CAPITULO 3
Depois da tarde do meu segundo encontro com Suzana eu a deixei na primeira estação de metrô pela qual passamos e corri para o hotel. Tomei uma ducha rápida, lavei os cabelos e eu mesmo os sequei, esperando que meu marido pensasse que eu tinha ido a algum salão de beleza passar a tarde me cuidando. As unhas, apesar de toda a tarde, estavam inteiras e estava começando a me maquiar quando ele chegou.
- Você está linda, aposto que passou o dia todo num salão cuidando dos cabelos e se divertindo.
- Com certeza, me diverti a tarde toda, enquanto as horas não passavam para poder vê-lo – eu disse, oferecendo os lábios para um beijo.
Naquela noite o jantar estava soberbo, alguns executivos americanos estavam no país e como eu falava inglês fluentemente devido aos anos passados fora do país, me diverti muito e fui elogiada por alguns deles como sendo muito bonita e inteligente. Meu marido agradeceu aos elogios, sorridente.
Ele havia dito que não passaríamos a noite no hotel onde estávamos e nossas coisas estavam no carro. Quando percebi, ele estava subindo a rampa de entrada do mesmo motel onde estivera a tarde toda com Suzana.
- Porque este? – perguntei assustada, imaginando se alguém me seguira durante o dia.
- Aqui tem uma das melhores banheiras de hidromassagem que conheço e hoje preciso de uma junto com minha esposa – ele disse, sorrindo.
Ainda bem que a recepcionista já tinha mudado e nos deram outro quarto, cuja decoração era até mesmo parecida. Fizemos amor duas vezes e foi muito bom, mas sexo com homem não é definitivamente nem um pouco parecido com sexo com outra mulher. Ambos são bons, mas com outra mulher as possibilidades são infinitamente diferentes.
Durante dois meses esqueci-me de Suzana. Meu filho adoeceu, ficou com princípio de pneumonia e isso me ocupou durante praticamente um mês e em seguida vieram as festas de final de ano e não podia pensar em sexo tendo tudo pela frente para arrumar. Nosso apartamento, uma cobertura frente ao mar, precisava de uma boa pintura e meu marido ainda havia convidado para a festa do reveillon um executivo americano que não possuía família no país para ficar conosco. Ele viria com a namorada e decidi caprichar na nova decoração do quarto de háspedes, trocando a cama por outra de madeira maciça, um colchão alto e confortável e cortinas novas. Segundo meu marido, esse executivo tinha muita importância dentro da empresa e em breve deixaria o país.
- Temos que caprichar na ceia – eu dissera.
- David é um cara muito simples, Malu, não precisa se preocupar, faça uma ceia com muitas frutas tropicais, comida brasileira, pense num leitão assado ou algo assim, afinal ele comeu peru de natal a vida toda – disse ele, rindo.
- Vou pensar em muitas mousses de frutas e em alguma carne diferente – ela disse.
- Ótima idéia – ele disse.
- Quantos anos eles tem?
- David deve estar com uns quarenta anos e a namorada dele tem algo em torno de vinte poucos anos.
- Nossa, que diferença!
- Ele a conheceu aqui, parece que ela é estudante de administração e estava trabalhando num evento qualquer em que a empresa participou. – ele disse – Como ela fala inglês fluentemente ele se encantou, mas eu digo a você, ela é um avião!
- Ah, é? E desde quando você fica olhando mulheres na rua?
- Desde sempre, mas olhar não faz mal, faz?
- Não desde que você se lembre que sá pode pôr a mão em uma, eu! – e o abracei feliz.
- Isso eu me lembro todos os dias, aliás, eu adoro pôr as mãos em você – dizendo isso, apalpou meu traseiro, trazendo meu corpo para junto do dele, que já se excitava.
- Você tem que ir trabalhar – eu o lembrei.
- Tenho, é? Não dá nem tempo para uma rapidinha?
- Desde quando sou mulher de rapidinha? – disse, virando de costas, me fazendo de aborrecida.
- Desde sempre, você é mulher para qualquer jeito ou situação.
A casa estava vazia, filho na escola e empregada no supermercado.
- Ou posição? – me debrucei na mesa do escritário, onde estávamos e ofereci o corpo. Senti que ele gemia e em seguida o zíper da calça foi aberto. Meu pescoço foi mordiscado, enquanto a saia do vestido ia sendo erguida, as pernas acariciadas...
- Vamos, não tenho o dia todo.... – eu o incitei a ir mais rápido.
- Você precisa de tempo...
- Preciso de sexo, vamos logo com isso...
- Que mulher mais insaciável... – e me penetrou sem maiores preliminares.
O sexo rápido não tem graça se você não estiver excitada, mas eu estava e muito. Quando ele me penetrou eu já estava praticamente toda molhada e em poucos minutos já gozava rebolando de encontro a ele. O gozo veio mais rápido para mim do que para ele, por incrível que pareça.
- Acho que nunca tínhamos feito amor em pé nesse escritário... – eu disse.
- Acho que não.
- Foi muito interessante – eu o beijei, a língua desenhando apelos eráticos – Devemos fazer mais vezes.
- Podemos tentar a pia da cozinha qualquer dia desses - ele me disse, rindo.
- Boa idéia. Agora vá, se não chegará muito atrasado.
- Preciso me lavar – ele disse, rindo.
- Faça como naqueles puteiros sem banheiro, lave-se na pia. – eu disse, caindo na gargalhada e indo me lavar decentemente.
O casal de convidados chegaria no dia trinta e além deles teríamos meus pais, os pais de meu marido, meu cunhado com a esposa e três filhos pequenos. Tudo estava razoavelmente arranjado, boa parte da comida tinha sido pré-assada e esperava no freezer, bebidas compradas, frutas encomendadas e a doceira viria fazer as sobremesas um dia antes a noite. Meu cabeleireiro estava marcado e o vestido e as roupas da família devidamente escolhidas.
Como eles chegariam somente no início da noite, resolvi ir a massagista dar uma relaxada no corpo e por sorte ela tivera uma desistência. Despachei meu filho para a casa da cunhada e fui aproveitar momentos sá para mim. Minha massagista elogiou minha boa forma e enquanto ela me massageava o corpo, lembrei das mãos de Suzana me acariciando, me deixando excitada. Fui ficando cada vez mais ansiosa e me dei conta que não pensava nela havia meses. Quando as festas passassem eu ligaria para combinarmos algo.
Cheguei ao apartamento relaxada e feliz, com meu filho a tiracolo. Ele entrou correndo porta adentro e gritou feliz ao ver o pai na sala.
- Papai, você já chegou! – e se atirou nos braços do pai.
Olhei no relágio, eram apenas quatro horas. Ele deve ter se livrado do serviço mais cedo, mas teria trazido os convidados com ele? Ajeitei os cabelos e a roupa e entrei na sala.
No meu sofá estavam nada mais do que o tal David e Suzana! Suzana era a tal namorada do americano! Mil idéias me passaram pela cabeça: será que ela descobrira quem eu era e tinha dado um jeito de se aproximar? Chantagem, talvez?
Quando olhei no rosto dela percebi que nada disso era verdade. Ela estava lívida da surpresa e parecia grudada no sofá.
- Malu quero lhe apresentar David Morrison e sua namorada, Bete.
- Muito prazer – eu me adiantei. Então o nome verdadeiro dela era Bete, ou quem sabe Elisabete? – Vocês fizeram boa viagem?
- O prazer é meu, desculpe se chegamos mais cedo, o trabalho não exigiu muito e resolvemos descer logo. – disse David, em português.
- Não se preocupe, assim terão tempo de descansar mais. Olá, Bete, seja bem vinda.
- Obrigada – ela disse e me beijou o rosto num cumprimento informal. – Você não disse que sua esposa era uma mulher tão bonita, Carlos.
- Não? Mas ela é mesmo uma mulher muito bonita e inteligente, mais inteligente ainda por ter se casado comigo. Esse aqui é meu filho, Júnior.
- Olá, garoto – ela disse, cumprimentando o menino – Podemos nos beijar em apresentação?
Sá aí ela já ganhou um ponto com meu filho, pois ele odiava ser agarrado e beijado e ter pedido permissão a ele para um beijo o fez sentir-se importante.
- Podemos sim – e ofereceu o rosto para o beijo.
- Lindo filho, Carlos – disse David. – Parecido com sua esposa.
- Graças a Deus – brinquei e pedi licença para ajeitar o banho de meu filho e me trocar.
- Estou vindo da massagista e preciso lavar todo o creme do corpo. Carlos, você ofereceu algo a eles?
- Maria já chegou do supermercado e está preparando um suco de frutas bem gelado para todos.
- Ótima idéia. – e sai da sala, precisava de tempo para me recompor.
Deixei Júnior no banho e fui para meu práprio banheiro, enquanto tirava o creme do corpo, pensava na situação. Bem se dizia que quando se pensa no diabo ele aparece. Suzana em minha casa era a última coisa que eu imaginava.
Deixei os pensamentos, tantos os maus quanto os bons, aliás, deixar os bons foi mais difícil. Imaginava até mesmo um jeito de passar meia hora a sás com ela, para ter um ou dois orgasmos fantásticos!
De volta a sala, tomamos suco de frutas deliciosamente gelados e meu marido colocou algumas gotas de vodca no meu, pois era assim que eu gostava e relaxamos na varanda, olhando o mar calmo.
Quando todos resolveram tomar banho, Carlos achou melhor que fossemos jantar em um bom restaurante que servisse frutos do mar e pedimos a Maria que chamasse sua filha, que nos servia de babá noturna quando precisávamos.
O restaurante estava lotado, como era de se imaginar, mas Carlos havia ligado antes e como éramos assíduos frequentadores do lugar, uma mesa nos foi indicada assim que chegamos.
Suzana se aventurou a comer polvo, que segundo ela nunca tinha tido coragem de provar e David adorou as casquinhas de siri com pimenta, embora dissesse que sua língua se ressentia um pouco da experiência. Foi uma noite agradável e descobri que Suzana, ou Bete, estudava mesmo administração e estava no último ano da faculdade, que trabalhava em feiras e eventos para ajudar os pais a custear os estudos e morava com outra colega em um apartamento de quarto e sala num bairro classe média da capital.
Suzana pediu licença para ir ao banheiro e eu me dispus a acompanhá-la. Seria a oportunidade ideal para abordá-la.
- Que diabo de coincidência, não? – ela disse assim que nos afastamos o suficiente.
- Nem diga isso, começarei a achar que é destino – eu disse séria.
- Não está pensando que eu descobri quem era você, não é?
- Confesso que a idéia me passou pela cabeça.
- Não é verdade, pergunte a David, estamos juntos há mais de seis meses. Eu o conheci antes de conhecer você.
- Entendo. Como você se chama, afinal?
- Acredite se quiser, eu me chamo Elisabete Suzana, o nome das duas irmãs de minha mãe. Horrível, não? – ela disse, rindo.
- Eu diria que ela combinou dois nomes muito diferentes – eu sorri, retocando o batom.
- Espero que você não comente com Carlos que me conhece.
- E diria o quê? Como a conheci? Seu segredo está guardado comigo.
- Eu diria nosso segredo Malu, ou devo dizer, Lúcia?
- Maria Lúcia, mas todos me chamam Malu.
- Malu, então. – ela disse.
Retornamos à mesa e disse a todos que seria melhor irmos para casa, afinal o dia seguinte seria muito atribulado e todos acabaríamos muito cansados.
- Verdade, amanhã pretendo ver o dia amanhecer – disse Carlos.
- O nascer do sol deve ser bonito da sua casa – disse Bete.
- Com certeza – disse eu, me levantando assim que os homens pagaram a conta.
O dia seguinte foi uma sucessão de acontecimentos. Fui ao supermercado buscar coisas que sempre faltam nessas ocasiões e David e Bete foram à praia com Carlos e meu filho. Quando chegaram eu estava de saída para o cabeleireiro e me despedi muito rápido. Suzana disse que ela mesma cuidaria de sua aparência e que pretendia dormir um pouco, para juntar forças para a noitada.
Quando retornei por volta das seis horas da tarde a casa estava no mais absoluto silêncio. Um bilhete de Maria avisava que tudo estava pronto e que a copeira contratada viria a partir das oito horas da noite. Meu marido fora para a última reunião de seu time de futebol e levara Júnior para a casa da irmã e ele voltaria somente com ela, já para ficarem definitivamente. E onde estaria Suzana?
Fui até a cozinha buscar um copo de água e resolvi mastigar algumas uvas, quando Suzana apareceu na porta. Usava um vestido de verão tomara que caia e estava de cabelos úmidos.
- Oi – ela disse.
- Olá, dormiu bem?
- Passei uma água no corpo e deitei. Somente agora criei coragem para lavar os cabelos.
- Está com fome?
- Não, almocei muito bem, mas aceitaria um cacho de uvas.
Tirei a travessa com frutas da geladeira e ofereci a ela. Suzana pegou um cacho de uvas escuras e começou a comê-las devagar.
- Você tem uma casa e família lindas.
- Obrigada.
- A que horas eles voltam?
- Se depender de Carlos somente por volta das oito horas, meu menino vem com a tia lá pelas nove horas.
- A empregada?
- Foi-se, ela me pediu folga até o dia dois, pois sua família veio de longe. Contratei uma copeira para providenciar o jantar.
- Estamos sozinhas até as oito, no mínimo?
- Acredito que sim.
- Porque você não interfona ao porteiro e pede a ele que avise se algum deles chegar, não passa a chave nas portas e eu e você não tiramos uma horinha para nos divertir?
- Não na minha casa, você está doida!
- Malu, qual o problema? – ela pôs a mão no interfone e me desafiou – Não seria excitante fazer amor com uma mulher em sua prápria casa? O medo aumenta o tesão.
- Seria desonesto.
- Não, seria demais! - e me entregou o interfone – Diga a ele que avise.
- Não tenho esse hábito.
- Diga que está fazendo uma surpresa a Carlos e precisa ser avisada.
Peguei o aparelho da mão dela e falei com o porteiro, pedindo que avisasse da subida de qualquer pessoa, principalmente meu marido, assumindo um risco para o qual não sabia se estava preparada.
- Boa menina – ela colocou uma uva em minha boca e sorriu. - Seu cabelo está lindo, precisamos tomar cuidado para não desmanchá-lo. – e deslizou uma uva por meus lábios, mordendo-o sensualmente depois.
- Não sei se quero.
- Podemos brincar aqui mesmo, na sua cozinha – ela disse – Gostaria de fazer amor com você apenas por prazer, não por dinheiro.
- Suzana...
- Malu... – ela imitou o meu tom de voz e sorri, encostando-se a pia imaculadamente limpa que Maria deixara.
Ela se aproximou de mim e começou a deslizar a ponta dos dedos pelo meu pescoço, colo, contornando o decote do vestido frente única que eu usava, contornando os bicos dos meus seios já endurecidos.
Sua boca deslizou pelo mesmo caminho e eu acariciei suas costas, delicadamente.
- Não, hoje faremos exatamente como no primeiro dia que nos vimos. Você sá receberá. Será meu presente de ano novo. – e segurou minhas mãos, impedindo meus carinhos.
A boca começou a deslizar pelo meu pescoço, beijou meus lábios, voltou ao colo, acendendo desejos. Senti que desamarrava a frente única e os seios ficaram expostos a todo tipo de carícia, muitas e de todos os tipos. Em pé, encostada na minha pia, eu estava sendo lambida, chupada, mordiscada e apalpada de todos os modos, ora com carinho ora com desejo e quase dor. Erguia o pescoço e pedia mais, sentia as mãos dela correndo por minhas coxas, erguendo a saia do vestido, aos poucos descendo minha calcinha de renda minúscula.
Suzana me forçou a sentar na pia e ali, mãos ao lado do corpo, sobre a fria pedra de granito escura, apoiou meus pés, as pernas totalmente separadas, calcinha jogada ao chão, ela começou a lamber minhas coxas, mordiscar e subir lentamente até meu sexo. Eu já estava totalmente molhada e esperando pela língua que faria um trabalho maravilhoso e já conhecido, ansiosa.
Quando ela finalmente mergulhou a boca em mim eu gemia e pedia mais, erguendo os quadris em busca de mais profundidade, em busca daquela língua que não parava. Praticamente ajoelhada diante de mim aquela mulher me levava à loucura, um dedo me penetrando, ao mesmo tempo em que a língua me sugava, os orgasmos se sucedendo.
Do nada, ela parou. Não entendi o motivo e ainda meio tonta, ergui a cabeça. Ela abriu uma gaveta e depois outra, buscando alguma coisa dentro delas.
- O que você procura?
- Algo que sirva de brinquedo – ela disse, rindo. Deu um gritinho triunfante quando encontrou o esmagador de prata usado para fazer caipirinhas e batidas, parte de um imenso arsenal de acessários para drinques que meu marido possuía.
- Não, de jeito nenhum! – eu disse, fechando as pernas.
- Vamos, Lúcia, coragem. É gelado, mas ficará pegando fogo dentro de você, absolutamente limpo e sem riscos.
- Não!
- Eu quero você gozando, quero sentir você se contraindo na minha mão e na minha língua ao mesmo tempo e isso tem um formato anatômico mais do que perfeito. Abra as pernas, vou chupá-la todinha de novo, você vai gozar como doida.
- Não... – a recusa já ficava menos veemente.
- Sim. – e tornou a colher um dos meus seios em sua boca, sugando-o incessantemente, depois com o esmagador, contornou um a um os bicos rijos, incitando-me a querer, até que comecei a ceder e abrir as pernas.
O esmagador foi acariciando meu grelo, escorregando lentamente por fora, rodeando, esperando minha resposta, os lábios se alternando entre meus seios.
Quando dei o gemido de entrega ela começou a penetrar o “brinquedo” dentro de mim, ele estava gelado, mas realmente tomou o calor do meu corpo e me amoldei para recebê-lo, esticando o ventre. Ela começou a manuseá-lo com cuidado, pois não era tão maleável quanto o membro daquela tarde e quando sentiu que não me machucaria, desceu a cabeça para o meio de minhas pernas, tornando a me chupar, meu grelo grudado em sua boca, sugando e sugando, até que eu comecei a ter novas contrações de orgasmo e gritar, enlouquecida de tesão.
Ela podia sentir o “brinquedo” se contraindo junto comigo e ainda assim não desistia de continuar me sugando, lambendo e incitando com frases eráticas. Quando pedi que parasse, pois não aguentava mais, ela o tirou delicadamente de dentro de mim e o jogou dentro da pia, sem tirar a cabeça do meio de minhas pernas.
Ainda ficou me lambendo por alguns minutos, como se me consolando e finalmente se ergueu, dizendo:
- Feliz Ano Novo, Lúcia.
- Para você, também – eu disse e um ímpeto de loucura me levou a pular da pia e segurando-a, encostá-la na mesa de madeira que ocupava o centro do aposento.
- - Mas você não vai sair ilesa. – empurrei para o lado o arranjo central e outras coisas que Maria deixara e a fiz deitar-se na mesa, ao mesmo tempo em que já erguia sua saia com uma mão e descia a parte de cima do vestido com a outra. Ela caiu na gargalhada e tomou minha cabeça entre as mãos, me guiando para os seios.
- Não temos muito tempo. – ela disse.
Os seios dela ficavam perfeitos na minha boca, constatei ao mesmo tempo deliciada e horrorizada, faminta de prazer e em dar prazer. Minha mão em concha segurou um seio e o lambi inteiro, da base até o alto, evitando o bico, até que ela me pediu.
- Me chupa inteira, me suga toda...
- Com todo o prazer...
E comecei abocanhando o bico rosado e duro, descendo pela barriga, mãos apressadas bolinando tudo o que encontravam pelo caminho, abri suas pernas e comecei a manipular o sexo molhado e inchado, esperando a língua tomá-lo. Decidi que não tinha tempo e fui direto ao sexo de Suzana, enfiando a língua dentro dela, lambendo de baixo para cima, dizendo que ela pedisse o que queria receber.
- Quero tudo, me chupa toda, gruda em mim – ela pedia.
Foi o que fiz, fechando os lábios no grelo dela, chupei-a todinha, sem dar-lhe chance de escapar, quadris seguros por minhas mãos, controlando o rebolado cadenciado do gozo que estava chegando. Ali, deitada na mesa da minha cozinha, pernas totalmente abertas, seios a mostra, Suzana era a encarnação do mais puro sexo primitivo e natural, sem preconceitos ou pudores. O gozo dela veio alto, com gemidos e gritos me pedindo para não parar. Aliás, parei somente quando senti que ela soltava os quadris na mesa, exausta. E me parabenizei por ter aprendido tão rápido como dar prazer à outra mulher.
Deitei a cabeça em sua barriga e soltei um longo suspiro de satisfação, interrompido pelo som estridente do interfone.
- Eles chegaram, meu Deus! – e corri para o interfone.
Ela se ergueu da mesa, colocou a cadeira no lugar e recompôs o vestido.
- Temos uns cinco minutos até guardarem o carro na garagem e subirem no elevador – eu disse, amarrando o vestido no lugar e calçando as sandálias. Lavei o esmagador de prata e o joguei na gaveta, apavorada.
- Melhor irmos para nossos quartos, nos enfiarmos no chuveiro e tirarmos as marcas e o cheiro de sexo de nás, isso sim – ela disse, rindo.
- Ótima idéia. Vejo você depois. – e saí correndo da cozinha.
No chuveiro, tomando cuidado para não estragar os cabelos, revi a loucura que havia feito e o medo me cobriu de horror. Se Carlos nos pegasse eu seria uma mulher morta!
Ouvi meu marido falando com David na sala e em seguida ele entrou no quarto.
- Malu, você está ai?
- No chuveiro, querido.
- Assim que você sair eu vou entrar, não jogamos bola, mas tomamos umas cervejas e está um calor dos diabos lá fora. – disse, tirando a roupa.
- Eu sei, cheguei agora do salão e também estava morta de calor. – ele me observou enxugando o corpo e sorriu.
- Você está de novo com aquela aparência de gatinho satisfeito depois de tomar todo o pires de leite.
- Estou? Deve ser porque estou feliz com o ano novo e cheia de expectativas.
- Isso é bom, se eu não estiver muito bêbado no final da noite podemos começar o ano muito bem.
- Então não beba muito, oras – eu disse, sorrindo maliciosa. Como ele podia perceber que estava com cara de gato satisfeito? O sexo com Suzana era mesmo incrível!
- Vou tentar me comportar – dizendo isso segurou um de meus seios na mão e o beijou, a língua lambendo o bico rosado. – Hum, eu adoro isso.
- Eu também – lembrando que há menos de meia hora era Suzana quem tinha feito aquilo e com maestria.
- Você está com uma mancha esquisita aqui – e me mostrou um arroxeado no seio.
- Estou, é? – olhei para baixo e vi, lá estava ela, incriminadora.
- O que foi isso?
- Deve ter sido o Júnior, ele correu ao meu encontro ontem e lembro dele ter se chocado com o cotovelo em mim – disse, tentando encontrar uma desculpa.
- Tem que tomar mais cuidado, amor, ainda mais com essa prátese novinha em folha – ele disse, lambendo novamente o seio, me erguendo do chão. – Hum, estou com vontade de deitá-la aqui mesmo no chão do banheiro.
- Você anda muito cheio de vontades diferentes, sabia? Anda treinando com alguma mulher na rua, é?
- Quem, eu? Lágico que não, ando apenas tentando diversificar, já que estou me vendo diante de uma mulher totalmente nova, que a cada dia se transforma. – ele disse, enquanto me virava e nos colocava diante do espelho. – Vê?
A imagem era de uma mulher em plena forma, nua, a o lado de um belo homem, peito nu, pelos escuros dando-lhe um ar viril. A mão dele correu por meu corpo, subindo aos seios, acariciando os bicos, a boca mordiscando o pescoço exposto, levemente inclinado para receber o carinho.
- Vai estragar meu cabelo e atrasar o jantar, os convidados ficarão esperando.
- Não vai demorar tanto assim, depois podemos brincar com cuidado, prometo não tocar no seu cabelo – e dizendo isso, escorregou para o meio das minhas pernas.
Eu, que já estava toda inchada do sexo com Suzana, não podia falar não. Ele colocou uma de minhas pernas apoiadas sobre o banquinho do banheiro e assim expôs meu grelo a sua língua. Carlos era um bom amante, sabia mesmo como agradar uma mulher, mas eu agora até saberia de olhos fechados se era um homem ou uma mulher a me chupar, tamanha a diferença de toque existente. Relaxei e acariciei os cabelos dele, incitando-o a continuar. Devido à sensibilidade e ao fato de que já estava mais do sexualmente satisfeita por aquele dia, empurrei delicadamente a cabeça dele e o coloquei de pé, decidindo que era melhor eu chupá-lo do que ele a mim. Coloquei o membro ereto e muito bem proporcionado de meu marido na boca e o suguei como ele mais gostava, devagar e em toda sua extensão, acariciando a cabeça, circundando com cuidado com os lábios e língua a parte mais sensível.
- Venha aqui, sua danada. Era eu quem estava brincando, não você – e me puxou para cima.
- Sente-se aí – indiquei o vaso e ele obedeceu. Encaixei-me por cima dele e fui cavalgando aos poucos, indo e vindo, quase o deixando sair de dentro de mim e ele me segurava pela cintura, tentando sugar meus seios ao mesmo tempo em que eu me movia. Quando o gozo veio, foi bom e diferente.
- Meu Deus, Malu, parece que sexo com você fica melhor a cada dia que passa!
Mal sabia ele o motivo.