DEFICIENTE NADA! ALUCINANTE!
Conheci André na sala de espera do oftalmologista. Olhou o nome do livro que eu estava folheando e perguntou-me: “Os Destinos da Paixão”... é filosofia ou psicologia?
Um pouco de tudo, respondi-lhe: e mais literatura, mais psicanálise, um texto que vem quase diretamente confrontar nossa capacidade de lidar com o práprio desejo.
Ele ficou pensativo e disse, quase introspectivamente: é, eu preciso fazer esta confrontação. Tenho andado a passos lentos, como se também meu coração fosse cadeirante – ele usa cadeira de rodas. Completando, disse: tenho muitos projetos adormecidos. Preciso de um empurrãozinho estratégico.
Trocamos número de telefone, endereço, aquela empatia bruta, aquela prontidão estranha que bate de repente dominando o pensamento, a fala o gesto. E foi por isso que saí com ele como um guarda-costas, levando-o até o carro.
Não sabendo o que fazer para ajudá-lo, queria ajeitar-lhe a cadeira do motorista, o cinto de segurança, essas coisas que alguém íntimo faria quase maquinalmente. Quando me retirava do interior do carro, ele me tomou pelo braço perguntando: você tem uma boca de beijo, cara, e vai saindo assim, sem despedir? A garagem do prédio estava bastante vazia, e a gente não corria riscos se grudasse lábios e lábios em beijo profundo e demorado.
Numa pausa para respiração, ele passeou a mão sobre minha braguilha volumosa, dizendo: cara, a gente vai sair daqui para afogar o ganso, veja sá que coisa maravilhosa está acontecendo conosco. Tentei dizer-lhe que era apenas maluquice o que acontecia e que a gente se despedisse encerrando tudo. Lendo meu pensamento, respondeu-me: eu lhe disse que precisava de um empurrãozinho estratégico e você se apresentou para dar sentido à minha vida. Agora é tarde para correr. Vamos tocar o carro? Eu responderia que não, quando ele arrancou queimando pneus. Daí a cinco minutos estávamos no motel mais práximo.
O que acontecia me deixou sem forças para correr. Aquele cara, em cadeira de rodas, a princípio, me causava escrúpulos. Tudo aconteceu sem que eu pudesse me dar conta de como seria daí a cinco minutos. Antes que eu imaginasse, estávamos na cama, despidos, entre abraços e beijos. Ele olhava penetrando a alma e, sem nada dizer, me atraia, me seduzia, me fazia grudar no seu corpo e a gente se enroscava sobre num amor apaixonado, desmedido, inconsequente.
Agora mais tranquilos, estava eu calmamente lambendo aquele macho peitudinho, e ele gemendo, pedia: morde, meu amor, morde as pontinhas com carinho. Quanto mais mordiscava, lambia e chupava aquelas tetas, mais elas inchavam, mais ficavam pontiagudas, vermelhas, gostosas. E quando o apertei contra o peito, mordendo o lábulo de suas orelhas, ele gemeu mais alto, suspirando fundo: cara, você me mata! Eu te amo, cara!
Era fantástico e alucinante como aquele cara, à primeira vista deficiente, deu-me um show de erotismo, passeou pelo meu corpo num banho de língua de me tirar o fôlego. Depois, pousou os lábios mansamente na cabeça de minha pistola, me levando à s estrelas. Mordia carinhosamente a minha glande, depois apertava a boquinha cheirosa na ferramenta, ia lentamente descendo, descendo, até a base. Abocanhou meu saco cuidadosamente como quem polia bolas de ouro. Lambeu, sugou, babou meus culhões como quem fizesse amor pela última vez.
Entendi o que ele faria e o ajudei a posicionar-se de frente no meu colo, como sempre adoro fazer. Primeiro nos abraçamos e ficamos assim por um bom tempo. Depois ele ergueu a moranga, empinou-a lindamente como quem provocava uma sova de pica. Ajudei-o a posicionar-se na cabeça dela. O botãozinho dele era uma loucura: quente, suave, mordendo a minhoca como peixe escolado. Mas ele confessou murmurando que era sua primeira vez.
Respeitei. Mas a excitação era tamanha, que ele, sem custo e sem dor, fora lubrificando o botãozinho de tal forma que a rola ia deslizando crua e dura pelas profundezas de carne, até o talo. Ele fechou os olhos, mordendo os lábios, murmurando coisas, me apertando, me abraçando, empinando mais e mais a bundona, para novamente sentar de uma vez sobre o nervo duro. Eu via estrelas, fazia escarcéus, e a gente enlouquecia, entrava em transe.
Com carinho, posicionei suas penas sobre meus ombros e fui encaminhando o canhão para o alvo. Ele pedia, repetidas vezes: penetra, meu amor, penetra! Mete comigo, meu bem, mete tudo, assim, me abraça, me aperta, me atocha. Meti-lhe de vez a marram no botão, batendo meu saco de ovos na bunda dele e ele gritou: goza, amor, goza comigo, vamos, meu bem, vamos gozar!
Quando sentiu o primeiro jato de porra, ele, sufocando gritos histéricos, e alternando frases, mais uma vez entrou em transe, gozando, chorando, mordendo minha rola gozoza com os anéis do cu, querendo um jato a mais, uma promessa, uma jura secreta. Gozamos como potros vadios.
Arrefecendo, voltamos à posição anterior, e ele, no meu colo, continuou atochado. Ficamos um tempão abraçados, trocando carícias leves, falando baixo, jurando amor. Deu um beijo na minha aliança e disse: tive total confiança depois que conversamos bastante, e percebi que você é um chefe de família legal, um pai exemplar. Também sou casado, tenho dois filhos.
Eu já estava convicto de que aquele homem me tocou profundamente o coração e a alma. Achei que minha idade avançada em relação à dele se tornasse empecilho para futuros encontros, mas ele retrucou que fruta madura dá suco mais doce. Ato contínuo, abocanhou minha rola e mamou no capricho. Depois me lascou um beijo forte e decidido, dizendo: vai ser difícil você se livrar de mim, Josué!
Era o que eu mais queria. O cara tem me dado uma lição de vida. Embora cadeirante, dirige o carro, trabalha, estuda, cuida legal da família, uma afronta a quem tem medo de encarar a vida.
Atualmente escreve uma tese de mestrado, e a gente se encontra também para estudar, trocar ideias, pesquisar novidades. Minha vida tem tomado um rumo diferente, inesperado, mas revitalizador. Esse cara caiu do céu.
Espero mensagens de todos os amigos, especialmente mineiros casados, interessados num papo descontraído, com sigilo e respeito. Josum.torn@yahoo.com