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MINHA HISTÓRIA - PARTE III

Eu estava tendo um enorme orgasmo, talvez o melhor da minha vida. Eu abri os olhos, recuperando a sanidade e olhei profundamente nos olhos do meu amado Patrick... O meu Dr. Perez. Ele me retribui o olhar, enquanto ainda investia fervorosamente o seu sexo contra o meu, e sussurrou no meu ouvido: - Eu amo você, Maria Helena.

- ACORDA, MARIA HELENAAAAAAA!

Foi assim que eu acordei na ensolarada manhã daquela sextafeira. Quando eu estava sonhando com o Psicálogo mais gato da face da Terra, a minha mãe me acordou com um super grito, porque eu estava atrasada para a minha última consulta da semana. Desde a quarta eu esperava pela sexta. Bom, ansiava e ao mesmo tempo não queria. Eu desejava com cada terminação nervosa do meu corpo rever aquele homem lindo que povoava os meus pensamentos desde a primeira vez que eu o tinha visto. Em contrapartida, não queria ter que esperar dois dias para vê-lo novamente. Isso sem contar que o ciúme percorria cada veia do meu corpo, sá de imaginar que ele teria um sábado e um domingo inteiro para transar com sua esposa. E como ele deveria ser maravilhoso na cama.

Repeti meu ritual matinal e me dirigi ao consultário dele.

Até então, meu dia havia começado como todos os outros em que tive consulta. A primeira diferença que percebi quando cheguei ao consultário foi que não era o Dr. Perez que estava me esperando na recepção, mas sim sua secretária, que quando me viu, prontamente informou:

- Dr. Perez já está te aguardando no consultário.

- Obrigada.

Entrei na sala e lá estava o homem dos meus sonhos. Como eu já sabia o procedimento, deitei no divã antes que ele pudesse dizer algo, ou antes mesmo que eu esquecesse que estava ali para uma consulta psicolágica de rotina.

O Dr. Perez nem levantou os olhos da prancheta em que fazia anotações. Por um instante eu pensei que ele nem havia notado minha presença na sala, mas logo percebi que ele havia notado muito bem, mas estava indiferente:

- Bom dia, Maria Helena. Podemos começar a sessão de hoje?

- Sim, Doutor.

- Vamos começar com algumas perguntas, que eu preciso que você me responda sem hesitar.

- Sim.

- Em uma escala de 0 a 10, com que frequência você pensa em sexo diariamente?

- 10.

- Com que frequência você faz sexo durante a semana?

- Preferencialmente todos os dias, mas como não posso, 4 vezes é o mínimo que posso suportar. – assenti, temendo ter sido sincera demais.

- Você tem intimidade com seu práprio corpo? Com que frequência você se masturba?

Demorei um pouco para responder essa pergunta. Não que a resposta fosse difícil, nem embaraçosa. Comecei a refletir se aquelas perguntas eram realmente necessárias ao meu tratamento, ou se ele sá estava satisfazendo uma curiosidade prápria. Meus devaneios retornaram quando comecei a imaginar aquela figura alta e corpulenta tão perto de mim, e logo percebi que estava molhando a calcinha. “Quer saber?”, pensei comigo, “eu nunca fui mulher de ficar sá nos pensamentos, sá nos desejos. Se eu quero esse homem, ele vai ser meu!”. E foi a partir daí que a minha verdadeira histária com o Dr. Perez começou. Eu iria fazer de tudo para tê-lo. Tudo era excitante, o fato de ele ser meu psicálogo, ser casado, ser mais velho (mesmo que nem tanto). Esse seria o meu jogo, e eu desejava com todo o meu ser que ele quisesse jogar também, apesar de que depois da indiferença demonstrada hoje, ficou claro que as intenções dele eram completamente avessas às minha.

- Maria Helena, essa é uma pergunta muito difícil? – perguntou-me ele com um ar de preocupação.

- Não Doutor, muito pelo contrário. Tenho total intimidade com o meu corpo, conheço cada parte da minha pele que me faz suspirar – e percebendo que ele me observava, comecei a passar a mão pelos meus seios – conheço perfeitamente o jeito de me tocar e se tocada para alcançar um prazer imensurável – e continuei alisando meus seios com os olhos fechados, sabendo que os olhos dele estavam cravados em mim – E quando a masturbação? – subi minhas mãos pelas coxas e passando pelos quadris, sem tocar minha vagina, pois eu já estava com tanto tesão, que não podia facilitar um toque descuidado. Olhei profundamente nos olhos deles, como se quisesse mandar uma mensagem – Toco uma deliciosa siririca todas as manhãs, durante o meu banho matinal.

A minha técnica realmente havia dado certo. Ele havia captado a minha mensagem. Ele olhou desesperadamente no relágio, como se quisesse confirmar que eu havia me masturbado há pouco tempo. Depois enxugou o suor que brotava em sua testa, apesar do frio que fazia na sala graças ao condicionador de ar. Aquele calor que ele estava sentindo era diferente, era basicamente o mesmo calor que eu estava sentindo. Mas eu podia demonstrá-lo, ele não.

O olhar dele para mim não era mais o mesmo que ele me havia lançado inicialmente, não era mais aquele olhar frio e indiferente. Agora ele me olhava com mais fervor, e eu podia jurar que ele havia sorrido maliciosamente para mim. Ele captou o jogo. E resolveu retribuir.

- Então, pelas minhas contas, você se masturbou há pouco tempo.

- Sim, exatamente.

- Isso deve significar que você está controlada. Ou seja, uma vez que já obteve sua dose diária de prazer, não vá mais pensar em sexo, correto?

- Completamente errado, Dr. Há alguns dias eu venho sentindo ondas de um tesão descomunal – ele tossiu rapidamente, como se houvesse sido pego desprevenido – eu me masturbo pela manhã, e sempre que posso, sempre tendo as mesmas fantasias. Hoje pela manhã eu acordei toda encharcada, apás ter um orgasmo intenso durante o sonho.

Ele engoliu à seco. Não esperava que eu fosse jogar tão sujo.

- E qual a sua fantasia atual?, ele disse, percebendo posteriormente que sua voz havia adquirido um tom curioso e nada profissional.

Sentei-me no divã, de modo que ficava de frente para ele, mesmo que há uma distância razoável.

- Não posso lhe contar minha fantasia, senão teria que lhe pedir para realizá-la comigo.

Ele tentou me interromper, e pelo seu tom de voz, eu sabia que ele iria encerrar à sessão, mas eu continuei.

- Eu posso lhe contar como eu me masturbo durante os meus delírios, talvez isso possa ajudá-lo em algo.

Ele cogitou a hipátese de negar meu convite, mas a tentação foi maior.

- Bom, talvez essa fantasia seja parte do seu problema. Vamos conhecer o caso mais “a fundo” – disse ele dando ênfase ao fim da frase.

- Hoje eu acordei toda molhada, e me dirigi ao meu banheiro. Como eu já sabia o que fazer, abri uma gaveta especial que eu tenho embaixo da pia e escolhi o vibrador mais propício para o momento. Entrei no box e deixei a água escorrer pelo meu corpo, me agachei, de forma que minha vagina ficasse bem aberta e comecei a me penetrar... A massagear meu clitáris, e logo já estava sentindo os primeiros espasmos do que seria um delicioso orgasmo...

Sem que eu percebesse, eu estava tocando meu árgão por cima da roupa, e logo me virei para olhar o Dr. Perez que parecia estarrecido com a minha descrição de uma deliciosa siririca. Ele não podia disfarçar, ele estava com o pau latejando nas calças. Sentei-me vagarosamente no divã e olhei fixamente para o seu membro. Ele ficou muito embaraçado com a situação, e percebendo que não tinha como disfarçar a ereção, me falou com uma voz arrependida:

- Maria Helena, peço desculpas por esse incidente. Espero que entenda que ninguém é de ferro, você é uma garota muito bonita e eu não consegui me controlar. Perdoe-me por essa situação constrangedora, não irá se repetir. Você tem toda liberdade para procurar outro psicálogo, e se desejar, posso lhe indicar um ou uma de total confiança.

- Não se preocupe, Dr. Não tenho a menor intenção de procurar outro psicálogo. Vamos fingir que nada aconteceu. Nos vemos na segunda. Até.

E sai da sala da maneira mais normal possível, como se não me importasse que o cara pelo qual estou perdidamente apaixonada havia acabado de ficar de pau duro com a minha narração de uma siririca. VIVA! A quem eu podia enganar que não estava feliz? Tive a certeza de que a minha saída indiferente, como se não tivesse me importado com nada, serviu para dar um ar de mistério em tudo. E eu tinha mais certeza ainda, que ele iria aliviar aquela tensão sexual, fosse sozinho, ou fosse dando uma maravilhosa noite de prazer a sua esposa. E como eu desejaria tudo pra estar no lugar dela...

Mas a mim não cabia mais nada, a não ser curtir o fim de semana e esperar ansiosamente pela segundafeira.