Olá! Continuo sendo um paulistano legítimo de 24 anos, lojista da zona sul da capital. Esta histária é continuação direta da “Meu charme bissexual conquistou meu amigo hétero”. Apenas para fins de recapitulação, eu já contei que sou um rapaz loiro de olhos verdes, cabeludo, boa pinta; e que a soma de charme, álcool e praticidade conquistaram o Jeff, meu colega de trabalho cuja melhor descrição seria um Kaká dez anos mais jovem. Pois bem...
No domingo, dia quatro de julho de 2010, eu acordei com os movimentos que o Jeff estava fazendo para se levantar. Havíamos dormido encaixados, ele por cima de mim, dentro de mim; e eu de frente pra cama, prensado por ele. Conforme a noite correu, ele acabou por tombar e permanecer me encoxando de conchinha, sempre com seu pau meio que dentro de mim. Eu já estava tão aberto pelos eventos da noite que não sabia se ele ainda estava dentro ou não. O que sei é que o esperma se solidificou e virou uma bela de uma cola entre o corpo dele e o meu, e o que me acordou foi o movimento dele para sair de mim, desgrudar-se do meu corpo. Não doeu, ao menos para mim, mas percebi o que acontecia a tempo de vê-lo levantar-se e tatear, perdido num quarto que não era o seu, o caminho pro meu banheiro. Apenas observei, satisfeito ao notá-lo, mesmo que à meia-luz, totalmente pelado, amolecido e sonolento, sob o meu domínio. Ele adentrou o banheiro e fechou a porta. Eu fiquei na cama.
E, na cama, me veio uma senhora de uma ereção, quando me lembrei da noite anterior. Com ele no banheiro, lembrei da cena que narrei aqui, passo a passo, bati uma das melhores bronhas da minha vida, que não deve ter durado 60 segundos, e ejaculei tudo o que não ejaculava havia dias, sentindo as pregas frouxas, o esfíncter enfraquecido, o interior úmido, molhado pelo sêmen que ainda não havia secado completamente. Me lavei inteiro no meu práprio esperma e esparramei aquele caldo por todo o meu abdômen, conforme arrefecia o meu tesão e a libido me deixava raciocinar: e então? Como ele se portaria quando saísse daquele banheiro? E mais: será que EU queria alguma coisa duradoura, ou será que preferia que aquilo fosse um incidente isolado do qual nunca falaríamos?
Levantei, vesti uma calça sem cueca e comecei a arrumar a cama e o quarto, por onde peças de roupas haviam sido jogadas junto a celulares, carteiras e pares de tênis. Quando ele saiu do banheiro, eu tinha acabado de arrumar o lugar, nem parecia que dois caras haviam trepado loucamente ali, e estava sentado à cama. Ele nem falou nada, foi bem ligeiro para achar suas roupas e vesti-las, peça a peça, sem pressa, mas com determinação. Até me deu vontade de apalpar seu pau, mesmo que mole, mas confesso que receei uma reação e fiquei quieto, saciado pela bronha de instantes antes. Ele se vestiu todo e, sá então, perguntou se eu podia abrir a porta para ele ir embora. Disse que sim, fui guiando-o até o portão, ainda apoiei minha mão no ombro dele, ele deixou, e abri o portão. Ele ia saindo direto, sem se despedir nem nada, mas parou, virou-se, olhou para mim e não soube o que falar. Dava pra ver que estava enfrentando uma puta ressaca. Eu o abracei, perdi minha mão por seus cabelos por um minuto, ele me abraçou de volta, meio sem jeito, e foi embora mudo.
Foi logo em seguida que voltei ao quarto e escrevi o primeiro conto. Quanto tempo se passou? Hoje é dezenove de novembro de 2010, quatro meses e meio... E o que aconteceu na segunda-feira, cinco de julho, day-after, foi a coisa mais surreal. Ele passou o dia inteiro sem me procurar, eu também não o procurei e, então, no finalzinho do dia, lá pras nove e cinquenta da noite, o shopping fecha à s dez, eu estava no estoque da loja e ele chegou. Tentei puxar um diálogo, com muita naturalidade, chamando-o de Jeff e perguntando se tinha passado a ressaca. Ele disse que sim, mas, sem palavras, me guiando pelo braço, me levou a um canto mais reservado do estoque e balbuciou algumas explicações. Odeio colocar diálogos em contos assim porque não me lembro 100% palavra por palavra, mas dessa vez farei um esforço, porque foi uma coisa tão espirituosa, tão Woody Allen, que merece:
Jeff: cara, eu não sou viado, você sabe disso.
Eu: uhum... (sem ironia)
Jeff: ontem, sei lá, não sou viado, eu já tava tri-loko, sei lá...
Eu: uhum...
Jeff: e foi sá isso. Tava chapado, tinha tomado todas, mas eu curto buceta, você sabe disso!
Eu: mais alguma coisa?
Jeff: foi sá isso: culpa do álcool...
Eu: nah, pera aí, “culpa do álcool” pra cima de mim? Porra, você me comeu e me comeu bonito! Sexo, pra ser assim tão bom, exige coordenação e nenhum bêbado “tri-loko” conseguiria comer alguém assim tão bem! Não me vem com esse papinho de que tava bêbado que não vai colar: você sabia, tão bem quanto eu, o que tava rolando!
Jeff: é, sei lá, mas não curto, cara! Sério mesmo, você foi meio que exceção, saca... O álcool me deixou liberal, mas você é todo, sei lá, delicado, suave... cheirosinho... tem cabelo comprido como de menina... Aí foi, saca?
Eu: delicado, é?
Jeff: ah, cara, é jeito de falar! Tipo, você não tem barba, é todo lisinho, esse cabelo loiro... Ah, foda-se, foi uma exceção e sá isso! Não sou viado!
Eu: ...
Jeff: ...
Eu: ok, agora posso chupar você?
Jeff: demorô, cai de boca!
E foi assim que começamos a trepar no estoque, ignorando absolutamente tudo o que ele havia falado. Fiquei de joelhos, abri a calça dele e o pintão ultra-duro pulou pra fora com agonia. Certeza que já estava duro durante a conversa, falando que eu era “lisinho” e essas porras, ouvindo eu contyar que tinha me comido bonito; e eu chupei o Jeff com gosto. Existe um louco prazer na fina arte de trepar na meia-luz, num lugar “proibido”, onde haja possibilidade de alguém chegar a qualquer instante e das consequências serem desastrosas. Por outro lado, lembro-me de que a bichona-master que é minha superiora na loja adora se gabar de que já teria sido demitida há tempos se houvessem câmeras naquele estoque. Sei lá, desde que entrei na loja eu tive fantasias com aquele lugar, trepar ali, fazer loucuras sexuais no ambiente de trabalho. Chupar o Jeff ali me deixou de pau tão duro e uma excitação tão desmedida que minhas bolas até começaram a doer, ficaram super sensíveis. A dor sá passou quando o puto afastou minha boca da sua rola, me ergueu pelo queixo e me virou de costas, acabando de baixar minhas calças e se preparando para meter.
Eu perguntei se ele ainda lembrava da noite anterior, para ir com calma que então iria até o final. Ele disse que sim, mas que ali poderia chegar qualquer um a qualquer hora e que precisava “agilizar o processo”. Confesso que essas expressões dele eram de um humor tão grande que ambos ríamos sem perder o tesão. Pelo contrário, eu adorava a idéia de que um cara tão porra louca quanto ele estivesse ali, todo meu, ávido por mim. Me comeu ali de pé, apoiado nas prateleiras de estoque, eu fazendo um esforço tremendo para gemer sem voz, apenas ofegar, com aquele pau sensacional entrando e saindo completamente do meu rabo. Porra, ele me pegou pela cintura e me controlou tão completamente que eu me senti dominado, me senti uma cadela no cio, uma putinha sob o comando do seu mestre, rebolando no Jeff, sentindo ele se afundar em mim, sentindo seus pêlos fartos na região pubiana se aninhando em mim, sentindo as roucas putarias que ele sussurrava no meu ouvido, louco pelo clímax. Quando ele sussurrou que iria gozar empinei mais a bunda, estendi meus braços pro alto, prensado contra as prateleiras, e ele me agarrou com muita força por trás, bombando com força descomunal, ávido por me arregaçar completamente. O puto penetrou com tamanho vigor e gozou com tanto tesão que esqueceu onde estávamos e gemeu alto, inundando meu interior. Chegou a atingir meu fundo e causar uma familiar dorzinha gostosa, mas infelizmente não pôde se demorar lá dentro.
Arrancou de uma vez o caralho do meu cu e me deixou sentindo um vazio tão grande que eu quase me desequilibrei ali. Quando olhei para trás, vi o sêmen espesso sobre a rola grossa envergada pra cima e não tive dúvidas: cai de boca, engoli tudo – é tão doce – e deixei ele limpinho. Foi o tempo certo de nos vestirmos e o povo da loja começar a subir ao estoque, aos vestiários, pois a loja havia fechado.
Durante quatro meses, umas três ou quatro vezes por semana a gente transou loucamente, fosse no estoque da loja, fosse na minha casa, fosse no banheiro de deficientes do Shopping, fosse no banheiro do rock-bar, fosse no dark-room da Lôca (aquilo foi trash demaaais). Foi sá ao começo de novembro, porém, depois de já não ter surpresa alguma entre nás, frescura alguma por parte dele, que parou de ficar dizendo “não sou viado!” a cada cinco segundos, que eu quis que as coisas mudassem. Eu ria muito quando perguntava se agora ele já havia parado de se dizer hétero e ele retrucava dizendo: “É, você me converteu!”. Ele, por sua vez, me tirou totalmente o desejo por mulheres. Dar para ele é bom demais, é tudo de que preciso. Ele me faz rir, me faz gozar, me leva à s lágrimas no pináculo do prazer, me diverte, me eleva, me faz vivo, me faz querer continuar trabalhando na loja, porque ficou gostoso, confortável tê-lo ali comigo, sabendo que o stress a que me levam alguns clientes é imediatamente despedaçado quando a vara dele me penetra até o talo, cinco minutos mais tarde.
Aí, no começo do mês, percebi que eu estava com ciúmes dos cinco trilhões de amigas dele, das comunidades orkutianas que as amigas fizeram pra ele, homenageando-o, da popularidade dele entre as fêmeas, de modo geral. Porra, já estávamos quase comprometidos! Que mal faria oficializar? Ah, até esqueci de um porém fundamental: ele largou o cigarro por mim! Há tempos já queria ter parado e por tempos conseguia, mas sempre voltava. Desde que trepamos pela terceira vez e eu implorei a ele que parasse, que viesse e me comesse a cada vez que desse vontade de fumar, ele parou! E me come com uma fome insaciável! Estatística inútil da vez: em quatro meses, duzentos maços de cigarro deixaram de ser fumados à s custas da minha bunda. E então, já que era tão bom, porque não oficializar? No começo ele reprovou a idéia, amigos opinaram contra, disseram para eu não mexer em time que tava vencendo, não pressionar, porque eu já tinha ganhado na loto por estar com ele, um hétero, porra!
Enfim, impulsivo que sou, meio que pedi ele em namoro, monogamia, fidelidade. O resultado? Quatorze dias sem sexo, quatorze dias praticamente sem me olhar no rosto. Uma semana atrás eu o vi dar em cima de uma piriguete bem sirigaita que surgiu na loja e, desde então, evitei-o, porque doeu. Doeu... Porra, deixou de ser uma questão anal e passou a ser emocional, e ele me apronta uma dessas? E eis que o trabalho, antes um paraíso por tê-lo por perto, tornou-se um inferno, por tê-lo por perto. O humor que tanto me fascinava passou a me repelir, eu odiava ouvi-lo rir, ouvi-lo feliz, vê-lo fazer sua dança do acasalamento com prateleiras e pilares da loja, divertindo a todos. Foi uma semana inteira bem sombria, até que hoje nasceu um belo dia...
Porque hoje foi aniversário do Jeff – eu não tava nem aí, não o cumprimentei, mal vi a cara dele na loja e vim o quanto antes embora pra casa. Deu onze e meia toca a campainha, era ele, grudado ao portão de casa. Achei que ele estava bêbado, fui até lá e abri.
- Jeff...
Ele adentrou a garagem, me perfurou com os olhos, me fez recuar uns dois passos, e me tascou um beijo fenomenal, digno de Hollywood, tamanho seu ímpeto, sua sede, a profusão de sentimentos que despertou em mim. Nem liguei que o vigia estivesse por perto: no fundo da alma eu sabia que, se queria namorar com ele, algumas coisas seriam inevitáveis, e aquilo era o começo do meu namoro... Daí em diante ficou bem parecido com o primeiro relato, sem álcool e sem cigarros, o que enriqueceu absurdamente a experiência. Ele me jurou fidelidade e me fez derramar uma lágrima, dessa vez não por ter atingido corretamente a minha prástata, mas por ter atingido algo ainda mais fundo em mim, quando disse, e me fez acreditar no que disse:
- Eu te amo, Vi...
Quem quiser bater um papo comigo, meu msn é vin.21@hotmail.com