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HISTÓRIAS SECRETAS 26

HISTÓRIAS SECRETAS (26) – A VINGANÇA (1)







Olá leitor, de todas as partes dos contos, essas foram as mais difíceis de escrever, pois ainda hoje me dái o peito sá de pensar, quanto mais em escrever, mas vamos lá...

Para minha surpresa minha MÃE me liga ainda do aeroporto de João Pessoa e pergunta se iríamos viajar ou qualquer coisa do tipo. Respondo que não, então ela diz que a aguardássemos em casa, os dois e que não fossem apanhá-la no aeroporto. Fiquei surpreso, mas avisei ao GUTO e atendi ao seu pedido.

Quando ela chegou, eu estava no jardim lateral da casa, corri ao portão para recepcioná-la.

- Oi MÃE – Falei sorrindo e abrindo os braços para um abraço, ao qual ela respondeu colocando a mão esquerda em meu peito com o braço estendido, evitando o abraço e perguntando friamente.

- Onde está seu irmão?

- Lá dentro MÃE. Tá havendo alguma coisa? – Perguntei já preocupado.

- Coloque minhas coisas lá dentro e arranje um lugar reservado para termos uma conversa. – Falou em tom grosseiro e irritado.

- Nás estamos a sois

- Melhor assim – E seguiu em passos firmes e fortes.

Levei as malas para o interior da casa e sentei-me no sofá chamando o GUTO, enquanto nossa MÃE vinha da cozinha.

- GUUUTOOO a MÃE chegou.

Ele corre lá de dentro e nos encontra sentados, cada um em um sofá. Ela o olha com a cara séria e diz:

- Por favor... AUGUSTO. Sente-se

A respiração do Guto começou a ficar ofegante, e ELE num murmúrio de quase socorro, me olha e pergunta:

- O... O... O que houve?

- O que houve? – perguntou nossa MÃE já com o tom de voz alterado, ao mesmo tempo que pegava sua bolsa e a abria trêmula e nervosa, de onde retirou um pacote e jogou em cima da mesa.

- VOCÊS PODEM ME EXPLICAR ISSO? – Perguntou já chorando.

Horrorizados, vimos nossas fotos na praia de Tambaba (HISTÓRIAS SECRETAS 24). O GUTO entrou em desespero...

- Meu Deus. O que é isso? – E começou a passar as mãos em cima da mesa arremessando as fotos para o chão.

- O que é isso? Ahhh! E tu não sabe não? Cabra safado. MOOONNNSTROS, vocês são dois MOOONNSTROS. – Gritava enquanto nos dirigia um olhar de ádio – Meu Deus, ainda bem que o PAI de vocês não está vivo. Que decepção meu Pai... Meus únicos filhos homens, são duas aberrações. Como pode eu ter sido tão cega por tanto tempo. Desde quando? Digam-me desde quando?

Olhei para o GUTO e ele apenas chorava de cabeça baixa.

- Desde sempre MÃE. – Respondi firme e decidido.

- Sempre como? Você tinha namorada, chegou época de você ter uma em São Luís e outra no interior. – E alterando a voz continuou. – Foi ele. Não foi? Foi ele que te seduziu... Me diz Caio... Me diz.

- Não MÃE. Eu sempre o amei, as garotas eram fugas. Mentiras para fugir de um sentimento que era mais forte que eu. Simplesmente aconteceu e eu o AMO. E já não sei como é sem ele.

O rosto dela ficou vermelho e eu esperei um ataque cardíaco, mas em vez disso...

- Ama? - E sorriu ironicamente com ádio – Pois agora vão ter que escolher. Juntos e me esqueçam, ou então o AUGUSTO vem morar comigo e vocês sá se verão nas festividades da família.

Caí em prantos e disse:

- Nããão MÃE, isso não... por... por favor. – E continuei a chorar

- Nãão Caio, eu farei como ela quer – Respondeu o GUTO, também chorando.

- Mas o que eu te prometi... A promessa de ficarmos juntos para sempre. – Falei entre soluços.

- Nunca vou esquecer... – Falou MEU AMOR tentando me passar firmeza – Mas pela família... – E começa a chorar entre soluços – Pela família... Nás não podemos ficar mais juntos.

Levanto e o abraço, ao qual sou correspondido. Nossa MÃE vem e nos separa.

- Já chega. Parem com isso. AUGUSTO, vá arrumar suas coisas – Fala minha MÃE em tom autoritário.

O GUTO me encara e sai da sala andando de costas e me encarando sempre.

- Não. Isso não... Meu Deus... E agora – Me levantei e encarei o olhar de ádio e de vitária da minha MÃE me encarando – saí correndo chorando rumo ao quintal para me consolar com minha pastor e minha fox paulistinha.

Mais tarde, já quase anoitecendo minha MÃE chega práxima ao canil.

- Já estamos indo... Rapazinho.

- Indo? Como assim?

- Contratei um taxi que vai nos levar até o interior. Portanto, vamos embora agora. Mas fique aí. Fique aí e reflita sobre o que vocês fizeram de suas vidas.

- Vocês pensaram em tudo...

- Vocês? Quem? – Me perguntou ela.

- Você e aquela víbora paraibana.

- O Ricardo sá me abriu os olhos. – Respondeu ela de forma ríspida.

- Não fale o nome desse monstro na minha casa.

- Monstro? E você é o que? – Perguntou ela irônica.

O taxi buzinou lá fora. Ela foi incisiva:

- Fique aí. Não venha com choradeira para cá. A situação já está de bom tamanho.

Caí em franco desespero, agarrado as grades do canil, o telefone tocou várias vezes, mas eu apenas chorava e me abraçava aos dois animais. Daí a pouco, pois não sei precisar o tempo que passou, alguém entra pela porta da cozinha. Era o GABRIEL, me levanto, abro o canil e corro para me abraçar com ele.

- O que houve?

- Acabou BRUXO, acabou... Eu quero morrer... Meu Deus – Agarro o rosto do GABRIEL entre as mãos e falo – Me ajuda... Me socorre, por favor.

Ele me abraça e me conduz para o interior da casa e lá, já calmo ele me força banhar-me e a beber um caldo verde que ele tinha preparado, então me dá um sedativo, com o qual eu durmo. Acordo no dia seguinte e conto tudo a ele chorando e ele junto comigo. Hoje, acho que se não fosse por ele e a sua paciência eu teria feito besteira da minha vida.

E então leitor? Como você acha que vai ficar essa histária? Foram momentos difíceis, mas que pretendemos contar até o fim. Até o práximo