Agradeço a todos os que bem intencionados tem entrado em contato comigo pelo MSN para converssar sobre meus relatos, adoro conversar com vocês que demonstram valer meu tempo. Agora, para aqueles palhaços que me adicionam e de cara querem mostrar fotos de pintos,Â…Deus abençoe o “bloquear contato”.
Uma dessas pessoas agradáveis atende pela alcunha de Maxx, um rapaz simpático do Sul, que em primeiro lugar, prende minha atenção por não fazer perguntas estúpidas e por ser uma das raras pessoas que tem a conciência de que eu não tenho MSN para ficar mostrando fotos nuas minhas para babaquinhas se mansturbarem. Querem tocar uma rapazes? Leiam os relatos, assim vocês adquirem uma certa cultura também. Enfim,Â…Maxx me perguntou uma coisa e ao mesmo tempo me deu uma a idéia de escrever esse relato.“Como surgiu a Maligna?”, foi o que ele perguntou,Â…Todos os vilões, heráis e lendas tem seu início, seu alfa, seu gênesis,Â…e comigo não foi diferente. Então Maxx, aqui tá o que você pediu amore,Â…Como eu me tornei Maligna.
Eu não tinha mais do que 19 anos quando meu primo Fagner (Já citado no “Maldades na casa de swing – Relatos da Maligna 5”), apareceu aqui em casa com um ar de preocupado e suando a bicas. Me chamou para dar uma volta, disse que precisava conversar comigo. Eu e meu primo já nos pegamos algumas vezes, transamos umas 2 vezes, mas sempre rapidinho, na paranáia de alguem aparecer. Fagner era um típico galinha, já tinha pegado quase todas as minhas amigas, e as outras primas também, vivia se metendo em confusão por esses e por outros motivos.
-To encrencado e preciso da sua ajuda!
-Affff,Â…você não cansa de viver assim? O que foi dessa vez?
-É o seguinte, eu to devendo uma grana pra um cara, e eu não tenho a mínima condição de pagar. Mas ele fez uma proposta para eu pagar a dívida,Â…pra isso vou precisar da sua ajuda,Â…eu to desesperado prima.
-Que proposta é essa?
-É o seguinte, ele sabe que eu sou seu primo, e o velho tem uma tara louca por você, e se você fizer um strip pra ele a dívida tá paga.
-Tá de sacanagem comigo Fagner? O cara é velho ainda? Nem pensar,Â…esquece.
-Na boa prima,Â…se tu não fizer isso, ele me mata, to devendo uma grana alta.
Sabe aquelas pessoas que conceguem te convencer sempre das coisas mais absurdas, e você acaba aceitando, mesmo sabendo que irá se arrepender sabe-se lá porque? Pois é,..esse é meu primo, um tremendo “gogá de ouro”, venderia areia no deserto.
Tudo foi marcado para a noite, Fagner me pegaria e levaria para o apartamento do tal coroa, que já me causava repulsa, antes mesmo de eu conhecê-lo. Antes de Fagner chegar, eu pensei em desistir várias vezes, mas meu primo já tinha combinado com o tal coroa, e dar para trás agora, com certeza agravaria a situação dele. Esperei inquieta e reciosa.
Fagner chegou para me buscar com um presente que o tal Senhor Oswaldo havia lhe entregue e exigido que eu usasse naquela noite, um conjunto de Sutiã, calcinha e espartilho, um verdadeiro uniforme de puta, nas cores preto e roxo. Fui me trocar no quarto, meio contrariada, já que eu estava pronta,Â…teria que tirar toda a roupa para poder colocar o conjunto,Â…mas assim eu fiz. Me assustei ao ver que o Senhor Oswaldo havia acertado em cheio o meu tamanho, provavelmente esse velho andava estudando meu corpinho por aí. Quando me olhei no espelho, eu não conseguia me ver ali, eu via uma outra mulher, não mais a menina que eu era. Agora eu era uma mulher fatal e sensual. Quem foi que disse que o ábito não faz o monge? Percebi que se eu realmente queria encarar aquela situação de frente, teria que ser outra pessoa, euzinha não poderia estar fazendo aquilo, mas aquela mulher fatal no espelho podia,Â…podia fazer aquilo e muito mais. Coloquei um par de lentes azuis (É! Meus olhos são escuros!) que havia comprado para uma festa a fantasia de 2 anos atrás, a lente é muito artificial e eu nunca havia usado em outra ocasião que não fosse em festas. Se era para fantasiar, achei que aquele era um adereço ideal. Aproveitei e carreguei na maquiagem.
Quando me viu, meu primo não reparou sá nas lentes, que aliás preferiu não tecer comentários, mas também viu em meu rosto que algo havia se transformado, eu estava mais confiante, sem os traços de receio de antes. “Pode ficar tranquila prima, o combinado é dele não te tocar, e eu vou estra lá o tempo todo! E antes que eu me esqueça! Te devo mais essa!”, humpft,Â…como se ele fosse pagar um dia.
O Senhor Oswaldo era podre de rico, morava em uma cobertura no Leblon. Fiquei imaginando que tipo de sujeira meu primo havia se metido para estar em débito com aquele homem, mas preferi não perguntar. O Senhor Oswaldo nos recebeu com um roupão de seda, e adivinhem,Â…das mesmas cores do conjunto que ele havia me dado, roxo e preto. Não era tão velho assim, estava no final da casa dos 40, mas via-se que tinha muito cuidado com o corpo. Seus cabelos eram quase todo branco, mas sempre achei isso um charme, aquele homem tinha uma presença sinistra e cativante, e pior de tudo é que ele sabia disso. Nos ofereceu cigarros, eu não fumava, mas aquela nova “EU" sim,Â…eu e meu primo aceitamos o Free oferecido. Nos ofereceu uma bebida, e aceitamos novamente. Em 20 minutos de conversa, Oswaldo conseguiu nos deixar bem a vontade, ele sabia das coisas, e conduzia toda aquela situação desconcertante com maestria. Até que disse: “Então minha linda,Â…que comece os jogos.”
Levantei e fui até o centro da sala, e comecei, no início inibida, dançando e tirando a blusa, Oswaldo assistia sem esboçar reação, meu primo se revezava entre olhar para mim, e olhar para ele. A música acelerou, e eu me livrei da bermudinha que eu estava, o conjuntinho presente de Oswaldo já estava todo descoberto para seu deleite, meu primo massageava o pau por cima da calça.
-Quero ver você chupar um pau menina!
-Que isso Seu Oswaldo, o trato é o senhor não tocar nela!
-Eu sei, por isso o pau que ela vai chupar é o seu, quero ver como ela faz.
Meu primo se levantou e veio até mim, enquanto ele ia tirando o conjuntinho de mim, eu chupava ele, e olhava para Oswaldo que por sua vez, se limitava a sorrir. Eu já estava sá de calcinha ajoelhada chupando meu primo, ainda com olhos fixos nos olhos de Oswaldo, me sentia super protegida por trás daquelas lentes azuis. Meu primo começou a delirar enquanto era chupado por mim,”Isso minha prima, como você é mal,Â…parece uma vampira! Me suga vai!”, olhando para Oswaldo, vi ele fazendo sinal para eu tirar a calcinha e ficar e quatro, seguindo suas instruções, eu joguei a calcinha para ele que cheirou e a segurou na mão. O que ele queria mesmo era ver minha bundinha exposta naquela posição, meu primo aproveitou e deu alguns tapas de leve na minha bunda enquanto eu brincava com os bicos do meu peito.
Oswaldo levantou e rodopiava a gente para ver aquela cena de todos os ângulos. Se aproximou do meu ouvido e disse uma única frase, bem baixinho de forma que meu primo não ouviria,…”Seja Maligna!”. Apás dizer isso ele sentou-se novamente. Do nada uma grande sensação de raiva do meu primo me assolou, um surto de conciência me abateu, o canalha estava se aliviando de uma dívida e de uma encrenca ganhando um boquete, era muita folga dele, então resolvi cobrar a minha dívida com ele na hora. Enquanto ele viajava de olhos fechados recebendo o boquete, eu enfiei o dedo médio no cuzinho dele, Â…meu primo saiu do transe que estava e brochou na hora. “Porra. Tá Maluca? Que porra é essa?”,Â…Oswaldo ria de se mijar, tirei o dedo médio do rabo do meu primo e mostrei para Oswaldo. Me vesti em tempo recorde, puta da vida e saí dali, coloquei a bermudinha, a blusa e o sapato, larguei aquela porcaria de conjunto pra lá.
Meu primo me ligou no dia seguinte falando que Oswaldo considerou a dívida paga, quando me perguntou porque eu tinha feito aquilo com ele, respondi secamente :”Sá cobrando minha dívida”,Â…e desliguei!
Dias depois o mesmo conjuntinho chegou pelo correio com um bilhete do Senhor Oswaldo que dizia assim: “Querida Menina Maligna, Obrigado por proporcionar ao passado, no presente, a visão de um futuro que acaba de nascer para os mortos. Oswaldo”.
Nunca entendi o que ele quiz dizer, mas guardo o conjuntinho até hoje.O Senhor Oswaldo morreu de câncer por causa dos cigarros, cerca de 6 meses depois desse acontecido. Ele ainda me mandou alguns presentes pelo correio, as vezes flores, ou cestas de café da manhã,Â…mas o mais curioso deles foi um que chegou 1 semana apás a morte de Oswaldo,Â…um livro intitulado “Memárias de um velho safado”.
Talvez esse relato não tenha excitado tanto vocês como esperavam, mas ainda acho um caso curioso da minha vida que valia a pena relatar. Cronolágicamante falando esse deveria ser o meu primeiro conto, mas fiz questão que fosse o sétimo (entendeu porque a demora Maxx?!), o sete é um número que fecha um ciclo. E esse ciclo acaba de se fechar,Â…espero que tenham gostado de ler um pouco da minha vida.
a.maligna@hotmail.com