O demônio chegou cedo esta noite e, em poucos minutos, sinto o cheiro de seu perfume invadir minhas narinas...
Não lamento mais por não trancar, Ã noite, a porta do quarto a chaves. Sei que de certa forma anseio por mais um encontro. Essas noites de luxúria já fazem parte de minha rotina a muito.
Foram tantas experiências traumáticas, mas não menos deliciosas, que por dias espero por mais e mais.
O que de início me causou grande dor e trauma, hoje tenho em minha memária algo de bom por recordar, já não é doloroso. Gosto de sentir meu irmão por cima de mim. Sentir seu calor, seu peito peludo roçar minhas costas é muito prazeroso. Com o passar dos tempos, algo me convenceu de que é bom.
... O perfume característico vai ficando mais forte. Sinto cheiro de álcool misturado à alfazema de quinta.
Já o espero sem a cueca por baixo dos lençáis. Fico de bruços. Deixo as pernas entreabertas. Empino mais um pouco minha bunda. Sinto seu corpo suado encostando-se ao meu, limpinho e trêmulo. Recebo fungadas fortes nos ouvidos. Seu pênis mais uma vez me invade as nádegas. Já não me machuca como antes. Sinto prazer em suas estocadas fortes e rápidas. E o ádio acumulado de anos fica um pouco adormecido mais esta noite. E sempre.
Os beijos, que em anos primeiros me doíam, hoje são implorados por mim... e o choro que escapulia de meus lábios, com o passar das estocadas deliciosas, foi substituído por gemidos de tesão abafados para que nossos pais não nos escutem... e a antiga humilhação, que sentia, tranformara-se em gratidão inexplicada.
Serviço feito, durmo com a alma extasiada. Antes, machucada. E a impressão é de que já não me importa a falta dos anjos da guarda que não me protegeram quando menino. Hoje, homem feito, não fujo mais de meu querido demônio.
E assim caminha a humanidade.
Lobos a machucar sempre.
Vítimas... já não há!
Antigas ovelhas.
Novos companheiros de maravilhosas noites incestuosas.