O dia começara com as trocas de mensagens. Algumas retrospectivas do dia anterior. Fora, sem dúvida, o melhor aniversário da minha vida. Ele estivera lá. Do meu lado. Rindo comigo (e porque não, de mim?). Sá não sabia que o primeiro “desaniversário” seria o mais surpreendente de todos.
Entre mensagens trocadas, eis a possibilidade de um encontro. Apás alguns compromissos e uns pequenos ajustes, lá estava eu, escolhendo um vestido para vestir para ele. Um vestido simples. Mas um vestido ‘paraÂ’ ele. Para os olhos dele. E para as mãos também.
Encontro marcado. A caminho do local sugerido e aceito de imediato. Precisávamos de intimidade. Precisávamos ficar a sás e matar a saudade da carne. E nessas alturas, as borboletas... Aquelas que insistem em morar no meu estômago... Já haviam se multiplicado e estavam a todo vapor. Ele já estava aguardando. A chamada da impaciência já havia sido feita.
Cheguei. Ao caminhar em sua direção, senti seus olhos varrerem meu corpo minuciosamente. Sim. Ele sabia que o vestido era ‘pra eleÂ’. Perceber seu olhar foi o suficiente pra iniciar minha excitação. Uma leve contração abdominal e pronto: as borboletas fugiram do estômago e alojaram em todo o meu corpo.
O indispensável abraço da chegada. O abraço calado, calmo, sem pressa, ainda que o desejo fosse eminente. O abraço do cheiro. O beijo no cangote, o beijo na boca. Tão de praxe e tão diferente em todos os encontros.
A caminho para o motel (sim! em um motel) algumas recordações sobre a primeira vez. Mas nada, nada conseguia deixar minha voz menos embargada, meus pés menos suados e minhas mãos mais tranquilas. Mãos que, embora no táxi, desejavam fortemente arrancar as roupas que não deveriam estar ali.
Pede-se o apartamento. Lotado. “Vocês podem esperar na garagem, de 5 a 19 minutos, para a limpeza do apartamento”, orientou a recepcionista. 5 a 19 minutos. Compreendê-la-ia que “5 a 19 minutos” para quem se deseja claramente são como horas sem comer? Enfim, ela não precisava conhecer meus desejos. Ele era meu alvo.
Apartamento. Pouca iluminação, ar condicionado, espelho no teto. Enfim, sás. Todos os movimentos foram cuidadosamente analisados. Ele entrou, embaraçou-se um pouco e fechou a porta com a chave. Desfez-se da mochila no local apropriado e sentou-se a beira da cama. Chamou-me para sua frente. Eu era sua. Ele era meu.
Seu beijo quente encontrou meus lábios, embora de pé, eu ultrapassasse sua altura. Suas mãos percorriam lentamente minhas coxas e encontravam meu bumbum. Apertava levemente minha cintura e eu poderia responder, ainda que calada, ao seu chamado: sim, sou tua!
Sua barba por fazer roçava o meu colo à procura dos meus seios enquanto suas mãos já tentavam eliminar meu vestido, estrategicamente fácil de ser tirado. Tirando a camisa, esforçava-se para não perder o contato corporal. Agora, de calcinha e sutiã, nossos corpos se tocavam e sua barba achara meus seios pontudos e enrijecidos de prazer.
Tentou um banho. Não. Não mesmo. Eu não poderia esperar mais. Pediu apenas para tirar o sapato. Tão difícil desgrudar nossas bocas. Desviei a atenção para algo qualquer. Queria jogá-lo na cama e amá-lo, mas desastrada como sou, correria o sério risco de provocar risadas. Contive-me.
Encontro de corpos novamente, agora de pé sem sapatos. E num único movimento, já estávamos na cama, oferecendo nosso melhor beijo como brinde aquele momento. Seus beijos no meu pescoço, suas mãos procurando meus segredos. Não recordo de como perdi minha calcinha e de como ele despiu-se. Como num passe de mágica, estávamos nus. Eu, completamente entregue. Ele, exalando saudade do meu corpo.
Musculatura tensa. E um sussurro: ‘Relaxa a perna, meu amor, relaxaÂ’. Um pedido executado como ordem. Aos poucos, a perna cedeu e a tensão esvaiu-se no movimento de suas mãos. Enquanto sua boca brincava com meus seios, sua mão provocava meu tesão ao fingir um ‘toca-não-tocaÂ’ em minha bucetinha gostosa.
Tocou. Seu dedo me penetrou. Consciente de meu estado de excitação, invadia-me mais e mais. Meus quadris respondiam ao seu chamado. Eu queria mais e ia em busca de mais. Seus dedos conseguiam chegar a pontos conhecidos apenas por ele. Pontos que me levavam a loucura, seja na escada da Universidade, na sessão de cinema ou dentro de um rio.
Completamente excitada, com a bucetinha totalmente molhadinha, e quase gozando em suas mãos, ele parou. Penetrou-me e pude sentir o poder de sua ereção. Seu pau completamente duro entrava e saia de mim e eu podia sentir o formato de sua glande sendo “enforcada” pelos meus pequenos lábios.
Minha lubrificação intensa, ou cachoeira como ele denominou, aumentava a sensação da penetração e me fazia sussurrar em seus ouvidos. Sussurros ainda tímidos. A velocidade da penetração aumentara e provocara os conhecidos barulhos do encontro de quadris. O barulho que me excita, que denuncia meus desejos por senti-lo dentro de mim.
Eu já sentia seu excesso de suor passando pela sua barba e pingando entre meus seios. A penetração estava cada vez mais intensa e a respiração ofegante. Gozei. A primeira apenas. Eu sabia. Seu pau sentiu minha contração e o liquido escorrer por entre minhas pernas. Pernas que tremem involuntariamente. Mas eu não queria parar... Não... Queria senti-lo o tempo inteiro em mim.
Muda-se a posição. Tentamos um 69. Mas sentir sua língua deliciando-se com meu clitáris e seus dedos penetrando minha bucetinha gostosa me tiraram completamente a concentração. Sim, sou egoísta. Ou eu. Ou ele.
Troca-se de posição novamente... Tentei por cima. Cansa. Pelo simples gasto de energia e pela tanta energia lá liberada na primeira gozada. Muda-se de posição. (E aí, caro leitor, acomode-se na poltrona e relaxe)
De lado. Como costumávamos fazer no antigo ‘ninhoÂ’. Mas um ‘de ladoÂ’ diferente de todos os outros. Suas mãos tocavam meu bumbum de uma maneira diferente. Como se quisessem conhecer partes nunca antes tocadas, meu cuzinho virgem e apertadinho. E eu permiti. Estava completamente entregue para me ligar em regras antes estabelecidas. E tais mãos foram cada vez mais abusadas, até tocar totalmente o meu cu.
Estremeci e gozei. E isto talvez tenha soado como um sinal de reprovação pela tentativa. Não. Eu queria. Eu queria sim. Mas como dizer? Não conseguiria falar abertamente. Não ali, naquela hora. Ele tinha que perceber.
Paramos. Estávamos visivelmente esgotados. Ele, bem mais. Eu, reflexo de duas gozadas. Ãgua. Já deitada, sentou-se entre minhas pernas e tocou minhas coxas. A proximidade de suas mãos da minha buceta fez minhas pernas tremerem. Ele riu. O riso mais lindo do mundo. Como eu o amo...
Como uma criança diante de um brinquedo, começou a me analisar. Seus dedos buscavam um ‘sei lá o queÂ’ e encontraram um sinal. Um sinal visto apenas uma única vez e por ele. Um sinal dele. E pra ele. Afastou os grandes lábios da minha bucetinha inchada. ‘Ela é linda. Parece com os desenhos dos livros” . Ele me mata de vergonha, isso é fato. Um comentário desses e uma cácega no quadril. Eu gostei. Gostei de ser explorada, analisada. Gostei do comentário.
E mais um pouco: a penetração com os dedos. Daquelas que me fazem sentir vontade de fazer xixi. Daquelas que exploram cada centímetro dentro de mim. Forte. Diferente. Extremamente gostosa. Não consegui aguentar. Quase fiz xixi ali mesmo. Embora eu pedisse para ele parar, e embora eu não desejasse realmente isso, ele não me obedecia e fazia cada vez mais forte e cada vez mais dentro.
Esgotei de novo. Um pedido. “Fica de quatro pra mim, amor “. Eu fico. Uma, duas, três, quatro vezes. De costas para ele, suas mãos entrelaçaram meus cabelos. Estava sobre o seu domínio. Ali, ele poderia fazer o que bem entendesse.
Penetrou-me. Naquela posição, a penetração parecia mais intensa. Podia sentir o vai-e-vem mais completo. Sentir cada centímetro do seu pau entrando e saindo da minha buceta, com o barulho que me enlouquecia de tesão. Minha bucetinha latejava ao ponto de querer devorá-lo. Vai e vem...vem e vai... latejos... posso sentir novamente agora exatamente igual.
Suas mãos novamente tocam meu bumbum. Esperei que ele fosse adiante. Tocasse meu cuzinho, mas ficou por fora. Brincando com seu dedinho. Pedi. Ele não ouviu. Ou ouviu? Precisava demonstrar que queria. Meio que ‘sem quererÂ’, temendo uma reprovação, tocou de novo, porém rápido. Gemi. E tocou de novo. Gemi de novo. Pronto. Ele sabia.
Pedi mais uma vez, e me certifiquei de que compreendera. Sim, ele compreendera. Enquanto no vai-e-vem da penetração vaginal, seus dedos encontraram meu cuzinho e ali ficaram. Brincou. Certificou-se que eu queria mesmo. Brincou e eu gemi. Gemi alto. Um arrepio inexplicável tomou conta de mim. Um arrepio nada imediato. Um arrepio que subiu dos meus quadris até minha nuca vagarosamente.
Não ouvia mais nada. Os arrepios ficavam mais intensos conforme seu dedo ia penetrando meu cuzinho virgem e seu pau afogava-se em minha bucetinha linda. Eu queria. Eu queria. E ele foi mais fundo. Senti seu pau latejar dentro de mim. Ele estava prestes a gozar e eu não conseguia controlar meus gritos e gemidos. Gemia forte, tão forte quanto à s penetrações. Ele também gemia. Urrava. Como nunca. Podia sentir toda a dureza de seu pau. Era meu. Sá meu.
Gozamos. Não juntos. Gozei segundos antes dele. Tirou seu pau de dentro de mim e gozou nas minhas costas. Quente. Cheio de prazer, cheio de vontade. Gozou e urrou. Emitiu sons como uma fera. “Caralho!”. Por alguns minutos, foi a única palavra que conseguia emitir. Eu, esgotada, espera tudo aquilo passar, implorando pra que, simplesmente, não passasse.
Precisávamos elaborar aquele momento. Precisávamos revivê-lo imediatamente com o objetivo de jamais esquecê-lo. O amor mais louco que já fizemos. O amor que dispensa qualquer palavra que possa qualificá-lo. O amor nosso, do nosso jeito.
Banho. Minha buceta ainda latejando e o arrepio ainda eriçando meus pelos. Brincadeiras. Nossas brincadeiras tão únicas e tão bem vindas. Ainda que eu desejasse tocá-lo, o magnetismo emitido pelos nossos corpos nos impedia. Pareciam corpos estranhos que haviam acabado de se conhecer e constataram que se queriam, se desejavam, se tinham.
O banho acabou. Já vestidos e aguardando o serviço de quarto, não havia o que comentar. O que cada um sentia era inexplicavelmente lindo. Não precisava de palavras. Não houve despedidas tristes. Ambos cansados, sabíamos que se falar ainda depois, naquele dia, era bastante improvável.
Um fato: o nosso jeito, do nosso jeito foi inesquecível.