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O DIARIO DE UM ADOLESCENTE PART 5

Eu não acreditei quando eu vi que eles tinham vindo até ali sá pra estragar as minhas férias. Tinha certeza de que aquilo tinha sido idéia da minha mãe.



“Vc gostou? Não precisa me agradecer, foi tudo idéia da sua mãe…” disse Camila me soltando do abraço.

“Eu imagineiÂ… depois eu agradeço muito pra ela, pode deixar…” resmunguei, puto.



Logo a tia Stela puxou a gente pra fazer junto o check-in no hotel e minha mãe veio toda sorridente falar comigo. Ela realmente devia tá achando aquilo muito divertido.



“Estávamos morrendo de saudade de Algodoal também, então viemos lhe fazer essa surpresa” falou Renata – será que ela achava mesmo que eu tava feliz com aquilo? “Chamei a Camila pra vir junto pq sabia que vc ia adorar” sim, ela achava.

“Sua mãe me ligou hj de manhã cedo avisando que estava em Belém mas que viria direto pra Algodoal encontrar a gente. Fiquei super animada, pq agora vou ter uma amiga pra tomar uma cervejinha no final da tarde. E por vc também, soube que ela é a sua namoradinha não é?” disse a tia Stela, me irritando – sá faltou falar “Garanhãããão!” –’

“Ela não é a minha naÂ… ah, deixa pra lá!” não ia adiantar explicar mesmo (pra eles dar um selinho já significa que a gente tá apaixonado).

“Tive uma idéia, que tal Camila e Lucas ficarem no mesmo quarto?” sugeriu tia Stela “E não tente impedir, Renata, eles estão bem grandinhos, uma hora eles criam asas…”

“Não, não, eu também acho uma ááátima idéia” concordou a minha mãe.

“MasÂ… masÂ… eu não…” tentei.

“Não precisa ficar com vergonha, meu lindo, isso é muito normal, tá bem?” disse a tia Stela, em tom amável, passando a mão pela minha nuca e olhando nos meus olhos. “Por favor, coloque esses dois jovens no mesmo quarto!” pediu ela ao recepcionista.



Já eraÂ… Camila sorriu pra mim, animada, eu devolvi um sorriso bem amarelo. Agora com a minha mãe mais a Camila ali, eu não ia ter paz. Iam ficar o tempo todo no meu pé. Os pais não entendem que a gente viaja pra ter férias deles.



Peguei as minhas malas e fui na frente, deixando a Camila atrás, falando praticamente sozinha, de como seriam divertidas aquelas férias. Tava era doida pra dar pra mim de novoÂ… Chegamos no quarto e eu fui arrumar as minhas roupas num armário de madeira razoavelmente grande que tinha no canto. A cama era grande mas não era king size. Uma colcha bem florida, estilo praiana mesmo, forrava a cama. Quando me agachei, não deu outra.



Camila veio por trás, toda carinhosa. Eu tentei dizer que não, mas aqueeele perfume dela era tão bom. O mesmo que ela tava usando quando a gente transou. Misturou com o cheiro natural dela e com o cheiro de sexo que foi dominando o ambiente aos poucosÂ… Ela beijou o meu pescoço, me agarrando por trás. Esfregou a sua mão no meu peito apertou. Eu senti o tesão dela naquela pegada. Depois agarrou o meu pau, que já tava duro feito pedra.



Eu virei e joguei ela no chãoÂ… e, sim, a gente transou. Uma transa bem melhor que a primeira, gozei feito louco duas vezes. Ver ela com o rosto lambuzado me deixou tão louco que não amoleceu nada.



Depois disso, a gente dormiu. Juntos.



No dia seguinte, eu acordei muito arrependido do que eu tinha feito. Eu tava brincando com os sentimentos da garota. Tudo bem, eu sou bi, mas eu não gostava da Camila, achava ela chatinha demais. Chatinha e gostosa, esse era o problema.



Levantei rápido antes que ela acordasse e viesse com papinho romântico e saí pra caminhar na praia. Quando voltei ela já não estava mais. Devia ter ido tomar café da manhãÂ…



“Hey, não vai tomar café, não, cara?” disse Caio, entrando no quarto sem bater.

“Vou, vou sim. Tava dando uma caminhada na praia, daí sá voltei agora…” respondi.

“Pô, vc foi caminhar na praia e nem me chamou? Tava doido pra fazer isso!” reclamou ele.

“Desculpa, é que eu não sei qual é o teu quarto…”

“É, eu imagineiÂ… eu sá sei que esse é o seu quarto porque vc e a sua namorada foram os primeiros a virem” disse Caio, mudando o tom pra um pouco mais safado, sentando na cama ao meu lado. “Mas me conta, vcs transaram ontem?”

“Primeiro, ela não é a minha namorada!” falei, puto “E, sim, a gente transou”.



Nessa hora a gente ficou rindo por um tempo.



“Nunca fiz sexo, cara. É bom?” disse Caio, curioso.

Â“É muito bom vei, muito bom mesmo. Mas é sério que tu nunca fizeste sexo? Vc é todo bonitão pô…”

Â“É sério cara…” disse ele, ficando vermelho e, agora, olhando pro chão.



Fiquei olhando pra ele. Olhando aquele rostinho bonitinho, todo vermelho, que nem um pimentão. Começaram a pipocar pensamentos e desejos naquele momento na minha cabeça. Fiquei nervoso. Meu coração batia tão forte que chegava a doer, pq ele já sabia o que eu estava prestes a fazer.



Me estiquei e beijei a bochecha do Caio. Ele virou e olhou pra mim assustado. Era agora. Eu sabia. Aquele rosto assustado expressava um desejo maior, eu tinha certeza. Me estiquei pra beijar os seus lábiosÂ…



“CARALHO, VC Tà MALUCO CARA?!” disse Caio, me empurrando pra longe dele com força.

“Eu… eu… desculpa vei…”

“Vc não vai tomar café, meu amor?” disse Camila, entrando no quarto e quase presenciando a cena. “Ah, oiÂ… Caio né?”

“EuÂ… eu vou arrumar umas coisas no meu quarto” disse Caio, saindo o mais rápido possível do lugar.

“O que aconteceu com ele, meu amor?” perguntou ela.

“Pergunta pra ele, pô.” falei, andando em direção a porta.”E pára de me chamar de meu amor!” falei, sem nem olhar pra Camila.







Mais tarde, perto de meio-dia, todo mundo resolveu ir à praia. Tudo bem, eu sei que o horário é errado pra pegar sol, mas não me julguem por isso. Por mim praia poderia ser sempre à luz da lua. Odeio sol.



Minha mãe e minha tia ficaram tomando o sol cancerígeno delas, meu irmão foi andar de sunga pela praia pra excitar os caras e sobramos eu, Camila, Gustavo e Caio.



O Caio nem olhava na minha cara. Eu tava muito triste por ter feito tamanha merda. Não sabia realmente o que tinha dado em mim. O meu coração me mandou fazer aquilo. O meu coração e o meu pau. Eu fiquei olhando pra ele por horas, enquanto ele jogava bola com a Camila. Ele tava usando a minha sunga, a que eu tinha emprestado. Disse pra mim mesmo que quando ele devolvesse eu iria passar horas cheirandoÂ…



“Vamo jogar uma bola, eu e vc contra Lucas e Camila?” disse Gustavo pra Caio.

“Mas tá muito escroto jogar aqui, é muito inclinado” retrucou Caio.

“Eu sei de um lugar que é mais plano” falei, me levantando. Caio evitava olhar diretamente pra mim ainda. Apontei para o fim da praia e disse: “Lá é melhor pra jogar.”



Todos concordaram e seguimos pro lugar que eu indiquei.



Chegamos e logo montamos as traves com as minhas sandálias e as do Caio. Nos separamos em dois, como combinado e começamos o jogo. Camila, apesar de ser bobinha, sabia jogar muito bem. Jogava melhor do que nás três juntos. Tanto que nás vencemos sem muito esforço e em pouco tempo de 5×1.



Caio saiu puto pra água, Gustavo sentou na areia e Camila ficou pulando de alegria.



“Caraaaalho, a maré tá enchendo! A gente tem que ir embora senão fica preso aqui até de noite” falou Gustavo, se assustando.

“Ai meu Deus!” se desesperou Camila, juntando sua saída de banho da areia “Vamo, Lu!”

“Eu vou ficar mais um pouco, não vai subir assim tão rápido…” respondi. “Deixa que eu aviso pro Caio”.



Camila deu uma olhada mais pra mim, pensando em insistir, mas depois do fora que eu dei nela mais cedo naquele dia, ela estava bem menos grudenta. Seguiu Gustavo em direção às nossas mães.



Fiquei ali, olhando o Caio mergulhando, de um lado pro outro, aproveitando a água, que devia estar muito boa. Me encostei em uma pedra e me acomodei. CochileiÂ…



ZzZzZzÂ…



“Acorda, Lucas! A gente tá preso!” ouvi Caio gritando, ao mesmo tempo que me sacodia.

“PUTA MERDA!” acordei assustado. “Caralho, que horas são? Me desculpa, Caio, a gente viu que ia subir a maré, mas eu quis ficar mais um poucoÂ… Não queria ter cochiladoÂ… Eu, eu…”

“PORRA, SEU VIADO! QUERIA ERA FICAR AQUI PRESO COMIGO NÃO É?? FALA A VERDADE CARA!” gritou Caio, muito puto e descontrolado.

“Não, vei, eu juro…”

“SUA BICHINHA, EU NÃO VOU TRANSAR CONTIGO, PODE TIRANDO ISSO DA CABEÇA!” disse ele me empurrando “QUE RAIVA, CARA! GRRR!” socava e chutava as paredes de pedra.



Eu me encolhi em um canto, com muito medo. Apesar de ele ser menor que eu, tava com medo de tudo isso dar em merda, de todo mundo saber de mim. Tava com tanta vergonha do Caio que me sentei de costas pra ele.



Ficamos um bom tempo em silêncio quase total, até eu parar de ouvir os bufos altos do Caio. Quando eu pensava que ele tinha se acalmado, o ouvi aumentando o tom de voz novamente:



“E QUER SABER DE UMA COISA, EU NÃO QUERO NADA SEU CARA, NADA!” e então senti algo gelado e molhado sendo arremessado em meu ombro. Era a minha sungaÂ…



Me virei e vi Caio em pé atrás de mim, totalmente nu. E não era sá ele que estava de pé.



(Continua...)



Não sei com que frequência o pessoal daqui do Contos Eráticos atualiza os contos, mas se vc quiser ver algo mais frequente, eu atualizo toda sexta o meu blog (odiariodeumadolescente.wordpress.com) Entrem lá e me adicionem no MSN: um_adolescente@live.com