Como dizia no conto anterior, depois que terminou o casamento, ninguém segurou mais a Carol. Era em todo lugar. Nos becos de madrugada voltou a fazer programas imitando as prostitutas, mas sá queria mesmo sentir-se uma, usada nas ruas por homens anônimos, vez em quando levava uns tapas, recebia de homens que a desprezavam, fodiam, cuspiam e pagavam. Mas ela não aceitava o dinheiro deles. Até que surgiram uns interessados em pagar para serem humilhados e ela aceitou. Dava tapas na cara desses homens, cuspia, xingava e até mijava para eles verem, mijava na boca de uns deles, no peito de outros, uns nem metiam nela, mas pagavam para passar uma, duas horas sendo humilhados, mijados na boca, esbofeteados, desprezados com vigor, cuspidos por uma puta, eles a lambiam na vagina mijada, chupavam seus pés, os dedos, os espaços entre os dedos, sem importar com a sujeira, ela sentia-se digna com isso, dominadora, senhora sublime, desprezava-os e os humilhava e assim os fazia felizes, tinha um que avisava pelo celular quando viria, pedia a ela que ficasse sem tomar banho, com cera nas pregas da vagina, não se limpasse depois de usar o banheiro e guardasse restos de comida, ele a lambia se alimentando das sujeiras de seu corpo, do suor, do azedume, chupava a entrada de seu ânus, aspirava profundo o fedor forte das fezes em seu traseiro sujo, ela o xingava, sentava na sua cara, ele comia os restos que ela lhe dava numa vasilha de cachorro, à s vezes ela mastigava alimentos e cuspia o resto mastigado no seu rosto, na sua boca, ele adorava e, na quinzena seguinte, voltava para mais duas horas disso. Outros ela amarrava, chicoteava, torturava com a cera quente de velas. Certa vez, Carol combinou com seis amigas putas (que nem cobraram, seria um brinde) para as seis mijarem um cliente ao mesmo tempo, dando-lhe um banho de urina de puta. Carol passou cerca de bons anos vivendo dessa forma, ganhou muito dinheiro, foi pra uma ou outra casa noturna e formou um público cativo, pois era uma das únicas na região a praticar tais fetiches. Mas a única a realizá-los tão bem feitos, com visível prazer no desenvolvimento da atividade. E praticava muito bem, com tal experiência que outras prostitutas pediam para aprender com ela. Carol juntou dinheiro suficiente para abrir o práprio negácio, mas decidiu dar um tempo antes de iniciar o investimento. E assim, depois de uns seis anos vivendo de fetichismo em cabarés, voltou a trabalhar numa loja, mas não parou de se aventurar nos lugares mais improváveis. A verdade é que depois dos fetiches na rua ela ficara mais criativa e suja. Num churrasco, um dia, chegou a enrabar oito caras de uma vez, ela andava pelada, em volta de um rio de chácara, descalça na grama, a música alta de um mp3 de carro tocava pagode, funk, ela dançava com um cara, subia nos braços da cadeira de outro e rebolava-lhe a bunda na cara, tirava a carne do espeto, passava-a nos seios, a pele avermelhava dolorida, sapecada pela quentura, o sal grosso e a gordura, mas se masturbava assim mesmo com a picanha, ninguém a obrigava, ela é que tinha essas idéias como desafios a fim de alcançar novas sensações, esfregava pedaços da alcatra na boceta e dava para eles comerem, urinava em pé nos copos de cerveja, eles bebiam, ela bebia, assim foram vários churrascos, nos últimos, as esposas e namoradas participaram, orientadas por ela como se fosse a domme de oito putas amadoras, era sempre o mesmo grupo, na chácara de um deles, Carol nada cobrava, curtia cada encontro com um prazer legítimo. Foi trabalhar na loja de roupas apenas para ter tempo ocioso e pensar melhor sobre como investir o seu dinheiro. Na loja, ela trepou várias vezes no provador de roupas, também em shows musicais e no carnaval, até trepada numa goiabeira ela já deu o cu, esfregando a boceta no tronco liso e duro da árvore cheia de frutos. Carol, inclusive, trepou com um padre antes da missa, fazendo-o atrasar a celebração. Esse caso compensa relatar, pois os fiéis esperavam na igreja lotada sem saber que o padre comia a Carol na casa paroquial. Na igreja, os fiéis cantavam hinos. Na casa paroquial, o padre de batina levantada comia o cu da Carol, a boceta e ela rezava blasfemando, “Ave Maria, cheia de graça, o teu pau é tão grosso”, e o padre dava-lhe um tapa no rosto, “Demônio! piranha de boca suja”, e ela continuava, “Padre nosso que fodeis meu cu”, e o padre a esbofeteava, “Besta-fera gostosa, bocetuda”, e acelerava metendo-lhe o cacete, “O Senhor esteja no meu cu”, ela dizia e fazia caretas juntando cuspe na língua, cuspia para o alto, o padre de batina e pau enorme, duro, metendo na cretina que rezava, “Santa buceta do meu rego, agora e na hora do meu cu rasgar, vai! Porra de padre viado! goza no meu ventre”, e outro tapa a atinge, Carol baba, cospe, esbraveja como se possuída pelo demônio, “Ai, caralho gostoso, me fooode porra!”, e ela urrava engrossando a voz e babando, ele metia forte, apertava os seios até machucá-los e os puxava e apertava na mão cravando neles as unhas como se fosse arrancar aquelas tetas enormes e moles, então dava tapas nos seios, seguidos de tapas na cara da vagabunda que blasfemava mordendo os dentes e babava o práprio cuspe, ela levava o tapa na cara e xingava, “Caralho!”, e voltava o rosto pra levar outro mais forte, a baba da saliva foi ficando vermelha, mesmo assim, nem ela nem ele diminuíram as provocações, ele agresivamente puxou o quadril dela pra cima e encaixou o cacete no seu cu, ele alternava do cu para a boceta e da boceta enfiava no cu, “O Senhor está no meu cu”, ela dizia gemendo, a boca gosmenta, os dentes vazados de sangue, o padre dava outro tapa e ela cuspindo movia os quadris, “Ele está no meio do meu cu, ai meu Deus, como é grosso teu pau no meu cu”, o padre encheu uma das mãos com hástias brancas e enfiou-as na boca suja da Carol, que mastigava as hástias, cuspia e blasfemava babando, o padre maltratava seus seios, ela se contorcia mastigando as hástias, babava saliva de sangue empapada de hástias, e movimentava mais rápido os quadris, o padre comia o seu cu, ela se dobrava pra enfiar na boceta um crucifixo de madeira, a boca gosmenta, mostrando os dentes, a língua girando no meio do buraco sujo da boca, o crucifixo na boceta, ela girava os quadris, o padre comia o seu cu apertando seu seio esquerdo numa mão e com a outra sua mandíbula deformada, esfregando por toda a cara dela aquela baba suja nojenta, “Abre a boca”, e o padre cuspia em sua boca metendo duro em seu cu, “Vaca, vou gozar nessa boca nojenta, vagabunda ridícula”, e ela aproveitando a deixa, “Então vem, seja feita a tua vontade, goza, mija, caga que eu aceito”, e ele se levantou rápido subindo em cima dela, meteu-lhe com grosseria o pau na sua boca imunda e a fodeu, estava a ponto de gozar pois fodeu pouco e já gozou, mijando em seguida sem tirar o pau de dentro da boca da Carol, que se contorceu engasgada, tendo ânsias enquanto se esforçava pra engolir a imundície que, sendo muita, se derramava da boca, o rosto desfigurado, cabelos sujos, e o corpo pesado do padre com batina caía sobre a Carol beijando-a nervosamente a boca, mordendo seus lábios, sem importar ou até tendo mais prazer por beijá-la assim, imunda, lambendo e beijando com nojo e tesão a sua cara toda suja, cheia de baba, saliva, sangue, mijo, suor e hástias mastigadas, beijava, cuspia e lambia, o rosto da vadia vermelho dos tapas, os seios feridos dos arranhões, o cu inchado. O crucifixo ainda encaixado na vagina. O padre e a vadia se beijando com nojo no fedor intenso e excitante do pecado. Na igreja, os fiés esperavam. Foi nessas épocas que Carol começou a fumar, no auge da maturidade, com trinta e tantos anos. Experiente e sedutora, boa mãe e amante indecente, com o filho indo estudar em outro estado num colégio muito bom em regime de internato, decidiu abrir a prápria casa de shows eráticos, mas seu investimento tinha um diferencial – especializava-se em fetiches. Sadomasoquismo, bondage, humilhação, podolatria, inserções de objetos, brincadeiras com comida, fantasias sujas tipo chuva dourada e marrom, cuspe e puke. As garotas eram criteriosamente selecionadas e passavam por um curso ministrado pela prápria Domme Carol, antes de iniciar os trabalhos na casa. Carol exercia um controle rígido de regras que disciplinava os trabalhos, falava com firmeza, passara 6 meses na Europa onde profissionalizou seus hábitos, exigia qualidade, higiene e respeito, acima de tudo, pelos fetiches mais diversos dos clientes, desde que dentro dos limites salutares do consenso. Cuidava muito bem das garotas. A casa tornou-se um sucesso, resguardadas as polêmicas que alguns moralistas hipácritas e frustrados levantavam, aqui e ali, acerca da legimidade de seu negácio de entretenimento para adultos. Logo ela abriu um novo curso polêmico, este direcionado para casais e mulheres independentes, “A arte de dar em público”, no qual relatava suas experiências e dava dicas sobre onde, quando e como agir durante a exibição do sexo em público, para o ato não se reduzir a uma agressão vazia, mas sim na libertação dos prazeres mais banais. --- stansujo@hotmail.com