HISTÓRIAS SECRETAS (14) – SURPRESA.
Olá leitor, para não perder a prática... O GUTO fez vestibular em dois lugares. Em São Luis e em “Fortaleza”, onde ele passou uns dias a mais relaxando (segundo ele). Fui à São Paulo e acertei o apartamento e o que precisava para minha ida para lá, o Guto foi comigo e passamos uns dias em “lua de mel”, lá podíamos ir para boates GLS, nos abraçarmos, beijarmo-nos e dançarmos, adorávamos ficar dançando agarradinhos, mas tivemos que voltar para a realidade.
Uma semana antes da minha viagem o GUTO disse que iria viajar para Fortaleza, que lá se encontraria com um amigo e que iriam acampar em uma praia um pouco afastada. Para mim ele confessou que era por que não suportaria me ver partir, eu entendi e o estimulei a ir acampar, talvez fosse melhor para nás dois, sá estranhei uma coisa, ele não chorou nem um pouco quando se despediu de mim, muito pelo contrário, parecia feliz.
Chega o dia da minha partida, minha MÃE veio e me levou ao aeroporto, nos despedimos e fiz a Aparecida me prometer que cuidaria bem do GUTO. Chego em São Paulo no meio da tarde do mesmo dia, estava chovendo, pego um taxi e vou para o apartamento, chegando lá, seu Agenor me recepciona e pergunta:
- Quer que eu interfone para avisar da sua chegada?
Sorri, levantei a chave e respondi:
- Não precisa. Eu tenho as chaves. – Não pude evitar o pensamento: “ou está me confundindo com alguém ou já está gaga mesmo”. O jardineiro me ajudou com as malas até a porta do apartamento que ficava no quinto andar. Agradeci, avisei que ali já estava bom e dei uma gorjeta, entrei, coloquei as malas e olhei em volta me surpreendendo, o cachorro de pelúcia que o GUTO havia comprado para mim estava na sala, no sofá, com uma plaquinha feita à mão: SEJA BEM VINDO. Arrepiei-me todo, pois aquela letra de forma eu conhecia, meus olhos enchem dÂ’água, corro pro quarto com o coração quase para sair pela boca, abro a porta e ali na cama está quem eu tanto AMO, o GUTO dormindo. Meus pés pesam, me esforço para chegar até ele, quando alcanço a borda da cama e estendo o braço para tocá-lo, tudo escurece.
Acordo-me com o GUTO chorando e me dando álcool para cheirar, abro os olhos, passo a mão no seu rosto, como para me certificar que era ele mesmo.
- Meu AMOR. É você mesmo?- disse balbuciando as palavras.
- Sim amor- e recomeça a chorar – sou eu.
Eu apenas esforço um sorriso e me ajeito em seu colo. Ele acaricia meu cabelo e me leva para a cama, acabo dormindo em seus braços. Desperto à s dezenove e trinta.
- Caio você tá bem? - Me pergunta preocupado.
- Tô GUTO, tô bem sim. – E rio para ele – Obrigado pela surpresa. TE AMO.
- Você quase me mata do coração.
- É? Mas quem desmaiou foi eu.
- Por isso mesmo. Pensei que fosse mais grave.
- Tá vendo! Quis surpreender e foi surpreendido. - E começo a ri dele.
Ele se aproxima mais e me beija, eu correspondo, ficamos ali namorando até bater a fome.
- Amor bateu fome – falei carinhosamente
- Tem uma padaria aqui em frente. Vamos lá?
- Na hora. – Nos levantamos, banhamos, trocamos de roupa e descemos.
Quando chegamos à padaria resolvemos comer por lá mesmo. De repente um menino vem, agarra a perna do GUTO e diz:
- Ei, vocês são irmãos?
- Sim, somos. – Respondeu o GUTO sorridente.
- Você gosta dele. – falou o garoto apontando para mim.
- Eu o amo - disse me olhando nos olhos.
- E você AMA ele? – perguntou me olhando enquanto balançava afirmativamente a cabeça.
- Muito, você nem queira saber o quanto – Respondi ao garoto encarando o GUTO (Na verdade nás aproveitamos da situação para nos declararmos em público).
- Meu Deus. Sávio o que você está fazendo aí menino? - Perguntou uma jovem grávida que se aproximava da nossa mesa – Rapazes desculpem, mas é que esse mocinho aqui...
- Mãe. Ele é irmão dele – falou o garoto apontando para nás – e eles se amam. Sabia que eu também vou amar meu irmãozinho e minha irmãzinha?
- Nooossa. São dois? – Perguntei surpreso.
- Sim. É um casal de gêmeos. – Respondeu meio sem graça enquanto pegava a mão do Sávio.
- Que sorte a sua. – Falou o GUTO
- Sorte é? Eu já nem sei. – respondeu triste enquanto se afastava.
- Desculpa. – Respondi.
- Não há pelo que desculpar. – E saiu rumando para o nosso prédio.
- Agora vamos nás. – Falei encarando o GUTO sério. - O que você faz aqui até hoje?
- Vou estudar aqui
- Como assim? – perguntei surpreso.
- Isso mesmo, passei no vestibular de uma universidade daqui. Na verdade o tempo a mais em Fortaleza foi para vir até aqui e fazer o vestibular. Inscrevi-me numa universidade daqui pelo colégio. Como eu tinha o dinheiro dos shows que fiz, usei para fazer a viagem. Passei e agora vou morar com você.
- Quer me fazer desmaiar de novo?
- Não. Quero te fazer feliz e sei que estar ao meu lado te faz feliz. Portanto estou aqui.
- E a MÃE já sabe?
- Não, mas pode deixar que falarei com ela assim que chegarmos ao apartamento. – Falou sorridente – E pode ficar despreocupado, afinal que Mãe não gostaria de ter o filho estudando em uma das instituições mais bem conceituadas do país?
- Obrigado por ser tão corajoso – falei emocionado
- Coragem? Saiba que o mesmo sentimento que te move é o mesmo que move a mim também?
- Vamos? Está começando a esfriar.
Pagamos e saímos com os braços nos ombros. Chegando em casa o GUTO falou com nossa MÃE que se revelou surpresa e ao mesmo tempo feliz. Depois falou comigo e me perguntou se eu queria que a Aparecida fosse para Sampa eu disse que não, que já era hora de nos virarmos sozinhos. Desliguei o telefone e corri para o quarto, o tempo tinha esfriado de uma hora para a outra. O GUTO já estava debaixo do edredom, eu me agarrei com ele e não deu outra, me excitei na hora. Começamos a nos beijar e logo estávamos sem roupa debaixo do edredom. Começamos a roçar pau com pau e nesse esfrega-esfrega o Guto começou a suspirar.
- Ai Amor que delícia.
- Ai Guto,me abraça amor.
- Huuum que delícia – disse o GUTO sussurrando.
Depois de um tempo com muitas carícias...
- Ai Caio, vou gozar amor... AAhhh, huuummm – E me beijou com tesão enquanto enchíamos nossas barrigas de esperma.
- Caracas AMOR que gozo massa – falei ainda suspirando de tesão.
- Poxa amor vamos nos limpar antes que sujemos o edredom.
Levantamos-nos, limpamos tudo e dormimos em conchinha sob o edredom. Afinal tava um frio de dez graus.
Gostou? Pois dê seu voto. E até o práximo