Mas será mesmo que é isso? Felicidade talvez seja mesmo isso, não sei. Mas, mais cedo ou mais tarde a gente vai descobrindo coisas. Porque simplesmente as coisas vão acontecendo independentes das nossas vontades. Aquele Senhor de São Paulo parecia mesmo um “achado”. Assim como também o detalhe da compreensão inesperada do Renato. Mas o inesperado não trouxe surpresa sá com relação à reação do Renato. Com relação ao novo monstro, eu, sinceramente, não sei o que houve. Estive com ele apenas mais uma vez e depois ele simplesmente sumiu. Tentei e-mails, telefones, tudo que me foi possível, que não quero entrar em mais detalhes e, nada. Daquela última vez ele me havia falado sobre um problema seu, de saúde, coração, não sei direito. Será que o homem morreu? Mas vocês podem imaginar o que é uma culpazinha que a gente guarda e vai crescendo sem você perceber? Eu tinha essa culpazinha que crescia sem que eu percebesse. É. Por mais incrível que possa parecer eu tinha uma formação completamente diferente daquilo que eu estava me permitindo ser. E eu não entendei direito o porquê de ter permitido aquilo tudo. Não tinha jeito, por mais que me dava explicações eu não entendia. Sim, mesmo com o consentimento do marido sim. Sinceramente? Eu já estava com dificuldade de encarar as pessoas de frente. E nem sá os vizinhos. Claro que os vizinhos ficaram sabendo do caso com o Seu Zé e do “absurdo” (no entender deles) consentimento do Renato. Aí esse sumiço do “novo monstro”. Aí a repentina repugnância pelo antigo monstro (Seu Zé). Aí um basta! Isso mesmo. Basta! Conversei com o Renato e disse a ele que queria mudar dali e voltar a nossa antiga e pacata vida de marido e mulher normal. –Tem certeza Renata? Acho difícil. Eu não dou a mínima para os vizinhos. –Eu também não Renato, mas não é sá isso. É uma coisa de culpa mesmo, uma coisa que vem me incomodando. Acho que é da minha formação mesmo, não bate com isso. –Tudo bem Renata, que seja então do jeito que você quiser, vamos ver um outro lugar pra morar então. Seu Zé de alguma forma contribuía porque nunca mais o via. E depois daquelas pequenas insistências dele e do encontro enfim com o novo monstro ele parecia ter sumido de vez. Pronto! Vou retornar a minha antiga vida de vez, agora sá falta mudar. Eu insistia com o Renato pra acharmos um outro lugar, mas ele me entulhava de desculpas e ia me esquecendo e retornando a uma vida normal ali mesmo. Até em igrejas (não quero também dar detalhes a esse respeito) eu fui a algumas. E não demorou pra que ele viesse com as conversas referentes ao seu novo modo de ser. –Nossa relação ta voltando a uma certa frieza Renata. Não quer encontrar um velho sádico de novo? Tem gente de confiança que certamente ficaria louco por uma mulher linda como você. Não sente falta? Olha, até aquele momento eu não sei se sentia falta, ou talvez nem soubesse direito o que sentia. Mas estava firmemente decidida no propásito de me tornar uma mulher que eu chamava “normal” de novo. E de mais a mais estar assim a mercê de uma pessoa começou a me parecer muito perigoso também. Mas Renato já não se conformava com isso e começaram as brigas. Foi quando eu conheci o Marcos. Entrava lá pro colégio já trabalhando o dia inteiro e ainda com alguns clientes como personal. E conversávamos sempre que possível. Ateu, me convencia da possibilidade da “humanidade viver em harmonia” sem o fardo das religiões. Simplesmente lindo. É, começou a dar aula lá no colégio. Um ano mais novo do que eu. Tinha os olhos verdes que encantava a todos. Professor de Educação física com porte atlético e super educado. Eu acho engraçado porque contando isso assim fico pensando que parece mesmo coisa de novela, filme. Ele parecia me olhar à s vezes, mas também parecia muito respeitoso e minha aliança deixava clara a minha condição. Mas os senhores sabem, não é? Brigas em casa, insatisfação, depois de tudo que eu já tinha passado, etc. E um homem lindo daquele. Eu fui ficando mesmo meio que romanticamente caída por ele. Ele, claro, percebia minha aproximação. Mas por outro lado eu achava também que um homem bonito assim estaria cheio de moças dando encima e não ia dar bola pra uma mulher casada com possíveis complicações... Porém, não foi isso que aconteceu. Ele chegava mesmo e retribuía minha aproximação com um constante e belo sorriso nos lábios. Mas era sim uma coisa totalmente romântica, meio assim que de namoro mesmo. Até que ele começou a fazer perguntas sobre meu casamento e eu demonstrava claramente minha insatisfação com o Renato. Bom, pra resumir, sem mais delongas, o inevitável aconteceu. Eu me separei do Renato e fui morar com ele. Apaixonadíssima. Ou apaixonadíssimos. E pensava, entre outras coisas, que aquelas aventuras sá haviam ocorrido mesmo porque não tinha encontrado ainda meu verdadeiro amor. Tinha essa fantasia de que todo mundo tem um verdadeiro amor, uma alma gêmea. Pensava que era o Renato, até nome igual, mas via que não, foi sá coincidência mesmo. Mas agora sim! O homem da minha vida. Marcos queria fazer tudo pra me agradar. Era como ele dizia brincando: “trato uma rainha que andou fora do trono porque o rei era eu...”. Terno, doce, novo. Muito doce? Muito novo? Eu me preocupava por não mostrar, assim sem querer, um lado menos santa. Não quero também entrar em detalhes das minhas relações com ele como já entrei com relação ao Renato. Porque desde o início Marcos me pareceu ter se apaixonado pela santa que havia em mim. É, ele brincava mesmo assim: “Sá as rainhas são tão belas e tão santas.”. Imagina. Aí, com o passar do tempo eu comecei a me perguntar, lá no cantinho da mente a sementinha crescia. Pode uma mulher que tinha vivido o que eu tinha vivido ficar pra sempre assim? O Renato dizia que não. Será que ele tinha razão? Bom, mais uma vez pulando etapas vamos pra noite do sonho. Numa madrugada depois de mais de ano com o Marcos, eu não sabia direito o que sonhava, sá lembro que era a voz áspera do seu Zé que quase gritava “Puta!” e me fazia pular da cama sobressaltada. Meu corpo tremia, suava frio, meu coração estava disparado e minha vagina contraída se descontraía completamente molhada e eu chorava, mas era completamente envolvida por aquele velho e diferente prazer. Completamente. Como se fosse a recaída em um vício que tinha conseguido me livrar. Já estava totalmente acostumada a não sentir mais aquele diferente e estranho prazer. Aquele mesmo prazer intenso, dominante e servil que agora me envolvia como se tivesse vindo do fundo de um poço pra me inundar e me enfraquecer completamente. –O que foi Renata, porque ta chorando? Pesadelo? –Sim, Marcos, pesadelo, pesadelo... Levantei tirando a camisa comprida e quente que vestia já meio úmida de suor frio jogando-a sobre a cadeira ficando sá de calcinha sob os olhos preocupados do Marcos. Quando fomos dormir chegava a estar um friozinho por isso aquela camisa. –Vai dormir amor, foi somente um sonho, um pesadelo mesmo, já passou, vou beber uma água, já estou bem. Ele deitou-se novamente sonolento e eu fui pra cozinha. Mas era estranho, era como se eu sentisse a presença do seu Zé. Meu corpo ainda tremia. Passei a palma de minhas mãos sobre os bicos duros empinados de meus seios e tremi. Peguei o copo, bebi uma golada de água gelada e depositei o copo sobre a pia fechando os olhos. A lembrança do sonho agora parecia vir vindo. Eu de joelhos aos pés de seu Zé que me batia no rosto e xingava enquanto gozava, estranhamente parecendo que fazia tudo ao mesmo tempo. Fui organizando minha mente pra refazer o sonho direito e fui colocando os fatos dentro de uma ordem. Ele mandando que o chupasse, ele me batendo e depois gozando em meu rosto e boca enquanto gritava me xingando; eu engolindo e olhando para o intenso e monstruoso prazer sádico que ele sentia e que ele expressava com seus olhos malignos e seu sorriso cínico. Estranhamente respirei fundo mesmo de cabeça baixa e olhos fechados fazendo meu corpo tremer numa espécie de espasmo como se quisesse sentir o cheiro do esperma dele. Meus joelhos dobraram levemente quando enfiei minha mão direita por dentro da calcinha e me toquei. Então, decidida, não pensei em mais nada e me dirigi rapidamente para o banheiro trancando a porta e triando a calcinha pra me tocar livremente, encostando as costas nuas na parede e abafando um grito com a toalha explodi num gozo de me fazer quase desmaiar. Até por fim deixar escorrer meu corpo lentamente pela parede e sentar sobre o chão de azulejo do banheiro chorando baixinho ao lado do vaso. Com a voz de seu Zé ecoando forte por todos os cantos da minha mente e corpo: --Puta! Cachorra! Vadia! Adoro putas casadas! Não me perguntem como nem por que, mas Seu Zé, depois desse tempo todo de “morto” ressuscitava em minha mente mais forte e vivo do que nunca. Depois de refeita voltei pra cama e olhei o corpo atlético e bonito de Marcos dormindo como um anjo. Então as sensações passaram a voltar intensas com uma sá lembrancinha. Eu resolvi ficar com essa vida dúbia assim, as lembranças, sendo sá lembranças, não faziam crescer a velha culpa e o fato de não morar mais lá, de estar distante do seu Zé, facilitava pra que as coisas ficassem sá na lembrança mesmo. O colégio era o lugar mais práximo de seu Zé que eu ia e Marcos ia comigo. Ele dava aula no colégio também à tarde. Quase sempre eu almoçava com ele nas proximidades do colégio ou no colégio mesmo (comidinha enjoada, mas tinha), ele ficava e eu vinha embora. No início daquela paixão eu cheguei mesmo até a ficar com ele no colégio algumas vezes até virmos embora juntos. Mas a coisa crescia... Parecia que meu corpo clamava, não sei. Renato eu sei que não ta mais lá. E se eu der uma passadinha sá lá no portão do prediozinho pra avivar um pouco mais as lembranças e chegando em casa sozinha me tocar com mais intensidade? Mas não ia. Até que um dia mais “fraca” decidi que ia. Era sá passar. Dar uma olhadinha. Porém, quase inconscientemente a roupa foi ficando mais soltinha levantando levemente a saia ou vestido até à altura do meio das coxas. Quando me aproximava lembrei das vezes dele ali parado me esperando enquanto me aproximava e estremeci. Deu certo. Quando cheguei em casa me acabei. Chegava a me bater com força na vagina. Sabia que dificilmente iria encontrá-lo. Porque ele pouco ficava em casa mesmo e eu nem sabia se ele continuava morando lá. Mas será que eu já não queria encontrá-lo? Quando dobrava a esquina que ia dar no portão já ajeitava o vestido ou saia mais pra cima e o coração disparava. As roupas sim eram cada vez mais ousadas, mas com muito mais cuidado. Eu temia que o Marcos desconfiasse daquela aparente santa que ele tinha em casa. Agora eu já não pensava simplesmente em dar uma passada e ir pra casa me masturbar. Já admitia a possibilidade de encontrá-lo mesmo. Ele podia ter mudado também, sei lá. Apenas o veria, se fosse o caso, saberia como estava e iria embora correndo. Dava sempre uma paradinha no portão do prédio, olhava como quem não quisesse nada... Se cruzasse com ele por coincidência olharia um pouco pra guardar bem a lembrança de como ele estaria agora e sairia correndo pra pegar a condução pra minha casa e não dar mais tempo pra ele fazer nada. Mas a coincidência não acontecia. Acho que era pelo horário que até os vizinhos de lá eu pouco via. Não tenho certeza, mas acho que foi quase um mês assim. Até que um dia vi uma das crianças do prédio que me reconheceu e sorriu. –Você mudou não mora mais aqui né? Eu sorrindo respondi que sim. –Sim, faz tempo e parece que todo mundo do prédio também mudou. –Não, também o tio Renato seu marido né, o seu Antonio que morreu; e os outros ta quase tudo aí. E então não resisti e perguntei displicentemente. –E aquele senhor que mora sozinho do primeiro prédio? – Do primeiro andar? Seu Zé? –Isso. –Continua aí também, ele some, mas vi até ele hoje, vi quando ele entrou não faz muito tempo. Meu coração disparou. O menino saiu correndo pela calçada da rua indo embora e eu fiquei ali parada meio sem ação com o coração na mão. Ele continuava morando ali e estava em casa. Eu não sabia o que fazer. Imediatamente olhei meu corpo, minha roupa e senti estranhamente a presença dele. Estava de vestido não tão curto como de outras vezes, mas dava pra ver bem minhas pernas e suspender um pouco mais. Suspendi. Isso me fez lembrar dos olhos dele, do prazer monstruoso dele quando me via e uma coisa mais forte pareceu tomar meu corpo... Lembrei de quando eu me insinuei pra ele pela primeira vez naquele short ali mesmo perto do portão e minha vagina se contraiu... O que faço? Fico com essas emoções e sensações que se intensificaram e vou-me embora pra me masturbar com força quando chegar em casa? O portão que sá abria por um acionamento eletrônico na parte de dentro ou com chave, tinha ficado aberto pelo menino que pensou que eu entraria. Minhas mãos tremiam levemente e eu entrei devagar. O que vou fazer meu Deus? Sá vou dar uma olhadinha mais lá dentro. Sá uma olhadinha. Essas emoções podem ficar mais vivas e o orgasmo da masturbação mais forte. Olha, os senhores não podem imaginar essa coisa. Essa dúvida, essa fraqueza. É uma sensação, uma molhação. O velho medo, torpor, tremor, tudo e a gente deixa totalmente de ser da gente e vira escrava do desejo. Sá que tudo parecendo muito mais forte. Era como se eu ouvisse meu práprio coração batendo em um passo lento, demorado atrás do outro. Não pensava como agora contando, se ele estaria ocupado, não me quereria por algum motivo, por eu ter recusado ele depois por tantas vezes, se iria sair ou o que fosse. Nada. Pensava que ia sá dar uma olhadinha pra lembrar melhor e ia embora. Sentia surgindo no peito, crescendo, uma incontrolável vontade de chorar... O que estava fazendo ali meu Deus? Não, não ia trair o Marcos como tinha traído o Renato. Era sá uma olhadinha melhor e ia embora. Tinha que ir embora agora! A entrada do prédio dele com a porta fechada. Não estava trancada. E se ele abrisse e me flagrasse ali, algumas vezes tivemos umas coincidências... Ele não saberia que eu estava ali por causa dele e aí eu teria chance de dar uma desculpa que estaria visitando alguém e sairia correndo. Com o corpo mole e fraco, tremula mesmo, abri a porta do prédio e entrei parando bem na porta dele. Bato? O interfone, por que tão batendo e não ligaram o interfone? Mas não vou trair o Marcos... É o amor da minha vida. Mas quando bati fraco a primeira vez imediatamente comecei a chorar e meu choro pareceu mais alto que a prápria batida, mas ele pareceu não ter ouvido. Pensei que minha calcinha estivesse tão molhada que até manchada e aos prantos dei um jeito de tirá-la ali mesmo e a guardei na bolsa. Quando bati a segunda vez, a porta se abriu logo em seguida e seu sorriso maligno surgiu e me fez abaixar imediatamente a cabeça. No curto tempo que vi reparei que seu rosto monstruoso parecia não ter simplesmente sofrido mudança nenhuma com o tempo. Até o cavanhaque parecia intacto. Era o suficiente? Eu já podia ir embora correndo? –Puta! Uma vez cadela sempre cadela! Mesmo que mais linda ainda... O novo corninho gosta de mulher fiel não é puta? Por isso não resistiu e veio até mim. Não gosta que os cornos, como o Renato, consintam não é vagabunda? Gosta de ser puta que trai. A voz dele me invadia o corpo, eu chorava e tremia e pasmem, ali mesmo, parada chorando na porta dele, sem ligar para que se alguém pudesse passar, com as mãos tremulas levantei devagar meu vestido até que sem calcinha mostrei pra ele aos prantos que estava inteiramente raspada. Ele dava uma estrondosa gargalhada e era como se ele me pegasse pela vagina e me puxasse através dela pra dentro do seu apartamento fechando a porta logo em seguida. –Puta! Vadia! Deliciosa como sempre! Raspada como eu gosto! Você não sabe que é minha cadela? Chorando eu fazia que sim olhando ele tirando a calça comprida junta com a cueca que usava e já estando sem camisa ficava completamente nu e logo em seguida arrancava com violência meu vestido pela cabeça me deixando completamente nua também. –Não sabe puta casada? Cheia de temor e prazer via a coisa dele endurecer ante meus olhos vermelhos chorosos e fazia o tempo todo que sim com minha cabeça como se tivesse meio que enlouquecida mesmo. Minha boca sedenta salivava e ameacei me ajoelhar na intenção de chupá-lo quando fui contida com um violento tapa no rosto seguido de uma nova gargalhada e um grito de puta que tombei para o lado direito, mas sem cair. O lado esquerdo do meu rosto imediatamente ficou ardendo e latejante. Não havia caído, mas o tapa havia sido forte. –Puta! Eu tremia de verdade e chorava mais alto a cada grito seu. Tremia toda, como nunca. Era uma vertigem, delírio, febre, não sei. Mas era o que posso chamar de prazer também. Um estranho e alucinante prazer. Voltava a buscar os olhos dele, o rosto dele, a boca que falava, gritava e eu chorava. –Vagabunda! Cachorra traiadora! E um novo tapa forte do outro lado do rosto me tirou completamente o equilíbrio e dessa vez eu caí mesmo. –Levanta vadia. Levanta! Assim que consegui me por de pé totalmente suas mãos sádicas bateram palma duas vezes. O meu choro aumentou e eu caí de joelhos delirante. Com as duas mãos tremulas eu o peguei duro delicadamente, com extremo carinho e cuidado e o olhei todo antes de pô-lo na boca. Não sei se me acostumava com o tamanho menor do Marcos, mas eu tinha a ilusária impressão de que o do seu Zé havia crescido. Era uma coisa infinita o que eu sentia, não sei explicar. Meu corpo mexia independente da minha vontade e eu levantei a cabeça serva, lânguida pra ver o rosto dele. O prazer sádico dele me olhando assim de cima pra baixo era indescritível. Irradiava poder, crueldade, prazer. E era como se ele pedisse e eu jurasse obediência com meu olhar. E finalmente com meus lábios envolvi lenta e docemente a cabeça de seu pau inteira tentando passar a língua ao redor para aumentar seu prazer monstruoso. Seu gemido, grunhido encheu a sala inteira alto e forte e um estremecimento diferente percorreu meu corpo todo. Sentindo a cabeça entrando minha boca adentro eu não conseguia desgrudar meus olhos de seu rosto, de seus olhos e de suas reações. Mas quando suas mãos pressionaram com força minha nuca tive que fechar os olhos até senti-lo quase encostando em minha garganta me fazendo engasgar, me sufocando. –Chupa sua filha-da-puta! Cadela! Como é o novo corninho que eu não conheço? Que seu verdadeiro dono não conhece? Ele tentava dizer entre gemidos prazerosos e monstruosos que me enchiam de medo e me deixavam como à beira de um orgasmo, num prazer extenso e indefinível... E eu comecei a desejar mais. Mais dor, humilhação, penetração. O que ele quisesse. Ele como que adivinhando meus desejos puxou-me pelos cabelos. Não teve mais palmas, mais nada, eram sá ordens diretas. –Fica de quatro, puta! Quero fuder seu cu. Eu fiquei louca quando o ouvi falar assim. Era mesmo a realização de um novo sonho. Como eu queria aquela coisa dentro de mim naquele instante. Meu corpo tremia mais e eu agia ansiosa como se temesse que ele mudasse de idéia e não quisesse mais enfiar em mim. Quando ele finalmente enfiou depois de várias cusparadas e dedadas no meu cu, antes da vagina, era como se eu bebesse água depois de quase morrer de sede. Aí que reparei como sentia falta daquilo. Era um estranho e diferente alívio aquela coisa grande e quente deslizando e doendo entrando finalmente em mim depois de tanto tempo. Ele cuspia mais e começou a revezar enfiando ora no meu anus, ora na minha vagina. Eu chorava de emoção, prazer e dor, tentava as vezes inutilmente com minhas mãos conter um pouco da sua fúria monstruosa que o deixava cego pelo prazer, mas ele não se importava com minha dor e batia em minhas mãos, coxas, bunda, costas enquanto me xingava ensandecido o que aumentava mais ainda o meu prazer. O contacto físico com ele daquela forma a essa altura já era um prazer indescritível, mas também o prazer de servi-lo totalmente, inclusive com a minha dor se juntava aquele prazer fisico... Pode parecer mentira, mas o que eu fazia nesse instante era chorar e sorrir ao mesmo tempo. Até que finalmente ele gritou. –Quero que engula a minha porra cadela, a minha porra! E imediatamente me fez ajoelhar para chupá-lo e o primeiro jato bateu direto dentro da minha boca antes de meus lábios encostarem-se à cabeça de seu pênis enquanto eu ainda me equilibrava pra ficar de joelhos. O cheiro, o gosto, há quanto tempo? Era o delírio da satisfação de um vício. Eu imediatamente me toquei como ele sempre consentia e olhei seu rosto enquanto ele gozava e comecei aquele meu gozo extenso que parecia infinito. Ele parecia alguma coisa diferente. Não sei se mais amoroso ou humano, diferente, mas ainda bem monstruoso. O cheiro de seu esperma invadiu a casa toda e os jatos vieram sucessivos e entre lágrimas eu não conseguia conter os meus sorrisos de satisfação e prazer. Eu tinha que lamber tudo, tudo, cada gota. Eu comecei a chupá-lo todo sem ligar pra uma possível reprovação dele. E como ele não reprovasse comecei a olhar pra ele sempre de joelhos e pedir baixinho pra que me xingasse. –Me xinga senhor, me bate... Ele sá olhava pensativo parecendo somente se deliciar com meus lábios e minha língua por sua virilha, pênis, saco, coxas... –Você vai fazer o seguinte puta. Não para, continua com essa boquinha gostosa. Eu continuava e não parava de me tocar como se não parasse de gozar também. –Você vai fazer o seguinte piranha. Presta atenção cachorra. Vai me procurar quando quiser, quando realmente tiver vontade. Eu não vou te procurar nunca mais. Você vai me procurar sua puta. Eu não sei onde você mora nem quero saber. Mas fique sabendo que quando me encontrar vai estar sujeita a tudo, inclusive a que eu te ofereça a outro. Aquele gordo me enche o saco até hoje perguntando por você. Entendeu puta?
Apesar de sair de lá leve, estranhamente feliz e de alguma forma aliviada, prometi pra mim mesma que jamais o procuraria de novo, que tenha sido como uma despedida. Mas isso tem menos de dois meses e eu já estou voltando pra casa por aquela rua... Bato lá de novo? timtimportimtim@globo.com