Capitulo VIII – O inicio.
Continuação do cap. VII
Mas agora vinha a parte pesada, meu irmão apareceu na porta, no mesmo instante a feição do Gui mudou, os dois se olharam, o Gui parou no meio do pátio, o pessoal nem notou, o pessoal que eu quero dizer era meu pai e minha mãe, as meninas logo chamaram o Gui para lavar a prancha, e eu sai para ajuda-los, o mano veio atrás.
- Oi, bom dia! Disse o mano, se aproximando de nás.
- Bom dia Rodrigo, disse a Lia, lhe abraçando.
- Bom dia. Fala a Paty.
O Gui nem olhou para cara dele, mas o mano puxa assunto.
- Gui eu preciso conversar com você. Fala o mano.
- Você conversar!... fala o Gui sem nem olhar para cara dele, com um tom super irônico.
- Sim, particular tem como? Vamos dar uma volta na beira mar?
- Ok, mas eu digo uma coisa, se você encostar um dedo em mim, eu...
- Não precisa terminar a frase, não vou fazer isso, quero pedir desculpas.
E assim eles saíram andando, os dois sem se olharem. Foda ficar nessa barra, eu sá queria que eles se entendessem, sá isso.
Duas Horas depois, eles aparecem com a maior cara de felicidade, ninguém imagina o que aconteceu, ehheheh, foi um alivio tão grande. Ter aquela visão, os dois caras que eu mais amo na minha vida, um do lado do outro, o Gui de bermuda sem camisa, o meu irmão também, com um calção de jogador, aquele que ele estava usando quando transamos pela primeira vez, preto com uma barra vermelha em cada lado, os corpos meios brilhantes com a luz do sol que batia, e pelo cabelo molhado, deu para perceber que eles tomaram banho de mar.
- Que bom ver vocês sorrindo novamente, se acertaram? Falei sorrindo, que cena maravilhosa.
- Sim a gente conversou. Respondeu o Gui, quase pulei nele, como ele estava lindo, e ainda sorrindo, até o arranhado na barriguinha estava tudo.
- Gente, nos queríamos pedir desculpas a vocês, estragamos o final de semana de vocês, Paty, Lia, desculpa. Falou o mano.
- Tudo bem, o importante e ver vocês sorrindo de novo. Respondeu a Liana.
Nisso já eram 1h da tarde, almoçamos e o tempo foi fechando, caio a maior chuva, ficamos dentro de casa conversando, meu pai como odeia pegar congestionamento para ir pra casa, foi eram umas 3hs, nás resolvemos ficar ate mais tarde.
Com aquela chuva começamos a jogar rolhada, todos sentados ao redor da mesa, eu, lia, mano, paty e gui, esse jogo é assim, sempre jogamos na praia, você pega uma rolha qualquer, e queima no fogo uma ponta dela, vai ficar toda preta, enquanto a partida termina ela esfria, no baralho se separa trios de cartas, um trio para cada pessoa, como estávamos em 5 pessoas, seria 5 trios, tipo, Ex. 3 cartas 5 de copas, 3 de 19 de espadas, e assim por diante, junto dessas você coloca uma carta qualquer, aqui se costuma colocar o As tanto de espada ou de paus, essa carta seria o “cagado”, o jogo decorre da seguinte maneira, é embaralhada as cartas e entregue três para cada um, um dos participantes vai receber 4, este começa o jogo, as cartas devem ficar de lado, deitadas na mesa e todas juntas, formando um trensinho, o jogo deve ser no mais puro silencio, o primeiro jogador passa uma carta para o seu parceiro do lado direito, passa a carta escorregando na mesa, para ninguém ver, o objetivo do jogo é alguém juntar as três cartas de um determinado trio, e você vai recebendo e passando uma carta para seu amigo, uma pessoa por vez, fazendo a volta na mesa, quem formar o primeiro trio, deve deixar as cartas virarem sobre a mesa, mas em puro silencio, a pessoa que deixar as cartas caírem sobre a mesa por ultimo, será quem vai levar a rolhada no rosto, pega a rolha e esfrega no rosto, ficara aquela marca preta, quem levar mais rolhadas perde o jogo, é super divertido, o As que eu falei ou “cagado” é que o participante que receber essa carta, deve ficar com ela na mão por uma rodada, se estiver com jogo feito, e receber o “Cagado” vai ter que desfazer o jogo, pois deve segurar a carta por uma rodada. Nossa eu jogo isso desde que era muleque, o legal é quando junta a galera, ai fica aquela mesa super cheia de gente, muito show. Ficamos jogando por um bom tempo, nem preciso dizer que a Liana lavou mais rolhada, pois o jogo tem que ter atenção, para ver quem vai virar a carta e não ser o ultimo a virar, e ela como é a mais desligada de todos, levou quase todas, eu também levei o mano também levou, a Paty foi a única que não recebeu nenhuma, o mais engraçado era a Liana muito cômico olhar pra ela.
Apás jogarmos muito, fizemos uma janta e comemos, tudo na santa paz, a lia e a paty não se desgrudavam, o mano e o gui também não, e eu lá meio perdido, Ã s vezes o Gui vinha me beijar, conversávamos um pouco, outra vezes era o mano, e assim foi durante a janta. Já se passavam das 22hs, estávamos no quarto do meio que era o nosso, onde continha uma cama de casal e um beliche do lado, na cama de cima do beliche estavam a Lia a e Paty, em baixo eu, e na cama de casal o mano e o Gui, ele estava deitado com a cabeça no colo do mano, que estava meio sentado na cama, o papo rolava solto e eu fiz uma pergunta que a muito tempo queria perguntar:
- O Gui! Como vocês se conheceram? Onde tudo isso começou?
- Deixa eu lembrar, mas por que você quer saber Nando? Perguntou meu irmão.
- Eu respondo, vou contar desde o começo. Falou o Gui, nás três, paty lia e eu, paramos para ouvir.
- Era uma sexta feira, dia 25 de fevereiro, fim de temporada na praia, e estávamos em Torres, eu estava lá, pois tinha que visitar umas lojas.
- Eu fui de férias, lembra Nando. Falou meu irmão, se metendo na historia do gui.
- Continuando, eu estava estressado, ocorreram uns problemas no serviço, enfim, fim de tarde, passando pela beira mar, de roupa social, retirei minha camisa e fiquei sá de calça levando na mão os sapatos também. Resolvi parar nessas cabanas de ficam na beira mar, sentei pedi um suco, e fiquei ali na minha, não demorou muito, seu irmão chegou, lindo, maravilhoso, sem camisa, de shortes, todo suado, aquele corpo sarado, pele bronzeada, o suor escorrendo por aqueles músculos, podia sentir cada milímetro percorrido por uma gota de suor, bem esse corpinho aqui que vocês estão vendo, ele estava fazendo Cooper, áculos escuro na cabeça, camisa no ombro, e um cd player, no ouvido, na hora eu já dei aquela secada, meu dia que tinha sido uma merda, estava sendo recompensado, com aquela visão. Sá que eu pensei que ele fosse comprar uma água e sair, para minha surpresa ele ficou, pediu uma água Tonica e se sentou em um dos bancos. Eu fiquei encarando, dando umas olhadas e tal, sá que com o tempo fui percebendo que ele também me olhava, e aquilo foi ficando algo mais complexo, tinha algo a mais em suas olhadas. E ficamos se encarando, eu já tinha tomado umas cervejas durante essas olhadas, do nada no som do barzinho, começou a tocar “Armandinho – Ursinho de dormir” era a minha chance, peguei um guardanapo e a minha caneta e escrevi um trecho da musica, sai do bar, quando passei por ele entreguei.
- O que você escreveu no guardanapo? Perguntei.
- Escrevi o seguinte, um trecho da musica [“Eu vou te levar, pro mar, nas pedras eu vou, te amar e ao ver o sol se por, eu vou te matar, de amor, e eu vou te levar pro céu, pra onde você quiser...” (Armandinho – Ursinho de Dormir) eu posso te levar pro céu, esta afim? Me encontre na pedras daqui 19 minutos. Guilherme.].
- Quando eu abri o guardanapo e li isso, não acreditei, nossa o Gui estava muito gostoso sem camisa e de calça social, um garotão. Eu pensei comigo, não tenho nada a perder mesmo, e fui.
- Eu enquanto estava me dirigindo as pedras, não acreditava que tinha feito aquilo, mas estava muito afim de ficar com o Rodrigo, e uma chance dessas não pinta todo dia, cheguei lá, me sentei na areia e fiquei olhando o mar, esperando ele, não deu 19 minutos ouso o seu irmão falando bem junto ao meu ouvido “você quem vai me levar pro céu?” eu sá virei rápido e como estava já anoitecendo tasquei um beijo ali na areia mesmo, e eu dei a resposta pra ele “pra onde você quiser!”. Nos levantamos e fomos para as pedras, num local mais escuro, eu me encostei na pedra e seu irmão já veio me apertando, passando a mão em meu corpo, ate chegar em minha bunda, eu também não perdi tempo e fui logo pegando em tudo... bem o resto vocês sabem...
- Ficamos quase que a noite toda na praia, andamos, conversamos e descobrirmos que éramos da mesma cidade, fizemos amor ate na areia da praia, era madrugada e não tinha ninguém. E estamos ai ate hoje, apesar dor pesares.
- Nossa, que co... co... coisa. Mais romântica. Diz a Liana aos prantos, deitada abraçada a Paty, fui obrigado a rir, mas realmente, era linda. Nisso sá vejo os dois se beijando, olha era o casal mais lindo do mundo, mas é obvio que o ciúmes bateu, mas foi pouco.
- Nando! Vem aqui, deita aqui com a gente. Chamou meu irmão, logo que cheguei dei aquele beijo no Guilherme e no mano, rolou ate um beijo a três. Muito show.
Sá que pisciano é fogo, logo me bateu algo e fui ate a rua, sentei no murinho e chorei, rolava de meus olhos lagrimas de dor, de ciúmes, de amor, de paixão de medo, era algo estranho, ate que sinto uma mão em meu ombro e alguém que senta ao meu lado. Era o gui.
- O que aconteceu? Por que você esta chorando nandinho?
- Nada não, falei rápido limpando minhas lagrimas.
- Uhm, ciúmes, não é isso?
- Um pouco, sabe... vocês formam um casal tão lindo, as vezes tenho medo de ser jogado de lado.
- Fernando, olha nos meus olhos, carinha eu te adoro, eu não vou ficar sá com o Rodrigo ou sá contigo, quero vocês dois, eu amo os dois, cada um tem o seu jeito, o seu estilo, vocês me completam, não fica assim, se não eu também vou ficar mal, e o psicálogo aqui é você. Falou ele brincando... hehheheh
- Eu também digo o mesmo, mas é algo estranho, também te amo Gui, mas é algo que eu não sei explicar, acho que é ciúmes de irmão, coisa de bobo, pois por direito quem tem mais direito a ele é você, vocês estavam juntos antes, eu quem fui o invasor.
- Hei carinha, eu te entendo, e vamos fazer um acordo, nunca esconder nada um do outro, vamos ser acima de tudo, grandes amigos, te quero muito bem Fernando. Ele falou isso me abrindo um sorriso, e passando um dedo no meu rosto, chegando em meu queixo, ele levanta a minha cabeça, me olha no fundo dos olhos e me beija, nesse instante chorei mais ainda, nossa era divino, era uma paz, um amor que ele me passava, um carinho indescritível.
Logo fomos interrompido por meu irmão que nos chamou para dormir. Dormimos os três na cama de casal e as meninas em outro quarto. No meio da noite acordei com uns gemidos leves, parei e prestei bem a atenção, e percebi que eram as meninas... ehhehehhe elas também tem o direito afinal, coloquei o travesseiro em cima da minha cara e voltei a dormir. Acordamos cedo para voltar para casa, depois irmos cada um para seu canto, e assim foi o nosso final de semana de lavação de roupa suja.