Paola chegou dos Estados unidos e fomos buscá-la no aeroporto. Que bom tê-la de volta conosco. Nossa casa tinha perdido um pouco do brilho sem ela.
Fizemos muita festa na sua chegada e por um bom período contávamos nossas experiências. Renata disse a Paola que teria adorado conhecer seus amigos Mark e Kelly, mas nunca deu certo poder ir encontrá-la nos EEUU. Paola disse que passou mais um fim de semana na casa da Kelly e eles se divertiram bastante. Disse-nos que se desse certo eles um dia viriam nos visitar no Brasil.
De nossa parte contamos que a vida prosseguia sem muitas novidades, mas que tínhamos conhecido mais casais do grupinho da Val e do Edílson, e que se formara um grupo muito bacana.
- Eu quero conhecê-los, disse Paola.
- Não vai faltar oportunidade acho até que eles estão planejando um fim de semana na fazenda de um destes casais.
- Que legal. Mas eles são como a gente?
- Claro que sim, porque se não fossem nás não compartilharíamos com eles nossos momentos mais íntimos. E você, Paola, namorou muito nos States?
- Eu estudei muito, mas conheci algumas pessoas legais. Mas os americanos são muito caretas de uma maneira geral. Eu ainda prefiro os brasileiros.
- Lá também não conheci outras pessoas que tenham uma vida “desencanada” como nás. Ou são certinhos e caretas, ou são depravados, exatamente como aqui.
Naquela noite fizemos sexo a três e foi maravilhoso nos sentirmos novamente gozando juntos.
Sabia que Paola gostava de poesia e resolvi começar um jogo com ela sem que ela soubesse. Eu sabia que ela usava um chat de sexo e entrei usando um “nick name”. Consegui prender sua atenção e começamos a nos corresponder. Falei de mim, de minhas idéias, de minha idade e de poesia. Ela foi se ligando e crescendo o seu interesse em mim, apesar da diferença de idade que ela dizia não ter significado real para ela.
Um dia eu lhe mandei um e-mail somente com estas palavras:
Quem ri quando goza
É poesia
Até quando é prosa.
Alice Ruiz
Ela me respondeu:
- Que coincidência, porque quando gozava seus gemidos se misturavam a risadinhas nervosas.
Passado mais um dia ela me respondeu:
Enquanto segues em frente,
Deito-me maliciosamente em teu leito,
Sentindo o teu corpo quente:
Diante das tuas mãos tudo aceito...
Roubas meus seios da minha roupa,
Acariciando-os com intensos beijos,
Deixando-me completamente louca,
Abrindo-se para ti a Flor dos meus Desejos...
Sou sá desejo, sou toda tua...
Beijo-te inteiro com sofreguidão,
Enquanto deixas-me inteiramente nua,
Provocando em meu corpo espasmos e gemidos,
Embalos com lambidas de tesão
Até nos tornarmos um sá em todos os sentidos...!
Ana C. Pozza
Mais alguns dias e respondi:
Sugar e ser sugado pelo amor
no mesmo instante boca milvalente
o corpo dois em um o gozo pleno
que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar e ser chupado
no mesmo espasmo é tudo boca boca boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.
Carlos Drummond de Andrade
Paola me respondeu:
Não sabia que Carlos Drummond de Andrade escrevia este tipo de poesia, mas o mais importante é que encontrei em você alguém que me entende e fala a minha alma.
Será que um dia
encontro alguém
que ame poesia
e vá além,
odeie hipocrisia.
Será que eu acho,
quem adore se divertir,
quem goste de sair
mas, diacho!
Não encontrei ainda.
Apenas sonhei
com alguém
que vai me completar
alem
de me fazer gozar.
Alguém que tenha
a minha senha,
a chave perdida
em algum lugar
da minha vida.
Liz Christine
Eu estava amando esta correspondência e Paola um dia me contou que tinha encontrado alguém pela internet com quem se identificava muito. Estava até pensando em encontra-lo. Conversei com ela para que se certificasse bem antes de se expor, mas ela estava muito atraída por esta pessoa.
Escrevi-lhe então:
Na curva perigosa dos cinquenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não sabe como é feita: amor
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais indefeso, corpo! Corpo, corpo, corpo
verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama
Carlos Drummond de Andrade
A resposta não tardou:
Ela é uma mulher que goza
celestial sublime
isso a torna perigosa
e você não pode nada contra o crime
dela ser uma mulher que goza
você pode persegui-la, ameaçá-la
tachá-la, matá-la se quiser
retalhar seu corpo, deixá-lo exposto
pra servir de exemplo.
É inútil. Ela agora pode resistir
ao mais feroz dos tempos
à ira, ao pior julgamento
repara, ela renasce e brota nova rosa
Atravessou a histária
foi queimada viva, acusada
desceu ao fundo dos infernos
e já não teme nada
retorna inteira, maior, mais larga
absolutamente poderoa
Bruna Lombardi
Resolvi então ir mais fundo, provoca-la mais ainda:
Mulheres minhas, infiéis, adoro amá-las:
Vêem meu olho em sua pelve embutido
E têm de encobrir o ventre já enchido
(Como dá gozo assim observá-las).
Na boca ainda o sabor do outro homem
Ela é forçada a dar-me tesão viva
Com essa boca a rir para mim lasciva
Outro caralho ainda no frio abdámen!
Enquanto a contemplo, quieto e alheio
Do prato do seu gozo comendo os restos
Esgana no peito o sexo, com seus gestos
Ao escrever os versos, ainda eu estava cheio!
(O gozo ia eu pagar de forma extrema
Se as amantes lessem este poema.)
Bertold Brecht
Ela aceitou a provocação e respondeu:
Gosto de tirar a roupa
E sentir o teu caralho duro
E me sentir uma puta
Enchendo de prazer a minha boca
Pronta para ser abusada
Deixando-me louca de tesão
Penetrada, amada
Enquanto vou sendo beijada com sofreguidão&
Tonta de tesão e dor.
Gosto de tirar a roupa
Virar-me de costas
E sentir as tuas mãos me envolvendo
E oferecer-me por inteiro
O teu dedo no meu cuzinho
Pedindo sorrateira
A tua língua na minha pombinha
A tua entrada no meu trazeiro.
E a minha boca no teu pau.
Gosto de tirar a roupa
E me sentir lambuzada
E de gritar como uma maluca
Inteiramente desejada
Com o prazer doidivanas
Pronta para comer
Que tu provocas no meu corpo
E ser comida&
Quando entras em mim ereto
Gosto de tirar a roupa
Abrir as minhas pernas
E ser obscena
E ficar te sacaneando
Ser a tua pequena
Oferecendo a minha vagina quente
Ser a tua tarada
Cheia de vontade de ficar molhada.
Sempre pronta para tirar a roupa.
Ana C. Pozza
Eu estava surpreso e excitado com este lado poético e obsceno da Paola . Escrevi de novo:
Epigrama (La Fontain)
Amar, foder: uma união
De prazeres que não separo.
A volúpia e os prazeres são
O que a alma possui de mais raro
Caralho, cona e corações
Juntam-se em doces efusões
Que os crentes censuram, os loucos.
Reflete nisto, oh minha amada:
Amar sem foder é pouco,
Foder sem amar não é nada.
A resposta veio rápida e mais provocadora ainda:
Minha vontade
Minha vontade...
de estar dentro de ti...
num momento somente para perder-se assim
O calor invadindo nás dois...
antes, durante e depois
Vontade de sentir o gosto...
do teu corpo no meu...
da tua língua a me conhecer...
sempre, até o amanhecer
Desejo de fazer loucuras...
minhas mãos nuas a te procurar...
minha boca quente sempre a te sugar
De nada mais ouvir...
a não ser nossos gemidos de prazer...
na mais louca vontade de querer
Sinto tua vontade sim...
de fazer amor num pedido...
de ficar em mim escondida
Enquanto entre línguas...
bocas... suores... tremores...
descobertas... tu aberta...
recebendo este gozo latente...
guardado ficará na mente...
para que momentos mais tarde...
você deseje novamente...
iniciar tudo outra vez...
descobrindo coisas que somente a gente fez
Escrevi a Paola dizendo que não suportava mais continuar sem conhecê-la. Estava escrevendo pela última vez, e sá voltaria a escrever se nás nos encontrássemos. Que ela poderia determinar quando, onde ir acompanhada, como quisesse, mas que não suportava mais não conhece-la.
Nossos corpos se abraçam,
as mãos se entrelaçam.
Nos olhos o desejo,
nas bocas que se unem
a ânsia dos beijos.
A respiração se entrecorta.
Minhas mãos acariciam seu corpo,
que responde ao meu
em busca da posse.
Meus seios, nas suas mãos,
duas taças que transbordam
o vinho do prazer.
Suas mãos, as minhas..
caminham entre nossas pernas,
buscando passagens secretas.
A fenda que umedece, se abre,
recebe o falo ereto
que penetra, mete, arremete,
se inunda de louco prazer...
Minha voz num sussurro,
tenta eliminar seu cansaço...
Sua fronte no meu colo pousa,
serena, em descaso...
Minhas mãos,
Qual plumas,
passeiam ávidas pelo teu corpo...
Minha boca te acaricia
e no mais profundo
do teu ser... Vem amparar teu gozo.
Sempre e mais, nos debatemos
nesse desejo louco,
que cresce, entumece, alaga e
despe nossas almas
e nos faz feliz, por ora...
Com tão pouco!
Uma semana depois recebi esta proposta:
“Restaurante Le Trouquet, sexta feira às 20:00 no bar. Estarei com um vestido vermelho”.
Cheguei antes dela neste restaurante de Campinas e fui para um canto isolado não visível do bar, mas visível por mim, e esperei por ela.
Ela entrou discreta, mas linda. Os cabelos soltos e apenas um batom discreto nos lábios. Sentou-se a bar e ficou aguardando a chegada do seu poético correspondente.
Chamei o garçom e pedi-lhe entregasse para aquela moça vestida de vermelho um bilhetinho.
Se você ainda acredita que:
Quem ri quando goza
É poesia
Até quando é prosa,
Peça o garçom para te trazer até minha mesa.
Paola falou com o garçom que indicou a posição da minha mesa. Ela veio caminhando e quando me viu ficou estática.
- Rafael é você?
- Sim, sou eu querida? Acho que te desapontei.
- Rafael, que lindo de tua parte. Eu adorei a surpresa. Eu não teria nunca imaginado que você me faria esta surpresa.
- Posso convidar esta linda mulher para jantar?
- Pode me convidar para tudo.
Jantamos e rimos muito do acontecido. Mais no final do jantar falei:
- Paola, se você tivesse encontrado uma outra pessoa no meu lugar, o que gostaria que acontecesse? Paola Pensou um pouco e disse.
- Gostaria que ele fosse exatamente como se apresentou nas poesias.
- E você teve atração por ele?
- Tive.
- Teve vontade de fazer sexo com ele?
- Tive, muita.
- Porque não faz então?
- Estava mesmo esperando o seu convite.
- Posso te propor uma novidade?
- Outra...?
- Vamos para um motel?
- Eu adoraria ir para um motel com o meu poeta...
Fomos para um motel na saída da cidade. Entramos no apartamento, sentei-me numa poltrona e pedi a Paola:
- Tire tua roupa que eu quero vê-la nua refletida nos espelhos deste motel.
Paola tirou toda a roupa permanecendo somente com o sapato de salto alto e as meias. Seu corpo refletia em todos os espelhos. Ela estava maravilhosa. Nunca desejei tanto comê-la. Ela veio então até mim, passou as pernas por sobre as minhas e sentou no meu colo. Colou seu rosto ao meu e sussurrou no meu ouvido:
- Me come como nunca você comeu uma mulher. Eu quero dar para você até amanhã. Quero esvaziar você dentro de mim.
Eu me despi e fomos para a cama. Beijei seu corpo todo como na primeira vez. Minha língua chegou a sua bucetinha encharcada e seu corpo já começou a se contorcer. Fui sobre ela e coloquei meu pau na entrada da sua grutinha. Meu pau estava enorme, duro como uma estaca. As veias saltavam e a cabeça proeminente e grande brilhava com o líquido que saia da sua ponte.
Enfiei de uma vez sá, como nunca tinha feito, e deixei que nossos corpos se tornassem um sá.
- Ahhhhhh! Foi o que ouvi da Paola.
Desta vez passei rapidamente a estocá-la com energia. Virei ela de barriga ara baixo, mas com o corpo esticado. Voltei a encaixar meu pau na sua buceta. Que lindo aquela visão do seu corpo sob meu, com a bunda sendo aberta pelas minhas mãos e vendo meu pau que entrava e saia da sua grutinha. Fui aumentando o ritmo. Paola arfava e gemia com o rosto enterrado n travesseiro. Anunciei o gozo e gozei por sobre sua bunda. Paola gozou junto antes que eu tirasse o meu pau de dentro dela. Via minha porra escorrendo para entre suas nádegas e cai por cima dela.
Meu pau não quis ceder. A fantasia tinha provocado uma excitação indescritível.
- Paola, eu quero te foder de novo.
- Me fode, me fode muito, me fode até não aguentarmos mais.
Ainda por cima dela eu volte a lubrificar o meu pau com os sucos da sua buceta e encaixei a cabeça no seu anelzinho rosado.
Paola facilitou colocando o travesseiro por baixo da pélvis e expondo o cuzinho. Fui deixando que ela o engolisse até que senti milhas bolas tocarem a sua bunda.
- Rafael, hoje eu quero que você me foda o cú de todos os jeitos. Quero que esta tua picona tire o resto das pregas que ainda existirem.
- Vou mesmo Paola, vou te foder o cú como nunca te foderam.
Comecei a meter e acelerar. Paola gemia e dava gritinhos de tesão. Em determinado momento ela me colocou deitado de costas e sentou literalmente sobre mim enterrando completamente o meu pau no seu cú. Agora era ela que me fodia.
- Isso, agora sou eu que vou te foder com me cú. E passei a gemer de prazer.
- Isto geme meu putinho, geme que eu quero te fuder hoje com o meu cú até você não aguentar.
Ela saiu de cima de mim e de “quatro” me pediu com a cara mais safada do mundo:
- Vem fode meu cuzinho como macho. Eu jantei com o poeta, mas agora quero um macho que não tenha dá de me fuder, de não deixar uma prega no meu cú.
Não sei mais descrever o que se passou, mas passei a fudê-la como um louco. Quanto mais fudia aquele cuzinho mais ela gritava. Nossos corpos refletiam nos espelhos e o clímax chegou numa explosão de gemidos e gritos de prazer.
Desta vez descarreguei toda a porra que acumulei durante quase uma hora que ficamos nos excitando e metendo, dentro do seu cú, exatamente como ela havia me pedido.
Paola gozou duas vezes enquanto em a comia. Exaustos caímos de lado e dormimos até o dia seguinte.
Na volta para casa, rimos muito da minha idéia e comentamos como é importante criar sempre situações de erotização antes de fazer sexo.
- Rafael, a Renata, estava sabendo disto?
- Sim, ela sabia que hoje provavelmente terminaríamos o dia assim.
- E o que ela achou disto tudo?
- Ela curtia como sempre, mas esta noite ela também tinha uma fantasia com possibilidades de ser realizada.
- Como? Perguntou surpresa Paola.
- A renata conheceu um rapaz, casado, com quem está tento um flert. Eu aconselhei a ela experimentar já que ele é uma pessoa que pensa de maneira muito liberal e a esposa não. Continuo achando que vale a pena experimentar na vida. Além do mais, e você sabe disto, eu e Renata nos amamos e não confundimos sexo com amor.
- Mas o que ela viu nele de especial?
- Estas coisas não têm muita explicação. Ele já teve alguns “enroscos” com mulheres da empresa onde trabalha a Renata, mas é muito discreto e não quer estabelecer qualquer tipo de vínculo. A única coisa que a Renata me disse que ouviu de uma de suas “ex” é que ele é um cara muito legal... Se aconteceu alguma coisa ela nos contará....