Fui educado nos mais rígidos princípios da moral. Nasci num lar evangélico e sempre tive a minha volta os rigores de uma educação religiosa ao extremo. Cresci dentro da igreja e aprendendo que qualquer coisa que viesse de meus desejos era errado, era pecado. Naturalmente, sempre fui introvertido. Aos meus dezoito anos, embora inteligente e de boa aparência, nunca havia namorado. E sob a pressão de minha família, dos irmãos da igreja e até mesmo da minha fé, sempre mantive-me afastado das coisas que entendia erradas e antinaturais - não colava nas provas do colégio, não dizia palavrão, nunca havia me masturbado. Minha vida era retilínea e sem turbulências.
Até que conheci aquele que mudaria tudo o que acreditava, viraria meu mundo e meus conceitos de cabeça para baixo. Seu nome era Felipe. Um rapaz loiro, olhos azuis, magro e muito delicado, tinha um sorriso de céu anil. Segundo soube pelos irmãos, ele havia se convertido recentemente à fé. Era um homossexual que tinha sido salvo do caminho do pecado. Simpático, bonito, muito cativante, logo ganhou o carinho de todos os jovens da igreja, principalmente das moças. A princípio me mantive distante, devido a minha timidez, mas com o tempo, fomos ficando amigos. Descobri que tínhamos muitas coisas em comum. Gostávamos da presença um do outro, conversávamos por horas sem nos enfadar.
Criamos o hábito da nos sábados à noite, em minha casa, estudarmos a Bíblia e conversarmos sobre nossas vidas. Ele me contava tudo sobre seus relacionamentos com outros homens, de como descobriu esse desejo e do que Deus tinha feito em sua vida para mudá-lo. Eu ouvia fascinado. Sua voz de menino angelical me hipnotizava e sua histária me cativava como nunca antes ninguém tinha feito. Depois de alguns sábados, decidimos que seria melhor se ele dormisse em minha casa. E no primeiro fim de semana em que ele veio para dormir, tudo aconteceu...
Estávamos no meu quarto, sobre a cama, lendo a Bíblia, quando olhei para seu olhar triste e distante. Nás já nos entendiamos independentemente de palavras. Perguntei:
- Por que você tá triste, Lipe?
Ele quis desconversar, mas insiti. Então, falou-me:
- É que tenho medo...
- De quê? - eu quis saber.
- Tenho medo de nunca casar, por causa da vida que eu tinha, tenho medo de nenhuma garota me querer.
Ele estava tão vulnerável, tão frágil. Como eu queria protegê-lo, como queria impedir que ele sofresse.
Olhei seu rostinho triste e não resisti, abracei-o para consolá-lo.
- Não precisa ter medo, Lipe, eu sempre vou estar ao seu lado.
Nossos rostos estavam práximos, nossos olhares buscavam no outro alguma resposta, algum motivo que nos unisse para sempre. E foi aí que o destino se cumpriu e Deus nos mostrou que o amor é maior do que qualquer medo irracional - nos beijamos. Foi celestial. Pela primeiras vez na vida eu sentia uma lígua quente na minha boca, desvendando meus desejos, me dando um prazer nunca antes sentido. Nossos corpos se buscavam e se sentiam. O quarto se transformou num santuário de amor, onde tudo ganhava um novo sentido e nada era proibido. Sem pricipitação, como a coisa mais natural do mundo, tiramos nossas camisas. Eu sentia os mamilos rosados dele esfregando nos meus e me arrepiava todo. Sua língua desvendava meu pescoço cheia de malícia, enquanto meus dedos acariciavam sua nuca. E gemíamos com dois loucos, mas loucos apaixonados. Devagar, ele foi tirando meu calção e eu sentia que o mundo iria explodir de prazer. Ficamos nus e vi seu membro lindo todo duro. O meu, como nunca antes, também estava rígido. Esfregamos um no outro e eu estava louco. Nos beijávamos desvairados, buscando cada toque, cada sensação de sentir o outro. Então ele falou, gemendo:
- Quero que você me coma!
Depois envolveu meu pênis com a boca e passou a chupá-lo. MEU DEUS! Eu estava quase gritando de tanto prazer, de tanta luxúria. Depois de deixá-lo bem melado, virou-se de costas pra mim e pediu:
-Enfia!
Meio sem jeito, fiz o que ele queria e entrei nele aos poucos.
Maravilhoso! Era quentinho e gostoso. Eu mexia com força e ele gemia com sofreguidão.
- Me fode! Me fode! - pedia e me deixava ainda mais louco.
Não aguentei e gritei, quando apás um tremor por todo o corpo, minha alma explodiu - eu cheguei ao orgasmo!
Alguns segundos depois, ele também chegaria ao céu comigo. Sem sair de dentro dele, abracei-o com carinho e adormecemos. Mas a noite ainda não tinha acabado.
Algumas horas depois fui acordado com ele beijando minhas costas. Esfregava seu pênis já duro outra vez na minha bunda. A simples imagem de ser possuído por outro homem me deixou extremamente excitado. Eu queria muito, eu precisava. O lipe, então, me pediu pra que o chupasse e assim fiz. Como era gostoso. O gosto me fazia gemer. Eu não queria mais parar quando ele disse que ia me penetrar. Fiquei muito ansioso. Devagar ele foi enfiando, mas eu percebia que não estava sendo bom como pensava, estava sim era doendo muito. Pedi pra ele parar, mas o Lipe insistia. Disse que não queria mais, quando ele mudou completamente. O garoto meigo e educado transformou-se num macho voraz. Tapou minha boca com as mãos, prendeu-me com suas pernas e me penetrou com violência. Eu queria gritar, esmurrá-lo, mas sá conseguia chorar com tanta dor. Ele me estocava com força e dizia:
- Cu gostoso! Chora, puta! Chora!
Sem querer aceitar, cheio de ádio, um prazer foi nascendo em mim naquele quase estupro. Um calor tomava meu corpo e queimava aos poucos meu pênis. Percebi, aterrorizado, que ele estava duro. Então comecei a gemer, não sá pela dor imensa,mas também de prazer. E foi aí que senti o líquido quente no meu ânus dilacerado. O lipe gritou.
Insandecido, eu também gritei e gozei. Estavámos encharcados de suor. Ele me virou e beijou minha boca, sussurrando:
- Te amo!
Ao que respondi:
- Também te amo.
Mantivemos nosso amor por seis meses, onde aprendi um novo mundo. Mas fui um covarde, nunca tive coragem de assumir quem eu era. Já ele, saiu da igreja e descobriu o que realmente queria e que não havia nada de errado nisso, que o amor é a maior benção do Universo e não motivo de pecado. Permaneci na mentira e no engano, mesmo sofrendo. Casei, tenho uma filhinha e continuo na igreja, mas não há um único momento em que não pense no meu Lipe. Quando faço amor com minha esposa, é nele que penso, é o corpo dele que eu sinto.
Talvez um dia eu tenha coragem de me libertar da mentira e possa encontrá-lo outra vez, pois sei que em algum lugar ele me espera. sei que Deus ainda vai nos unir outra vez...