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A CENA DO BEIJO

Essa histária aconteceu quando eu tinha 19 anos (agora tenho 21) e frequentava o curso de teatro.

Lucas, meu companheiro de curso que viveu comigo essa histária, tinha a seguinte descrição: também 19 anos; um metro e oitenta e quatro aproximadamente; modelo; corpo perfeito: nem magrinho, nem malhado... apenas natural; cabelos castanhos lisos um pouco crescidos, voz rouca.

Aconteceu que a professora chegou numa tarde e anunciou:

— Vamos apresentar uma peça na praça tal no centro da cidade. E vou precisar de dois meninos corajosos para interpretá-la.

A necessidade de tanta coragem se devia ao fato de as personagens centrais da peça, dois meninos, que acabariam tendo um romance. Um deles se apaixonava pelo outro, que era totalmente hetero.

A professora distribuiu os papéis depois de uns testes: o par romântico coube a mim e ao Lucas. Na hora comecei a pensar mil coisas que poderia fazer com ele... Mas logo tornei à realidade, pois Lucas nunca havia demonstrado nenhuma tendência...

No final da aula, Lucas veio falar comigo:

— Você já leu o texto?

— Sá alguma coisinha...

— Eu acho que a gente poderia se encontrar antes da práxima aula pra ensaiar...

— É... Acho que seria uma boa.

Combinamos que eu iria à casa dele na tarde seguinte.

Parei na entrada do edifício e interfonei, era a voz dele me mandando subir. Ao abrir a porta, vi o menino como costumava ver sempre: com uma bermuda de surfista bem baixa, com a cueca aparecendo e uma camiseta.

— Entra ae.

Obedeci e ele me encaminhou ao quarto, onde ensaiaríamos.

— Pode sentar aqui na cama. Eu vou à na cozinha buscar um suco.

— Ok.

A mãe de Lucas estava no trabalho e o irmão mais novo, na escola. Novamente pensei mil coisas que poderia fazer com ele... Voltei à realidade quando ele voltou com o suco, perguntando:

— Vamos começar?

— Claro...

O ensaio era para que nos acostumássemos com a idéia do beijo entre nossas personagens.

— Então a práxima cena é a do beijo. — Disse ele.

— Ahan... Tá tranquilo?

— Eu to. E você?

— Também... Normal, né. Se a gente quer ser ator, tem que se sujeitar...

— Ahan. Mas não vai gamar, hein?

— Ah tá. Vou tentar...

A cena do beijo, no fim da peça, acontecia num banco de uma praça, e depois Lucas deixaria o palco correndo, com vergonha, e eu, ficaria sentado, com mais vergonha ainda, por ter beijado um menino.

— Valendo...

— Vai lá.



LUCAS: GUILHERME, EU PRECISO DIZER UMA COISA.

EU: O QUÊ, FLÃVIO?

(FLÃVIO SENTA AO LADO DE GUILHERME)

LUCAS: EU GOSTO DE VOCÊ...

EU: AH, (OLHA PARA O OUTRO LADO) EU TAMBÉM GOSTO DE VOCÊ. A GENTE É AMIGO...

LUCAS: É, MAS (VIRANDO-SE PARA O OUTRO) NÃO É BEM ASSIM...

(FLÃVIO APROXIMA-SE LENTAMENTE DO ROSTO DE GUILHERME, QUE CONSENTE E TAMBÉM SE APROXIMA. OCORRE O BEIJO.)



Lucas se aproximou e eu fiz como estava escrito, começamos o beijo. Eu estava preparado (infelizmente) para fazer aquele beijo de cena, aquele em que não se usa a língua. Durante o beijo, porém, senti a língua dele vindo para a minha. Numa fração de segundo, muita coisa passou pela minha cabeça e eu acabei fazendo a mais sábia delas: retribuir e transformar aquele ensaio de beijo num beijo verdadeiro. O beijo passou a ser mais intenso e eu coloquei o meu braço por trás dele segurando seu ombro. Fui ao espaço e voltei durante aqueles segundos (calculo que tenha sido vinte), até que nos desgrudamos.

— Será que desse jeito está bom pra peça? — disse ele.

— Hehe. — Recobrei o fôlego. — Não sei...

Percebi na bermuda de Lucas que havia um volume que não havia antes. Ele levantou, tentando disfarçar, e foi até a janela, olhando para fora.

Levantei também, já feliz por ter beijado de verdade aquele garoto lindo e com esperança e vontade de sentir aquele volume que o beijo despertou... Fui até a mesinha do computador, onde ele tinha deixado o suco. Servi-me de um copo e perguntei, sem olhar pra ele:

— Você ficou duro?

— Er... Ah... — Ele estava com vergonha. — É. Acho que sim... — Virando para mim: — Você ficou?

Abri um sorriso e apenas olhei para baixo, para minha calça, respondendo:

— É... Fiquei também.

Lucas sorriu também, já menos envergonhado e mais à vontade com a situação. Sentou de volta na cama, enquanto eu sentei na cadeira do pc, voltado para ele.

— Você acha que tem que ensaiar mais essa cena? — Perguntou ele, com segundas intenções no ar.

— Essa do beijo?

— É.

Sorri, tomei o resto do suco num gole sá e sentei ao lado dele na cama. Respondi com todas as intenções escritas na minha testa:

— Acho que a gente tem que ensaiar mais, sim.

Lucas nem chegou a dizer nenhuma das falas, foi logo me beijando. "Eu estou sonhando?", me perguntei. Se fosse sonho, não queria acordar nunca mais. Deitei na cama, levando Lucas comigo naquele beijo maravilhoso. Minha mão, que estava no ombro dele, começou a descer lentamente, até chegar à cueca dele. Sentia o pau dele duro encostando o meu que também estava da mesma maneira.

Para minha surpresa, Lucas começou a descer a mão pelo meu peito e chegou ao zíper e ao botão da calça, que abriu sem interromper o beijo, liberando meu pau, que estava em ponto de bala. Senti a mão dele segurando meu pau por cima da cueca e, ao mesmo tempo, comecei a forçar a bermuda dele para baixo. Ele parou o beijo e terminou de tirar a minha calça e tirou a camiseta. Tirei a bermuda dele e a minha camiseta. Ficamos os dois sá de cueca. Deitei Lucas na cama e agora eu estava por cima. Passei minha mão no pau dele, ainda encoberto pela cueca, tirando-a em seguida, revelando aquilo com que tantas vezes eu masturbei pensando... Grande, como eu imaginava, mas não muito grosso. Cabeça rosada... Olhei para ele deitado e aquela obra apontando para o teto e sorri ajoelhado na cama. Ele não se fez de difícil e sentou na cama, para poder arrancar a minha cueca também. Agora nos beijávamos e ele, lentamente, começava uma punheta. Deitei-o novamente e agora beijava, desde a cabeça, descendo para o peito dele, barriga, descendo pelos pêlos que desciam um pouco abaixo do umbigo em direção à area nobre. Segurei o pau e coloquei inteiro na boca. Lambi da base até a cabeça, cheguei até o saco, depilado, deixando Lucas se contorcendo... Voltei para a cabeça do pau dele e coloquei-a na boca, caprichando com a língua, controlando conforme os gemidos que ele soltava. Trocávamos olhares ultra-safados a essa altura do ensaio. Afastei as duas pernas dele, de modo que eu ficasse entre elas. Agora estávamos nos beijando; meu corpo sobre o dele. O pau dele começou a babar... Ele, já louco de prazer, inverteu a posição, me deixando deitado na cama, e começou a fazer o que eu tinha feito com ele antes...

Deitamos lado a lado para recuperar o fôlego, ele com a cabeça no meu peito, peladões safados.

— Eu nunca imaginei que você curtisse, Lucas.

— Eu sempre quis experimentar, mas não tinha coragem...

— E o quê aconteceu pra querer tentar agora?

— Eu venho notando como você olha disfarçadamente para o volume na calça dos meninos... E quando surgiu essa peça, achei que era a oportunidade ideal. A professora me escolheu, e eu falei pra ela que gostaria de fazer par contigo. Falei pra ela que a gente se dava bem, que ia ser mais fácil...

— Teu pau é muito lindo...

— E o teu é muito gostoso...

Lucas encerrou a conversa virando-se para mim e me beijando... Desceu para o meu pau e começou a chupar. Foi aumentando o ritmo dos movimentos, auxiliando com a mão. Interrompeu e disse:

— Quero que você goze em mim...

E voltou ao trabalho. Enquanto ele chupava, comecei a acariciar seus cabelos e vi a bunda dele empinadinha, linda, lisinha e, com a outra mão, comecei a acariciá-la. Lucas direcionou minha mão para que eu o penetrasse com os dedos. Atendi prontamente e isso o levou a ter mais voracidade nos movimentos. Senti que estava práximo de gozar. Eu me contorcia na cama gemendo baixinho e dizendo o nome dele. Quando senti que o gozo era iminente, segurei a cabeça dele com as duas mãos, até que explodi em prazer, enchendo a boca de Lucas, que não deixou escapar uma gota, esmerou-se em limpar o objeto de seu prazer. Ao terminar puxei-o para cima e selamos o momento num longo beijo.

Lucas adormeceu nos meus braços e eu fiquei curtindo aquele momento maravilhoso. Quando dei por mim, estava escurecendo. Acordei-o:

— Lucas!... Tua mãe e teu irmão chegam a que horas?

— Hum... Que horas são?

— Quase seis e quinze...

— Devem estar chegando então.

Lucas apressou-se em trancar a porta do quarto, que já estava fechada, e ligou o som para não levantar suspeita. Dois garotos trancados curtindo um som no quarto é algo bem normal.

Agora que já não havia perigo de sermos surpreendidos, comecei a lamber o pau dele, que em poucos segundos, estava pronto para o combate. Deixei aquela obra de arte bem lambuzada, ideal para o uso que iria fazer dele em seguida: Lucas estava deitado na cama e eu me acheguei por cima dele, e comecei a ajeitar aquele pau para poder sentar. Ouvi-o dizer: "To delirando". Quando acertei o alvo, passei a introduzir lentamente até sentir que ele tinha entrado, estava inteiro dentro de mim. Eu me movimentava para cima e para baixo, para frente e para trás, para os lados, contraía e soltava. Lucas sá faltava chorar de tanto prazer.

— Eu nunca transei antes. — Disse ele.

Apenas sorri e beijei aquele menino que estava me dando o que eu mais queria dele...

Ele segurava o meu pau e punhetava lentamente, como parecia ser o jeito que ele gostava mais de fazer, enquanto eu rebolava em seu pinto. Ele pediu para ir mais rápido e eu obedeci como se fosse uma ordem federal. Acelerei e agora, literalmente, cavalgava naquele macho. A cama de Lucas começava a fazer barulho, mas o ruído era abafado pela música. O gran finale foi cheio de emoção e Lucas se segurou com força nas laterais da cama quando gozou. Urrou também...

Depois das oito da noite saímos do quarto, já recompostos. Lucas me convidou para dormir na casa dele, mas não pude aceitar, pois não tinha levado roupas, ao que ele contra argumentou:

— Mas não precisa de roupa...

Ele e eu rimos disfarçadamente e eu fiz o mesmo convite, "quer ir dormir lá em casa?".

Convite aceito. Chegamos à minha casa por volta das nove horas e, as dez e tantas, depois de fazer a social com o pessoal lá de casa, nos recolhemos ao quarto. O mesmo esquema: som ligado e dois garotos curtindo o melhor da vida.

Era a vez de ele dar pra mim e ele parecia estar ansioso por isso. Transamos de ladinho e depois fiquei acariciando aquela bunda maravilhosa. Adormecemos abraçados, dormimos "de conchinha".



Na tarde seguinte, no ensaio da peça, todos os alunos pararam para assistir à nossa cena, cheios de curiosidade. As meninas desejavam estar no meu lugar, contracenando com Lucas para beijar o mais gato do curso. Os meninos riam a valer da cena, mas garanto que ali entre eles havia quem desejasse estar no meu lugar também.

Depois daquela aula, no caminho pra casa, Lucas me pediu em namoro. Quase não pude acreditar, mas mais do que na hora aceitei... Ficamos todo aquele resto de ano juntos, namorando e transando muito.

A peça foi legal, fizemos cinco apresentações, conscientizando as pessoas que passavam pela praça naqueles dias da diversidade sexual. A minha personagem era um machão que não admitia a possibilidade de qualquer envolvimento com outro menino, mas que acabava cedendo diante do amor demonstrado pela personagem de Lucas.

Tudo estava muito lindo, mas Lucas passou no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina e teve que se mudar para lá. Eu o visito sempre que posso nas férias, para matar a saudade.