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FLÁVIA; MINÚCIAS TESUDAS



Eu vinha pela rua descuidada e absorta em meu nada do fim de mais um dia. Aquela rua era longa e eu tinha de andar até quase ao final para chegar em minha casa. Já que a distância era relativamente grande, eu me impedia de ter pressa, aceitava o longo caminho aproveitando-o para refletir um pouco. Eu não tinha pressa, não precisava cumprir com nenhuma obrigação premente. Um vento lento remexia meus cabelos semilongos. O suor da caminhada brotava em minha fronte e resfriava logo em seguida. Meu coração andava meio acelerado esta tarde, mas havia uma explicação bem plausível, ao menos para mim, uma mulher jovem, talvez não nos verões, mas no receio de admitir os desejos. Meus lábios queriam rir a todo o momento, e eu tinha de fingir um bocejo para ocultar esse ato que seria muito estranho naquela rua de cidade interiorana. Minha saia gins ia até os joelhos dando-me a habitual aparência estáica com que sempre fora vista na cidade. Mas por baixo da saia deveria haver uma calcinha comportada de rendinhas e bege. Todavia, esta peça comportada estava na bolsa que eu carregava, e minha bucetinha ia livre sendo esfregada por minhas cochas grossas e quentes com a caminhada. Por mais sem sentido que possa parecer, andar sem calcinha pela primeira vez me era louco demais. Imaginava tanta coisa sucedendo para me delatar: os botões da saia se abrindo, um acidente comigo e todos vendo por entre minhas pernas ao me colocarem na maca. E isso, aliado ao sentimento de transgressão, me fazia ter de ocultar aquele riso nervoso de quem faz algo errado. Uma senhora de meia idade passou por mim e ela tinha uma bunda enorme! Fiquei imaginando o tamanho da calcinha dela e se ela conseguia seu número exato. Minha bundinha não tinha nada de extraordinário, mas por ser apenas um pouco mais proeminente que o normal, quando eu era adolescente minha mãe tinha dificuldade em comprar as calcinhas comportadas, como ela dizia. às vezes ela comprava um número, e me mandava ir experimentar. É claro que não haveria devolução caso não fosse “adequada”, mas ela esperava até que eu a vestisse e lhe chamasse no quarto. Para ela a peça tinha de cobrir as duas nádegas pelo menos quase completamente. Senão, dizia ela, pra que usar calcinha? Isso me irritava demais. Ela vinha, inspecionava, e quando desaprovava, me mandava tirar e eu nunca mais via a peça. E cada vez mais era difícil encontrar peças conforme o gosto dela. Um dia uma vendedora levou umas pecinhas para nos mostrar, e como não sabia da caretice de minha mãe, começou pelos fios-dentais. Foi uma maravilha aos olhos! Ela, pra não demonstrar nada, deixava a moça ir mostrando. Eu, na faze de rebeldia (os quinze anos), ia parando em cada peça, pegando, olhando, medindo. Quando ela me mostrou uma peça de lassinhos nos lados, sei que meus olhos se iluminaram. Minha mãe me fitou reprovadora, mas a vendedora percebeu meu encanto e propôs que eu a comprasse: - com essa bundinha arrebitadinha, vai deixar um rastro de baba no namoradinho. – ela disse isso brincando, e deu-me um tapinha na bundinha. Estremeci sá de pensar em mim usando aquela coisa, e também pelo toque da moça. Minha mãe desconversou, dizendo que era muito cara, e logo pediu que ela mostrasse as calcinhas pra senhoras. As comprou como se fosse pra ela mesma, mas eu sabia o destino. Bem, mas aquela mulher de meia idade passando por mim me fez recordar esse tempo, e imaginar aquela bundona balançando debaixo da saia. Vez ou outra, esfregava propositalmente uma perna na outra, e isso causava um esquentamento interior. Sentia que eu estava me molhando, e apertava o passo inconscientemente em busca de apagar aquele tesão.

Nesse tempo uma prima minha morava conosco, e nás adquirimos uma reciprocidade muito grande. Ela era muito irônica e tinha a língua bem solta, nas palavras de minha mãe. Eu adorava provocar suas imprecações. às vezes escondia objetos dela sá pra vê-la mandando o mundo à puta que pariu, e dizendo que quando achasse isso ou aquilo iria enfiar no rabo de quem escondeu. Eu dava gargalhadas, mas também sentia a xoxotinha pulsando inexplicavelmente.

Quando eu cheguei em casa, ainda estava sá. E havia um bilhetinho na escrivaninha do meu quarto. Reconheci a letra desenhada da Sophye, minha prima:

- Flavinha, invente pra tia qualquer coisa, pois vou demorar mais hoje. Vamos ver se esse meu rabo é esfolado hoje! Rs. –

Aquilo me causou o estremeção habitual, apesar de eu saber que ela apenas atrasaria pra ir tomar umas cervejinhas com colegas do trabalho. Mas isso foi o suficiente pra eu desejar o que ela sugeria no bilhete. Ficava imaginando por que ela falava assim comigo. Com minha mãe ela era tímida, mas sozinha comigo, era uma delícia sá. Quando íamos dormir, ela sempre me instigava dizendo que daria tudo pra que eu fosse um homem pintudo, e que estava cansada de sentir o cheiro de buceta no quarto. às vezes quando ia pro banho e esquecia a toalha, gritava:

- putinha, vê se presta pra alguma coisa além de chupar rola, e me trás a toalha! –

- ah, vai te fuder – eu tentava retrucar. Mas ainda era tímida demais pra transparecer a naturalidade dela. Meu banheiro era sem portas e eu sempre tinha de entrar pra afixar a toalha no suporte. Quando eu adentrava, sempre ela se calava, e parecia também tímida por sua nudez. às vezes já a encontrava de costas pra mim, outras vezes ela simplesmente abaixava-se, fingindo lavar os pés. Mas eu nunca a via por inteira, principalmente suas partes íntimas. No máximo os seios pontudinhos dela. E nunca nos fitávamos nos olhos nesses momentos. Mesmo quando ela falava as besteiras de sempre, seu olhar nunca cruzava-se com o meu. Eu sempre enrubescia junto dela. Quando eu colocava a toalha, podia ver meu rosto no espelho, e ele era rubro de timidez. Me irritava aquela atitude dela em se ocultar de mim. Mas, ao mesmo tempo, me sentia aliviada quando saía do banheiro sem ter ocorrido nada de diferente. Quando minha mãe inquiria-me acerca de qualquer coisa da Sophye, eu sentia remorso de tudo que falávamos, e pensava em parar de dar atenção a ela. Era um sentimento dúbio, e as entradas no banheiro eram exemplos perfeitos dessa ambivalência. Meu lado desbravador queria que ela fosse a desbocada de sempre também quando nua em minha frente, entretanto, quando eu adentrava ao calor do banho dela, tudo que eu ansiava era sair logo e não presenciar nada, não ouvir nada.

Uma vez, alguns dias antes do bilhete, ela me chamou no banheiro, pedindo um espelho que usávamos para maquilagem. Imaginei que ela havia se vestido. Levei o espelho sem refletir em nada, apenas caminhando absorta e cantarolando alguma coisa. Nas vezes que ela me pedia a toalha, eu já a levava tensa, já ia preparada e confusa. Mas nesse dia não levava a toalha, e por isso mesmo, era outra situação. Quando eu entrei, não foi possível dissimular o espanto. Ela estava sentada no Box, vestindo apenas uma calcinha. Viamo-nos assim frequentemente quando nos trocávamos para sair, mas pela surpresa, tremi toda. Ela notou imediatamente e riu. Não a gargalhada habitual, mas um riso que lembrava sua ironia, embora mais delicado.

- hei, nunca viu uns peitinhos não? – ela falou, enquanto agarrava o espelho. Fiquei desapontada comigo mesma, não desejava demonstrar uma reação tão absurda. Afinal, o que havia demais em ver minha prima de calcinha no banheiro a reparar as unhas? Sentei-me no sanitário como se nada houvesse ocorrido. Falei, entre tímida e ensaiando um sarcasmo, que eu havia me assustado com o tamanho do pé dela. Uma droga de piada. Ela estava mais serena, e pronunciava as palavras com menos brusquidão, falando diretamente pra mim. Antes, quando ela soltava suas imprecações divertidas, soava como se ela não falasse com ninguém em especial. E ela sempre tinha esse costume de se expressar. Mas agora ela acertava as unhas dos pés, fitando-me esporadicamente, e falando com uma voz mais suave, quase de sono.

- será que não se assustou com o tamanho da minha xotinha? – falou e riu. Vi claramente que ela desejava desobstruir aquele obstáculo entre nás. Quando falávamos naquele tom, eram sempre diálogos formais e sem qualquer cunho erático. Mas agora ela queria usar esse mesmo tom para as sacanagens de sempre. Eu ri, intentando disfarçar um certo desconforto, mas já havia me acalmado um pouco.

- desde quando você tem uma xota grande? –

- é... Mas não é das menores não. – ela respondeu, enquanto abria mais as pernas ao erguer um pé para lixar. Notei que a calcinha que ela usava era bem mais ousada que qualquer peça minha. Não chegava a ser um fiozinho, mas era bem cavada e meio transparente.

- sua calcinha é bem bonita. Me Deixa usá-la um dia? – ela assentiu sem dizer nada, apenas com a cabeça. Estava olhando uma unha do pé com o espelhinho, mas logo soltou sua risadinha marota.

- sua calcinha é aquela amarelinha. – disse ela subitamente. descobri rapidamente a fonte de sua descoberta. Ela posicionara o espelho num ângulo que alcançava minhas pernas abertas ao sentar-me no sanitário.

- e se eu estivesse sem? –

- eu iria ver uma buceta, ora! – senti na hora aquele pulsar entre as pernas. Me imaginei ali sentada sem calcinha.

- você tem de raspar dos lados, Flávia. – ela falava naturalmente, não demonstrando qualquer alteração. Eu assenti. Olhei diretamente em sua xotinha, e vi a sombra dos pelinhos, mas ela estava bem lisinha onde o tecido não chegava. Estávamos adorando aquele nosso diálogo com tom de intimidade. Ela não falava com as paredes agora, falava diretamente para mim, não com seu ar trocista de sempre. Havia uma espécie de conivência inconsciente. Os peitinhos dela estavam soltinhos, e cada movimento dos braços dava-lhes uma aparência distinta da anterior. Logo ela pôs-se de pé, esticou os braços, e saiu do banheiro. Sai atrás, olhando sua bunda balançar. Ela tinha a bunda maior que a minha, mas os seios eram menores. A calcinha estava molhada atrás, bem como as nádegas. Uma marquinha da junta do piso ficou em sua bundinha pelo tanto de tempo com que ela estava sentada no chão. Eu ri daquilo.

- que foi, boba? –

- tem uma marca de piso em seu traseiro. – ela riu alto e rebolou mais ainda, indo se acomodar em sua cama. Como eu iria me banhar naquela hora, comecei a me despir ali mesmo. Não era uma atitude comum entre nás, mas a situação estava tão tranquila, tão franca, que consegui achar coragem. Tirei rapidamente minha blusa e calça, ficando apenas com o sutiã e a calcinha.

- se quiser, pode vestir essa calcinha aqui, pra ver onde tem de raspar nos lados. A sua é muito grande, e precisa de uma medida menor, pra quando comprar dessa minha. –

- agora? –

- a hora que você quiser. – foi difícil esconder a surpresa. Mas também queria aceitar rapidamente a sugestão.

- Sophye, você já se imaginou andando na rua sem calcinha? –

- me imaginar? Faço isso direto. – e devolveu-me a pergunta. Eu nem quis dar tempo a mim pra pensar, e respondi rapidamente.

- eu queria fazer isso, mas fico com medo. –

- deixa de frescura, Flávia! É sá tirar a calcinha e sair. Ninguém nem vai saber. Mas é bom se tiver de saia. –

- por que de saia é melhor? – perguntei, agora olhando pra ela.

- por que a bucetinha fica livre, e quando venta a gente sente. – e riu da minha cara. Me virei para escolher uma blusa, e vi um objeto voando por cima de minha cabeça. Logo a calcinha dela caía aos meus pés.

- sua louca. – exclamei, mas na verdade queria mesmo era virar e olha-la sem calcinha. Tinha curiosidade de saber se a xota dela era parecida com a minha, ao menos era minha explicação pra meu desejo de vê-la. Peguei a peça e ela estava toda molhada. Senti um pouco de nojo. Ficou toda enroladinha ao ser tirada.

- hei, isso aí é sá um pano. Não morde não. –

- vai te fuder, boba. –

- vou mesmo. E quero uma pica bem grandona. – outra comichão na bucetinha me afligiu. Me virei rápido como se fosse pegar alguma coisa na escrivaninha. Ela estava de costas pra mim, de frente para o espelho, olhando as sobrancelhas. O espelho era de corpo inteiro. Sua bucetinha não tinha pelos dos lados, mas era bem cheinha onde ela não raspara. Ri e falei:

- buceta peluda a sua. – nem sei onde arrumei coragem, mas agora realmente me sentia à vontade, estava até refletindo um pouco antes de falar qualquer coisa, pois as palavras queriam sair de todo o jeito. Ela enrubesceu ao me ouvir. Sua bundinha tremulava levemente com os movimentos que ela empreendia no espelho. Saí e fui ao banheiro experimentar a calcinha. Tirei minha prápria peça e me olhei. Não havia uma floresta cerrada, já que sempre tive pouco pelo. Mas eles espalhavam-se aleatários, e a calcinha, a menor que eu uma vez havia vestido, deixava transparecer fiozinhos rebeldes por todos os lados. Olhei-me por trás e vi que minha bunda também tinha uns pelinhos a mais, além de ver uma maior concentração deles no ânus. Eu não sabia se depilavam ali também. Achava que sim, pois de outra maneira seria muito ridículo usar uma lingerie tão ínfima.

- e aí? Posso comprar a cera? – ela perguntava do outro lado, agora jocosamente. Não respondi nada. Tinha algumas perguntas, mas sabia que não conseguiria efetua-las. Me entristecia minha timidez. A Sophye era apenas um ano mais velha que eu, mas muito mais aberta e disposta. Mas enquanto eu trabalhava numa biblioteca sozinha, ela era recepcionista de um hotel. Falava com muita gente, tinha oportunidade de interagir com gente de outras regiões frequentemente. Eu ainda carregava as dúvidas mais infantis e, pior, eu tinha consciência disso.

Agora eu estava ali, com o bilhete dela na mão, quatro dias depois do experimento da calcinha. Tinha enfim conseguido voltar do trabalho sem nada vestido por baixo, estava molhada, fervendo, e li de novo o bilhete. “Vamos ver se esse meu rabo é esfolado hoje!” eu não sabia como me portar perante àquela sensação. Senti o cheiro de minha excitação emanar. Os bicos dos peitos afligiam-se contra minha blusa. Havia depilado os excessos de pelo, embora muitas dúvidas do quanto deveria raspar me impediram de fazer direito. Eu sabia que era tolice pretender que houvesse uma fármula certa, sabia que já era adulta, que eu mesma deveria impor o que achasse adequado a meu corpo, mas não conseguia ultrapassar o limite da discrição. As poucas transas que tive foram nada esclarecedoras, na realidade, todas elas sucederam muito rapidamente no escurinho de alguma festa. Não aprendi nada, acarretando, isso sim, mais dúvidas, mais interrogações. Fui até o quarto e tirei minha saia. Deitei na cama apenas com a blusa. Havia tanta confusão em mim, que eu tentava desviar até os pensamentos de que eu precisava trepar. Havia uma resistência psíquica, como se tivesse de haver outra maneira de amainar aquilo. Mas não havia. Quando este estado apossava de meu corpo, meus pensamentos eram muito absurdos, vinham-me as frases e senas mais extravagantes à mente. Dei um tapinha na bucetinha e estremeci. “sem vergonha” pensei eu. “quer é uma foda, não, puta?”. Sabia que iria ter de gozar, mas uma coisa me inquietava. De onde provinha meu tesão de hoje? Da caminhada sem calcinha? Pior, do bilhete de Sophye?! Nenhum pau me veio à mente, apenas palavras, apenas frases chulas. Tentei escolher dos males o menor, passando a recordar de uma transinha detrás de um muro. Mas minha mente estava fugidia em demasia. Escutei a porta se abrindo. Ergui-me de um salto e apanhei uma calcinha na gaveta. Achei que era minha mãe. Mas meu quarto se abriu e Sophye entrou com ar de riso.

- ué, não iria demorar hoje? –

- ah, ninguém estava animado pra bater papo hoje. Também, nunca passa disso mesmo. – ela me olhava fixamente procurando, decerto, entender o que ocorria. Fitei-me no espelho e vi que meu rosto estava suado. Meu coração ainda batia forte, e aproveitei esse momento de agitação pra falar sem pensar:

- então nem esfolou o rabo... rs. –

- pior que não. Mas ele não perde por esperar. –

- Sophye, você... é... eu vim sem calcinha hoje. – ela riu e deu uns pulinhos.

- ah, então é isso! Ta com uma cara de puta dos diabos. – dei-lhe um tapinha de leve, fingindo irritação.

- não tem nada demais, né? – ela perguntou enquanto tirava a roupa pro banho.

- foi diferente pra mim. Fiquei tremendo o tempo todo. E... eu... me molhei bem, sabe. Rs – dessa vez vi no olhar dela certa indecisão. Me olhou meio incrédula, talvez achando que eu queria dizer alguma coisa mais, ou simplesmente procurando algo pra dizer. E eu tinha muito mais coisa a dizer, ou talvez não muito mais coisas, mas desejava vencer aquele embaraço idiota, falar com ela sem pudores que eu não queria manter.

- Sophye, queria... queria te perguntar algo sobre a depilação. – fiquei em silêncio. Ela riu para mim e fez um gesto com o corpo, rebolando matreira, como que me dizendo que parasse de ser cerimoniosa e que não ligava muita importância a nada. Senti-me mais segura:

- você depila atrás também? – ela nem deu ao trabalho de me olhar.

- atrás onde? Deixa de ser careta, Flávia! Parece que está com medo de falar. Não gosto desse ar formal, todo cheio de escrúpulos! Ri e mandei ela ir à merda. – vou agora mesmo, sá vou terminar de descansar aqui. - - quero dizer, se você raspa no ânus também? –

- ah, agora está melhor. Quer saber se rapo o cuzinho? Rs. – nessa hora ainda eu estava de pé, mas resolvi sentar imediatamente. Ela abaixou a calcinha até os tornozelos e virou a bunda pra mim, abrindo com as mãos ostensivamente as nádegas, e me mostrando aquele anelzinho pequenininho e bem lisinho. Um suspiro forte saiu de mim. Senti falta de ar. Ela manteve por alguns instantes aquela posição meio curvada para frente, e fez algo muito ousado no meu modo de ver. Piscou o rabinho duas vezes.

- é... raspa, né. – foi o que consegui dizer. Estava toda trêmula, sentia minha bucetinha muito quente.

- viu? Toda mulher deve depilar o cu, Flávia. Faz parte da higiene, além de ficar um mimo. Você não raspou o seu? – ela agora havia tirado definitivamente a calcinha e sentara-se na cama com as pernas fechadas.

- fiquei em dúvida. Queria te perguntar primeiro. Você falou sério sobre que vai dar a bunda? – falei rindo meio nervosa.

- claro! Um dia vou dar mesmo. É claro que terá de ser com alguém interessante, algo mais que apenas uma foda de festa. Afinal, você viu o pequenininho que ele é. –

- vi sim. Bem bonitinho. Rs. – ela não riu evasiva dessa vez. Continuou no mesmo tom.

- achou mesmo? –

Nem me dei tempo pra refletir. Não sabia o que eu queria dizer com aquilo, mas tampouco entendia o porquê de ela querer saber.

- nunca tinha visto um ra... um... um cuzinho descoberto como o seu, sem pelos. –

- nem o seu? Ele tem muitos pelos? –

- um pouco. Não muitos. – sentia que precisava demais gozar. Não estava bem certa de onde derivava aquela excitação toda. Acho que vinha muito mais do momento, do inusitado que propriamente de Sophye. E ela estava um pouco vermelha também. Era visível que ela estava excitada, pois sua voz agora tinha aquele tom rouco, estava embargada pelo excitamento. E ela abriu levemente as pernas. Mas o suficiente pra eu vislumbrar sua matinha toda rosadinha nos lados. Ela riu para mim, um sorriso muito suave, assentindo a meu olhar. Nunca a havia visto naquele sorriso. Muito delicado, substituindo qualquer palavra de explicação. Ela estava gostando do meu olhar, não me impedia de fitá-la. E eu mantive meu olhar, indo de seus seios a sua grutinha agora mais visível ainda.

- deixa eu ver? –

Ela perguntou.

- ver o que? –

- se há muitos pelinhos mesmo. –

- em minha bundinha? Rs. – quase corri ao banheiro, quase enfiei debaixo da cama. Mas também queria me mostrar pra ela.

- sim, seu cuzinho. Eu mostrei o meu, não? – parecíamos duas criancinhas descobrindo os corpos. Mas era um momento muito íntimo, havia uma reciprocidade bastante forte agora. Ela pedia, meio séria, como se não quisesse perder a oportunidade. Enquanto me olhava, abriu mais as pernas. Eu podia ver o tufinho de pêlos bem aparado e a umidade daquela gruta que não me permitia deslocar o olhar. Fiquei de pé, e num gesto de menina sapeca, agarrei uma almofada e lhe atirei. Era uma tentativa de sufocar aquele embaraço e tornar tudo menos solene. Enquanto ela emitia um gritinho de susto, eu me virei, ergui a saia e arrebitei minha bundinha. Ela iria me xingar, mas calou-se logo que me viu naquela posição. Eu procurei me relaxar, pois não queria que meu rabinho piscasse como o dela. Era difícil saber que ela me olhava e manter tudo paradinho. E naquele instante uma enxurrada de sacanagens passou por minha mente. Imaginei dando o cu, lambendo uma buceta, sei lá, pau, qualquer coisa que fosse muito intensa.

- tem cabelinhos castanhos. Não são pretos. Bem pouquinhos mesmo. – deixei que piscasse enfim. Não suportei a vontade.

- umm. Rs. Piscou! – rimos as duas, enquanto eu me sentava de volta. Pensei que um silêncio incômodo se instalaria naquela hora. Mas Sophye foi mais rápida e falou:

- tire a saia, deixa eu ver como ficou a depilação na frente? – abaixei a saia ainda sentada, apenas erguendo as nádegas. Quase morri de vergonha ao notar que minhas pernas estavam molhadas junto à vagina. Sempre me molhei demais, e era muito visível meu estado de excitação. Ela pediu que eu me colocasse de pé pra poder ver melhor.

- umm. Sei. Você fez certo, mas tem de desenhar, não apenas raspar. Tem de criar um desenho com os pelos. Fica muito lindinho, principalmente porque sua xotinha é pequena. Se não desenhar, é melhor tirar tudo. – e enquanto falava, aproximou-se e pos o dedo onde achava que deveria depilar mais. Fez um desenho imaginário em minha cocha direita, um pouco abaixo da bucetinha, esboçando que espécie de formato ficaria melhor em mim. Eu tremia agora. Ela percebia, mas não demonstrava. Ela começou o desenho mais para o lado exterior da cocha e o terminou bem entre as duas, muito práximo do meu prazer. E era justamente lá que estava molhado. E quando ela terminou o desenho fictício, o arrematou com uma dedada em meu grelinho. Aí foi impossível manter-me serena. Encolhi o corpo e gemi alto. Ela riu e se assentou no chão.

- sua doida! Me mata de susto... –

- susto? Não sabia que o susto molhava a buceta. – respondeu ela. E estava sentada no chão, com as pernas dobradas e totalmente abertas. Eu podia ver tanto sua xota quanto seu cuzinho. Ela me enlouquecia de vez. Comecei a notar que estava excitada pelo corpo dela naquele momento. Até ali julgava que apenas a situação inusitada me excitava. Entretanto, vendo ela toda aberta daquele jeito, comecei a ter certeza que ela me excitava demais. Foi então que ela chupou o dedo que havia passado em meu grelo. Não sei se ela fez de propásito ou não, mas pela minha expressão ela, se ainda não houvesse dado conta, percebeu na hora o que havia feito.

- meio salgadinho. – me fiz de desentendida com o comentário dela.

- seu gosto. Já experimentou? –

- minha xota? –

- claro. Nunca pos na boca pra saber que gosto tem? – e ela falou e meteu um dedo na prápria buceta em minha frente. Vi o dedo se enterrar nela até o fundo, e ouvi até o som aquoso da penetração. Ela o retirou e enfiou entre os seus lábios grossos, fingindo uma carinha de bebê, com os olhos muito sensuais dela. Ela é bem branca, mas seus cabelos são escuros, de modo que tudo nela é contrastante. Os bicos dos peitos são escuros com aureolas pequenas. Tem os olhos muito negros num rosto em formato de pêra.

-meu gosto é mais forte que o seu. Vamos lá, boba. Enfia esse dedo aí e prove. – sentia um friozinho na barriga muito delicioso. Sempre que eu olhava a bucetinha e o cuzinho dela isso aumentava. Abri as pernas e pus um dedo na portinha. Ela não piscava os olhos. Parou de chupar o dedo, os lábios estavam entreabertos, numa expressão de expectativa e uma leve estupefação. Quando eu vi aquela expressão dela enfiei todo o dedo. Contraí imediatamente minhas paredes vaginais em meu dedo. Sabia que poucas metidas seriam suficientes para deflagrar um gozo. Tirei-o e introduzi em minha boca bem rapidamente. Nás duas fazíamos tudo pra evitar a solenidade. Queríamos quebrar aquele estado hipnático, mas tudo estava se tornando baço e extasiante.

- não é salgadinho. É tudo misturado. Salgado e doce. – eu falei com o dedo ainda na boca. Ela ficou de pé, deu um pulinho como se abanasse alguma coisa de si e sentou do meu lado na cama. Mas manteve as pernas abertas. Introduziu o dedo que havia lhe penetrado em minha boca, me olhando interrogativa.

- não tem gosto de nada. Sá de dedo mesmo. –

- é... já acabou. – ela falou, encolhendo os ombros. Eu queria continuar a degustação.

- seu gosto é mais forte para o doce ou o salgado? – ela fechou as duas pernas entre as mãos que apertavam sua xotinha. As abriu novamente, dobrando-as sobre a cama e comentou distraída:

- experimenta pra saber. – e apontou pra prápria vagina. Eu já quase batia queixo de ansiedade e nervosismo. Estava toda descontrolada. A boca ficava seca, engolia o nada a todo momento. Meu senso crítico sabia que já éramos muito velhas pra pensarmos que estávamos apenas descobrindo nossa sexualidade. Já havíamos passado dos vinte e nada nos lembrava uma adolescente. Somos de compleição grande, mulheres com braços e pernas grossos. Ela sentava bem práxima de mim, de modo que seu ombro tocava o meu. Virei o corpo para seu lado e deixei minha mão direita pousar em seu ombro. Destaquei um dedo da outra mão e dirigi-o até entre suas pernas. Mas infelizmente hesitei. Isso poderia ter frustrado aquele ato, não fosse, certamente, nosso estado de tesão.

- posso mesmo? –

- põe logo. – ela falou com uma voz meio etérea. Mas eu nem pensei em somente apertar seu grelinho. Não consigo explicar a razão, mas sá pensei em enfiar o dedo nela. Os pelinhos me impediam de saber exatamente onde estava a entradinha. Passei a pontinha pra cima e pra baixo procurando, e ela estremeceu toda.

- onde fica? – perguntei.

- mais abaixo. – ela nem questionou. Era muito diferente sentir aquela carne molhada e escorregadia. Eu inclinei a cabeça um pouco pra poder ver melhor meu dedo. E isso fez com que os seios dela ficassem bem juntos a minha face. Comecei a colocar o dedinho. Era muito quente, e também muito molhado. Ela, tanto quanto eu, era muito apertada. E nem se preocupava em evitar as contrações. Meu dedo foi entrando devagar, pois eu temia machucá-la. E isso fazia-a muito tensa. Respirava descompassadamente, emitindo longos suspiros pra deixar escapar a pressão. Logo que não podia mais penetrá-la, comecei a tirar, mas ela me falou:

- continua fazendo isso. Vamos ver quanto tempo eu levo pra gozar. – as palavras dela não me assustaram. Eu sentia os seus peitinhos contra minha bochecha. Passei a ir e vir com o dedo, e repousei minha cabeça em seu seio esquerdo. Era macio, e eu sentia seu mamilo contra minha bochecha, bem ao lado do nariz. Ela começou a gemer mais continuamente. A cada entrada do dedo era um gemido. Seus braços estavam quietos, mas sua cabeça girava pra todas as direções.

- ah, Flavinha, que loucura. Acho que vou gozar. Estou sentindo seu nariz em meu biquinho. – e tentou rir. Então eu ergui uma perna até em cima da cama, de modo que minha bucetinha ficasse bem exposta.

- ah, Flávia, você ta escorrendo. – e reclinou um pouco o corpo em minha direção. Senti seu dedo me invadindo e suspirei forte. Com o movimento de seu corpo, o peitinho em que eu recostava mudou de ângulo, fazendo com que o biquinho ficasse de frente a minha boca. Vi aquele biquinho escurinho e saltadinho e o achei muito lindo. Ele subia e descia com o arfar de Sophye, e isso proporcionava um estado alucinante de vida, de calor, o movimento do desejo evidenciado naquele mamilo indo e vindo na direção de meus lábios.

- fode mais rápido, Flavinha. – ela pediu, e aumentou o movimento de seu dedo em mim. Forcei meu corpo contra seu dedo e gemi forte. E então ela roçou acintosamente o peitinho em meus lábios. Eu ainda tinha algumas dúvidas do que fazer, por isso apenas abri minha boca. Ela direcionou seu seio em direção aos meus lábios e o colocou entre eles. Envolvi-o com meus lábios, pressionando o biquinho para dentro numa lenta sucção. Quando ele havia se distendido bastante, passei a pontinha da língua por ele com um giro forte. Sophye gemeu e apertou minha cabeça com a outra mão. Perdemos definitivamente qualquer resto de autocontrole. Passei a sugá-la famintamente, enquanto meu dedo fodia-lhe provocando aquele delicioso ruído aquoso. Sophye, retesando duramente todos os membros, interrompeu quaisquer movimentos, silenciando-se por alguns segundos. Não retirou seu dedo de dentro de mim, mas ele tornou-se estático e tenso. Seu corpo ergueu-se levemente da cama, os olhos amiudaram-se, os lábios separaram-se e ela gritou. Poderia ser um grito de dor, como também o indício da derrocada de um enorme peso das costas. Mas tudo sucedia em enorme velocidade, um turbilhão de suspiros e sensações. E mal ela sentou-se novamente, agarrou-me com ferocidade, empurrando-me com as costas contra o colchão. Agarrou meu peitinho com toda a mão num apertão brusco, e chupou o outro com força. Seu dedo foi mais rápido e eu gritei também. E enquanto eu gozava, ela disse uma frase que nunca esqueci:

- goza, Flavinha puta, goza. – meu gozo apertava minhas entranhas. Vinha muito intenso, e parecia que tudo iria esvair-se de mim. Lágrimas deixaram meus olhos, um choro de tesão abarcou minha voz. Ela me deixou, e me encolhi toda com o corpo muito trêmulo. Não pensava em nada especificamente, apenas procurava retomar o controle de minha respiração. Sentia um desconforto nas costas devido à inclinação que tive de fazer para tocar Sophye. Continuei deitada de costas pra ela. Então senti a presença dela ao meu lado e sorri sem mover-me. Depois de alguns segundos, ela falou ainda com um traço de receio:

- está tudo bem, não é? – deixei um risinho escapar de meus lábios e foi o suficiente para ela dirimir todas as suas dúvidas. Deu um tapinha em minha bunda e dirigiu-se a seu banho. Enquanto eu ouvia a água caindo, pensava em como faria para nos tocarmos novamente. Não havia mais um “se”, mas agora um bastante consistente “como”, e este “como” passava por explorações mais íntimas, porque eu queria enfiar minha língua no cuzinho dela.



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