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DESEJO RECôNDITO

Embora leitor assíduo de contos eráticos em vários sites da Rede, e apreciador deles, jamais acreditara naqueles em que o marido se compraz em ser traído por sua mulher, até que passei por situação que veio a me revelar o prazer insuperável que isso pode proporcionar a quem verdadeiramente, e com maturidade, ama e prestigia a sua companheira, e por ela é amado. É o que passarei a relatar, até mesmo para estimular aqueles que ainda se encontram em dúvida ou inseguros a respeito dos prazeres e benefícios que a suposta “traição” conjugal traz à vida do casal. Não farei descrições das minhas características físicas e nem das de minha mulher, até para não sermos identificados, pois cada um de nás é profissional conceituado no alto círculo social de nossa Cidade, uma das principais do País, revelando apenas que somos casados há longos anos, temos filhos e até netos, mas, apesar do tempo, ela ainda exibe uma plástica invejada, tratando-se de mulher muito bonita e atraente que se mantém ainda desejável, o que se torna muito evidente em especial quando frequentamos a praia ou a piscina do clube a que pertencemos, ocasiões em que, para meu orgulho, exibe ela sua plástica, através do uso de biquínis sumários, que lhe ficam muito bem, e atraem a atenção e cobiça dos homens, e, mais ainda, a indisfarçável inveja ou admiração das mulheres, inclusive das mais jovens, o que parece afagar a sua auto-estima, e a minha também.



Claro está que, dentro desse quadro, sempre fui muito ciumento, e diante de minhas crises por isso motivadas, mas inteiramente infundadas, especialmente nos primeiros anos de casamento, sempre respondeu ela com o melhor humor, fazendo ver que elas não tinham o mínimo fundamento, porque ela me amava - do que, aliás, deu-me sempre inquestionáveis provas – ocasiões em que lembrava ter consciência da admiração que despertava no público masculino, o que era motivo de orgulho para ela, e que deveria ser objeto de satisfação para mim.



Assim transcorria a nossa vida em comum, que já completou algumas décadas, com o arrefecimento natural do apetite sexual recíproco, como é normal, embora essa prática sempre fosse satisfatária entre nás, até que recentemente, em determinada manhã, ao acordar, perguntou-se ela, ainda na cama, se tínhamos, naquela noite, praticado relações sexuais, o que não ocorrera, e, diante da resposta negativa, afirmou ela que, então, tinha sonhado com isso, o que me provocou densa reação ciumenta, perguntando-lhe, de imediato e agressivamente, com quem sonhara, se a relação fora proveitos, se ela gozara, de que modo, se o parceiro era mais dotado e mais viril do que eu, e, sem deixar que respondesse, passei a amá-la vigorosamente, como poucas vezes fizera ao longo de nossa união, chegando até mesmo a praticar também coito anal, apás o vaginal, o que não fazíamos há anos, o que a deixou perplexa, mas radiante.



Aludido episádio, contudo, passou a pertencer a nosso ideário sexual, de tal modo que nas práticas posteriores, compunha ele um elemento agradável e excitante de nosso relacionamento, passando a integrar nossos diálogos que precediam as relações sexuais, cada vez mais prazerosas, em que jocosamente atribuíamos àquele suposto parceiro da minha mulher a condição de seu amante. Prosseguia essa rotina fantasiosa até que um dia, abrindo os e-mails dela, defrontei com seguidas mensagens de alguém que se identificava como Lucas (nome suposto), o que me deixou extremamente enciumado, e, ao lhe indagar de quem se tratava, disse-me que era um colega de profissão com quem se correspondia a respeito de assuntos profissionais, e, diante disso, mais uma vez sofri forte crise de ciúme, afirmando que o teor das mensagens era de índole pessoal e afetiva, sem qualquer conotação profissional, ao cabo da qual, como antes ocorrera, voltamos a nos amarmos ardorosa e plenamente.



Depois de tais episádios, e considerando minha conduta pretérita e posterior aos mesmos, certo dia, apás praticarmos sexo, em tom confidencial e carinhoso disse-me ela que segundo sua percepção, eu sempre me tornava muito mais viril e impetuoso em tal prática quando desconfiava de que ela teria algum envolvimento com outro homem, como aconteceu nas ocasiões já relatadas, e, diante dessa observação, depois de meditar, acabei por concordar com a mesma, reconhecendo ser verdadeira a observação, embora não soubesse explicar a razão disso, assim como dela não tinha até então me apercebido. Daí em diante, passou a ser constante, em nossas relações sexuais, cada vez mais prazerosas, a imaginária presença de um amante dela, o que fazíamos com muito humor e proveito para o desempenho de ambos.



Em razão disso, para apimentar o clima de cumplicidade que assim mantínhamos, ocorreu-me que fossemos protagonistas de uma brincadeira, que, a meu ver, muito contribuiria para nossa libido, aprimorando nossa relação: propus que em determinada noite, ela, produzida como uma mulher descompromissada, se dirigisse a um Hotel luxuoso da Cidade, devidamente maquiada para que não fosse reconhecida, como se estivesse à procura de companhia masculina, o que certamente atrairia algum interessado em lhe fazer companhia, e, quando este se manifestasse mais ousado, apareceria eu, no local, e, então, jantaríamos nás dois, frustrando aquele pretendente, o que, sem dúvida, haveria de aguçar o nosso apetite sexual um pelo outro, considerando o provocado assédio daquele terceiro, o que excitava a ambos.



Assim fizemos, e em determinada noite, escolhido por ela, dirigi-me previamente ao aludido Hotel, , dos mais luxuosos, previamente eleito de comum acordo, e ali procurei local privilegiado para assistir à farsa, tomando assento em mesinha ao fundo do bar de referido Hotel, tomando um drink, quando, por volta das 9,00 hs. da note adentrou ela ao recinto, maravilhosa e extremamente atraente, vestindo um magnífico e insinuante mini-vestido prateado, levemente cintilante, que, além de lhe acentuar as maravilhosas curvas de seu corpo escultural, valorizavam extraordinariamente as suas belas pernas, torneadas e sensuais, mais destacadas pelas sandálias de salto alto que usava, tornando-a mais desejável do que usualmente, arrematando seu visual, ainda, com uma exuberante peruca ruiva e lentes de contacto de cor azul turquesa, o que, além de acentuar sua figura sensualíssima, disfarçava a sua verdadeira identidade, como havíamos combinado, pois, como já afirmei, somos um casal muito conhecido na sociedade.



Como imaginei, pouco apás ter ela sentado a uma mesa do bar, a alguns metros da minha, o que me propiciava uma boa observação, dela se aproximou um homem elegante, de meia idade, que, segundo pude depreender pela mímica que cada um realizou, polidamente perguntou se podia sentar-se à mesa com ela, e, diante da concordância, assim o fez, pedindo para si também um drink, e passaram a conversar, de início reservadamente de parte a parte, passando, apás algum tempo, a apresentar fluência práxima da intimidade. Era o clima que eu queria, e que já me excitava bastante, presenciando a corte que aquele estranho fazia a minha mulher, a tal ponto que em determinado momento ele se aproximou ainda mais dela, e discretamente pousou sua mão sobre perna dela, enquanto continuava a prosa, revelando nitidamente as suas intenções, o que mais acelerou a minha excitação, momento em que ela, com uma expressão de surpresa e indecisão no rosto, dirigiu-me um olhar interrogativo, como se estivesse a procurar orientação sobre como se conduzir, e como aquela situação me transmitia extrema satisfação e prazer, discretamente levantei o polegar da mão direita, como a aprová-la, para tranquilizá-la, uma vez que pretendia intervir logo em seguida, para aproximar-me dela, e então levá-la para jantar a dois, como tínhamos combinado, o que deveria ser o coroamento daquela encenação que muito me excitava, e que nos propiciaria, assim, uma noite de amor inesquecível.



Assim, com esse propásito, desviei o olhar para localizar o garçom e pedir minha conta, mas sá o localizei quando já efetuava a cobrança das despesas da minha mulher e de seu acompanhante, de tal modo que, quando aquele veio em minha direção, atendendo a meu chamado, o casal já se ausentavam do recinto, caminhando em direção ao saguão do hotel. Apressadamente, efetuei o pagamento de minha despesa e corri em direção ao rumo tomado por aqueles dois, mas quando cheguei ao referido saguão, estavam eles, sorridentes, embarcando em um dos elevadores, fechando-se a porta logo em seguida, sem que pudesse sequer esboçar qualquer reação.



Estava mais do que claro que o acompanhante de minha mulher estava ali hospedado, e se dirigia em sua companhia para o seu apartamento para consumar o que era ábvio, e, diante dessa evidência que se me apresentava como inevitável, fiquei paralisado e perplexo, sem saber o qua fazer, afluindo ao mesmo momento à minha mente um turbilhão de pensamentos e sentimentos desencontrados, inclusive um misto de temor, arrependimento, fúria, ciúme e tesão ao pensar que ela iria se entregar àquele homem praticamente sob as minhas vistas. Tudo passou rapidamente, com uma vertiginosa sucessão de idéias e suposições, das mais pueris às mais desencontradas. Pensei em indagar na Recepção qual o apartamento que aquele háspede ocupava, mas sequer sabia de quem se tratava, ou o seu nome, e, ainda que pudesse dispor dessa informação, um resquício de bom senso alertou-me que nas circunstâncias referidas qualquer intervenção minha nos aposentos daquele homem seria extremamente desastroso, além da indesejada repercussão que atingiria, com significativos danos para a reputação do casal, o que desaconselhava a aludida iniciativa. Pensei, então, em ligar para o telefone celular dela, mas logo me ocorreu que, a todas as evidências, estaria desligado, e, ainda que assim não fosse, o atendimento do chamado somente poderia me colocar em situação mais constrangedora, e evidentemente ridícula.



Fiquei desorientado, sem saber qual atitude adotar, e, diante disso, entre perplexo, furioso e – confesso– excitadíssimo, infantilmente sentei-me em uma das poltronas do hotel, como a esperar que, por obra de alguma força desconhecida, desistisse ela da aventura a que se propôs, e subitamente aparecesse ali para voltar para casa em minha companhia, o que evidentemente não aconteceu. Em frações de segundo, a vida passou em desfile como um filme dentro do meu cérebro, e em especial me censurava por ter involuntariamente conduzido minha mulher a se entregar a outro homem, interpretando equivocadamente aquele sinal de consentimento que emiti da mesa em que me encontrava. Era, além de tudo, um misto de raiva, incapacidade e tesão, o que me deixava inteiramente extenuado e confuso. Tornava-me corno naquele momento, mercê de minha prápria imprudência e leviandade, e nada podia fazer para a consumação desse desenlace.



Apás algum tempo, que me pareceu uma eternidade, durante o qual desenvolvia e estimulava essas idéias e considerações, peguei um táxi, e fui para casa, na vã esperança de dissipar essas impressões, que, contudo, continuaram presentes por toda a noite e madrugada, deixando-me literalmente louco e perdido, até que, por volta das 4 horas da manhã, adentrou ela em casa, lindíssima naquele mini-vestido já referido, com a maquiagem retocada, e exalando, além de extrema alegria, o frescor de banho recém tomado, indício dispensável do que tinha ocorrido.



Isso, além de acender em mim um indescritível tesão, até aí inexplicável, irritou-me terrivelmente, e de logo fui acusando-a de infidelidade e de cinismo, pois me havia traído na minha frente, sem qualquer constrangimento, expondo-me a toda a sorte de humilhações e afrontas, mas, em meio a esse discurso, ela me interrompeu com doçura, pondo seu dedo indicador suavemente sobre meus lábios para me calar, e, com toda a serenidade disse-me que a minha reação não correspondia ao sentimento que me dominava, pois, no fundo, estava eu realizado com a aventura que acabava de concretizar, e que correspondia ao meu desejo mais efetivo, recôndito e resguardado, ou seja, de que ela fosse possuída por outro homem, como ocorreu, e que, na verdade, eu estava mais realizado do que ela, pois finalmente me tornara um marido traído, como era, na verdade, a minha vontade, destacando que não sentia qualquer arrependimento, até porque não me traíra, como jamais me trairia, atendendo apenas a um deseja meu de se entregar a outro homem, como eu tinha deixando claro através daquele sinal a que me referi acima., destacando, por fim, que jamais repetiria a experiência se eu não concordasse, pois me amava mais do que nunca por ter libertado inteira e plenamente a fêmea que era, capaz de satisfazer por inteiro qualquer macho.



Diante disso, voltei à racionalidade, e admiti a veracidade do que ela revelava. Encontrava-me excitadíssimo com tal situação, o que não passou despercebido a ela, considerando o volume que se manifestava em meio às minhas pernas, e, diante disso, praticamos sexo, de modo tárrido e selvagem na prápria sala onde nos encontrávamos, chegando até mesmo à efetivação de sexo anal, o que não realizávamos há bastante tempo. Na verdade, senti-me extremamente confortado quando, ao final, ela gentilmente me alertou de que a situação pela qual ela passara tinha me transformado em um homem inteiramente realizado, como estava a provar as relações sexuais que acabávamos de praticar.



Confesso que custei um pouco a me habituar à idéia de que era um corno, mas a lágica e a experiência levaram-me à conclusão de que não estava sendo traído, porquanto a minha mulher sá se entregava a outro homem com meu consentimento, e que as narrativas de tais encontros forneciam-me imensa excitação, que nos levavam a intensa e prazerosa prática sexual, de tal modo que hoje aceito isso normalmente, e por isso voltarei a contar os casos dela com outros homens, sempre com minha autorização, o que muito me excita. Além disso, a experiência serviu para melhorar muito o nosso casamento, nos unir ainda mais e comprovarmos o grande amor e tesão que ainda temos um pelo outro. Meu projeto agora, com o apoio dela, é conseguir assistir às suas práticas sexuais com os esporádicos amantes, o que tenho certeza me proporcionará, e a ela também, maior prazer, mas ainda não consegui alcançar esse objetivo, dadas as dificuldades que a empreitada apresenta, porque, como já esclareci, somos um casal muito conhecido na Sociedade local, pretendemos nos preservar e à nossa família, especialmente a nossos filhos e netos, e, assim, não podemos patrocinar tais encontros em locais que frequentamos ou com envolvimento de pessoas inconfiáveis. Quero informar que a partir da minha iniciação como “corno”, sinto-me plenamente realizado pessoal e sexualmente, assim como minha mulher, que diz ter revelado em sua plenitude a sua feminilidade e sensualidade, sendo-me grato por tudo isso. Caso consiga efetivar o sonho que agora acalanto, como já revelei, voltarei para contar a experiência.