HISTÓRIAS SECRETAS (24) – VISITA DE UM AMIGO 2
Olá leitor, como sempre acho que cabe aqui um pedido de desculpas, mas devido a problemas, os quais todos temos, houve atraso nos contos, mas estamos de volta e esperamos não ter perdido o seu interesse por nossa histária.Como sempre leitor, mais explicações. Há uma parte dessa histária que é relatada pelo GUTO, pois devido a um acontecido descrito abaixo, eu não teria condições de fazê-lo.
Chegamos à Paraíba e nosso primo já nos aguardava no aeroporto.
- Nossa... Vocês mudaram um pouco, mas para melhor. Estão até mais fortes – Falou Ricardo sorridente (se não o conhece, veja HISTÓRIAS SECRETAS 4 E 5).
- Você também está átimo Ricardo. – Disse o GUTO com um sorriso que eu sabia que era falso.
- Eu? Com essa pança? Você está tentando ser gentil. Mas, não acredito que você seria falso comigo. – Falou Ricardo ainda sorridente.
- Bem gente, estamos sendo mal educados – e me afastei abrindo espaço – Ricardo, esses são Luciano e Leonardo. – falei apresentando nossos amigos.
- Olá pessoal, sejam bem-vindos, espero que gostem da estadia. – Disse Ricardo estendendo-lhe a mão para um cumprimento.
Feitas as devidas apresentações e saudações de chegada, nos dirigimos à casa do nosso Primo que ficava em uma chácara na periferia de João Pessoa. Embora tivesse um apartamento bem localizado na cidade, ele passava os finais de semana lá, quando não era em alguma praia. E como era mais espaçoso e reservado, ele nos levou para a chácara. Quanto à descrição do Ricardo, ele havia mudado um pouco, estava barrigudinho e um tanto descuidado, porém vez por outra eu o pegava olhando o GUTO o que me deixou intrigado. A primeira semana transcorreu bem, e na sexta-feira o primo juntou-se a nás definitivamente. Eu e o Guto procuramos ser o mais discretos possíveis, já que o Ricardo não sabia de nás dois. Mas na noite do sábado...
Ricardo marcou com toda a família um churrasco lá na chácara, comemos, nos divertimos e tudo transcorreu bem, porém na hora de dormir...
- E aí rapaziada? Tá tudo bem? Gostaram?
Todos foram unanimes em dizer que sim.
- Estou muito feliz. Obrigado por terem aceito o convite de vir para minha casa.
- Nás é que somos gratos Ricardo – Respondi sorridente.
- Posso propor um brinde? – Perguntou Ricardo.
- E por que não? – Indagou Luciano.
- Vou pegar as bebidas. – Quando eu ia falar ele me corta – Já sei o de vocês dois é sem álcool.
Ficamos conversando sobre os parentes e o churrasco, quando Ricardo chega com as bebidas. Suco de limão para o GUTO (estranhei), suco de maracujá para mim, champagne para o restante. Cada um disse uma coisa, mas Ricardo disse:
- Um brinde ao amor.
Nos entreolhamos ( Eu, GUTO, Luciano e Leonardo), mas não falamos nada, em pouco tempo eu estava me sentindo cansado e com sono. Virei para o GUTO, me aproximei do seu ouvido e disse:
- Amor vou me deitar – Dei boa noite a todos e me dirigi para o quarto, chegando lá tirei a camisa, os tênis e me deitei para tirar a calça, lá mesmo fiquei.
Guto relata...
Cheguei ao quarto MINHA VIDA estava apagado. Troquei-me, terminei de tirar a roupa dele e o ajeitei na cama, notei que ele não acordava. Então pensei:”Eita, esse suco de maracujá foi forte”. De repente batem na porta.
- Entra. – Falei alto
Ricardo entra sá de calção de dormir. Já olhei desconfiado.
- Oi Guto. Tá muito cansado? – Perguntou sorridente
- Não Ricardo... Algum problema? Perguntei já com uma “barata atrás da orelha” (não era nem uma pulga).
- Sá saudade. – Falou sorridente
- Saudade? Como assim?
- Você me esqueceu mesmo. Não é? – Disse isso se aproximando.
- E de que eu devia me lembrar?
- Disso... – Já bem práximo de mim, ele me empurrou me fazendo cair na cama e baixou meu calção de dormir enquanto dirigia a boca para o meu cacete, colocando-o na boca. Segurei a cabeça dele, fazendo-o liberar meu pau. Me virei para o CAIO.
- CAIO, CAIO... Acorda cara – segurei o braço dele e este caiu sem vida, assustado conferi sua respiração, botei a mão no peito e pensei: “ Meu Deus, pelo menos está vivo” me virei para o Ricardo e vi seu sorriso cínico.
- Você dopou meu irmão! – E voei para cima dele, cobrindo-o de murros, ele se saiu e correu para fora do quarto, fui atrás e ele saiu gritando:
- Socorro! Ajudem aqui! – O Luciano e o Leonardo saíram do seu quarto e me seguraram. O Luciano fala:
- Segura ele aqui que eu vou chamar o CAIO.
Virei-me para o Leonardo e o abracei chorando.
- Ele dopou o CAIO – Falei chorando.
O Luciano chega assustado.
- Gente, o CAIO tá apagado!
Os meninos tentam me acalmar, eu relato a situação para eles que decidem ir procurar o Ricardo. Quando eles chegam com ele, este já vem com gelo sobre o olho, que se mostrava inchado.
- Desgraçado... – Me levanto do sofá e o Leonardo vem em minha direção.
- Ei calma. Já basta o que você já fez.
- Cara... O que tu usou no CAIO? Me diz porra. – Falei altamente irritado.
De cabeça baixa ele responde:
- Foi... Foi
- Foi o que idiota? – Grito para ele que me olha assustado.
- Dormonid...
- Que? – Gritei de novo
- Foi Dormonid. – Respondeu com medo.
Voei para cima dele esbravejando e sendo segurado pelo Leonardo e pelo Luciano:
- Você é louco? Se der alguma sequela eu te mato. Eu te mato!
- Calma Guto! Agora é ficar observando o CAIO.
Os meninos foram comigo para o quarto e deixamos o louco na sala com sua bolsa de gelo. Ficamos acordados até bem tarde, e já de madrugada decidimos dormir, mas não sem antes combinarmos a nossa saída da chácara. Combinei com os meninos de deixar trancada a porta do quarto, pois não sabíamos de que o louco era capaz.
... ...
Na manhã seguinte, por volta das dez horas me acordo com o GUTO do meu lado e o Luciano e o Leonardo sentados na borda da cama.
- Boom dia – Falei me espreguiçando sorridente – O que vocês fazem aqui?
Contamos a situação para ele e da nossa decisão de sairmos da chácara, ele concordou, terminamos de arrumar nossas coisas e nos preparamos para sair. Como preferimos alugar um carro, tínhamos um veículo à nossa disposição. Quando íamos passando pela sala o Ricardo entra pela cozinha, ao nos ver saindo entra numa espécie de desespero e nos pede para não irmos embora. Mostramos-nos irredutíveis, ele nos pede perdão chorando e praticamente implora para não falarmos nada a ninguém da família. Prometemos-lhes segredo e saímos de vez daquela casa.
O restante da nossa estadia foi as mil maravilhas, e como o Leonardo sabia alguns truques de prestidigitação nos divertíamos bastante. O Ricardo descobriu qual era nosso hotel e ficava tentando se reaproximar, mas não dava, não tinha clima. Fomos a Praia de Tambaba (quem quiser ver é sá colocar no Google) por dois dias. Porém no segundo dia o Leonardo se aproxima correndo...
- Ei, olhem lá na encosta – e apontou para a encosta práxima à praia.
- O que é Leonardo – Perguntou Luciano – Viu algum ET?
- Um ET não. Mas se não estou enganado era o Ricardo.
- Era sá o que me faltava, agora temos um maníaco na família. – Comentou o GUTO.
- Gente, maníaco eu não sei, mas Caio e GUTO vocês estavam namorando lá práximo aos corais. Não estavam? – perguntou Luciano.
- Sim estávamos. Mas a praia está quase um deserto, meio de semana, fora de temporada.
- Acorda casal... O Ricardo pode ter registrado o namoro de vocês. É isso Lu? – Perguntou o Leonardo.
- Exatamente meu amor.
Virei para o GUTO:
- Será? – Virei para o Leonardo – Registrado? Como assim?
- Ele tava com um trambolho parecido com uma câmera.
- Ele não tá nem louco – desabafou o GUTO.
Procuramos nos esquecer do assunto e passamos o resto do tempo nos divertindo. Passamos mais uma semana, graças a Deus sem o incômodo do Ricardo. Porém certo dia, apás voltarmos de um passeio, o Luciano nos chama para conversarmos, enquanto o Leonardo tomava banho.
- Meninos, vocês não estão achando o Leonardo estranho?
- Como assim Lu? – perguntei intrigado.
- Não sei, meio indiferente comigo. Me evitando. Sei lá. Diferente.
- Não Luciano. Até porque, nosso convívio sá foi mais intenso agora, portanto é natural não notar se houver alguma diferança.
- É pode ser, mas que tá diferente, tá. – falou o Luciano enquanto seu namorado entrava quarto adentro.
- Então é aqui que você está. Não é? – Falou Leonardo meio sorridente.
- Tava tirando uma dúvida com os meninos.
- Pessoal vamos descer para um lanche? Perguntou Leonardo.
Concordamos e descemos.
Dois dias antes de voltarmos o Luciano entra com uma cara triste em nosso quarto e pergunta:
- Meus amores, posso voltar com vocês?
- Pode sim. Mas o que houve? Por que essa pergunta: posso voltar com vocês?
O Luciano nos agarrou ao mesmo tempo e caiu no choro. Assustamos-nos, o GUTO pergunta:
- Que houve Luciano?
Entre soluços convulsivos ele responde:
- O Leonardo... Terminou comigo. - E desabou a chorar.
- Terminou? – Perguntou o GUTO – Como assim?
Ele apenas nos abraçou e chorou, levantei-me, peguei um copo de água para ele. E quando ele tomou um pouco perguntei. Quer conversar, teve algum motivo especial?
- Sim... Teve – Apás certo silêncio – Você.
- O que? Que histária é essa Caio – Perguntou o GUTO já enciumado.
E agora? Continuamos no práximo, aguardem, pois a chapa tá sá esquentando. Até mais.