Acontece que há muito tempo sentia uma tensão toda vez que encontrava minha amiga. Ãs vezes parecia que ela sentia a mesma coisa, outras vezes nem tanto. Era tão confuso. Eu namorava um homem muito especial e posso afirmar que eu o amei. Mas todas as vezes que ela estava por perto, tudo se modificava.
E quantas vezes Júlia dormiu na minha casa, e eu com a maior vontade de pedir para ela dormir comigo. Mas na hora H me faltava coragem. E se eu tivesse entendido tudo errado? Perdesse a amizade? Ou pior, se eu mesma descobrisse que não era isso que eu desejava de fato?
Saíamos juntas para as baladas. Com álcool na cabeça, me enchia de forças para falar mais perto de sua boca. Para olhar nos seus olhos. Para me aproximar de seu corpo. Ela respondia da mesma forma. Lembro que peguei fogo num dia em que ela passou a mão pela minha cintura. Mas terminava aí, não íamos em frente.
Eu me atormentava. Pensava nela, imaginava, me recriminava, voltava a pensar nela. Tentava seduzir, falava algo com sentido duvidoso, ela retrucava e eu não continuava.
Passei 2 anos nesse turbilhão. Terminei com meu namorado. Altos e baixos do desejo. Eu a queria, mas como?
O que aconteceu então não foi planejado. Era aniversário dela, 28 anos, comemorado numa balada. Cheguei lá, a abracei, disse parabéns, entreguei seu presente e deixei os outros a cumprimentarem. Fui pro bar, peguei uma caipirinha. Encontrei o pessoal na pista de dança, ela sorridente me olhou. Eu sorri, mas tive que desviar o olhar. Fiquei encabulada.
Fui bebendo, ficando solta. Dançava sem parar, pra não ficar pensando nela. Alguns caras me abordaram nesse período, e até beijei um pra ver se minha vontade de beijo ia embora. Mandei o cara embora em seguida, pois percebi que ela me olhava. Voltei pra perto da turma e continuei dançando. Ela veio, riu, comentou do cara. Eu já tava alta, não respondia, apenas olhava nos olhos dela enquanto ela falava. Falou que ia ao banheiro, fui junto. Casa lotada, demos as mãos para não nos perdemos. Eu suava, apertei a mão dela. Fiz um carinho. Ela continuou em frente.
Voltamos pra pista, eu não suportava mais. A madrugada foi passando, o pessoal já cansado começou a ir embora. Ela decidiu ir também, mas ia dormir na minha casa, como sempre. Afinal era muito mais perto. No caminho ela tocou no assunto do beijo de novo, disse que eu sempre “passava o rodo”, mas parecia irritada com isso.
Chegamos no meu apartamento, abri a porta. Acendi a luz da cozinha, então a sala ficou clara. Sentei no sofá, tava cansada. Ela ficou em pé práxima e brincou que eu tava ficando velha. Levantei pra ir pra cozinha e passei por ela, quase trombamos, já que estava sem muita coordenação. Nisso nos olhamos de novo. Ela sentou no banco da cozinha, depois me chamou pra agradecer o presente de novo.
Cheguei perto, ela levantou pra me abraçar e parou o rosto perto do meu. Me olhou. E finalmente aconteceu. Ela veio aproximando a boca e se apertando contra mim. Nossos lábios se encontraram, eu tremi. A empurrei contra a parede e nos beijamos mais. Ela apertava minha cintura. Subiu uma mão até meu seio direito. Arfei. Passei a mão por suas coxas, por cima do jeans e apertei sua virilha. Ela gemeu. Ela falou no meu ouvido: “Alice, quero ir pra cama com você!” A arrastei pro meu colchão. Começamos a tirar a roupa uma da outra. Ela era macia, quente, suave. Me derrubou, veio por cima de mim, prendeu minhas mãos na nuca, e me olhou. Eu disse “te quero muito, me penetra, quero ser sua”. Ela enfiou sua língua na minha boca, com uma mão apertando forte meus seios, com a outra segurando as minhas sobre a cabeça. Seu beijo, como explicar? Era tão diferente, não tinha a aspereza da barba masculina. Era muito bom sentir sua boca molhada, lisa e de lábios vermelhos.
Falou rouca, “abre as pernas pra mim”. Quase derreti. Desceu a mão do seio pra minha boceta. Começou a massageá-la por fora. Me contorcia e disse, “amor não posso mais esperar”. Ela então meteu um dedo em mim. Senti-la foi a melhor coisa que já me aconteceu. Ela ofegava com os meus gemidos. Colocou outro, e outro. O ritmo era rápido e forte. Júlia queria mais. Queria me possuir, e mal gozei, ela já subiu em mim e se encaixou perfeitamente. “Quero te comer”, gritava. Eu gritava junto. Ah que tesão ver uma mulher sentindo desejo, excitada, pele quente, voz trêmula. Ela começou um movimento que forçava sua xana na minha. Esfregava, queria meter, apertava. Eu gemia alto, ela me fudia. Me pressionava com força. Estava tomada de desejo. Gozamos.
A derrubei de cima de mim, e subi em cima dela. Comecei a beijá-la. Separei suas pernas com força e apertei meu joelho na sua virilha. Ela gemeu. Desci minha boca pro seio dela. Eles estavam lindos, intumescidos. Ela gemia, e gemia, ah ah ah , “quero você dentro de mim”. Tirei o joelho, e deslizei meu dedo pro fundo dela. Coloquei outro metendo com força. Ela se contorcia, me apertava, dizia que ia morrer. Desci minha boca até o seu sexo. Tão molhada! Quando coloquei minha língua nela, soltou um gemido tão alto. Tremia. Comecei a lamber, em seguida chupar. Chupava conforme os gemidos, cada vez mais forte. Enfiava a língua, como um pênis. Forçava. Ela começou a puxar minha cabeça cada vez mais apertada contra ela. Parei. Fui subindo pelo seu corpo e fui enfiando meus dedos nela. Esfregamos nossos corpos. Por causa do suor, escorregávamos uma na outra. Cada vez mais forte. Rápido. Delícia, gostosa. Gozou na minha mão.
Adormecemos exaustas. Eu por cima dela. Quando acordei, ela disse que estava apaixonada. Nos beijamos.... continua