Para onde?", ela pergunta... Não me ocorre nada, mas chamo um táxi com tal autoridade que ele canta pneu ao frear. Entramos e o maldito também vem com essa: "Para onde?"... Atiro nele um punhado de notas de R$ 50,00, começo a beijá-la, e ele entende o recado saindo em disparada. Naquele ambiente, descartável e sujo, me sinto no mais confortável ninho que poderia... Mesmo sem fumê que nos esconda e com um motorista xeretando vez por outra, nos entregamos num frenético e harmônico movimento de investigação e prazer... Descubro – subindo a mão por sua coxa, bunda e costas, rompendo a frágil calcinha que não conseguiu obstruir meu toque – que sua pele é macia sob o vestido. Me pergunto rapidamente como ela consegue não ter marcas de sol, mas ela puxa minha cabeça e quase me afoga com sua língua. Seu ventre, como se por vontade prápria, sempre em vem minha direção e sua coxa me aperta o pau, endurecendo-o ainda mais... Chega a doer.
Todo e qualquer raciocínio que eu possa ter se perde quando o puxo para explorar sua boca mais uma vez. Pouco me importam o trânsito, o motorista ou onde estamos. Meus sentidos estão todos em seu corpo, seu cheiro, seu sexo e nos gemidos. Ofegações que nem sei se ele nota emitir mais que me deixam ainda mais ligada a ele, sem pensar em nada me sento em seu colo com as pernas abertas a roçar num movimento de vai e vem em seu pau notoriamente em riste entre minhas pernas encharcadas de desejo. Beijo-o ainda mais intensamente, puxo seu cabelo, lambo seu pescoço, solto gemidos em sua orelha quero que sinta o desenfrear de sensações que sinto em mim.
E ela me engole entre suas pernas... É como uma boca molhada que me suga de uma maneira que nunca senti antes, enquanto sua boca de fato me suga a língua e morde os lábios... Os movimentos do carro apenas ajudam, e ficam mais alucinantes pois o motorista parece correr, talvez também excitado com essa loucura... Um receio de que algo possa acontecer me passa pela cabeça, mas sá fica o tempo suficiente para me excitar mais um pouco. Ergo ela mais um pouco, agarrando as nádegas e abrindo-as um pouco, ela larga minha boca, geme alto e arqueia as costas para trás... Ao mesmo tempo o motorista acelera e dá uma guinada – teoria comprovada. Ela nota, ri e não se importa. Me beija de novo, tenta acelerar seu ritmo em cima de mim, talvez para me fazer gozar, mas me seguro. Não quero ali, não agora. Ainda há muito a fazer antes disso.
O limite de meu corpo se avizinha rápido sempre tive comigo que nasci abençoada com relação meu gozo sempre fácil e intenso e, dessa vez, não ocorre diferente. Aumentando o ritmo da dança que faço em seu colo, com os gemidos mais altos, com pequenos espasmos já se intensificando dentro de mim, arqueio as costas mais uma vez para trás e, olhando-o nos olhos, explodo em seus braços em mil pedaços, enterrando minhas unhas em suas costas. O corpo vai se acalmando o coração que pulsava em todos os cantos volta aos poucos pro lugar. Deixo minha cabeça se encaixar em seu ombro, fecho os olhos e sinto o calor vindo de nás dois.
Ela goza e quase desmaia sobre mim... Ainda longe de sentir meu prazer, deixo-a relaxar comigo dentro de si, ainda duro. Mas quando percebe que eu mesmo não gozei, ela deixa meu colo (gemendo ao me deixar sair) e senta-se ao lado. Agarrando meu pau com força, duro e dolorido, ela judia dele me olhando com raiva. Primeiro beijando e mordendo minha boca, manobrando minha masculinidade como a um brinquedo, ela começa a dar uma atenção exclusiva a ele, como se eu fosse uma coadjuvante neste filme... Primeiro fingindo que ia abocanhá-lo ou mordê-lo, mas sem fazê-lo de fato, ela segue sua massagem e olha para o retrovisor do pára-brisa, ri alto e começa a me chupar encarando o motorista, que acelera mais sem controle. E diz pra mim, mas bem alto, para garantir que ele vai ouvir: "Que pau delicioso! Quero sentir o gosto do seu gozo!" – e alterna chupadas e sorrisos safados, hora olhando pra mim, hora olhando para ele.
A sensação de ser desconhecida de não ter limites sociais sá deixa minha libido mais aflorada e continuo com seu pau latejando em minha boca. Seu gosto doce e quente e com seus gemidos entrecortados me fazem engoli-lo mais fundo em minha boca, até o fundo de minha garganta. Sempre movimentando minhas mãos, em uma masturbação torturante, aumento a velocidade me retorcendo como se minha boca fosse minha boceta molhada. Sigo sugando, prendendo, lambembo seu sexo. Sinto que ele esta pronto para me dar seu gozo e com a boca aberta o olho nos olhos e falo: "me dá tudo que você tem!"
E eu dou... Parece não parar de sair, gozo em profusão tão intensa que me dái e queima – duas ou três vezes mais que meu normal. Sinto que tanta provocação me encheu além da medida. Apesar do receio inicial de ser demais e ela não gostar, ele bebe em goladas grandes, faminta e louca. Meu gozo foi transcendental, de gelar os pés e adormecer meu tronco e braços. Meus dentes parecem moles de prazer... meu pau ainda pulsa em sua boca, expelindo menos, mas ela faz questão de cada gora - nunca vi aquele olhar de uma fomesede depravada e insana... Quando finalmente para, ela lambe de novo, e quer mais... Ela morde de leve, beija e lambe a cabeça, tenta, brincando, enfiar a ponta da língua e rio... Que mulher é essa!?!
Com uma gargalhada me espreguiço como uma felina satisfeita com minha mais louca aventura. Passando a língua nos lábios, sempre com os olhos nos seus, tenho a impressão que se desviar os olhos dos dele, perderemos a conexão e sá nos restará a realidade. Com um sorriso aberto de mulher satisfeita e orgulhosa de sua feminilidade, e por te sugado dele forças tão profundas como as que ele me tirou, lhe sussuro com uma voz ainda rouca pelo desejo: "acho que o motorista não sabe para onde ir"
Rio da situação toda, do inusitado que foi esta manhã... Não tiro o olho dela nem digo nada, com receio de estragar... Nos ajeitamos como se fosse um quarto, nunca mais nem notei o motorista. Quando ela diz que o motorista não sabe aonde ir, não penso direito e pergunto: "onde é sua casa?". Sá aí noto que não sei seu nome, o que faz ou mesmo se é casada. Apesar de isso não me incomodar agora, me vem o receio de assustá-la. Finjo que não tem nada demais, lhe dou um beijo e a puxo para mim... Sinto meu gosto em sua boca, o que me excita. Deixo ela perceber, mas aguardo seu movimento para ver no que vai dar.
Minha casa? Enquanto ele me beija penso sobre sua pergunta: como dizer a alguém que nunca vi onde vivo? Com sua língua procurando a minha, a cabeça sede aos poucos à nova onda de desejo que toma meu corpo, o gosto dele ainda em minha boca ajuda na derrubada de minhas defesas. Antes que eu abra minha vida à quele estranho, e com medo de quebrar o clima de desconhecido que nos cerca, penso “afinal o que ele pensaria quando eu contasse algo de minha vida e ele percebesse o quão comum era a mulher em seus braços? Para não deixar que aquela deliciosa fantasia termine, lhe respondo em seu ouvido "hoje moro aonde você me levar".
Ela não me indicou sua casa, então vou oferecer a minha. Penso que nosso forte não foi conversar e tento não parar de beijá-la, de senti-la. Seu beijo é quente e calmo agora. Seus lábios são carnudos na medida exata e sá agora consigo parar mais para apreciá-los. Indico algumas direções ao motorista, que pega a primeira à esquerda. Quando olho de volta, ela está com uma expressão meio distante... Ainda feliz, ainda com o prazer e a satisfação estampados. Mas algo mudou. Me beija como se fosse a última vez: terna e intensamente.
Feliz esse era o sentimento que trazia em mim, e com o gosto dele em minha boca, olho pela janela do carro e vejo que a vida real volta aos poucos e meu mundo de prazer e desejo vai sendo posto num local onde se guarda boas lembranças. Vendo que passamos por uma parada de ônibus, o olho e o beijo uma última vez. "Motorista encoste agora". O homem nem pensa em recusar. Rápido, busco um pedaço de papel e ponho ali um de meus emails. Ponho nas mãos de meu misterioso acompanhante e, abrindo a porta como quem acorda de um sonho, atravesso a pista e entro no ônibus, que aparece em seguida. Sorrindo, mas sem olhar para trás...