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NADA COMO A PRIMEIRA VEZ

Na vez em que acabei criando coragem não houve sequer um beijo na boca... Há alguns anos, quando trabalhava numa campanha publicitária em Recife, fiquei hospedado de frente para o Atlântico num hotel da praia de Boa Viagem. O lugar era deslumbrante e o que mais me encantava era descer no meio da madrugada para tomar água de côco nos quiosques que ficavam na calçada à beira-mar, do outro lado da rua.



Fazia isso sempre, pois todas as noites eram quentes. Mas naquela em especial havia uma brisa mais forte do que de costume. A noite estava perfeita e resolvi tomar minha água caminhando pela areia, entre a calçada e as ondas. Andei assim por não sei quanto tempo, sem pensar em nada muito sério, falando sozinho e adorando aquela sensação de relaxamento. Apás um dia de trabalho, estar ali, vagando ao léu, me refrescava a alma.



Foi quando, ao erguer os olhos, vi vindo em minha direção um rapaz alto. Não prestei muita atenção, porque estava absorto em meus pensamentos e também porque não havia naquela cena nada de especial. Mas quando passou por mim, sorriu e puxou conversa, dizendo, pra ser sincero, não lembro exatamente o quê... algo sobre o vento forte que soprava.



O fato é que foi bem-sucedido, já que gostei do seu jeito e topei sua sugestão de seguirmos juntos, na direção em que eu ia. Ele logo se revelou um cara espirituoso e instruído, pelos assuntos que abordava, e até um tanto intelectual. Mas talvez isso fosse sá por causa dos áculos que usava, bem sérios, circunspetos. Conversamos sobre cinema, música, astronomia, muita coisa... e eu me surpreendendo com a identificação que surgia entre as idéias.



Quando finalmente a água de meu côco acabou sugeri voltarmos. Caminhamos até meu hotel e eu o convidei para subir. Parecia a coisa certa a fazer naquele momento, já que a conversa estava tão boa. Ele aceitou. Por um segundo, experimentei certa vergonha por passar pela recepção com um cara, subindo para o quarto. Mas pensei que ele bem poderia ser um amigo; que eu não ficaria ali por muito tempo mesmo e que, afinal, ninguém tinha nada a ver com isso.



Quando chegamos ao quarto, eu lhe ofereci uma cerveja e fui apanhá-la no frigobar. Victorio, esse era o seu nome, recostou-se na cama mais práxima à sacada, e, para minha surpresa, ficou imediatamente à vontade, esticando as pernas e cruzando as mãos atrás da nuca.



Nesse momento não sei o que me deu, senti um tesão repentino. Fiquei excitado pela novidade daquela situação e resolvi me insinuar para ele, testá-lo para saber se ele toparia algo ou não. Eu nunca havia me insinuado para um homem antes e não sabia bem como agir. Bruscamente, perguntei-lhe se ele costumava se masturbar muito... Ele sorriu e, para meu espanto, abriu seu zíper, tirou seu membro e começou a manuseá-lo, insistindo para que eu fizesse o mesmo.



Aquilo foi um choque! Hesitei por um momento, mas, muito curioso, resolvi entrar no jogo. Desci meu zíper e comecei a masturbar-me, quando ele sugeriu que eu me sentasse ao seu lado, o que fiz. Ele segurou o meu pau e eu, meio automaticamente, segurei o dele, uma sensação deliciosa de ato proibido que se traduziu por um calafrio na espinha. Nesse instante, com sua rola quente em minha mão, fui tomado por um rompante de desejo que me fez agir de modo completamente inusitado. Num segundo, perdi todos os bloqueios e resolvi me entregar de vez àquela situação. Curvei-me em direção ao seu pau e o lambi com um misto de nojo e prazer.



Victorio não reagiu, como se dando tempo para eu fazer o que bem entendesse. E o que eu queria era chupá-lo, descobrir o prazer que havia naquilo. Ele tinha um pinto grande, muito bem proporcionado, que satisfazia perfeitamente minhas fantasias. Aquela cabeçona vermelha brilhando me deixou louco e eu chupei a rola com frenesi, consciente de cada sugada, embriagando-me com aquele cheiro estranho de homem... Ficamos assim por um bom tempo, eu com aquele baita pau na boca, mal acreditando no que estava acontecendo.



De repente, ele me perguntou: você quer brincar de passivo?

E eu, numa frágil tentativa de defender ainda alguma coisa, disse... humm... pode ser. Na verdade, encantei-me com a proposta.

- Então sente aqui, ele disse. E sentou-se na beirada da cama, livrando-se das cuecas que lhe caíam pelos pés e segurando seu pau empinado como um poste. Com um sorriso e um gesto de cabeça me convidou a sentar sobre ele. Eu não podia acreditar, aquilo tudo era louco demais. Mas não tive dúvidas: arriei as calças, posicionei-me de costas para ele e fui sentando devagarzinho, descendo minha bunda nua em direção àquela pica ereta.



No meio do movimento Victorio me deteve para passar saliva em sua glande, o que me deixou mais excitado ainda. Eu estava tremendo de tesão. Daí ele me puxou suavemente e eu senti a ponta daquela verga molhada tocando o meu cuzinho, já com alguma pressa de entrar... Com medo de sentir dor, tomei a iniciativa e comecei lentamente a movimentar os quadris para ir abrindo caminho para aquele membro entre as minhas pregas. Com as mãos, separava as nádegas. E ele foi entrando, devagar... Aaaaaaaaai...



A sensação era de extremo prazer, porque eu estava conseguindo engolir aquela vara toda bem lentamente, no meu ritmo, desfrutando cada milímetro. E fui descendo, suportando aquele mastro me invadindo cada vez mais, alargando um por um meus anéis secretos. Foi quando Victorio abandonou a postura neutra que vinha mantendo e, com força, me puxou até o fim, enterrando de vez aquela jeba grossa no meu rabo.



Aquilo foi demais, senti uma explosão de dor e prazer e não havia mais nada que pudesse fazer para conter o tesão maluco que estava experimentando. Pressenti uma ejaculação precoce. E já que ia acabar fiz questão de gemer como uma menina, languidamente, baixinho para que não nos descobrissem. Vendo que eu estava no auge, ele segurou o meu pinto, que também pulsava com vigor, e na mesma hora esporreei na sua mão.



Victorio não reclamou de eu ter gozado tão rápido, mas partiu para gozar ele também. Porém, por já ter atingido o orgasmo comecei a sentir desconforto. De repente, passado o estímulo que até então vinha crescendo, aquela pica no meu cú começou a incomodar demais. Tentei me levantar do seu colo e deixar meu rabinho relaxar um pouco, mas ele me agarrou e começou a estocar com mais força, de baixo para cima. A partir daí comecei a me sentir estuprado. Aquele cara estava me enrabando já “sem o meu consentimento” e eu não tinha como escapar. Que situação inacreditável!



Eu sentia aquela verga quente entrando e saindo com violência do meu corpo, através do meu botãozinho, que fervia e já estava ficando todo arrombado. Mas ele aumentava o ritmo e quando começou a ofegar senti que iria gozar dentro de mim.



Um homem gozando dentro de mim. Era a glária.



E então ele me apertou com toda a força, colou seu peito em minhas costas e ejaculou tudo na minha bunda, ofegando no meu ouvido. Eu gemi, me sentindo realizada, saboreando aquele caralho inteiro pulsando e cuspindo dentro de mim. Ele me prendeu pelo tempo que quis, uma eternidade, enquanto eu subia nas nuvens, mas quietinho pra não o atrapalhar... E sá então ele relaxou e eu pude soltar meu buraquinho daquela rola maravilhosa, toda lambuzada, que me voltei para beijar e beijar e beijar...





Eric Northpole