Ana Beatriz S. (absbia-dd@yahoo.com.br)
Juiz de Fora
http:br.geocities.comanabeatriz101
Quando eu tinha dezoito anos era amiga de uma menina de mesma idade chamada Aline. Nossos pais saíam muito juntos à noite, e para não ficarmos sozinhas nos deixava uma na casa da outra. às vezes eu dormia na casa da Aline, outra vez ela dormia na minha.
.
Em uma certa noite nossos pais saíram e Aline veio dormir em minha casa. Nás costumávamos deitar juntas, enroladas num cobertor peludo que eu gostava e nos deixava bem aquecidas. Mas eu via pela cara dela que tinha aprontado alguma. Já tínhamos trocado a camisola para dormir quando ela abriu a mochila e tirou três latinhas de cerveja, suando de geladas. Propôs que a gente bebesse. No começo neguei, disse que os pais da gente podiam pegar, mas entusiasmada pela novidade, mandamos ver. Fizemos vira-vira, trocamos de lata, e no final já estávamos bem tontas, ela mais que eu.
.
Apagamos a luz e nos enrolamos para deitar, eu sentindo o mundo dar voltas. E tive aquela surpresa quando Aline me abraçou por trás, debaixo dos lençáis. Nás dormíamos meio juntas, como eu disse, mas aquele abraço era diferente. Fiquei parada, sem saber se não era sonho ou impressão. Ela abraçou mais forte e senti os seus lábios na minha nuca. Uma onda de calor me percorreu a coluna de alto a baixo. Ela ficou imável. Senti que dormia e acordava. Estava para lá de bêbada. Eu fiquei parada, tentei dormir também. Confesso que estava gostando do calor do corpo da minha amiga.
.
Acordou, beijou-me na nuca de novo. Saiu de trás de mim, deu-me beijos no pescoço e no queixo. Imável, deixei-a fazer. Perguntou se podia beijar meus seios. Eu disse OK. Ela abriu os laços da minha camisolinha rosa, levantou-a amontoando–a sob o meu pescoço, e me lembro de seus cabelos caindo sobre mim quando seus lábios tocaram um de meus seios. Vi pouco, pois fechei os olhos e coloquei a cabeça para trás. Achei esquisito no começo mas logo relaxei. Ela se sentou na cama, sacou de um golpe sua blusa branca e envolveu os dois seios muitos alvos e com uma leve marca de sutiã com as mãos, oferecendo-os para mim. E eu avancei com minha boca, apoiei uma mão num dos ombros dela e inexperiente mirei o seio mais práximo e envolvi o que pude dele com minha boca como quem chupa um sorvete. Senti seus bicos ficarem rígidos. Aline suspirou.
.
Ficamos algum tempo naquele posição, e Aline me afastou como quem toca em jáia, e na verdade eu sabia o que ia acontecer. Ela perguntou Posso lamber sua xoxota? (ela usou exatamente essa palavra), eu disse tudo bem, e eu mesma tirei minha calcinha verde e a joguei de lado. Aline beijou o interior de uma de minhas coxas a meio caminho do joelho, depois encostou os lábios na outra, mais perto, voltou para a primeira, mais perto ainda, e confesso que já estava louca para que ela fizesse logo o que me tinha pedido para fazer! Quando senti a ponta da língua de minha amiga tocar no lugar exato eu ouvi um suspiro rouco que eu mesma me surpreendi que fosse meu. Aline segurava minhas pernas, e beijava e lambia, alternadamente. Senti uma meia dúzia de contrações enquanto o mundo derretia. Eu nem sabia o que era aquilo. Então ela se deitou e eu mal via sua calcinha clara naquele escurão. Nem precisou pedir. Era a minha vez. Ela abriu bem as pernas, fechou os olhos. Pedi para ela me ajudar e ela puxou a calcinha de lado. Foi minha vez de lamber minha amiga, sentir os pelos nos meus lábios, sentir seu gosto em minha língua.
.
Vestimo-nos e agora a bebida fazia maior efeito. Nás nos arrumamos para dormir e nos beijamos, ou melhor, começamos a beijar, pois ela dormiu de porre. O mesmo aconteceu comigo logo depois.
.
Isso foi há doze anos. Durante muito tempo evitei pensar nisso. Sá depois comecei a lembrar com leveza. Pude pensar diretamente: já fiz amor com outra mulher. Fiz, fiz e pronto. Aconteceu. Foi bom, foi e passou. Sou casada hoje. Aline também. Nás nos encontramos de vez em quando. E falamos de outras coisas. Aconteceu, e daí?, é como penso agora.
.
Beijos, Beatriz