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Flávia estava longe da família há mais de um ano. Seguia o marido, que prestava serviços de prospecção de solos para uma multinacional. Uma oferta de trabalho irrecusável, surgida num momento delicado de suas vidas. Ele chegou em casa radiante com aquela notícia, contagiando com sua satisfação a ela e, mais tarde, aos seus parentes e amigos. Concordaram que a vida naquela cidadezinha poderia ser suportável. Além disso, era uma chance para recomeçar o casamento e, quem sabe, terem filhos, principal objetivo deles e, na opinião dela, a razão do desacerto na relação. O problema não era com ela, mas ele não admitia e se recusava a fazer exames especializados.
A mudança de ares foi agradável e excitante. A casa enorme, afastada do centro, rodeada por um jardim especialmente cultivado para recebê-los, era encantadora. Para completar um pomar nos fundos com árvores frutíferas, algumas desconhecidas e que geravam uma expectativa pelo fruto vindouro. Aqueles primeiros dias deram a entender que tinham tomado a decisão certa e que tudo se resolveria.
Mas as coisas não foram muito bem. Os dias corriam devagar e a espera diária pelo marido era um tormento. A casa tornava-se monstruosa na ausência dele, principalmente se precisava acampar por uma ou duas noites quando o lugar da pesquisa era de difícil acesso. Nessas ocasiões o medo por estar sozinha a invadia e choro era inevitável. Contrariando sua índole, começou a reclamar. A princípio, timidamente, mas à medida que sua solidão aumentava, não continha sua decepção pelo abandono e suas broncas tornaram-se iradas. Foi repreendida, acusada de impaciente e de querer estragar tudo.
Nesse dia, respirou fundo e resignou-se uma vez mais. Prometeu a si mesma que não o faria novamente, aguentaria firme, o tempo que fosse.
Passou a cuidar do jardim, do pomar e da pintura das paredes envelhecidas. Ocupações que, se não a satisfaziam plenamente, pelo menos lhe permitia ocupar o tempo e conhecer outras pessoas. Rapidamente tornou-se conhecida na cidade. Sua beleza sem igual naquelas paragens fez dela um alvo fácil de olhares admirados. Quando os notava, sorria envaidecida.
— Pelo menos isso...
-2-
— Nossa, dona Flávia, a senhora está sem sutiã?
— Ai, meu Deus. Tire os olhos daqui!
O moço viera entregar as compras que fizera no armazém e, como de costume, estava ajudando a guardá-las nos armários.
Sempre tivera cuidado ao se vestir para receber os entregadores. às vezes equivocava-se e os jovens aguçavam seus olhares. Com respeito, mas sem conseguirem disfarçar. Quando notava suas desatenções e descobria o motivo, tentava contornar. Muitas vezes era tarde, eles já tinham se deliciado.
Com Carlos, no entanto, relaxava. Conheceram-se no seu primeiro dia lá, pois tinha ido ao armazém do pai dele comprar umas poucas coisas de primeira necessidade. Sua gentileza ao atendê-la, o sorriso aberto e franco, os olhares furtivos... A encantaram. Passou a nutrir por ele uma admiração secreta que nem a si mesma admitia. Sempre o procurava quando queria explicações sobre algum produto e chegou a sugerir, de forma irrefletida, mas sutilmente, que suas entregas fossem feitas por ele.
O moço estava atônito vendo os seios tremulando sob tecido fino da regata. Fizera de propásito? Não sabia que viria a qualquer momento? As más línguas diziam que o seu casamento não ia bem porque não podiam ter filhos. Mas que importância tinha isso se ela era tão bonita? Sua cabeça jovem não atinava direito para o problema.
— Você continua olhando...
— Oh, meu Deus.
— Não fica com vergonha não?
Ele parou o que estava fazendo.
— Puxa vida, me deixe olhar.
— Deixar? Se não parar vou te jogar lá na rua.
— Não, por favor. Serei mais discreto.
— Mas vai continuar olhando.
— Você nem vai perceber.
— Ah, tá. Nem vou perceber!
Quis rir, mas pensou que o jovem ficaria mais atirado e conteve-se.
— Isso aqui vai aonde?
— Na parte de cima do armário. Suba na cadeira.
De lá a visão ficou melhor. Quando ela se aproximava para entregar-lhe alguma coisa os via quase totalmente. Já não conseguia disfarçar. Olhava para eles primeiro antes de pegar os objetos.
— Hoje não tem caixinha.
— Por quê?
— Você está bem pago.
Compreendeu e olhou ostensivamente para o colo dela.
— Ah, por isso? Quer saber? Prefiro assim.
Flávia riu, finalmente.
— Eles são tão bonitos!
— Mas se contente com o que viu, na práxima vez vou tomar mais cuidado.
— Ah, que pena...
Para desgosto dele, terminaram logo. Ela o acompanhou até a porta e não deu mesmo a caixinha de costume, apenas um sorriso. Geraldo não reclamou. Estava satisfeito.
-3-
Assim que fechou a porta e se sentiu segura Flávia deu uma risada nervosa. Não tinha colocado aquela camiseta com segundas intenções. Inclusive, no momento em que a campainha tocou pensou em trocá-la. Sá não o fez porque reconheceu a voz se anunciando. Considerava ter com ele alguma intimidade, mas sua atitude ao vê-la daquele jeito deixou-a ensimesmada. Os comentários foram inusitados.
Foi até o espelho no hall de entrada e admirou-se. Não havia tanta transparência como Carlos sugerira. Dobrou o corpo, como fizera na presença dele. Os seios desprotegidos empurraram o tecido para baixo, expondo-se generosamente.
— Ai, meu Deus, foi isso que ele viu.
Balançou a cabeça sorrindo ao lembrar-se de suas palavras. Sabia que exercia sobre ele uma atração que não conseguia disfarçar. Sua esmerada educação é que o fazia controlar-se. Mas não era isso que a seduzia cada vez mais?
— Hoje ele se excedeu...
Repetiu o gesto e concordou que eram tentadores.
— Coitado...
Sentiu o coração acelerar e lembrou-se que estava há várias semanas se sexo. Seu marido já não sentia mais tesão por eles. Nem se lembrava mais quando foi que praticaram uma “espanhola”. Parecia tão distante no tempo. Quando começaram a transar, dificilmente deixava de fazê-lo. Nem que fosse por um ou dois minutos.
Quis vê-los livres. Tirou a camiseta e balançou-os. Ainda estavam firmes. Apertou os bicos e os esticou até sentir dor. Excitou-se de forma inesperada. Sua vagina contraiu-se. Continuou o que estava fazendo com os seios.
Pensou no marido. Ia dar um ultimato para ele, que andava arredio. Tinham tantos problemas para resolver. Mas, e daí? O seu “problema” agora não podia esperar. Precisava de sexo com urgência sob pena de procurar alguém para fazê-lo. Riu daquela ideia insana. O rosto deslumbrado de Carlos veio em seu pensamento. Tinha ficado daquele jeito sá de ser uma parte dos seus seios, imagine se os visse assim.
Sua vagina continuava chamando sua atenção. Apertou-a por sobre a calça. Deliciou-se. Abriu a peça e enfiou a mão a sua procura. Encontrou-a úmida. Alisou-a até introduzir o dedo médio nela.
Suas pernas começaram a dar sinais de cansaço. Olhou para sofá. Deixou escapar um riso nervoso. Ficara indecisa, mas mantinha a penetração. Então se jogou de costas nele. Tirou as calças com pressa e continuou a se bolinar.
— Que delícia!
Estava um tanto surpresa, pois há tempos não fazia aquilo. Sá podia ser por causa do olhar inflamado do moço. Ainda era desejada! No ardor de seus movimentos pensou em recompensá-lo. Iria deixar que visse seus seios, quem sabe tocá-los. Qual seria sua reação? Teria um orgasmo?
— Ai, meu querido, olhe o que está fazendo comigo.
Sua vagina está encharcada com o líquido que saía dela. Já podia enfiar dois juntos, enquanto o polegar resvalava no clitáris. Sentia o orgasmo se aproximar.
Qual seria o tamanho do pênis dele? Caberia em sua boca? Naquela idade os homens ejaculavam com abundância. Teria que engolir aos poucos.
Gozou. Os olhos arregalados demonstravam o quanto estava surpreendida com a intensidade do orgasmo.
Quando a respiração normalizou, encolheu-se relaxada.
-4-
Dias depois, recatada, foi à s compras. Mais tarde, Carlos foi levar as mercadorias. O recebeu com a mesma roupa de horas antes, não quis se arriscar. Passara as últimas semanas com a consciência pesada. Sentia-se constrangida por ter se masturbado pensando nele. Tinha prometido a si mesma que iria se controlar. O moço não conseguiu disfarçar sua decepção.
— Hoje vou querer a caixinha...
Flávia não conteve uma gargalhada, tal a expressão do rapaz. Mas queria mostrar que o que acontecera da outra vez não passou de um descuido.
— Você não presta, sabia?
— O que sinto é sá admiração, sabia? — Retrucou.
— Pois é...
— É engraçado... Meu pai sempre me disse para respeitar as pessoas, principalmente os mais velhos e as mulheres casadas. Eu faço isso. Respeito todo mundo. Mas fico confuso em relação à senhora. Quando digo que te acho bonita, linda, a mais linda do mundo, estou faltando com o respeito?
— Ai, meu Deus, que conversa é essa?
— A senhora está ofendida comigo?
— Não.
— É a única coisa que não quero. Então me diga, sinceramente: quando digo que te admiro, que sonho em ter uma namorada igual à senhora, igualzinha, estou te magoando?
— Não é isso. O problema é que as pessoas estão de olho e o menor deslize é suficiente para falarem de nás. A minha reputação iria pelo ralo e, provavelmente, meu casamento.
— Mas não estamos fazendo nada de errado.
— Eu sei.
— Então não posso falar nada?
— Principalmente na frente dos outros.
Fez um instante de silêncio.
— Você comenta essa admiração com seus amigos?
— Digo apenas que estou apaixonado.
— Meu Deus! Sá isso?
— Mas eles pensam que é brincadeira. Porque sabem que é casada e que temos que respeitá-la. Assim, eles dão risada e a gente muda de assunto logo. Mas eu digo que gostaria de namorar uma mulher igual à senhora.
— Obrigada. Fico... Não sei o que dizer.
Outra vez uma breve pausa.
— Você tem namorada?
— Tenho, mas não chega nem perto da senhora.
— Ai, que exagero.
— É verdade.
— Olha aí um exemplo. Você acha certo namorar essa moça e ficar pensando em mim?
— Mas ela não sabe.
— Lágico. Você mente que é apaixonado por ela.
— Mas é diferente.
— Diferente como?
— Não sei explicar. Mas acho que no fundo da minha cabeça sei que a senhora é... Como posso falar?
— Inatingível?
— Isso! Por causa da idade, de ser casada, de não gostar de mim...
— Opa! Vamos com calma. Eu gosto de você.
— Eu sei. Mas estou falando em outro sentido.
— Ou seja, o que sente por mim é tesão. Não é isso?
Ele arregalou os olhos com a expressão usada.
— É isso, não é, dona Flávia?
— Claro que é.
— E te ofende saber o que sinto?
— Não, mas fico preocupada porque não posso fazer nada para te ajudar. Entende?
— Claro que sim.
— Que bom.
— Hoje, por exemplo, vou receber a caixinha de sempre, não é?
Ela riu, balançando a cabeça com simplicidade do seu raciocínio, pois estava pensando em sexo.
— Exatamente. Da outra vez foi puro descuido.
— Foi tão gostoso.
— Não posso ficar me expondo, seria desrespeito ao meu marido. Certo?
— Certo. Mas é uma pena...
— Bom, está na hora de ir embora, já demorou demais aqui.
— Mas nem terminamos!
— Pode deixar comigo.
— Tem certeza?
— Tenho.
— A senhora é quem sabe...
Ela o acompanhou até a saída e se despediu.
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Assim que se viu sozinha sorriu, desanimada. Tinha se controlado. Mas para quê? Continuava sem sexo! Seu marido não estava preocupado com isso. A lembrança de quando se masturbara veio perturbá-la.
— Hoje não.
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No encontro seguinte, não se viram no armazém porque ele tinha saído. Mas assim que voltou foi levar as coisas dela, antecipando em uma hora o de costume. Pegou-a de roupão, saindo do banho. Ela o atendeu apontando o rosto na porta entreaberta.
— Oi, querido, já?
Sentindo o coração disparado, retrucou.
— Me desculpe por isso, mas eu espero a senhora se trocar.
— Não, claro que não, entre. Vá trazendo as coisas para dentro.
Terminou de abrir a porta.
— Nossa! Como posso não me apaixonar.
— Pare com isso.
— Me desculpe de novo.
— Você gostaria que eu ficasse assim mesmo, não é?
— Faria isso por mim?
— E a caixinha?
— Não precisa.
— Não precisa? Você não presta, sabia?
Começou a carregar as caixas. Ela ficou o tempo todo preocupada em manter o roupão fechado. Dava para advinhar que estava nua por baixo. Completamente nua, será? Os olhos dele não perdiam um movimento sequer. Mas estava difícil ver alguma coisa.
Flávia acompanhava seus olhares e se excitava continuamente. Nos movimentos que fazia para segurar o roupão, apertava o bico do seio e arrepiava-se. Tentava adivinhar como estaria o pênis dele. Quem sabe, intumescido?
— Vou querer a caixinha, não é justo. Não vi nada.
— Mas não é para ver mesmo.
— Ai, que dureza. A senhora não tem dá de mim.
— Não tenho. Contente-se em ver meu rosto.
— E seus braços!
Finalmente, num movimento brusco, o roupão se enganchou no trinco da porta e abriu-se. O seio alvo, de bico rosado, delicado, surgiu. Alguns segundos, mas o suficiente para que o moço pudesse registrar seus detalhes.
— Ai, meu Deus, não olhe!
— Já olhei.
— Ai, meu Deus!
— Preciso me sentar um pouco... Minhas pernas estão moles.
— É melhor ir embora.
— Mas...
— Sem mas, nem meio mas. Pode ir.
Sem discutir, saiu rápido, levando a imagem do seio exposto.
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Flávia correu para o quarto e jogou-se cama. Seus dedos procuraram a vagina avidamente. Encontrou-a úmida. De olhos fechados e a respiração entrecortada, chamava por Carlos para conhecer sua intimidade. Invadi-la sem rodeios.
—- Aqui... Aqui... Põe aqui!
Não era isso que ele desejava? Deixaria que a possuísse totalmente.
Em poucos minutos chegava ao orgasmo. Abriu os olhos e a boca admirada. Então, virou-se de lado e pôs-se a rir incontrolavelmente.
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Na compra seguinte, Carlos não ficou na loja para atendê-la, nem foi fazer a entrega. Meio arrependido por ter feito isso, ficou apreensivo até o amigo voltar. Arquitetara o plano para saber como Flávia reagiria. Depois ficou se indagando para quê?
— A mulher perguntou por você.
— Você disse o quê?
— O que me pediu. Que estava doente.
— Certo.
— O que está acontecendo entre vocês?
— Nada. Ela casada.
— E daí. Parecia que estava preocupada de verdade.
— É mesmo?
— É.
Agora sá lhe restava esperar até o práximo encontro.
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Foi com um sorriso enorme que a viu caminhar em sua direção. Recebeu-a do mesmo jeito, aliviado.
— Sarou?
— Sim, obrigado.
— É você quem vai levar a compra para mim?
— Não vou te incomodar?
— Que é isso? Claro que não.
— Quer marcar hora?
— Por favor! Não precisa.
— Então, vou.
— Que bom.
Olhou-o com cenho franzido.
— Está acontecendo alguma coisa que não estou sabendo?
— Não, nada.
— Por que está fazendo essas perguntas?
— Porque não quero te chatear.
— Meu Deus, nem pense nisso. Adoro suas visitas.
— É mesmo?
— É. Você vai?
Ele não reprimiu um sorriso que denunciava sua satisfação.
— Claro que vou.
— Que bom!
E o deixou intrigado com a discretíssima piscadela que deixou escapar.
Foi, ansioso com nunca, algumas horas depois. Flávia o recebeu com um vestido sensual, um tanto folgado e que deixava notar os seios livres. O rapaz, que percebeu imediatamente, estacou e arregalou os olhos. Ela se antecipou.
— Não diga nada, por favor.
— Não?
— Não.
— Nem elogiar?
— Não.
Estava tensa, confusa, por permitir aquilo.
Carlos não fez nenhum comentário, apenas apreciou cada minuto do espetáculo que lhe era proporcionado. Analisou, com calma, os seios salientes que se insinuavam pelo tecido e que à s vezes, pareciam querer saltar para fora. E, ainda, as coxas grossas, lisas, completando o quadro da mulher maravilhosa que sempre imaginara.
Quando foi acompanhá-lo até a porta, quebrou o silêncio.
— Não fique abusado depois hoje, hem?
— Não... De jeito nenhum. Não se preocupe.
— Vou acreditar.
Na intenção de segurar a porta, Flávia colocou o braço sobre o peito.
— Deixe-me vê-los mais um pouco...
— Não. Já viu demais. Você não tirou os olhos deles.
— Como poderia ser diferente?
— Ai, meu Deus...
— Por favor...
— Não queria me arrepender.
— Mas a senhora confia em mim, senão não teria colocado esse vestido.
Ela riu. Era verdade o que o rapaz dizia: confiava nele.
O telefone tocou, assustando-os.
— Ai, meu Deus... Quem será?
Correu para atendê-lo. Pensou no marido e se preocupou.
Era uma amiga. Aliviada, sorriu para o moço, que aguardava curioso. A conversa seria demorada. Pôs a mão no fone.
— Se quiser, pode ir embora.
— Posso ficar te olhando?
Ela riu com o pedido e deu de ombros. Não lhe custava nada permitir que o rapaz se deleitasse mais pouco.
Ele se aproximou de uma poltrona.
— Sente aqui...
O telefone sem fio permitiu que o atendesse. Carlos sentou-se no sofá em frente, a um metro dela. Tentava ver entre suas pernas. Fez um gesto para as abrisse. Ela entendeu e retrucou que não. Pediu que as cruzasse, ela o fez. Suas coxas ficaram à mostra. Ficou longos minutos apreciando-as. Flávia as descruzou. Nesse instante, Carlos ficou uma mancha escura lá no fundo. Seriam os pêlos pubianos?
— Está sem calcinha? –- Mimicou.
Pedindo um minuto para a amiga, tampou o bocal e riu para ele.
— Claro que estou com calcinha.
— Pensei que tivesse visto...
Cruzou outra vez as pernas e voltou ao telefone. Notou que Carlos tinha se esquecido dos seus seios. Descruzou-as e apoiou os cotovelos nos joelhos, mostrando-os para ele. Apontou-os como se dizendo: olhe para eles.
Pouco depois despediu-se da amiga e recostou-se.
— Chega, né? Já viu o suficiente para se masturbar por um mês.
— Você está judiando de mim.
Pensou em dizer-lhe que ele é que estava acabando com ela. Assim que saísse iria ter o maior orgasmo da sua vida. Sentia que sua vagina estava esperando ser bolinada.
— Não vou te mostrar mais nada.
Levantaram-se quase ao mesmo tempo.
— Por favor.
Carlos estendeu a mão na direção dos seios e seus bicos eriçados. O fez lentamente, dando-lhe tempo para reagir. Flávia segurou-as e o impediu de fato. Mas, sem se conter, ficou com elas entre as suas, enquanto o arrastava até Ã porta. Era a primeira vez que suas mãos permaneciam juntas por tanto tempo.
— É sá para olhar. Nem pense em me tocar. Certo?
— E você ainda diz que não está judiando de mim.
— Deixe de ser ganancioso. É o máximo que posso fazer por você. Por falar nisso, é melhor ir embora. Se alguém viu seu carro chegar deve estar pensando que deu tempo para ter acontecido alguma coisa aqui. Você não quer me prejudicar, não é?
— Claro que não.
— Então vá.
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Ainda sentia o calor da mão dele quando levou a mão ao sexo úmido.
— Está me tocando por tabela.
O gozo veio mais cedo naquela tarde.
-11-
Na sexta-feira, no meio da tarde, o telefone tocou.
— Oi, é o Carlos...
O sangue dela acelerou, estava pensando nele.
— Oi, Carlos. O que aconteceu?
— Soube que seu marido viajou...
— Ah, não acredito. As notícias correm mesmo por aqui, não é?
— Foi por acaso que soube.
— Mas, e daí? Por que está perguntando?
— Porque queria te fazer uma visita.
Flávia sentiu a vagina se contrair.
— Agora?
— Sim...
— É arriscado. Alguém pode te ver entrar... O carro na porta...
— Vou a pé. Ninguém vai me ver.
— Tem certeza?
— Tenho.
— Não sei, não.
— Você põe aquele roupão.
— Que safado!
— Seria maravilhoso.
— Sem nada por baixo?
— Melhor ainda.
— E fácil... Seria sá abrir e me pegar...
— Heim?
Tinha falado baixinho.
— Nada...
— Então?
Flávia ficou uns segundos pensando naquela aventura. Poderia recebê-lo como fazia sempre. Por que não? Se alguém o visse entrar pensaria que viera trazer alguma coisa.
— Está bem, pode vir. Mas nada de roupão, vou te esperar como estou agora.
Vestia calça jeans e camiseta. Olhou-se no espelho do quarto e achou que o rapaz merecia uma visão melhor. Seu coração estava acelerado, também queria se mostrar. Pôs-se nua e acariciou-se antevendo os fatos. Decidiu pôr um vestido, mas sem nada por baixo.
Admirou o resultado. Não estaria muito à mostra. Inclinou-se e viu os seios com os bicos rosados.
— Ele vai adorar.
Pouco depois a campainha tocou. Recebeu-o com o melhor dos seus sorrisos.
— Você está linda...
— Obrigada. Você é muito gentil.
Sentaram-se frente a frente nos sofás. Os olhos dele percorreram-na.
— O que está tentando ver? A minha calcinha? Não vai vê-la.
— Ah, está começando a me maltratar.
Flávia levantou-se.
— Vou preparar um suco para nás.
— Posso te acompanhar?
— Claro. Vem...
Foram até a cozinha.
— Esse vestido é legal, dá a impressão que não tem nada por baixo.
— Heim!?
— Ou será que é isso mesmo?
Ela fez um esforço enorme para não rir.
— Você acha que iria te receber sem nada por baixo?
— Quem sabe está mudando de idéia e vai me deixar ver mais.
Tinha terminado o suco. Serviu-o devagar, pensativa.
— Adoraria me ver nua, não é?
— Muito.
— E transar comigo?
— Nossa! Você toparia?
— Claro que não! Sá estou brincando. Já pensou se fico grávida?
— Você não transa com seu marido?
— Esse é o problema... Faz tanto tempo não faço nada...
— Nada?
— É. Nada de nada.
— Como pode? Se você é tão bonita, tão gostosa! Todos os caras do armazém fariam qualquer coisa para transar com você.
— Pois é, mas quem pode não faz questão.
— Estranho.
Carlos ficou em silêncio um instante.
— Você tem mau hálito?
Flávia surpreendeu-se.
— Como assim? Não. Você sentiu alguma vez?
— Nunca. Mas, também, nunca cheguei tão perto de você.
Flávia soprou na mão em concha e levou-a ao nariz. Estava normal. Mas a pergunta a deixou preocupada.
— Quer experimentar?
— Como?
Aproximou-se e começou a falar com os lábios quase tocando os dele.
— Sinta. Será que teria vontade de me beijar? Ou o cheiro da minha boca não é agradável e você faria isso sá uma vez?
Carlos aproximou-se mais ao responder.
— Se pudesse beijá-la...
— Estou perguntado do meu hálito.
— É delicioso. Com certeza não é esse o seu problema. E o meu?
— É gostoso.
Beijaram-se. Ficaram unidos por mais de um minuto, alternando as posições dos rostos. Até que a mão dele começou a subir por entre as pernas meio abertas...
— Opa! Aonde pensa que vai com essa mão?
Tentava impedi-lo, mas num jogo de pernas, o moço fez com ela ficasse de costas para ele. Agarrando o seu sexo e forçou as nádegas contra seu pênis. Flavia sentiu o volume e arrepiou-se. Ainda tentou se desvencilhar, mas ele pegou-lhe pelos seios, grudou-se em suas costas e mordeu-lhe, delicadamente, a nuca. Um arrepio mais forte atravessou o corpo dela. O rapaz mostrava-se disposto a tê-la. Parou de lutar. Resfolegava.
— Querido, vamos com calma...
Ele afrouxou o abraço. Ela virou-se. As bocas práximas de novo quase se tocavam.
— Não podemos fazer isso.
— Por que não?
— Você tem camisinha?
— Não.
— Então. Estou no meu período fértil. É arriscado.
— Você não tem nenhuma aqui?
— Não.
Beijou-o para fazê-lo calar. Outra vez a intensidade do beijo foi crescendo. As mãos dele apertavam as nádegas macias e a puxava contra o pênis endurecido. Percebendo, Flávia começou a movimentar-se de tal forma a esfregar seu clitáris no volume pronunciado. Sentia que não era pequeno. Poderia gozar assim. Quem sabe ele também o faria e se acalmaria para poderem conversar melhor?
Mas o moço queria mais. Logo percebeu que ela estava sem calcinha. Arregalou os olhos com a descoberta e sentiu que a mulher estava entregue. Pegou-lhe pela mão e a levou ao pênis que explodia.
— Olhe como está...
— Mas eu não posso deixar você... Me comer... Já te falei. Nossa , como ele está duro!
— Vai explodir.
— Coitado...
— Faça alguma coisa!
— Mas... O que?
— Me deixe comer a sua bunda.
— Nem pensar. Não estou preparada e ia morrer de vergonha. Nem camisinha você tem.
— Não acredito!
— Ai, meu Deus, não devia ter deixado você vir.
Ofereceu-lhe a boca novamente. Ele começou a afrouxar as calças, deixando o pau livre. Fez com que ela o pegasse. Ao sentir o volume, parou o beijo para examiná-lo.
— Nossa! O que é isso?
Fascinada, ajoelhou-se para admirá-lo de perto. Deu-lhe um beijo. Depois vários outros. Viu o líquido que saía e o sugou diretamente fazendo um biquinho com os lábios. Finalmente o abocanhou. Arrepiou-se longamente ao senti-lo preencher sua boca e tocar sua garganta. Não parou mais. Chupava com força enquanto o segurava pela base e, movimentando a cabeça, o fazia entrar e sair. Gemia sem parar. Sabia que o rapaz gozaria logo.
Pouco depois sentiu a explosão e o gosto do esperma espalhar-se por sua boca. Satisfeita, foi engolindo o que era ejaculado.
Continuou sugando até senti-lo exaurido. Então, se levantou.
— Satisfeito?
Estava, claramente, constrangida. Evitou encará-lo. Não estava acostumada a fazer aquilo nem com o marido.
— Está arrependida?
— Não...
— Então, vem me dar um beijo.
Puxou-a pelas mãos.
— Mas você acabou de...
— De gozar na sua boca?
— É...
— O gosto te incomoda?
— Nem um pouco...
Se não tivessem colado as bocas, teria completado: pelo contrário, me excita!
Como agora, ao sentir o beijo intenso. Sabia que sua vagina estava úmida, pronta para recebê-lo, mas era verdade quanto ao medo de se engravidar. O que fizera para aliviá-lo tinha sido o melhor negácio. Ainda sentia o gosto que ficara impregnado e que estava repartindo com Carlos.
— Agora é a minha vez de chupá-la.
— Não precisa...
— Mas eu quero. Você não quer?
— Não precisa...
— Estou perguntando se você quer?
— Quero...
— E depois você vai me beijar?
— Vou...
Carlos levou a mão entre as pernas dela e tateou seu sexo. Encontrou a entrada da vagina e introduziu-lhe o dedo médio. Flávia fechou os olhos e gemeu. Estava ansiosa por ser tocada daquela forma. Quando se masturbava, era nisso que pensava.
De repente o dedo estava entre suas bocas. Sentiu o práprio cheiro. Viu os olhos do moço abrirem-se com a expectativa de sua reação. Não hesitou, começou a lambê-lo. Carlos fez o mesmo. De vez em quando seus lábios tocavam.
Carlos ajoelhou-se. Flávia apoiou o pé numa cadeira e abriu-se para ser chupada. Há quanto tempo não lhe faziam aquilo. E o moço estava guloso. Sugava com força, mas sem exagero. Percorria todas as partes expostas, demorando mais tempo no clitáris. Causava espanto por ser tão jovem. Teria aprendido com quem? Era realmente hábil ou era ela que estava necessitada demais?
Suas pernas tremiam quando gozou. Gemia e resfolegava alto. Sem nem mesmo perceber apertou o rosto dele contra si, sufocando-o.
Então foi ao chão. Recostou-se na parede, com as pernas estiradas e abertas, ofegante.
— Meu Deus, você acabou comigo. Nunca gozei tão forte na minha vida!
— É mesmo?
— Juro.
— Vamos fazer outra vez?
— Outra vez? Não, não. Eu não aguento!
— Tudo bem. Vamos descansar um pouco...
-12-
Pouco depois ela se levantou para tomar o suco que ainda tinha. Serviu-lhe também. Enquanto saboreavam em silêncio, Carlos se aproximou e abraçou-a por trás, beijando-lhe a nuca. Flávia arrepiou-se ao sentir-se agarrada daquela forma. O beijo, o abraço e contato do volume que forçava suas nádegas reavivaram seu fogo. Sorriu surpresa com facilidade que acontecera. O rapaz merecia um pouco mais...
— Você está animado.
— Muito.
— Quer comer a minha bunda?
— Heim?
— Quer comer a minha bunda?
— Jura?
— Quer?
— Você deixará mesmo?
— Assim, não corro o risco de engravidar.
— Vou poder morrer depois disso.
— Mas não aqui em casa, por favor.
Apertaram-se como se para selar o acordo.
— Preciso me preparar.
— Se preparar? O que vai fazer?
— Vou me lavar e lubrificar. Tenho todos os aparelhos aí...
— Ah, é? Quer dizer que faz isso sempre?
— Não quero dizer nada, nem pense nisso. Você quer ou não?
— Claro que sim. Já falei que sim.
— Então, vá lá para a sala ver um pouco de TV.
Carlos caminhou devagar, não acreditando no que ia acontecer.
-13-
Algum tempo depois, ela surgiu com uma camisola curta que valorizava as coxas grossas. O cabelo solto completava o ar sedutor. Não que estivesse se esforçando para isso, pelo contrário, continuava tímida. Decidida, mas tímida.
Ele foi ao seu encontro.
— Você está linda!
Abraçaram-se e, depois, um beijo longo.
— Venha comigo...
Foram ao banheiro e ela pediu que ele se encostasse na parede.
— Eu é que vou comandar.
Carlos colocou o pênis em riste. Flávia se debruçou sobre a pia, levantou a camisola e expôs a bunda lisa.
— Que espetáculo! — Balbuciou o moço.
Ela riu, satisfeita. Sabia que aquela seria sua reação.
— Põe nele... Sá na portinha...
Quando sentiu que estava na posição certa, começou a empurrar o quadril para trás, forçando a entrada. A lubrificação permitiu que a cabeça entrasse de primeira, mas a espessura do mastro invasor a fez gemer de dor e quase se arrepender. Parou de respirar um instante e afastou-se dele.
— Não, por favor!
— Calma, querido...
Sorriu-lhe, pelo espelho.
— Não quero me machucar.
Voltou a encostar-se nele, que posicionou a cabeça no orifício outra vez. Assim que o sentiu no lugar, Flávia empurrou o corpo devagar contra ele. A situação se repetiu, mas ela não se afastou. Deu um tempo para que o esfíncter se acostumasse. Sabia que aquele era o pior momento.
Respirava ruidosamente e se concentrava na dor localizada. Sabia que em alguns instantes amainaria. Empurrou mais um pouco e o sentiu abrindo espaço lá dentro. Parou para respirar. Agora era apenas um incômodo. Animou-se. Iniciou um movimento para fazê-lo entrar e sair.
Seu rosto congestionado começava a dar sinais de alívio.
Finalmente encostou as nádegas no púbis do rapaz. Sorriu para ele. Já não sentia mais dor, nem mesmo o incômodo.
— Você está inteiro dentro de mim.
— Acho que vou gozar...
Flávia voltou a se movimentar. Fazia suas nádegas chocarem-se nele, provocando barulho. Carlos apenas se apoiava nas suas ancas. Compreendeu que ela o estava masturbando como nunca imaginou que pudesse acontecer. As curvas do corpo que batia no seu era estonteantes, mas a atitude dela era o que o fascinava.
Gozou como um vulcão. Não resistiu e a agarrou contra si, querendo entrar ainda mais enquanto ejaculava.
Flávia arrepiou-se. Imaginou seu interior esbranquiçado com o esperma despejado.
-14-
Ficaram parados uns instantes se recuperando. As pernas dele começaram a fraquejar. Arrastando-a junto, sentou-se no vaso.
— Ai, que bom...
Estava sentada no mastro que ainda não tinha amolecido por completo.
— Quer que eu saia daqui?
— Não... Fique aí...
— Deixe-me sentir como meu cuzinho está.
Movimentou-se para fazê-lo sair um pouco. Meio amolecido, o pênis exaurido escorregou para fora. Ela aproveitou para ficar de pé e mexer as pernas.
— O seu esperma está saindo de mim!
O líquido branco começava a correr pelas suas pernas. Imediatamente, Carlos separou-lhe as nádegas para observar.
— Quero ver...
Flávia debruçou-se outra vez na pia para facilitar sua visão. Seu ânus já tinha se recomposto. Sorrindo, começou a movimentar os músculos do reto para expulsar um pouco mais. O semblante do moço, estupefato, lhe fazia sorrir com satisfação. Não se lembrava de quando fora a última vez que causara tanto impacto em um homem. Antes de conhecê-lo acreditava que tinha perdido todo seu encanto. Que aqueles olhares insistentes do sexo oposto eram coisas do passado.
O rapaz estava encantado vendo o líquido ser expelido. Ele nem imaginava quantas brincadeiras sexuais já tinha feito com seus parceiros, mais até que com seu marido. Este, coitado, aprendeu muitas coisas com ela.
Enquanto esperava pelo fim do deleite do rapaz, lembrou-se de algumas loucuras que beiraram o arrependimento. Da caverna escura, do alto da árvore, do fundo do mar...
Viu que o amante estava se bolinando.
— Será? – Pensou, duvidando que endureceria novamente em tão pouco tempo.
Carlos estava hipnotizado com o que via e, sem perceber, mexia no membro adormecido. Este começou a reagir. Flávia o acompanhava, incrédula. Ao mesmo tempo, ansiosa e excitada.
O rapaz se levantou, ela não se mexeu. Continuou apoiada com os cotovelos na pia e com as pernas levemente abertas. Carlos se posicionou entre elas e colocou o pau intumescido no orifício ainda úmido. Empurrou, ele entortou. Tentou de novo. Agora conseguiu que a cabeça entrasse. Flávia gemeu, mas não reclamou. Ele insistiu. Tirava e punha. A resistência lhe favorável porque fazia de pênis reagir e logo conseguiu mantê-lo lá dentro. Respirou fundo.
— Como é gostoso!
Começou um vai-e-vem frenético, arrancando da mulher gritos histéricos de dor e prazer. Não queria que parasse, mas temia por ferimentos no reto. O rapaz estava cada vez mais rude e se não gozasse logo faria um estrago no seu traseiro.
Não durou muito sua angústia. Foi agarrada com mais força e os estertores dele denunciavam que tinha gozado mais uma vez. Tentou rir da situação, mas de satisfação, por ter permitido ao amante um orgasmo tão intenso.
-15-
Ficaram mais alguns instantes naquela posição.
— Nossa! – Ouviu o moço exclamar.
— Nossa, digo eu! Que fogo!
Ele saiu dela e sentou-se no vaso. Flávia, meio cambaleante, abriu o box e foi tomar um banho.
— Use a ducha que está do seu lado para se lavar... – Sugeriu a ele.
-16-
Estavam juntos há quase duas horas. A noite não tardava e, pela primeira vez, Flávia se preocupou com a presença tão longa dele. Abriu a porta do box para pegar a tolha.
— É melhor você ir embora.
— Por quê?
— Alguém pode ter te visto entrar e estranhar tanta demora.
— Posso te garantir que ninguém me viu entrar aqui.
Ela o encarou. E deu de ombros.
— Por que é que estou preocupada? – Pensou.
Vestiu o roupão antes sair. Fora, soltou os cabelos.
— Como pode ser tão bonita?
— Que exagero.
Não sorrira com o elogio.
— É verdade!
— É o tesão que faz você ver tanta beleza. Vamos ver até quando vai me achar tão bonita assim.
— Você se acha feia?
— Feia, não. Normal.
— Está enganada. Não tem, nesta cidade, mulher mais bonita que você.
— Ai, meu Deus...
Quis mudar de assunto, pois não se sentia bem com elogios. Até porque sua beleza não estava lhe ajudando em nada sua vida atual.
— Está com fome?
— Um pouco.
— Vou preparar um lanche para nás...
-17-
Mais tarde foram à sala e ligaram a TV. Ele sentou-se ao lado dela no sofá e a puxou para o seu peito. Flávia gostou da atitude e se deixou levar. Esticou as pernas e se aconchegou nele. Precisava mesmo de carinhos. Era a única coisa que lhe fazia falta. Por isso, talvez, a ansiedade para ter filhos.
Ofereceu os lábios para um beijo e o prolongou por vários minutos.
— Você pode dormir aqui hoje?
— Hoje não. Não teria como justificar lá em casa. Mas, amanhã posso inventar um baile na cidade vizinha.
— E você quer dormir comigo?
— Está falando sério?
— Claro que estou. Talvez nunca mais possa fazer isso com você. E sinto que gosta de mim de verdade. Quero que se lembre de mim para resto de sua vida.
— Não sei o que dizer.
— Sobre?
— Sobre tudo isso. Mas adoraria passar a noite com você. Acordar de madrugada e te fazer carinho...
— Que bom...
Voltaram a se beijar. A mão dele invadiu o roupão que se abria e alcançou um seio túrgido. Flávia gemeu com a carícia suave. Separou-se um centímetro para poder falar.
— O que gostaria de fazer comigo ou que eu fizesse com você?
— Não sei... Está tão bom assim.
— Não tem nenhuma fantasia?
— Eu tinha...
— De comer a minha bunda.
— Isso eu nem sonhava.
— É mesmo?
— Foi além do que podia imaginar.
— O que queria fazer comigo?
— Te beijar.
— Me beijar? Sá isso?
— Sua boca, seus dentes, seu sorriso... São demais!
— Você foi além: gozou nela!
— E te beijei em seguida.
— Foi maravilhoso.
Outra vez se beijaram longamente. Ele continuava bolinando os seios macios. Apertando, de vez em quando, os bicos eriçados.
— Posso fazer um strip-tease para você.
Carlos sorriu e abriu o roupão para olhar os seios por inteiro. Ela, delicadamente, o fechou.
— Amanhã.
— Não vamos fazer mais nada hoje?
— Não. Quero que guarde o seu fogo para amanhã. Se vier mesmo passar a noite, vai ter tempo para acabar com ele.
— Meu Deus! É claro que virei!
Ela riu com a ênfase usada. Carlos levantou o dedo como se tivesse se lembrado de algo.
— Tem uma coisa que gostaria de fazer.
— O que? – Ela se remexeu.
— Gostaria de ver o meu gozo dentro da sua boca.
— Antes de engolir?
— Sim.
— Não tem problema. Adorei chupar você. Adorei o seu gosto.
Deu-lhe um beijo rápido.
— E antes de gozar podemos fazer uma espanhola...
Mais um beijo.
— Engraçado...
— O que?
— Você não manifestou desejo de pôr nela.
Sua mão pousou no práprio sexo, sobre o tecido.
— Você me pôs medo.
— É verdade. Mas se trouxer camisinha... Você compra?
— Quantas?
— Uma ou duas. Ou três! Nunca é perdido...
— Pode deixar.
— Mas não vai gozar na camisinha. É sá para se lembrar que me comeu de todas as maneiras.
— Pode deixar.
— Você está espantado, não é?
— Encantado. Nunca poderia imaginar. Eu sá queria um beijo...
— E eu estou me entregando toda!
— Exatamente.
— Aproveite, querido. Sá isso. Entende?
— Sim...
-18-
O sábado transcorreu normalmente. Ela acordou tarde, como de costume, limpou a casa, almoçou e saiu à s compras. Mas não foi ao armazém. Comprou algumas lingeries. Estava ansiosa pela noite que combinara.
à noite tomou um banho demorado, depilou-se cuidadosamente, fez um enema e, por fim, preparou um jantar leve. Antes da hora marcada estava pronta. As oito, Carlos chegou. Estava tenso também. Flávia percebeu e sorriu.
— Acalme-se.
— Estou calmo.
— Não está não, está preocupado. Vem cá...
Abraçou e beijou-o nos lábios com carinho. Pegou sua mão e colocou-a contra o seio.
— Para quebrar o gelo...
Finalmente o rapaz sorriu. Brincou com o seio macio, enquanto a beijava.
— Está mais tranquilo agora?
— Estou.
— Preparei um jantar para nás...
— Puxa, não sabia... Já jantei.
— Tudo bem, não tem problema. Você me acompanha?
— Claro...
Foram para a copa onde a mesa estava preparada e comeram. Ele, na verdade, apenas beliscou e tomou o suco oferecido. Não conseguia desviar os olhos dos seios mal sustentados pelo tecido fino do vestido.
Conversaram o tempo todo. Ela quis saber dele, de sua vida, de seus estudos, mas falou pouco de si. Conseguia desviar a conversa com maestria.
No final, com a ajuda dele, retirou a mesa e foi escovar os dentes. Pediu que ele fizesse o mesmo. Tinha deixado uma escova disponível.
Voltaram para a sala e ligaram a TV. Sentados no sofá, Flávia aconchegou-se em seus braços. Beijaram-se. A mão do livre do moço procurou os seios tão desejados. Acarinhou-os. Bolinou-os, arrancando de Flávia leves gemidos. Ela gostava de ser tocada assim.
Quando movimentou as pernas suas coxas chamaram a atenção. Ele largou o que estava fazendo e foi em busca do que havia entre elas. Enfiou os dedos sob a calcinha e alcançou a vulva. Com poucas tentativas encontrou a entrada vagina, já umedecida. Adentrou-lhe o dedo com facilidade. Flavia gemeu mais forte.
— Trouxe as camisinhas?
— Trouxe.
— Que bom. Ela está precisando ser comida...
— É mesmo?
— Faz meses que não sei o que é isso. Estou quase fechada outra vez.
— Vou tentar resolver isso.
— Vai tentar, não. Vai pôr nela e me fazer gozar!
Voltaram a se beijar intensamente. A excitação tomava conta de ambos. Flávia tirou a calcinha com a ajuda dele que, sem pestanejar, posicionou-se entre as pernas abertas e meteu-lhe a boca com gosto. Sugou de todas formas possíveis, com todas a intensidades. Flávia pensou que ia gozar ali, mas ele deu sinais de cansaço.
— Vem aqui para eu pôr a camisinha nele.
Carlos tirou a roupa e pôs o pé no sofá, sobre ela, que continuava deitada. Aproximou o pênis da boca que se abria. Foi engolido com avidez. Começou a sugá-lo com vontade, enquanto gemia de prazer.
De repente, parou.
— Não vai gozar ainda, tá? Cadê a camisinha?
Ele teve que se afastar para pegá-la. Flávia abriu o inválucro e, habilmente, colocou-lhe. Notou que tinha amolecido um pouco. Voltou a chupá-lo do jeito que estava. Queria ser penetrada com ele completamente duro.
— Agora... Põe nela...
Para facilitar arrastou uma almofada para baixo dos seus quadris e abriu as pernas. Carlos penetrou-a devagar, indo e vindo, para adentrar com jeito. Ela arregalou os olhos quando a invasão se fez. Sentia os púbis se tocarem.
— Que delícia!
Ele começou a se movimentar, ela fechou os olhos, satisfeita.
— Ai, há quanto tempo não sinto isso!
Depois de uns minutos, deu outra ordem.
— Vamos para o tapete... Ou melhor, vamos para minha cama...
Puxando-o pela mão conduziu-o ao quarto. A cama estava arrumada, mas sá tinha um travesseiro. Flávia puxou a colcha. O lençol salmão, combinando com a fronha, estava impecável.
Deitou-se lado e levantou a perna.
— Põe em mim assim, nessa posição...
Carlos ajoelhou-se entre as pernas nas dela e penetrou-a, formando a letra X. Era o que Flavia queria, pois assim podia pressionar e esfregar seu clitáris na coxa dele. Além do mais, o pau dele adentrava-lhe mais profundamente.
Começaram a movimentar-se ao mesmo tempo. às vezes se desencontravam e ela perdia a frequência.
— Por favor, fique um pouquinho parado...
Ele obedeceu. Flávia começou a se esfregar nele e fazê-lo entrar e sair. Pedro estava boquiaberto com a destreza dela.
Seus gemidos foram intensificando, o gozo estava por vir. Então, gritou e mordeu o travesseiro, enquanto tentava controlar a respiração.
Começou a rir descontrolada.
— Você gozou... – Carlos comentou, um tanto surpreso.
— Ô. E como!
— Fiquei o tempo todo pensando que não conseguiria fazer isso.
— Não se preocupe, já te falei. Faça do jeito que te pedir e deixe comigo...
— Certo...
Ela se mexeu e ele saiu.
— Não quer sentir o gosto do meu gozo?
— Chupar você?
— Saborear. Está fresquinho... Quer dizer, quentinho.
Flávia ajeitou-se no travesseiro e manteve as pernas abertas. Ele deitou de bruços e aproximou o rosto do sexo avermelhado. Abriu os grandes lábios, viu a entrada da vagina que se refazia e o líquido que começava a escorrer. Como usara camisinha, aquilo era tudo dela. Começou a lamber com calma, receoso. Porém, gostou do sabor, do cheiro... Sugou, finalmente, com prazer.
Ela passou a gemer, enquanto acariciava os cabelos dele.
Quando se cansou, levantou a cabeça e a encarou.
— Gostou do meu gosto?
— Adorei... — Fez uma cara de carente. — Preciso gozar, senão vou explodir...
— Ô, coitado! E eu pensando sá em mim. Como quer fazer?
Ficou pensativo.
— Se quiser gozar nela tem que ser de camisinha...
— Queria gozar na sua bunda...
— De novo? Você gostou dela, não é?
— Muito. É muito gostosa!
— Quer que eu fique de quatro?
— Sim...
— Ou de bruços?
— De bruços...
Ela virou-se com ele queria. A visão era estonteante.
— Vem que eu te ajudo...
Separou as nádegas, expondo o pequeno orifício.
— Tirou a camisinha?
Carlos tinha se esquecido dela. Tirou-a com pressa. Ajeitou-se sobre as coxas e colocou o pau duro no lugar certo. Pressionou e sentiu que adentrava sem muita resistência. Precisou recomeçar umas duas ou três vezes e logo estava atolado nela.
Flávia abraçou o travesseiro com força. Sentia o reto alargado, mas sabia que aquele desconforto logo passaria. Respirou fundo e esperou.
Enquanto isso, o amante começava a se mexer, fazendo o falo entrar e sair. O choque com as nádegas macias, aliado ao aperto que sentia no pênis, aumentava sua excitação de forma crescente. Aumentou o ritmo, arrancando de Flávia gemidos mais longos, mais altos.
Eram quase gritos agora. Ele acelerou ainda mais para gozar. Urrou de prazer ao despejar tudo que podia dentro dela.
Estavam ambos ofegantes, satisfeitos.
Carlos estirou-se sobre o corpo amolecido. Ela o agarrou pela nádega, para que não saísse do seu interior, e virou-se de lado, obrigando-o a fazer o mesmo. Carlos respirava o perfume de sua nuca. Ficaram em silêncio, de olhos fechados...
-19-
— Você vai mesmo ficar a noite toda?
— Sim. Até amanhã cedo.
— Que bom. Vamos aproveitar cada minuto.
— Ele está “caídão” agora.
Ela riu e virou-se para ele.
— Você continua preocupado. Quando disse que iríamos aproveitar, não estava pensando que ele tem que ficar duro o tempo todo. A cada vez que goza demora mais para se recuperar. Mas não há pressa, eu não estou com pressa. Adoro a sua companhia, conversar com você, te beijar...
— É mesmo?
— É. Você tem a boca gostosa, seu beijo é gostoso.
— É bom saber disso.
— Seu brinquedinho também é gostoso.
Agarrou-o com carinho.
— Adorei chupá-lo.
— Adorei chupar você também.
— É mesmo? Gostou do meu gosto?
— Muito.
— Sou capaz de gozar na sua boca. Acredita?
— Como? Se eu chupar você?
— Também. Mas tem outras formas...
Olhou para o membro que acordava em sua mão.
— Tem gente que está levantando!
Riram.
— Vai lavá-lo... Quero brincar com ele.
— Precisa?
— Sim, querido. Você o colocou na minha bunda, esqueceu?
Enquanto isso, ela pegou uma toalha higiênica no criado mudo e limpou entre as nádegas o líquido que saía. Depois estendeu a peça na cama e ajoelhou-se sobre ela para que o resto do gozo tivesse onde cair. Contraía os músculos internos para expeli-lo. Não demorou muito para começar a pingar no tecido.
Carlos a pegou nessa posição.
— O que está fazendo?
— Você está saindo de mim. Quer ver?
Ele jogou-se na cama a tempo ver o fio que saía dela.
— Ai, meu Deus, vou empurrar para dentro de novo.
Disse isso enquanto a impelia a ficar de quatro.
— Não! Agora não. Senão você vai ter que lavá-lo outra vez.
— Tudo bem por mim. Deixa, vai!
Ela riu, concordando.
— Tudo bem, então. Aproveite...
Posicionou-se de quatro e dobrou a toalha que perdera a finalidade. Ele aninhou-se entre suas pernas dobradas e colocou o pau, completamente endurecido, no orifício exposto. Empurrou com força. Flávia arregalou os olhos ao sentir a invasão sem escrúpulos. Sentiu o ar faltar e um arrepio, que atravessou seu corpo.
— Calma, você vai me arregaçar assim!
Ele se fez de surdo e começou um vai-e-vem frenético. Tirava quase tudo para enfiá-lo de uma vez. Flávia começou a gemer alto. Estava preocupada. Até onde ele iria com aquela fúria?
No entanto, seu corpo resistiu bem e ela se tranquilizou. Apenas torcendo para que gozasse logo.
Carlos não estava acreditando que aquela bunda estava à sua disposição. Chocava-se contra ela cada vez mais forte. Sentia a maciez contra seu púbis. Reparou nas costas lisas, sem manchas; nos cabelos claros que escorriam pelo ombros e que ela, de vez em quando, colocava atrás da orelha. Era inútil, logo caíam pelos movimentos bruscos que era obrigada a fazer.
O gozo veio sem controle. Agarrou-a pelas ancas e empurrou tudo que pôde para ejacular o mais fundo possível.
Então saiu dela e caiu de costas na cama, ofegante. Aliviada, Flávia tornou a pegar a toalha e, ficando de joelhos, esperou que mais esse gozo saísse dela.
Olhou-o com desejo.
— Que fúria! Pensei que não fosse aguentar!
— Já vi que você aguenta qualquer coisa...
— Menos apanhar. Não faça isso, tá legal?
— Claro. Não estava pensando nisso.
— Ótimo. Pode fazer comigo qualquer outra coisa que desejar.
— Meu Deus, acho que estou sonhando.
-20-
Permaneceram dormitando por um longo tempo.
Flávia acordou antes dele. Já passava da meia-noite. Analisou-o com carinho. O pênis jazia tombado sobre a virilha. Nem assim era pequeno. Riu. Não podia ter arrumado um amante melhor. Sentiu vontade de despertá-lo chupando-lhe o pau. Iria adorar, com certeza. Mas lembrou-se do acontecido e que estava impráprio para beijos. Suspirou. Então, levantou-se com cuidado para preparar alguma coisa para comerem. Pensou num chá.
— Será que ele vai gostar?
Ainda dormia quando voltou com a bandeja. Sentou-se na cama, ele se mexeu.
— Posso acender a luz?
— O que foi?
— Nada. Fiz um chá com bolachas para nás. Você gosta?
— Gosto. Estou faminto mesmo...
Comeram em silêncio.
— Nossa! Já é tão tarde?
— Pois é. Dormimos demais...
Terminaram o desejum.
— Estava uma delícia.
— Obrigada.
Flávia levantou-se para levar as coisas para a cozinha.
— Aproveite para lavá-lo...
— Precisa mesmo?
— Se quiser que eu dê uns beijos nele...
Saiu. Carlos levantou-se rapidinho e foi atender-lhe o pedido. Quando voltou a se deitar, seu pênis já ficara intumescido apenas com a expectativa do ia acontecer.
Flávia voltou logo. Excitada ao vê-lo daquele jeito, apagou a luz, despiu-se com calma e ajoelhou-se entre as pernas do amante. Suas mãos pequenas envolveram-no. Massageou-o demoradamente, fazendo com que endurecesse ainda mais. Então o beijou e o lambeu inúmeras vezes. Quando o abocanhou, Carlos pensou que fosse gozar. Foi por pouco. A boca quente engoliu o pau por inteiro. Como poderia ter feito isso? Ergueu o corpo para ver melhor. Os lábios tocavam seu púbis, enquanto pressionava para que entrasse mais. Arregalou os olhos e jogou-se volta no travesseiro para apreciar melhor.
Flávia sabia fazer aquilo. Suas peripécias demoraram. Controlava o gozo com maestria. E sorria ao vê-lo se contorcer.
Finalmente decidiu concluir seu trabalho. Enquanto a mão esquerda massageava o escroto delicadamente a outra subia e descia pelo mastro, enquanto sugava com força a cabeça. De vez em quando o engolia todo para lubrificá-lo.
O gozo veio numa explosão. Pôde senti-lo subir pelo pau e esguichar em sua boca. Se pudesse se tocar, Flávia teria tido um orgasmo também, tal era a sua excitação. Adorava o que estava fazendo. Realizava-se apenas com o prazer que provocava nos seus homens.
Não foi deglutindo o sêmen aos poucos, esperou que os jatos terminassem. Com a boca cheia, foi espalhando-o com a língua. Era como gostava de saborear o esperma. Ainda tentou tirar do pênis mais alguma coisa. Sentindo-se satisfeita, engoliu tudo de uma vez.
E continuou suas brincadeiras até vê-lo completamente arriado.
-21-
Acordaram com a claridade entrando pela janela.
— Bom dia, querido.
— Bom dia.
— Dormiu bem?
— Desmaiei...
Ela riu.
— Eu também.
Olhou para o relágio.
— Você precisa ir embora.
— Eu sei. É uma pena.
— Está satisfeito?
— Muito.
Carlos começou a sair da cama.
— Já vai?
— Preciso fazer xixi...
— Ah. Eu também.
— Quer ir primeiro?
— Não, pode ir.
Quando voltou, ela foi. Vestia um roupão de seda que delineava seu corpo. Como podia ser tão apetitosa?
Ao voltar viu que ele estava bolinando o pênis e que este começava a reagir.
— O que é isso? Está com segundas intenções para comigo?
— Está disposta?
— Estou sempre disposta.
Despiu-se e posicionou-se ao lado do amante. Esticou-se para pegar um preservativo no criado-mudo. Depois de aberto o inválucro, começou a beijar o falo para prepará-lo. Quando estava endurecido, ameaçou vesti-lo, quando parou, e passando a perna sobre o moço, começou a esfregar o pênis desprotegido na vulva.
— Vou deixar você entrar assim, sá um pouquinho, para se lembrar que fez isso.
Remexeu-se para consegui-lo. Logo sentia que estava inteiro dentro de sua vagina. Permaneceu um instante sentada.
— Sá um minuto, tá? Não goze...
Subiu e desceu o corpo para fazê-lo entrar e sair.
— Que delícia! Iria adorar se pudesse gozar nela.
— Eu também!
— Mas não pode.
Saiu de cima dele.
— É melhor não arriscar...
Colocou-lhe o preservativo e sentou-se novamente nele. Voltou a se movimentar.
— Agora, sim. Pode gozar.
Carlos esticou os braços e agarrou-lhe os seios que balançavam. Tão macios, tão delicados! Apertou os bicos. Depois os puxou. Flávia gemeu. Gostava daquilo. Aumentou o ritmo. Sentiu que o moço estava práximo do orgasmo. Agarrava seus seios, mas com delicadeza apesar disso. Urrou quando aconteceu. Ela riu, satisfeita...
-22-
Saiu de cima dele e posicionou-se entre as pernas aberta. Com cuidado, tirou a camisinha. Analisou o conteúdo.
Carlos mal conseguia levantar a cabeça.
— Quase morri...
Flávia riu de novo. Viu o pênis tombado, mas ainda intumescido. Seu coração acelerou com a idéia que teve. Virou o preservativo e fez com o conteúdo escorre sobre o falo. Começou a lambê-lo freneticamente.
— Não acredito!
Nem ouviu o que Carlos falou. Sua língua agia sem parar. Em poucos minutos tinha secado todo ele. Por fim, abocanhou e o sugou para finalizar.
-23-
Um pouco mais tarde, acompanhou o jovem amante até Ã porta.
— Espero que não tenha problema em casa.
— Não se preocupe.
Parou um instante.
— E o seu marido? Quando volta?
— Nunca mais.
— Como?
— Não volta mais. Estamos nos divorciando.
— Está brincando?
— Não, estou falando sério.
— Por que não me disse antes?
— Mudaria alguma coisa?
— Acho que não.
— Na verdade, tive medo que sabendo que não era mais casada você perdesse o interesse por mim.
— De jeito nenhum. Nunca me preocupei com isso.
— Bom, vá para casa e pense. Agora você pode vir aqui quando quiser.
— Jura?
— Juro. Pelo menos até eu ir embora.
— Ir embora? Está brincando...
— Não. Vou embora daqui a umas três ou quatro semanas.
Ele estava boquiaberto. Ela sorriu. Abriu o roupão para mostrar que estava nua.
— Até lá, se quiser aproveitar, estarei sempre pronta para te receber...