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REVELAÇÃO DA VIDA

A descontração manifestada pelos colaboradores de sites de contos eráticos, de que sou assíduo frequentador e admirador, animou-me a relatar este, que trata de situação que modificou inteiramente a minha visa. Sou casado há muitos anos com a mesma mulher, aliás, maravilhosa em todos os sentidos, que me satisfaz amplamente, e apesar do tempo de vida comum, ainda nos amamos sincera e lealmente e mantemos ardente a chama da paixão que nos uniu.



Acontece que, apesar disso, e porque sempre respeitei muita a rígida formação moral e religiosa dela, jamais lhe confessei as minhas fantasias sexuais, assim como ela também em momento algum tocou nesse verdadeiro tabu, mas claro está que, como todo o mundo, sempre as alimentamos, como é natural, apesar desse tácito consenso a respeito do silêncio sobre o assunto, que o mantinha afastado de nossas conversas ou confidências.



Apesar da minha discrição, pois não revelava isso a ninguém, nem a meus amigos mais íntimos, desde muito tempo me dedicava, nas horas vagas, e clandestinamente, a escrever contos eráticos dos mais variados, envolvendo todos os aspectos da lascívia e até da perversão sexual humana, o que fazia apenas para meu práprio deleite, pois não os divulgava ou publicava, mas apenas os colecionava e salvava eletronicamente em arquivos informatizados, e entre eles figuravam vários em que a personagem central e decisiva era nada menos do que a minha esposa se entregando a outros homens em situações as mais diversas, mas sempre com volúpia de fêmea indomada e fogosa, às vezes com, e outras sem o meu consentimento ou aprovação, e, ao relê-las com frequência, reservadamente, e sem testemunhos, isso me excitava muito, a ponto de não raro me masturbar, ou procurá-la para fazer amor, sem que ela soubesse desse meu fetiche, ocasiões em que o ato sexual era extremamente gratificante para ambos, o que, aliás, era objeto de comentários dela a respeito da excelência de meu desempenho, sem saber das razões disso, ou seja, da preservação em meu consciente, durante o ato, de tais fantasias.



E assim transcorriam as coisas, até que por mero acaso, e sem que eu soubesse disso, ela, descontraidamente, procurando alguns trabalhos profissionais seus, também gravados em disquetes e CDs, para atualizá-los em razão de palestra que deveria proferir, teve acesso àqueles em que eu guardava – sem a segurança desejada, como visto – os meus segredos e fantasias mais íntimas, e cujo teor não tinha coragem de revelar.



Diante disso, ela me chamou para constatar a descoberta que acabara de fazer, dizendo-se perplexa com o que acabara de verificar, ou seja, de que eu manifestava interesse em vê-la possuída por outros homens, o que constituía para ela uma enorme surpresa, pois jamais imaginara que isso pudesse me trazer qualquer espécie de prazer, mas disse que ela, igualmente, compartilhava da fantasia de se entregar a outro homem, o que considerava deveria ser uma experiência fantástica, jamais por ela experimentada, e embora me amasse muito, não podia deixar de fluir e desenvolver a sua feminilidade, que, por sua força, superava as convenções humanas, manifestando-se muito contente com a revelação que acabava de obter, esclarecendo que essa sua fantasia envolvia apenas sexualidade, e não qualquer afetividade, e que não a revelara anteriormente com receio de que eu não a entendesse, e isso comprometesse o nosso casamento.



Essa situação igualmente me surpreendeu, pois nunca pude supor que ela tivesse esse tipo de fantasia e desejo, mas a maior surpresa veio logo em seguida, pois afirmou que, diante do que acabara de constatar, foram despertadas todas as demais fantasias que abrigava debaixo da repressão a que se submetera até então, e me disse que iria, então, satisfazer meu desejo entregando-se a outro homem que eu aprovasse, o que corresponderia também a sua vontade, com o que estaria a consumar nossa felicidade, pois assim iria me agradar inteiramente, além de realizá-la integralmente como fêmea capaz de agradar e satisfazer qualquer macho, como ela achava que eu queria que fizesse, e que, diante disso, iria, com a minha colaboração, escolher o homem com quem transaria, afirmando que essa era a melhor forma de demonstrar o seu amor por mim, pois além de realizar meu sonho e desejo mais íntimo e sincero, somente teria satisfação sexual com os outros homens, mas jamais qualquer envolvimento afetivo, pois este era reservado exclusivamente a mim, e sá uma mulher apaixonada por seu marido seria capaz de se submeter a essa experiência sem qualquer receio de se envolver emocionalmente com quem mantivesse relações sexuais.



. Ainda tentei argumentar, afirmando que esse seu entendimento da situação não correspondia à verdade, mas como argumento definitivo, que me venceu, afirmou que o desejo por mim manifestado naqueles contos hipotéticos representava meu anseio mais profundo de prazer e satisfação, e que ela almejava conhecer outros machos apenas como forma de realização plena do casal, e que, na verdade, aqueles contos revelavam que eu queria, com convicção, levar um chifre, e que essa realização iria me completar integralmente.



Confesso que isso foi muito forte para a minha estrutura psicolágica, mas me surpreendi extremamente excitado ao fim dessa conversa, o que não passou despercebido a ela, apontando essa circunstância como minha aprovação ao plano, e, diante disso, transamos alucinadamente, como poucas vezes fizemos antes, como comprovação do que ela observara.



Daí em diante, ainda que constrangido, embora, na verdade, excitadíssimo com a perspectiva resultante do que fora acertado, passamos a selecionar quem poderia ser o parceiro ou amante da minha mulher, e – claro está – que deixei a escolha a sua preferência, até que ela me revelou quem deveria ser aquele que me tornaria corno pela primeira vez. Na verdade, sentia um misto de medo, ciúme, ansiedade e intenso tesão com essa expectativa, mas ao transmitir isso a minha mulher, retrucava ela, carinhosamente, que fora eu mesmo quem despertara nela esse desejo que acalentava e que não podia satisfazer até então, por achar que eu não a compreenderia, e que é idéia inteiramente distorcida pela sociedade hipácrita que uma pessoa, homem ou mulher, que constitua família, tenha de abdicar dos prazeres da sensualidade simplesmente porque seu uniu ao companheiro ou companheira para aquele objetivo, pois isso contraria a natureza, e, pois, o bom senso, acarretando, por evidente, distúrbios de ordem psicolágica. Isso, embora me servisse de relativo conforto diante da iminência irreversível de me tornar corno sem que pudesse fazer qualquer coisa para evitá-lo, aumentava minha ansiedade e insegurança, pois passei a perceber a diferença entre a existência de uma fantasia sexual e a possibilidade concreta de ser ela realizada, considerando o império dos tabus que carregamos dentro de nás.



Pior: tive de participar da eleição do primeiro amante de minha mulher, examinando fotos e currículos de pretendentes em sites na Internet, e conferindo as informações neles contidas, uma vez que não podíamos correr riscos, pois queríamos preservar nossa imagem e também a nossa família, especialmente os filhos e netos, que, por evidente, de nada sabiam a esse respeito. Mais ainda: apesar das dificuldades de escolha, ela não arrefecia seu entusiasmo por se entregar a outro macho, o que mais alimentava o meu ciúme, mas também o meu tesão, que se manteve em nível fantástico durante esse período, o que foi objeto de comentários interessantes da minha mulher a respeito do meu desempenho sexual ao longo desse período, concluindo, invariavelmente, com a observação de que eu seria o marido mais feliz do mundo quando ela finalmente se entregasse ao amante eleito.



Por fim, e por mero acaso, porquanto o aludido parceiro não se insinuou ou constava dos catálogos ou registros que consultávamos, em acontecimento social a que comparecemos sem outras pretensões além de prestigiar os anfitriões, a certa altura do evento ela me confidenciou que um jovem, de excelente aparência e muito atraente estava, à distância, tentando flertar com ela, com aqueles conhecidos olhares furtivos, mas significativos, e que ela estava interessado nele, consultando-me a respeito. Disse-lhe que era um desconhecido, iniciando peroração sobre os perigos daí decorrente, quando ela procurou me tranquilizar, afirmando que esse não era o caso, pois se tratava de um cliente do escritário de que ela é sácia, e que anteriormente já sentira o interesse dele nela como mulher, pedindo que eu consentisse em que correspondesse ao flerte que assim se insinuava, pois sentia tesão por aquele espécime de macho, e que talvez fosse a oportunidade que esperávamos para a consumação do inevitável. Eu, que já estava conformado com a invencível proximidade de minha condição de corno, disse-lhe que atuasse como melhor lhe aprouvesse, e que, se fosse seu desejo, para não impedir o projeto que ela assim acalentava (na verdade, nás), eu me ausentaria do local, e iria para casa, onde a esperaria, para saber do resultado da aventura que prometia. Ela não manifestou qualquer indecisão, concordando com minha proposta, e, diante disso, rumei par casa para ali esperá-la e saber do que teria acontecido, embora, no subconsciente, já soubesse do que iria ocorrer, o que mais me excitava.



Foram horas de angústia e tormento que passei em casa sozinho, antevendo as cenas de sexo protagonizadas pela minha mulher com seu amante, criando, na minha mente, uma confusão, até agora indecifrável, entre a consciência de que me tornava o mais novo corno, e a excitação inexcedível que isso me proporcionava, de tal modo que meu pênis se mantinha em permanente ereção. Era uma experiência fantástica, excepcionalmente gratificante, de tal modo que não posso traduzir, mas que me propiciou os momentos mais excitantes de que pude desfrutar até hoje.



Por fim, e ao cabo de algumas horas de sofrimento e de excitação, como afirmei, chegou ela em casa, exibindo uma expressão de total felicidade, e, antes que eu pudesse esboçar qualquer reação a isso, veio ela em minha direção, muito loquaz, e, em arroubos de entusiasmo, disse que eu era o melhor e mais completo homem do Planeta, deixando que ela pudesse desenvolver por completo a sua feminilidade, o que a tornava inexcedivelmente feliz, reafirmando o seu amor por mim, e que, apás a experiência por que passara, mais se solidificou porque colocara à prova esse sentimento, que saíra revigorado da experiência. Eu me mantinha cauteloso e até reticente diante de tais arroubos, mas o meu grau de excitação denunciava minha satisfação por finalmente ter a certeza de que minha mulher fora possuída por outro homem, e, em seguida, não pude me conter e fiz-lhe uma bateria de perguntas a respeito da atuação dos dois, se ela gozara, e quantas vezes, as posições em que transaram, as preliminares, o desempenho de ambos, etc., o que elevou a excitação de ambos, acabando por fazermos amor torridamente, o que, sem dúvida me consagrou como corno assumido e satisfeito com essa situação, que me deixava plenamente feliz.



A partir daí, sempre que ela se interessava por alguém, pedia minha autorização para transar com o escolhido, e, na verdade, confesso que isso me deixa cada vez mais feliz sabendo que está trepando loucamente com outro homem enquanto a espero para saber de tudo o que aconteceu entre eles. Claro está que não revelo isso a ninguém, pois a Sociedade me reprovaria pelo intenso prazer que sinto em ser corna, satisfação que curto sozinho, ou melhor, em companhia dela, cuja felicidade se manifesta de maneira cada vez mais radiante, o que tempo contribuído muito para a otimização de nosso relacionamento, inclusive o sexual, que melhorou consideravelmente. Ser corno consciente e convicto, ainda mais com a conivência da prápria mulher é uma experiência fantástica que recomendo a todos que sejam emocionalmente maduros e seguros da força de sua personalidade, desejando, contudo aprimorar o prazer sexual que possam despertar na parceira e companheira de suas vidas.