação... tudo isso num simples beijo! Não conseguíamos parar de beijar... beijo de tesão, sabe? Beijo que te dá vontade de tudo... tudo! O carro ligado, primeira marcha engatada, meu pé na embreagem e a gente começou se beijar de novo... o carro começou a andar sozinho...rs... Eu tinha que expulsar do meu carro aquela perfeição em pessoa pra eu não fazer uma loucura maior do que a que eu já tava fazendo! Cada dia que passava era uma histária diferente... um beijo roubado longe de todo mundo... uma simples apertadinha na mão... um olhar diferente... Até que um dia ele me ligou e disse que precisava muito falar comigo, que tava mal, angustiado. Marcamos um lugar e eu fui... Sim, eu fui.... Parei o carro num local escuro, até meio perigoso...perto de umas árvores. Ele veio, entrou no carro... e cadê a conversa que íamos ter? Conversa que nada...já veio me beijando...mas dessa vez tinha algo mais nesses beijos....tavam ainda mais quentes...com mais tesão...mais calor... e eu não conseguia parar... na verdade não queria parar... descemos do carro, aí que esquentou de vez... Ele me encostou na porta do carro, de costas... Ai...o que era aquilo... Cada encoxada, encostada... que eu sentia como se a gente tivesse sem totalmente sem roupa... me fez esquecer onde eu estava.... Se eu pudesse fazia naquela hora fazia tudo que eu sempre sonhei... sem medo... sem reservas... sem pudores...