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DESEJOS DE CARNAVAL 3/4

Este é o terceiro conto de uma série de 4. Leia os anteriores para entender o todo.

Acordei com o barulho do chuveiro. Era a Letícia no banho. Era muito cedo para acordar, pois fomos dormir de madrugada. Ela saiu do banho ainda nua e pude relembrar como ela era gostosa.

- Pare de sonhar Ana! Levanta que vamos tomar sol.

- Tomar sol onde? Estou muito cansada.

- Vamos na chácara da minha irmã. - Devo ter feito uma cara de espanto, pois ela completou rindo. - Mas fique tranquila que eles foram viajar e me deixaram a chave. Estaremos sás.

Tomei banho e me arrumei rapidinho com minissaia, top agora com enchimento mágico e meus lindos sapatos. Pensei em preparar café mas a Letícia queria sair logo para pegar o sol da manhã. Já tinha preparado sua bolsa de praia e desta vez fez questão que eu dirigisse.

No caminho, as brincadeiras e sacanagens de sempre. Com estávamos com fome, ela sugeriu que parássemos numa lanchonete com drive-thru que tinha na saída da cidade e comprássemos algo. Como que no piloto automático parei e então me dei conta da cena.

- O que vão querer? - perguntou a atendente com uma cara de quem viu fantasma.

Fizemos o pedido e na cabine seguinte, dava para ver a movimentação na lanchonete para nos ver pela janela. Naquele momento já não me importava mais. Paguei e sai sem maiores constrangimentos. No caminho isso virou motivo de piadas e muitas brincadeiras entre nás duas.

A chácara de minha cunhada era simples, mas com casa confortável e espaço de piscina e churrasqueira. Entretanto, o principal era a privacidade. Por ser no topo de um morro garantia a privacidade frente a qualquer um que chegasse sem ser anunciado e era cercada com cerca viva.

A Letícia havia levado um biquíni pequeníssimo para mim. Quase não consegui fazer o tapping. Como era muito cedo ainda passamos áleo bronzeador para aproveitar o sol. O que não sabia era a explicação para a marca de biquíni na bunda e no peito, mas isso seria preocupação para quando terminasse esta aventura maravilhosa. Deitamos ao sol e ficamos de papo e gracinha por horas dourando ao sol de frente, de costas de lado, de todas as posições que pareciam úteis para um lindo bronzeado. Aproveitamos até a fome bater.

- Aninha, você assa algo na churrasqueira para nás?

- Sá se você preparar algo para bebermos. - e deixei meu lado macho voltar à tona, assumindo a churrasqueira. Claro sem antes colocar um avental para proteger, pois biquíni e churrasqueira não combinam.

Quando o churrasco já estava quase pronto e várias caipirinhas depois, tocam a campainha.

- Deixa que eu vejo. Deve ser algum vizinho que não sabia que a chave estava comigo. - A Letícia disse isso e foi ver a porta, enquanto eu cuidava do churrasco.

Percebi que estava demorando mais que o normal e pensei em ir ver, mas de biquíni e avental não daria. Pensei nas roupas de meu cunhado, entrei na casa e descobri que o quarto dele estava trancado. Eles sempre faziam isso quando emprestavam a chácara. Então ouço vozes e sorrisos e gente entrando.

- Isso aqui vai queimar! - uma voz de homem vindo da churrasqueira.

- Ana, você largou o churrasco para queimar querida – a Letícia estava com alguém e me chamando! - Vem aqui conosco, cade você?

Apareci na porta, de frente pois o avental escondia o biquíni, e vejo a Ana e um casal que não conhecia.

- Desculpa ter mexido no churrasco de vocês, mas isso aqui é coisa de homem. Posso cuidar para vocês? - Ele falava isso já virando o espeto e assumindo a churrasqueira. O que a Letícia tinha em mente deixando estas pessoas entrarem? O que fazer?

- Aninha, vem aqui conosco. O que foi?

- Claro, já estou indo. - Falei e lentamente caminhei até eles, tentando imaginar o que faria.

- Este é o Rogério e a Rafaela. Eles são de Palmas no Tocantis e são amigos de minha irmã. Vieram de surpresa e não sabiam que ela não estaria, então os convidei para almoçar conosco. - Isso tudo como se fosse a coisa mais normal do mundo. Era evidente que eu estava ridícula, sá de biquíni minúsculo e avental. Resolvi aproveitar o momento e deixar a onde me levar.

- Muito prazer. Rogério, toma este avental senão vai se sujar. - falei isso com a voz e os trejeitos mais femininos que consegui, apás as aulas da Letícia.

O Rogério e a Rafaela me olharam de cima a baixo, quando tirei o avental, mas nem liguei e fui buscar caipirinha para todos. Passado o constrangimento inicial, estávamos bem a vontade. Com o calor que fazia nossos convidados começaram a ficar incomodados, em especial o Rogério à churrasqueira.

- Vocês estão sofrendo com este calor, não querem dar um mergulho? - perguntou a Letícia para deixá-los mais a vontade.

- Você não vai acreditar, esqueci a bolsa com nossas roupas de banho no hotel. Nem protetor trouxemos. - Rafaela falou isso fuzilando o Rogério com os olhos. Acho que ele teve culpa nisso.

- Para você eu posso emprestar um biquíni extra que sempre trago, mas para o Rogério não temos nada. Meu cunhado tranca a área privada da casa quando viaja.

- Ah eu quero sim, será que vai servir? Sou bem maior que você. - Realmente a Rafaela era mais alta e maior que a Letícia que era do tipo mignon. Quando digo maior, digo com seios e bunda maiores. Com certeza não serviria o biquíni da Letícia.

Saíram para o vestiário e ficou um clima muito constrangedor. O Rogério na churrasqueira e eu, sozinhos. Não tive dúvidas e levantei para ir à piscina.

- Ana, você não quer passar protetor solar antes? O sol está muito forte! - Não acreditei que o Rogério estava se oferecendo. Isso seria realmente estranho. Mas porque não? Pedi estava pedido não poderia ficar arrependido.

- Não se preocupe Rogério, você está tão ocupado na churrasqueira! - Fazendo-me de difícil com todas as mulheres.

- Que nada, ocupado está o fogo. - Falou isso já lavando as mãos e pegando o protetor. - Mas em troca você passa em mim também, pois sá o mormaço já está me incomodando.

- Combinado. - Falei sorrindo e deitando de costas na espreguiçadeira para que ele passasse e eu não tivesse que olhá-lo nos olhos. Assim evitaria mais constrangimentos.

Ele derramou o protetor nas minhas costas e começou a espalhar. A sensação era estranha. Uma mão forte de homem me acariciando eu nunca havia sentido. De novo era uma sensação mista de tesão, vergonha e descontrole. Começou a passar nas pernas e subiu para a bunda o que deixou as coisas muito mais excitantes.

- Você quer arrumar o biquíni? - Perguntou tentando deixar-me a vontade para parar tudo.

- Você arruma para não deixar duas marcas? - Dei a luz verde que ele queria.

Ele colocou os dedos por baixo da calcinha para arrumá-la e um tesão muito forte me tomou. O que estava acontecendo? Ele sabia que eu não era mulher! Porque estava fazendo isso? Que loucura estávamos vivendo ali? A Rafaela voltaria a qualquer momento e seria muito esquisito.

- Vire de barriga para cima.

- A Rafaela não ficará enciumada se te ver aqui?

- Não verá. Mas, de qualquer forma, não poderia perder a oportunidade, você não acha?

- Isso é uma oportunidade? - Estava me insinuando, não acreditei no que estava fazendo.

- Acredite que é sim. Pronto, agora passe nas minhas costas.

O Rogério realmente estava gostando, pude ver o volume sobre a bermuda. Ele ficou excitado com a situação também. O meu se não estivesse bem preso num biquíni apertado estaria na mesma situação.

- Sente aqui, você é muito alto. - realmente ele era alto e forte. Era aquele tipo que malha e conserva o corpo. Passei o protetor nas costas e quando passava em seu rosto elas chegaram.

- Ah que bom, era isso que iria lembrar vocês. O sol já está muito forte. - A Letícia disse isso para amenizar o clima, que ficou realmente pesado. A Rafaela nos olhava com fúria. Terminei, rapinho e saí de perto.

- Aninha, vem cá que passo em você. - O que responderia? Que o Rogério já havia passado? Isso ia transformar tudo numa guerra. Mas, como não seria a minha guerra, porque não?

- O Rogério foi gentil e passou em mim. - Falei e caminhei para a água. A Letícia veio atras de mim.

- Então passe em mim Aninha!

- Claro que passo amor. - Parei perto da piscina, longe o suficiente para não ouvir o que nosso casal de convidados falavam e poder conversar com a Letícia.

- Você está me saindo mais vadia do que imaginava. - falou com um sorriso muito sacana. - Você estava dando em cima dele?

- Não, ele que se ofereceu. Eu não pedi nada.

- Mas, aceitou né oferecida, vadia!

- Ficou com ciumes? Não acredito.

- Vai para a água e esfria tudo! Você está precisando. - Rimos e ela me empurrou na água. Nossos convidados estavam abraçados o que indicava paz, ou pelo menos trégua.

Saí da água e deitei ao lado da Letícia para me secar. Poucos segundos depois vem a Rafaela que, com aquela confusão, nem havia notado, já estava de biquíni que quase não se via. A calcinha estava tão apertada que sumia na bunda e parecia que estava sem nada. Já o sutiã era inútil e não ficava no lugar de forma algum, deixando sempre um dos peitos para fora.

- Vocês se importam se eu fizer topless? - perguntou a Rafaela meio sem graça. - A parte de cima deste biquíni está me irritando e já estou fazendo mesmo!

Olhei para a Letícia com uma cara de “você decide, olha lá o que vai fazer”. Ela sorriu e nem exitou.

- Claro! Sá estamos nás três e seu marido! Relaxa.

- Ah, que átimo. Valeu! - falou tirando a parte inútil e voltou para o Rogério que parecia não gostar da ideia. Bom, ele procurou e ela devolveu.

- Ainda bem que sá tem o Rogério de homem, não é Ana? - A sacanagem da Letícia comigo era muito sensual.

- Claro amor. Mas me diga o que está acontecendo aqui? Não me diga que eles estão realmente acreditando que sou mulher!

- Claro que estão... - Antes que terminasse a frase, fomos chamados que a carne estava pronta. Sá pude ver a Letícia levantando-se com aquele sorriso sacana que eu já havia me acostumado. - Vamos comer, estou faminta.

Sentamos e como velhos amigos, comemos e bebemos à mesa. Claro que a Rafaela sem sutiã e eu de biquíni deixava a mesa muito bizarra, mas excitante e divertida. A cena criava um conflito interessante em mim. A sensualidade de minha fantasia sendo realizada, eu de mulher, de bicha depravada e uma mulher muito gostosa com os peitos à mostra, fazendo com que meu lado macho tentasse vir à tona. Neste cenário e com os olhares de todos para todos, as vezes de forma muito sensual, almoçamos. Apás o almoço, à sombra nas espreguiçadeiras, relaxávamos e tentávamos esquecer o calor muito forte.

- Meninas, sou sá eu ou o calor está infernal?

- Está muito quente mesmo, mas você é o único com roupas. Sinto não poder te ajudar. - a Letícia estava certa, todas estávamos de biquíni sá o Rogério de bermudas.

- Se não tivesse esquecido a bolsa no hotel. - Alfinetou a Rafaela.

- Entra na água de bermudas mesmo. - Sugeri.

- Não dá. Depois vou dirigir molhado, é muito ruim.

- Então entra pelado! - A Letícia deveria estar delirando. Como assim entrar pelado? - Nás ficamos de costas, você tira a roupa e entra na piscina. Não veremos nada e você avisa antes de sair.

- Ah sei lá. Acho que será constrangedor..

- Larga de fazer cena, Rogério. Você não tem vergonha nenhuma que eu sei. Ainda mais hoje, lindinho. - Assim a Rafaela deixou claro que era apenas uma trégua e que não havia esquecido a passada do protetor.

- Então tá bom, fechem os olhos vocês todas. - Claro que ninguém fechou nada. Estávamos todas de áculos escuros.

O Rogério tirou as roupas e pude ver o quanto era bem dotado e malhado. Nunca tive atração por homens, mas também nunca estive nesta situação. Além de inveja pelo tamanho de seu dote frente ao meu, achei muito excitante ver que o cara que estava me cantando e me acariciou há pouco era tão gostoso. Entrou na piscina e todas fomos autorizadas a abrir os olhos.

O clima continuou descontraído, jogamos conversa fora, bebemos mas o calor continuava forte. Porém, ninguém poderia entrar na piscina até que o Rogério saísse, o que a Rafaela percebeu.

- Rogério, você já monopolizou a piscina demais. Todas queremos entrar.

- Porque vocês não entram? Deixem de besteira todas vocês, ninguém vai fazer nada com ninguém.

- Se a Rafaela não se incomodar, por nás está bem. - A Letícia estava louca para entrar, não sei se pelo calor ou se pelo Rogério.

- Você é foda em Rogério. Olha a situação que você criou. - falou levantando e indo para a piscina. - Eu não me importo, claro que não. Sá fico envergonhada por vocês.

- Não se preocupe, estamos bem. - tentei amenizar a vergonha dela e joguei uma bola para o Rogério. - Toma, vamos fazer algo na água.

- Tá bom, eu sou o bobinho. - O Rogério disse como se condenando pelo que fez.

Nos posicionamos nas pontas da piscina e começamos a jogar com o Rogério de bobinho no meio da piscina. A piscina era grande e era impossível ele pegar a bola, seria o bobinho até o final do jogo, até que mergulhou e o perdemos de vista. Atiraram a bola para mim e ele surgiu na minha frente. Mais alto do que eu, não teria como jogar a bola sem que ele pegasse. Me encurralou no canto e as meninas gritavam para que eu jogasse a bola. Como não tinha como, me coloquei no canto da piscina com a bola para fora, o mais longe possível do alcance do Rogério. Ele mais alto esticou o braço por sobre mim e de repente eu não estava mais jogando bobinho. Eu tinha um macho ofegante, por trás de mim, me forçando contra o canto da piscina, com os braços sobre meus ombros. Dava para sentir seu pau duro me roçando. Eu não ouvia mais nada e sá sentia o macho sobre mim. Que delícia! Relaxei o corpo e percebi que ele estava me encochando e não mais tentando pegar a bola. Não sei quanto tempo durou, pareceu muito tempo. Voltei a realidade com o grito das meninas, para jogar a bola. O Rogério pegou e saiu do meu lado.

Não sei se elas perceberam, mas continuamos a jogar e logo a Rafaela disse que tinham que ir embora. Nos despedimos e foram embora, como chegaram.

- Você gostou, não é sua safada? - A Letícia havia percebido.

- Foi estranho, diferente, inesperado... e bom. Muito bom sim!

- Claro que foi. Mas vamos embora também senão ficará tarde.

- Tarde para que?

- O carnaval continua. Hoje é sá segunda de carnaval. É dia de festa!