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HISTÓRIAS SECRETAS 18

HISTÓRIAS SECRETAS (18) – RESOLVENDO TUDO



Lembrando certo repárter: “Salve leitor”. Obrigado a todos que têm acompanhado nossa histária e antes de qualquer coisa o de sempre, é bom ver os contos anteriores, pois assim você fica a par da sequência de fatos. Sá esclarecendo, já faz uns quinze dias que aconteceu “o trauma”, o Guto tem faltado algumas aulas, mas não deixa de ir ao hospital no seu voluntariado, já percebo certa mudança em seu estado emocional, e isso me fez lembrar que era hora de agir. Conseguimos conversar sobre o assunto e assim colocarmos ponto “final” nessa histária.

Era uma terça-feira e ligo para o Sr. Armando:

- Meu Doutor tudo bem? – me diz ele do outro lado aparentando-se sorridente.

- Isso quem me vai dizer é o senhor. Sobre aquele assunto... (HISTÓRIAS SECRETAS 19 E 16) Está tudo ok? – Pergunto meio preocupado.

- Tudo. O material ficou átimo. Mas as originais vão ficar comigo. Tudo bem?

- Tudo Sr. Armando. Posso ir pegar hoje?

- Até agora se você quiser.

- Ligo para o Sr. Mais tarde. E aí combinamos.

Em uma folga do plantão, passei rapidamente na polícia e peguei o material. Rapidamente combinamos o flagrante e colocamos um novo plano em ação. Que consistia no seguinte:

Como o GUTO tinha quer estar na pediatria na terça à tarde, aproveitei e passei na faculdade, em uma folga do meu plantão, e fui até a sala do tal professor Adriano.

- Olá – disse sorridente – sá lhe vejo agora à distância. Sente aí – e apontou para uma cadeira em frente à sua mesa.

- Não sou o GUTO professor – ele me olhou estarrecido – Sou o irmão dele.

Já meio nervoso ele me pergunta:

- E o que o traz aqui?

Abro minha maleta e tiro uma xerox, autenticada, dobrada ao meio e digo em tom sério.

- Isso! – E entrego a prova a ele.

Ele olha, empalidece, eu me levanto e digo:

- Esteja em minha casa amanhã às 20 horas como sem falta e em horário certo. Um típico inglês. – Baixei a cabeça em direção a ele e continuei – Entendeu? O endereço você já conhece. Bato a porta e saio da sala.

Como o GUTO sá teria dois horários na quarta, combinei com a enfermeira-chefe e fizemos de conta que ele teria que cobrir a urgência de duas colegas voluntárias dele, ela ficou meio desconfiada, mas concordou (acho que ela tinha uma queda por ele). à noite dou o recado e ele concorda em ir para o hospital.

Quando ele está no seu voluntariado...

- GUTO. Telefone. – normalmente voluntários não tinham direito a atender telefones pessoais, mas como era o GUTO, o queridinho da enfermeira chefe...

- Alô.

- GUTO. É a Neide.

- Oi Neide. Que houve? Tá tudo bem com as crianças?

- Tá... Mas... Posso te pedir um favorzinho...

Ele sorri e diz:

- Você quer que eu fique com meus “sobrinhos” de que hora a que horas?

- Ô GUTO. Desculpa mas é que eles gostam tanto de você... hoje as sete da noite. Pode ser?

- Posso sim Neide.

- Desculpa não ter combinado antes, mas foi um imprevisto de última hora.

- Tudo bem. Agora vou ter que desligar tá. Beijo, até mais tarde.

- Tchau. Você é um amor.

Até então tudo certo, às 20 horas o tal professor toca a campainha, eu abro a porta, o olho de cima abaixo e peço para que entre, ele trazia uma pasta tipo 007 e uma sacola de compras de uma loja de roupa. Todo nervoso ele entra e vai logo perguntando, enquanto eu passo a chave na porta e a recolho no bolso.

- Diga logo rapaz. O que você quer? – Perguntou em tom irritado e autoritário.

- Calma professor – Falo cinicamente – sente-se. Vamos conversar.

Ele se senta e eu ligo o vídeo. Quando ele ver as imagens...

- Que é isso? Quem fez isso?

- Calma homem. – Falo friamente.

- Vai querer me chantagear agora é? – Fala todo rancoroso.

- E o que você fez com meu irmão? Foi o que? – pergunto irritado.

- Seu moleque, se prepare, darei um jeito de expulsar seu irmão da faculdade. Isso não vai ficar assim. – Falou Adriano todo irritado e cheio da razão.

- Muito bem PRO-FES-SOR. – Falou Sr. Armando saindo da cozinha junto com a Neide. Ele retira a carteira, abre e mostra o distintivo.

- Polícia – diz Sr. Armando contraindo as pálpebras como se fosse fechar os olhos.

A ficha caiu. O professor senta-se, passa a mão na cabeça nos olha acuado e pergunta:

- O que vocês querem?

- Justiça. – Falo calmamente. – Nada mais que isso.

- Que tipo de justiça? – pergunta o tal professor já em desespero.

O Sr. Armando toma a palavra.

- Professor Mestre Adriano da Silva Barros. Casado, pai de um casal de filhos, médico do estado, professor da faculdade... Que em algumas noites sai para pegar algum boy de programa. Se o Senhor quiser podemos resolver aqui mesmo. Ou podemos ir para a delegacia de polícia. O que o senhor sugere? – O policial para em frente a ele, o pega pelo colarinho e o levanta, ficando cara-a-cara com ele.

A Neide aproveita e abre a sacola de compras e retira o gravador que estava dentro, retira a fita e guarda no bolso do vestido. Recoloca o gravador novamente na sacola, coloca a camisa por cima e repõe a sacola no mesmo lugar. Tudo como havia previsto o policial. Distraído pelo mesmo, ele não percebeu nada, apenas se soltou do puxão e voltou a sentar assustado.

- Po... Po... Por favor, o que vocês querem de mim? - Pergunta ele já intimidado.

- A vida do rapaz de volta e as notas dele como são. Por direito. Eu também posso sugerir... Uma viagem de dois anos... Uma licença sem vencimentos, não sei. A decisão é sua. – disse isso se abaixando e encarando o professor novamente nos olhos – Ah! Ia esquecendo. E esqueça que um dia conheceu o AUGUSTO CÉSAR – O policial sentou-se na mesa de centro frente a ele e perguntou finalizando – Você pode fazer isso... Não pode?

- Vocês estão querendo acabar com minha vida? Vocês acham que eu sou louco?

- Professor você quer que eu abra um inquérito e descubra sobre os outros alunos? Com certeza esse não foi o primeiro. E tem mais, sei da sua fama e sei que há outras universidades particulares tentando lhe levar para fazer parte do corpo docente delas.

- Você andou investigando minha vida? – Perguntou nervoso.

- Sou policial há 19 anos, delegado por formação e de careira, com curso no exterior e algumas condecorações, esse é meu currículo. Quer que eu diga o seu... Inclusive as entrelinhas?

- Me perdoem, por favor. Prometo não fazer mais isso.

- Professor, até o menino se formar todos os professores e funcionários serão mantidos sob constante vigilância, se alguma coisa afetar a formação dele você paga. – O Sr. Armando aparentou irritação, a ponto de dilatar a jugular – Agora é pessoal, eu garanto isso. E você viu meu distintivo, você sabe que posso fazer. Não sabe?

- Quero um tempo pra pensar. Pode ser? – Perguntou já com o ar de vencido.

- Você é quem sabe. Te damos dez dias e nada mais.

- Posso ir agora?

- Pode sim professor. Mas não esqueça: deixar o rapaz em paz direta ou indiretamente, é a sua meta a partir de hoje.

Ele se levanta pega suas coisas enquanto eu me dirijo à porta, abro-a, e ele sai me encarando severamente.

- Esse aí vai pensar mil vezes antes de aprontar outra dessas. – Disse o Sr. Armando.

- Eu queria ver a cara dele quando sacar que tiramos a fita – Falou a Neide sorridente – Como você sabia do gravador Sr. Armando?

- É típico desse tipo de gente. Tentar se armar por todos os lados. Agora preciso ir, minha mulher deve estar desesperada me aguardando.

Aperto a mão do policial o mais forte possível e o agradeço.

- Senhor Armando, muitíssimo obrigado, praticamente lhe devo a minha vida.

- A práxima vez que você me disser isso eu vou ficar zangado com você. Tenho um neto e uma filha maravilhosos em casa graças a você. Se você me deve sua vida eu lhe devo três: a minha, a da minha filha e a do meu neto. – abre um sorriso e completa - Matematicamente três é maior que um, portanto, eu estou em débito de dois com você.

Caímos os três no riso e nos despedimos, antes de sair a Neide vira para mim sorridente:

- Caio vou pedir pro GUTO descer agora. Tá bom?

- Tá átimo – respondo sorrindo.

O GUTO chega eu o abraço passando todo o carinho e meu alivio por estar saindo daquele pesadelo. Ele me abraça, me olha e diz:

- Tá tudo bem meu amor?

- Tá sim. Por que?

- Sei lá. Parece que tu tá meio assim... Aliviado, relaxado. Não sei, mas eu tô gostando de te ver assim – então me beija e me faz esquecer de tudo, do mundo, dos problemas, de mim. Éramos sá nás dois. Ele me olha com ternura e eu digo.

- Eu te amo, com toda minha alma, com cada fibra muscular, com cada neurônio, com todo meu ser.

- Eu te amo. E se você não existisse, eu te inventava. Mas como você existe, eu vivo para te amar, ser feliz te fazendo feliz. Enfim existindo, por que eu sá existo enquanto você existir.

Nos abraçamos bem forte. Começamos a nos beijar com mais volúpia, ele tira a minha camisa e começa a chupar meus peitos, eu urro de prazer, mas...

... O telefone toca, toca insistentemente.

- Alô – eu atendo um pouco chateado.

- Doutor Caio?

- É ele.

Então logo veio a explicação. Era do hospital onde eu fazia residência e como eu tinha pedido, um paciente meu retornava de um coma, portanto eu estava sendo chamado para ir até o hospital dar as primeiras orientações. Pois é...Vida de médico, e de residente então...

Infelizmente ficamos por aqui. Caro leitor, chegamos ao fim de uma das fases ruins. Esperamos não ter entediado muito vocês, mas no práximo tem uma surpresa.