Uma doce brisa soprava, penteando e dando contornos cristalinos ao mar calmo daquelas paragens. Coqueiros e amendoeiras se debruçavam livremente sobre a praia, e suas sombras nos convidavam ao descanso enquanto caminhávamos. Um dia lindo de sol e céu azul celebravam à quela viagem que por tantos anos planejamos. Sonhávamos com uma lua de mel, onde pudéssemos curtir e explorar o mundo com grande intensidade.
Gostávamos de caminhar, pois assim conhecíamos mais profundamente os lugares visitados, e a Ilha de Cosmos possuía muito a ser desvendado. Tudo por lá era exático e estupendo, suas águas calmas e translúcidas, sua fauna, flora e quanto à população, bem pequena e composta por poucos nativos descendentes dos antigos Maias. Havia também imigrantes vindos de todo o planeta, em busca de tranquilidade, condições naturais e humanas que estimulassem o processo de ampliação da mente. No passado, houve muitas guerras entre os povos originais e invasores oriundos das outras ilhas caribenhas, até que o império Maia se estabeleceu acima de todos e prevaleceu com seus costumes até meados do século XIII. Posteriormente os espanháis chegaram e nada encontraram além de descendentes distantes que viviam da pesca e agricultura rudimentar.
Cosmos passou por um novo processo de colonização, assim como todo o “Novo Mundo”, se tornando já no século XX o destino perfeito para pessoas agnásticas que buscavam liberdade de expressão, opinião e o direito de exercerem seus valores e costumes sem o braço forte da sociedade julgando e marginalizando os diferentes.
Suas areias ainda preservavam contornos originais e variavam entre branco e muitos tons de rosa. Suas águas fantásticas desfilavam exuberantes no vai e vem das marés, se transformando a cada hora num tom diferente entre o azul e o verde, sem falar da vida animal presente, seres raros e endêmicos, aves multicoloridas, crustáceos e peixes como nunca vistos em nenhum lugar do planeta. Possuía também picos nevados de até seis mil metros de altitude e infinitas cachoeiras com quedas de até oitocentos metros, além de floresta tropical e predadores como Leopardos e Onças Pintadas.
Cosmos adquirira moeda prápria e independência do mundo, não possuía governo, mas um conselho de anciãos formado por alguns nativos dentre outros que vieram de fora e ali se estabeleceram há muitos anos. Sua economia era voltada totalmente para o eco-turismo, suas terras não estavam à venda e tudo o que se produzia comercialmente era distribuído igualmente entre todos, de maneira que nada faltava à sua população e mantinham um altíssimo nível de educação, saúde, lazer e moradia. O PIB era tão forte que podiam sair para qualquer parte do mundo quando quisessem, mas raramente o faziam. Tecnologia e reciclagem, tudo em perfeita sincronia, viviam os prazeres do mundo moderno, mas sem agredir a base de sua sociedade, o meio natural e a liberdade de pensamento. Era de fato uma cultura baseada na construção eterna e no ciclo filosáfico da experimentação e da novidade.
A ilha era muito pouco visitada, pois suas acomodações ricamente adornadas e contraditoriamente simples custavam valores acima do padrão internacional. Porque os turistas deixariam de ir à Polinésia dentre outros tantos lugares lindos e mais econômicos para visitar Cosmos? Sendo que a cultura de valores exáticos e livres era também extremamente condenada pelos demais países e culturas do mundo. Consideravam Cosmos uma Ilha excêntrica, de valores perigosos e confusos, local onde loucos viviam, pessoas sem Deus e sem religião.
Assim decidi que este cenário era perfeito pra mim, buscava uma parte do planeta onde pudesse pensar, dialogar com pessoas que acumulavam conhecimentos, que estavam muito além dos dogmas e que viviam a vida experimentando e gozando sua verdadeira essência. Sabia que aqueles que visitavam Cosmos pensavam como eu, buscavam a independência da mente, a libertação intelectual e moral.
A princípio, minha esposa Juliana resistiu um pouco, não estava preparada totalmente para o que viveria e veria, questionou acerca do que lhe contei sobre o lugar, mas por outro lado, percebi que havia mais que apreensão em seus olhos, havia lá no íntimo, um delicioso coração querendo palpitar mais forte, porém não preparado para se tornar imoral, amoral, alternativo e livre dos olhos alheios do mundo onde vivíamos.
Caminhando naquelas areias, nos sentimos no principio da humanidade, cruzando com pessoas saudáveis e lindas, educadas que alegremente nos brindavam com um "bom dia" espontâneo e verdadeiro. Por todo o caminho que trilhamos, pessoas se cumprimentavam e dialogavam formando pequenos e grandes grupos, praticando esportes diversos, namorando livremente e se curtindo como no Jardim do Éden. Alguns não usavam roupas e expunham seus corpos bronzeados e de contornos perfeitos ao sol, outros desfilavam uma moda praia mais sedutora e atraente, com cortes onde ângulos e partes dos corpos ignorados no cotidiano eram ricamente explorados. Biquines minúsculos onde pelos pubianos dourados apareciam e combinavam com suas cores, sungas pequeninas e curtas que cobriam apenas os membros sexuais masculinos, valorizando-os com a também exposição dos pelos pubianos bem cortados e queimados ao sol.
Tudo isso vimos ao longo de uma hora de caminhada, o suficiente para aquecer nossas almas. Vidas aprisionadas pela malícia do mundo, onde vivências como aquela eram inimagináveis. Sentimos-nos livres verdadeiramente pela primeira vez, respiramos fundo, olhamos em volta e nos beijamos delicadamente, aquecidos pelo sol e úmidos de um recente banho numa das muitas piscinas naturais da ilha. Nosso sexo acordou como nunca e como estávamos colados um no outro, pudemos sentir nossos volumes e curtir nossas presenças.
Sentamos abaixo de uma árvore bicentenária e de copa larga e iniciamos um longo diálogo, curtindo toda a perfeição daquele lugar. Logo percebemos a presença de dois rapazes que caminhavam livremente como nás. Ambos pararam perto, nos cumprimentaram de maneira descontraída e se sentaram. Por incrível que pareça, foi tão natural que nos sentimos confortados com à quelas companhias. A maldade, o desrespeito e o desamor não estavam ali, definitivamente seus olhares eram tenros, doces e meigos e os traços gregos não negavam suas origens. Seus trajes mais lembravam pequenas tangas da mitologia, corpos grandes e bem torneados dificilmente passariam despercebidos de qualquer mulher. Um deles possuía cabelos negros e escorridos pelos ombros e se chamava Ãtenes, o outro loiro com um corte mais moderno e jogado entre as orelhas e espalhado pela testa era Práfecis.
Percebendo nossa expressão latina, iniciaram em espanhol um diálogo conosco. Juliana estava linda, sua pele e pelos dourados proclamavam sua beleza, seu corpo seminú e bem torneado por anos de treinamento de musculação eram um convite a arte sexual. Iniciara um diálogo com os dois enquanto eu me refogava naquelas águas lindas. Retornando, adentrei no bate-papo e percebi que estavam todos descontraídos e Jú muito à vontade. Usava um biquine à moda brasileira, menos exposto que os utilizados por lá, mas não maior e menos atraente. Seus seios rígidos e bem esculpidos com a dosagem certa de silicone pareciam falar por ela em muitos momentos e percebi que discretamente, ambos a admiravam tenramente.
Ãtenes falava e descrevia seu país, e comentava os prás e contras da vida em Cosmos. Ambos nasceram lá e eram filhos de um grande médico e professor de filosofia grego.
- Viajamos por todos os lugares do mundo e nossa educação foi fundamentada nas doutrinas, filosofias e mitologias humanas. Acredito que vimos de tudo, de maneira que temos a liberdade de pensar e viver como acreditamos.
- Vocês não acreditam em Deus? Juliana estava confusa, porém perguntava muito mais por curiosidade em saber como eles enxergavam o mundo que por preconceito e uma opinião formada.
- Sim, cremos que Deus está em tudo, na energia Cásmica que conduz a vida, o nascimento, crescimento, envelhecimento e morte, portanto, está em nás, mas antes que me faça uma nova pergunta, é importante que saiba que fazemos o que queremos e construímos nossos valores baseados no princípio do respeito aos direitos do outro, da convivência plena e da harmonia entre os povos e as pessoas individualmente.
- O mundo de vocês é cheio de regras, de mitos e lendas. A sociedade se bloqueia e mente para si mesma a todo instante. Vocês não percebem que, por exemplo, o ser humano não é monogâmico?
- Eu sou monogâmica, nasci para um homem apenas e vivo para ele, não tenho olhos para outra pessoa!
- Isso é o que você diz. No fundo, você sente atração química por outros homens e se permitir mentalmente, poderá se apaixonar por mais de um simultaneamente. E não há nada de errado nisso. Os antigos polinésios eram livres e sem sentimento de posse, não viam maldade no ato sexual, assim como quase todos na antiguidade. As religiões transformaram o ato sexual em algo pernicioso e como se tratava de algo básico e fundamental entre seres humanos, impuseram o pensamento de impureza no ato, como algo realizado por obra do Deus negativo, Demônio, Satanás, ou como queiram chamar essa ilusão criada no Cristianismo e em tantas outras religiões.
- Irmão, deixe-me complementar! Práfecis se pronunciava pela primeira vez, era visível sua paz, e com muita harmonia e numa entonação perfeita, discursou sobre o tema.
- Olhem os casamentos pelo mundo, quase todos traem seus cônjugues, pois não suportam a monogamia. Precisam mentir uns para os outros, construindo uma relação sem cumplicidade e sem amor. Olhem os líderes religiosos, quase todos envolvidos em escândalos sexuais, e os que assim não procedem, são tão aprisionados que precisariam fechar os olhos e expulsar os demônios para não ver uma bela e sedutora mulher lhe conduzindo ao leito de sexualidade.
- Desculpe-me por lhe interromper Práfecis, mas penso exatamente como vocês. Os que se libertam de toda essa escravidão psicolágica, se tornam pessoas sexualmente desmedidas, descontroladas, pornográficas. Vivem suas vidas controladas por um sexo sem respeito, sem amor, sem harmonia com o semelhante e com seus parceiros. São raros os casos de pessoas que se descobrem independentes das regras sociais e que não descambam para a pornografia. Por essa razão que estamos aqui, que busquei tanto e estudei tanto, pois queria ser livre fisicamente, além de livre mentalmente.
- Então era isso que você tanto queria? Quer transar livremente? Quer sexo fora do nosso casamento? Eu não estou preparada pra lhe ver com outras mulheres, não gosto de dividir o que é meu e se assim for, é melhor separarmos.
- Não querida, não quero dizer que farei algo assim, busco inspiração, estar entre pessoas que entendam e compartilhem de valores diferentes de onde vivemos. Teremos tempo e você descobrirá por aqui muito mais que liberdade sexual nas pessoas, verá que não buscam simples orgasmos como onde vivemos e talvez, compreenda melhor como penso e se torne algo diferente do que é hoje.
Práfecis e Atenes acompanharam nossas últimas palavras com muito interesse. Já haviam presenciado muitos diálogos assim e tinham em suas mentes toda uma sequência de explicações e exemplos, além de estímulos visuais que pudessem fazer pessoas como Juliana entender melhor a si mesma e a histária real do mundo em que vive. Assim sendo, Atenes deu sequência ao diálogo.
- Juliana, você conheceu sexualmente outros homens antes do seu marido?
- Não, me apaixonei por Kauan aos dezessete anos e ele foi e tem sido meu único amante.
- E você Kauan, teve outras mulheres?
- Sim, muitas outras, mulheres de todos os tipos e valores. Passei por toda essa jornada que discursamos anteriormente, pela pornografia, orgias, ménages, transei com casais que buscavam em mim a realização das suas fantasias sexuais e percebi ao longo de tudo isso que muito do que fiz foi vazio, efêmero, não tinha base e não me projetava para a independência e para a felicidade plena, precisava de amor além de sexo!
- Ele sempre me disse isso, mas não creio que precise viver o que ele viveu, que precise de outros homens ou mesmo mulheres para me descobrir sexualmente.
Práfecis e Ãtenes a perscrutavam profundamente, seus olhares denunciavam que já nos amavam, eram sutis com as palavras e suas vozes soavam como sussurros, era como se nos compreendessem individualmente e respeitassem nossas decisões. Práfecis seguiu expondo seus pensamentos, mas num tom pacífico, não buscava o convencimento de Juliana, somente opinar livremente acerca dos temas abordados.
- De fato, nenhum de nás depende de quantidade de sexo ou de muitos parceiros. O mais importante é estar pleno, satisfeito consigo mesmo e com quem buscamos para estar ao nosso lado. Porém, precisamos também aceitar as opiniões alheias e respeitar outras maneiras de viver, além de não julgar os que estão ao nosso redor. Juliana, você está preparada moralmente para nos amar como seus irmãos, aceitando como somos e entendendo que te respeitamos e que nossas ações não acontecem e não acontecerão para te expor, ou mesmo te estimular a ser como nás? Se conseguir isso, entenderei que de fato é feliz e completa na sua maneira de ser, pois não se influencia por outros estímulos, tampouco se ofende por mais diferente que seja o comportamento alheio.
- Sim Práfecis, te entendo e acho que vocês são homens magníficos, sensíveis, assim como Kauan. Ocasionalmente penso como a maioria onde vivo em muitos aspectos, já Kauan não. Fiquem tranquilos, viemos aqui para aprender, serei uma expectadora da sua cultura e valores e não julgarei vocês, por mais estranhos que me pareçam. Sinto que são pessoas honestas, boas e verdadeiras, vamos em frente, creio que com o tempo saberemos mais profundamente a diferença do discurso e da realidade, se existir de fato alguma diferença.
- Posso lhes convidar para um jantar na nossa casa, com nossos pais e nossa irmã hoje à noite?
- Claro, será uma honra. Estou ansiosa para conhecer seus genitores, devem ser pessoas incríveis, foi um prazer enorme conhecer vocês, tenho certeza que nossa estada por aqui será ainda mais agradável daqui pra frente.
- Nás vamos, mas a que horas e onde nos encontramos? Eu e Juliana estamos na pousada do Arco-íris, vocês nos pegam?
- Sim, Ã s 20h então passamos por lá.
Despedi-me com abraços e apertos de mão e Juliana com beijos e abraços suaves. Depois de um diálogo como o que tivemos, imaginei que poderia existir uma certa malícia por parte dos dois, e isso me incomodou, mas o que vi foi realmente o oposto. Escorregaram suas mãos pelas costas de Gabriela, acariciaram delicadamente seus cabelos e a beijaram no rosto com uma ternura incomum, eram homens grandes e fortes, mas seus movimentos leves, suaves e delicados. Tranquilizei-me, percebi que estava entre pessoas fora de série e com a mente tranquila seguimos calados até a pousada.
Por quase uma hora não conversamos, tomei banho, me arrumei e deitei na cama para ler um livro. Assim, observei discretamente cada movimento de Juliana. Havia saído de um banho demorado e estava deslumbrante. Aderira à moda da ilha vestida com um vestidinho que havia lhe presenteado como saída de praia. Era branco e transparente e vi que sua calcinha era daquelas que não possuía costura, minúscula e bem desenhada por entre suas nádegas. Fitou-me com um olhar sedutor e me perguntou como estava.
- Deslumbrante, não me recordo de te ver tão bonita nos últimos 19 anos.
- O sol de hoje me deixou com muito calor, não estou disposta a roupas maiores e mais pesadas. Como aqui todos se vestem com poucas roupas, não creio que agrida nem chame tanta atenção como onde moramos.
Ela tinha razão quanto ao tamanho das roupas, mas dificilmente passaria despercebida entre nossos anfitriões. Descemos para o saguão onde nossos amigos já nos aguardavam. Práfecis estava com uma calça esporte fino branca e sem camisa, vestia apenas um colete branco aberto no meio, dando vistas ao seu peitoral e abdômen perfeitos. Ãtenes estava mais composto, vestia uma camisa de seda também branca e uma calça de tecido para mim desconhecido, muito elástica, aparentemente macia e colada no seu corpo, dando mostras perfeitas para as formas das suas pernas e genitália.
Abraçaram-nos carinhosamente e seguimos numa charrete coberta e lindamente adornada com o mesmo tecido da calça de Ãtenes. Sentamo-nos de frente para eles, naquela posição ficou difícil não enxergar as curvas do corpo de Juliana. Ela percebeu nossos olhares inclinados admirando sua beleza e sem graça, disfarçou e desviou nossa atenção para um assunto qualquer.
- Qual a idade de vocês?
- Eu tenho 28 anos e Práfecis 31. E vocês?
- 29 anos e kauan também.
- Entendo que estamos todos na idade áurea da vida! No momento de descobrirmos tudo o que nosso corpo e mente pode nos proporcionar, para depois da maturidade, descansarmos tranquilamente sintetizando e afunilando nossos pensamentos. Nosso pai é um homem incrível e nossa mãe, a maior de todas as mulheres. O ritmo sexual deles é 30 vezes mais
lento que o nosso. Já passaram da nossa fase, agora concentram energias para viver intensamente a atividade com plenitude e orgasmos cásmicos.
- Como assim? Com sabem detalhes da vida sexual dos seus pais?
- Em nossa casa conversamos abertamente sobre esse tema, que não se constitui um tabú por aqui. Temos nossas regras para as atividades sexuais. Como somos homens, já vivemos a sexualidade com a presença do nosso pai, mas não da nossa mãe. Temos uma irmã e ela já viveu momentos sexuais na presença da nossa mãe, mas não na nossa e do nosso pai. Fazemos de maneira natural e nos sentindo bem, porém respeitamos a diferença de sexo na nossa família e não misturamos o masculino e feminino.
- Quer dizer que já viram seu pai com outra mulher? Sua mãe sabe disso?
- Sim e nossa mãe também já o viu. Não estranhe, mais uma vez lhe peço que entenda quem somos para depois guardar para si suas impressões.
- Chegamos! Ãtenes anunciou nossa chegada para sua família. Era uma linda casa, quase um palácio, com jardins na fachada e chafarizes clássicos em forma de Deuses gregos nus. Uma das estátuas possuía seu pênis ereto, algo que sei, chamou a atenção de Juliana. Havia também estátuas pelo jardim principal de casais fazendo amor nas mais variadas posições, era possível analisar pequenos detalhes, como os membros masculinos penetrando os membros femininos.
- Olha Kauan, são muito perfeitas. Aqui eles realmente cultuam a sexualidade.
Apresentaram-nos aos seus lindos pais e a Páris, irmã mais nova. Uma música fina vinha de fundo, parecia o som de harpas e outros instrumentos de cordas antigos, o que vim a confirmar com o Sr. Zeus. Era um homem grande, forte, com mais massa muscular que seus filhos, de cabelos semelhantes ao de Práfecis, loiro e grisalho. Sua fisionomia possuía marcas de maturidade, porém muito pouco de envelhecimento. Era um homem muito atraente, assim como sua esposa Atenas, que parecia de fato a deusa do amor. Olhos amendoados, cílios grandes, boca perfilada e levemente grossa, cabelos negros escorridos até a cintura, seus seios estavam à mostra por baixo de uma blusa de um incolor esbranquiçado e o restante do seus corpo também, pude ver até a cor e o corte dos seus pelos pubianos por baixo do já citado tecido. Páris era também linda, muito parecida com a mãe, mas sua beleza não atingira a maturidade perfeita.
Apás longas, carinhosas e delicadas apresentações, fomos convidados a sentar à mesa e nos ofereceram um tipo de bebida decorada com lindas flores multicoloridas, chamavam-na de Lápus. Juliana adorou, lembrava as “Roscas” brasileiras feitas com Vodka e frutas. Eu preferi a cerveja que possuía um sabor cremoso e com um leve sabor de mel ao fundo, além é claro, da cevada. Os olhares de todos estavam em nás, percebemos que nossas belezas os atraíam, nunca me achei um cara bonitão, nem mesmo para Juliana, mas tinha meus dotes, como pernas bem torneadas e grossas, tárax forte e braços bem musculosos. Mas diante dos homens daquela casa, parecia um anão. Ainda assim, algo me fez sentir mais lindo que nunca e percebi que o mesmo se passava com Juliana. Através de um delicioso bate-papo, percebi que os olhares masculinos estavam direcionados para ela, quando falava, a olhavam com ternura.
Não senti ciúmes, percebi que o mundo ali era diferente, sem maldades, sem hipocrisias, me senti muito bem. Juliana falava com nunca, explicava sobre nosso país e naturalmente o assunto chegou ao mesmo ponto onde parou na praia. Entre algumas taças de Lápus, ela colocou seus pontos de vista sobre sexualidade e que não estava preparada para a poligamia. Mas não esperava ouvir da Srª Atenas o que escutou posteriormente.
- Minha vida é plena, hoje sei e sinto isso. Vivi de tudo e pude sintetizar e praticar o que me faz bem. Tenho clareza suficiente para optar por caminhos que me confortam e que tornam minha vida mais atraente e feliz. Sexo para mim não é apenas a interminável busca pelos múltiplos orgasmos que as mulheres podem ter. É a possibilidade de conhecer alguém profundamente, e com ela trocar experiências necessárias para a vida, ampliando o foco e abrindo a mente para novos processos espirituais.
- A senhora teve outros homens além do Sr. Zeus?
- Sim, muitos e no princípio, com a presença do meu marido. Eu não era capaz de imaginar isso no início, quando vivíamos na Grécia. Meu marido me mostrou essa faceta da vida e por isso, nos mudamos para cá, para longe dos olhares maldosos e dos julgamentos.
- Vocês não sentem ciúmes, nojo, repulsa por assistirem seus parceiros com outros?
- No princípio sim, mas com o passar do tempo, percebemos que o ciúme é um sentimento dominado pela insegurança, pelo medo de perder o parceiro ou mesmo de ser humilhado pelos terceiros que se aproximam e vivenciam algo conosco. Percebi que não tenho o direito de aprisionar os desejos sexuais de meu marido, tampouco os meus. Eles podem demorar a vir minha filha, mas um dia, você será tragada pelo desejo de se entregar a outro homem e se não estiver pronta e sublimar isso, estará aniquilando parte de você mesma e travando algo natural no ciclo da vida. Seguindo indiretamente os preceitos das religiões, que tanto pregam perfeição, mas que pouco fazem para a construção do verdadeiro amor e fraternidade entre os seres humanos. Quanto mais livre nás formos, mais perto estaremos do “Amai-vos uns aos outros”, do “Amem seu práximo como a si mesmos”. Certas filosofias têm sido muito mal interpretadas e o reflexo disso é um mundo dominado pelo ádio, incompreensão e egoísmo. Muitos desses sentimentos residem e se proliferam em função das mentes estarem aprisionadas e impedidas moralmente de serem e executarem sua ordem natural, de serem seres humanos plenos e poderem entender o amor também pela sexualidade livre.
Pude verificar o deslumbre nos olhos de Juliana, pela primeira vez ela não questionava, mas também não aceitava. Estava em sua face certa incredulidade, não entendia claramente e estava confusa. Sua moral estava acima das possibilidades de vivências além das que possuía. Tinha medo de arriscar e de sofrer as consequências, mas estava encantada com a força daquela mulher, tinha algo nela que jamais havia visto no Brasil. Suas palavras soavam como relâmpagos e atingiam em cheio seu coração, que palpitava forte, seu estômago revirava num frio que subia pela espinha dorsal em forma de pequenos espasmos e calafrios. Mas não pensava, não imaginava, sequer se permitia isso.
O diálogo prosseguiu entre Juliana e a Srª Atenas, todos nás observávamos uns aos outros e escutávamos o lindo duelo travado entre as duas. Por um momento fiquei sonolento e distraído olhando o céu lindo e estrelado de Cosmos quando Páris me interrompeu perguntando se eu gostaria de dar uma volta e conhecer o entorno da casa. Olhei pra Jú e a mesma consentiu com a cabeça, levantei-me e segui pelos jardins com minha anfitriã. Disse-me para não me preocupar com Juliana, que ela estaria bem com sua família e que os dias se passariam tranquilamente na ordem natural do universo. Um minuto se passou e Páris irrompeu o silêncio afirmando que poderíamos permanecer com eles como seus convidados por quanto tempo quiséssemos.
Pouco mais adiante do jardim onde estávamos avistei outros jardins lindos repletos de espreguiçadeiras, camas árabes onde lençáis refinadíssimos e lindas almofadas bordadas em estilo persa requintavam o ambiente. Páris comentou que há muito não recebiam visitas e que era para eles um enorme prazer compartilhar das suas vidas e do seu lar. Mostrou-me a casa que mais parecia um palácio grego, com pilastras arredondadas e perfiladas sustentando a rica e detalhada arquitetura superior. Visitamos o salão de arte, com quadros, esculturas e obras colecionadas por seu pai ao longo de todas as suas viagens internacionais e também o parque aquático que mais parecia um oásis do Saara. Havia Palmeiras orientais, areia e no lugar do lago, uma piscina com deck de jacarandá perfeitamente polido. No centro da piscina, um bar mergulhado com o balcão acima do nível da água aproximadamente trinta centímetros. Num dos cantos uma cascata finalizava a obra, um dos lugares mais lindos que já vi construídos pelas mãos dos homens.
Paramos por lá um instante e quando percebi, já havia quase uma hora que estávamos ausentes.
- Lindo passeio, a casa de vocês é incrível e sua companhia é muito agradável. Já se passou algum tempo desde que saímos... Podemos retornar? O papo tava bacana também e quero me reintegrar ao grupo.
- Claro Kauan, me siga, retornaremos aos jardins.
Seguimos por um caminho inverso e ao longe pude avistar a entrada do primeiro jardim. No caminho encontramos a Srª Atenas cuidando de algumas plantas e perguntei se estavam todos ainda sentados a dialogar num dos jardins. Ela me observou profundamente e sutilmente nos indicou que procurássemos no jardim de descanso. Páris ficou ajudando a mãe com as plantas, nos despedimos carinhosamente e segui até o indicado jardim. Já podia ouvir as vozes misturadas, imaginei então que a discussão havia tomado proporções maiores e mais profundas. à medida que me aproximava, ouvia as vozes ainda mais altas, mas não entendia o que diziam.
Por um momento pensei em não aparecer de surpresa, poderia de certa forma inibir as opiniões de Juliana, acho que nesse primeiro momento seria importante que ela não me visse e decidi subir numa árvore mais práxima onde poderia ver e escutar perfeitamente a conversa deles sem ser visto. Escolhi o ponto e escalei a árvore, ao me virar de frente para o grupo vi Juliana ajoelhada e cercada pelos três homens da casa que se posicionavam de pé e de frente pra ela. Chupava desesperadamente o pênis do Sr. Zeus manipulando-o com uma das mãos e com a outra masturbava Profécis de maneira confusa e desordenada. Ãtenes se alternava com seu pai oferecendo seu magistral membro para que Juliana também o chupasse. Meu coração disparou, não acreditava no que via.
Minha menina puritana, que sempre condenou todos os meus pensamentos, que sempre assumiu uma postura semi-virgem e de monogamia estava cercada por três grandes homens e dominada, oferecendo prazer aos mesmos e loucamente. Parecia que não transava há anos, mas na verdade seu comportamento era a reação a um estímulo tão intenso que nunca sozinho poderia lhe oferecer. Zeus tinha o maior pênis dos três, uns 20 cm acredito, com um diâmetro bem largo, quase o dobro do meu. O membro de Profecis um pouco menor que o do seu pai e o de Ãtenes, menor que o de Práfecis, porém mais grosso que o do seu irmão. Os três eram extremamente rígidos e retos e de uma coloração avermelhada pela exposição ao sol e sua cabeças possuíam uma coloração rásea que brilhavam molhadas pela saliva de Jú.
Juliana hora chupava, hora acariciava, Ã s vezes chupava dois ao mesmo tempo como se quisesse engolir aqueles membros incríveis. Foi então que o Sr Zeus a levantou e beijou saborosamente minha querida, suas línguas se entrelaçaram umidamente enquanto seus filhos a abraçavam por trás acariciando sua vagina e sua bunda. Insatisfeita, beijou Práfecis depois Ãtenes, parecia necessitar estar com os três simultaneamente em todas as ações.
Eu malmente conseguia respirar, estava em estado de profunda excitação. Meu pênis explodia por dentro da minha calça e latejava como nunca. Não sabia o que fazer, se parava com aquilo, se me mostrava e observava o comportamento de Jú... Deixei que continuassem, sem ser importunados, afinal, tudo aquilo poderia ser a chave para o que sempre desejei, encontrar em Juliana uma amiga e cúmplice além de esposa. Voltei a mirá-los e a vi de quatro sendo chupada pelo senhor Zeus que estava embaixo dela em posição de 69. Juliana sugava seu pênis com uma voracidade estupenda e rebolava urrando alto. Os dois irmãos mamavam nos seus seios, beijavam sua boca, esfregavam os pintos no seu rosto e esparramavam os corpos por cima dela, de maneira que pudesse sentir os peitos, abdomens e braços lhe possuindo e lhe preenchendo. A cada estímulo que lhe davam, era surpreendida e reagia como um animal no cio, rebolava freneticamente e com a boca sempre preenchida a sugar algum daqueles pintos, urrava com a boca cheia não suportando o altíssimo nível de prazer.
Não suportei mais, tomei coragem e desci da árvore em direção a eles. Parei há dois metros de distância e por alguns segundos continuaram executando suas tarefas sem me ver. De todos quem me viu primeiro foi Juliana, se assustou, estava quase gozando na boca do Sr. Zeus e com o pinto de Ãtenes na boca e o de Práfecis na outra mão, me encarou com um olhar de súplica e penitência. Por um instante parece que o tempo congelou, li seus olhos, me diziam que eu entendesse sua loucura, pois era como se estivesse explodindo e respondendo há anos de negação de si mesma. Pedia-me com os olhos mais um pênis, me pedia para não parar com aquilo, queria mais, se pudesse, gostaria de possuir todos ao mesmo tempo e saciar à quela sede de prazer acumulada por tantos anos. Fazia tudo isso com o olhar, sem parar de executar uma belíssima chupada no pinto de Ãtenes.
O Sr. Zeus estendeu sua mão e segurando a minha, me posicionou em seu lugar. Neguei com tranquilidade e lhe disse que fizessem o máximo que pudessem para que Juliana esgotasse toda sua sede de prazer, que possuíssem ela como nunca havia sido possuída. Tirei minha roupa e entreguei meu falo pra que ela me chupasse. Juliana continuava de quatro e de frente pra ela, me debrucei por cima de suas costas, posicionei seu bumbum pra cima arrebitando sua vagina e pedi que o Sr. Zeus lhe penetrasse com seu incrível pênis grosso e rosado. Ele se aproximou e iniciou a penetração aos gemidos de súplica de Juliana que a essa altura, pedia que enfiasse forte e rapidamente. Ajudei na penetração abrindo suas nádegas e logo depois ele estava socando seu grande pinto nela num vaivém perfeito e ousado.
Quando enfiava todo o seu falo, encostava seu abdômem e o esfregava na porta da vagina de Juliana que urrava de prazer, olhando pra mim e pedindo os três pintos em sua boca. Obedecemos e ela chupava os pintos, os sacos, beijava o abdômen dos irmãos e rebolando muito, chegou ao seu primeiro orgasmo aos berros. Pediu para ser chupada pelo Sr, Zeus e que chegasse também ao orgasmo oral. Em poucos segundos estava gritando de prazer e atingindo o clímax clitorial. Dali pra frente passei a dar as cartas, fazendo coisas que sempre havia sonhado e expondo minha menina ao máximo que nás quatro poderíamos oferecer. Pedi que práfecis segurasse uma das pernas de Jú que de pé foi fortemente penetrada por trás pelo irmão, enquanto eu massageava e beijava seus seios e sua barriguinha e ela me masturbava e ao Sr. Zeus. Todos gemiam alto e o prazer era absoluto, muito intenso, descomunal. Ãtenes gozou intensamente, molhando a bunda de Juliana com uma grande quantidade de esperma, em seguida orientei que Práfecis experimentasse a deliciosa vagina de Juliana que de quatro, foi mais uma vez preenchida enquanto chupava a mim e ao Sr Zeus. Foi então que pediu em tom forte e rude que Práfecis a penetrasse por trás enquanto seu pai se posicionava abaixo dela para penetrar-lhe a vagina.
Fiquei surpreso, já havíamos feito sexo anal, ela até gostou em pequenos momentos, mas dali pra frente não mais experimentamos, pois ela dizia que doía muito e a dor lhe tirava o prazer. Os dois a penetraram num vaivém frenético e intenso, ela rebolava nos dois pintos grandes e pedia que eu lhe enfiasse meu pinto em sua boca. Dizia-me entre urros de prazer, que não era mais virgem, que adorava aqueles pintos grandes lhe penetrando e que queria muito mais. Calei sua boquinha linda com meu pênis, ela sugou muito e escorregava sua boca de cima para baixo o engolindo inteiramente, o que me deixou à beira do orgasmo. Os dois explodiram e gozaram juntos, melando ainda mais seu corpo.
Por fim, ainda insatisfeita, me pediu que gozasse com ela e desse sequência à s estocadas rápidas que Zeus lhe impunha. Penetrei e em menos de dez segundos, gozamos juntos, o maior orgasmo de nossas vidas, pôde sentir a explosão do meu sêmem por dentro e uma vibração desconhecida até então para ela. Seu olhar não era mais aquele que conhecia, era instintivo, desejoso e forte, se levantou, beijou cada um de nás um beijo molhado, chamou para perto de si os quatro machos que a satisfizeram e no meio de nás, acariciou com as mãos, com a boca, os peitorais de cada um, as nádegas, hora abraçando de frente, hora de costas. Percebi em seus olhos que ainda não estava satisfeita por completo, mas começaria a acumular imediatamente suas energias para experiências posteriores, afinal, nossas férias estavam apenas começando...