Cheguei no consultário quase uma hora antes do horário marcado. Enquanto isso, fiquei observando atentamente quem já tinha sido atendido. Aparentemente eram pacientes normais, senhoras, adolescentes, meninas. Algumas demoravam quinze minutos, outros um pouco mais. A secretária comentou algo sobre eu ter chegado muito cedo. Eu dissera que não me importava em aguardar. Iria folhear algumas revistas. Eu estava tão ansiosa que nem reparava nas imagens e fotografias das revistas e preparava, mentalmente, meu repertário para que eu parecesse mais sincera possível. Estava lá por sugestão de uma amiga, que me havia fornecido boas e bem detalhadas recomendações. Era um consultário em um prédio exclusivamente de clínicas médicas. Bastante luxuoso, que denotava um gosto bastante requintado da médica. Ginecologista, psiquiatra e sexáloga. Minha amiga relatou sua experiência com tantas minúcias e riqueza de detalhes que eu cheguei a me imaginar na sua situação. Sua ginecologista a levara aos céus, como dissera. Confesso, que, no último momento, pensei em desistir. E, se ela descobrisse que eu não tinha nada? Que fora lá sá para desfrutar de seus serviços extra-clínicos. E se ela fosse bastante profissional! O máximo que ela faria seria me dispensar, dizendo que não faria coisas daquele tipo pensei, buscando racionalizar. Meu nome foi chamado. Era a minha vez e meu coração disparou. Entrei e a médica olhou-me rapidamente, pedindo que eu me sentasse numa poltrona e aguardasse um instante. Atendi, prontamente. Meu coração pulava, querendo sair pela boca. Minhas mãos tremiam. Ela anotou algo numa pequena agenda e sorrindo veio até mim, sentando-se a minha frente. Acho que ela devia ter quase a minha idade, talvez um pouco mais. Bastante atraente, simpática e com uma boca destacada pelos seus lábios carnudos e arredondados, que me lembraram Sofia Loren. Perguntou o que me afligia. Que eu devia falar calmamente e ser bastante sincera, sem qualquer pudor ou preconceito. Afinal ela era uma especialista no assunto. Como eu fora até lá para seduzi-la, acabei sendo seduzida. Inventei que eu não sentia prazer nas minhas relações sexuais. Que não tinha parceiro fixo e minhas experiências sexuais era esporádicas e bastante eventuais. Em resumo, disse a ela que eu talvez sofresse de frigidez. Eu era um gelo na cama, como muitos me disseram. Ela perguntou se eu me importaria que a consulta fosse gravada. Disse que não e que confiava na sua discrição profissional. Ela então me fez um verdadeiro interrogatário. Perguntou se eu estava muito estressada no trabalho. Se fazia alguma atividade física com frequência. Qual o tempo médio dos meus relacionamentos amorosos. E mais uma dezena de outras questões. A cada pergunta eu procurava responder com rapidez e firmeza, para evitar não transparecer minhas reais intenções. A maioria das minhas respostas era bastante objetiva e não passava de um sim ou um não. As perguntas foram ficando mais íntimas e ela fez questão de dizer que eu não omitisse qualquer detalhe e, se quisesse, poderia dizer o porquê e o meu ponto de vista. Perguntou qual a posição que mais preferia no ato sexual. Respondi que era o papai-e-mamãe. Perguntou se eu já tinha experimentado outras posições. Disse que não porque eu tinha receio de me frustar e parecer promíscua. Ela então tornou as perguntas mais ousadas. E, eu, logicamente, comecei a demonstrar um tipo de desejo inconsciente pelas excentricidades. Perguntou se já tinha pensado ou sonhado em relação sexual com mais de um homem, com uma mulher, com animais, exemplificava. Ou imaginando-me fazendo sexo anal, dupla penetração, sadomasoquismo ou o uso dos mais variados brinquedinhos eráticos. Eu, embora negasse todas as experiências que qualquer beata não faria, disse que à s vezes tinha sonhos ou pensamentos esdrúxulos, inquietantes, perturbadores, que me faziam rezar umas ave-marias a mais. Depois de mais de meia hora de um interrogatário que parecia não ter fim, ela pediu que eu me despisse. Achei que ela iria, enfim, abrir o jogo, seduzir-me e agarrar-me como uma ninfomaníaca. Mas não, apenas pediu que, apás despida, colocasse um avental e passasse para uma outra sala. Lá, uma cadeira de ginecologista, com os suportes de pernas bastante altos, um aparelho de tevê, vídeo, uma micro-câmera e outros utensílios que não soube entender para que serviriam. Pediu que eu me reclinasse, deu-me um copo com uma substância adocicada, que ela se referiu apenas como sendo um tipo de tranquilizante sem contra-indicações. Disse que iria passar um vídeo com cenas eráticas, que eu me deixasse envolver pelas imagens e que iria observar as reações do meu corpo a cada grupo de cenas. Colocou uma música calma de meditação, suavizou a intensidade da luz da sala, ligou o vídeo sem o som e deixou-me sá. A primeira cena era de um casal se beijando. Inicialmente, com delicadeza e suavidade. Aos poucos, os beijos se tornavam voluptuosos, aparecendo ambas as línguas se entrelaçando. Um tentando engolir a língua do outro com um desejo desenfreado. Continuamente, várias cenas foram aparecendo. Eram cenas de um ou dois minutos de duração. Duas mulheres se beijando. Dois homens. Coitos, massagens eráticas orientais e alguns animais copulando. Seios, nádegas, vulvas e corpos suados sendo lambidos por homens, mulheres. Cenas de penetração vaginal e anal. Felatio e cunilingus, orgia e perversão. Depois de uns dez minutos, ela entrou na sala, com luvas cirúrgicas e disse que ia tocar em minha vulva e vagina. Eu percebi que estava totalmente encharcada. Senti seus dedos me tocarem e escorregarem com facilidade. Eu gemi e, não aguentando mais, pedi que ela introduzisse seus dedos na minha vagina, pois eu estava prestes a gozar. Ela me atendeu e eu gozei. Pus minhas mãos sobre as dela e fiz com que deixasse seus dedos dentro de mim por alguns segundos. Recuperei meu fôlego e ela então veio até mim, sorrindo e pedindo desculpas. Dissera que não era essa a sua intenção. Preocupou-se em saber se eu estava melhor depois do gozo. Ainda bastante profissional, ela perguntou-me se eu ainda queria continuar. Disse que não haveria problema. Colocou outro vídeo, agora com cenas de sadomasoquismo. Homens e mulheres vestidos com roupas pretas de vinil, com as partes genitais expostas. Sodomização de vários corpos. Mulheres espancando homens e vice-versa com chicotes e palmadas. Mordaças, amarrações, correntes nos seios e cenas de sexo violento. Vieram cenas de fisting entre homens e mulheres. Fisting vaginal com uma e duas mãos. Mulheres com a mão de outra mulher dentro do reto. Duas mulheres grávidas enfiando as duas mãos na vagina uma da outra. E um homem que introduzia repetidas vezes sua mão inteira no ânus de uma linda mulher, que gozava sem parar. Eu, ao ver aquelas cenas, fazia movimentos quase que involuntários com meus quadris. Queria estar naquelas cenas. A médica, mais uma vez, entrou na sala. E, eu, totalmente tomada pelo desejo, disse que jamais vira algo como aquelas cenas. Ela me interrompeu e mais uma vez tocou minha vulva e vagina, dizendo que queria ver o resultado. Antes que eu compreendesse o que ela falava, senti seus dedos escorregando para dentro de minha vagina. Ela ligou a micro-câmera de vídeo e perguntou se eu queria ir em frente. Pedi pelo amor de Deus que continuasse. Eu, em vão, procurava conter meus gemidos. Ela disse que eu poderia gemer o quanto quisesse, pois não havia mais ninguém no consultário. Ciente disso, via pela tevê minha vagina sendo penetrada pelos dedos de minha médica. Faltava sá mais um dedinho e ela teria toda as sua mão dentro de mim. Percebi que ela sabia fazer aquilo como ninguém e, num movimento cadenciado e contínuo, como uma massagem, forçou e introduziu tudo. Foi uma sensação fantástica. Sentia seus dedos se movimentando dentro de mim. Eu estava tendo um espasmo de orgasmos contínuos. Jamais sentira tamanho prazer. E ela continuou assim por uns bons minutos, tirava toda a mão e a introduzia novamente, arrancando mais e mais gemidos meus. Parou por uns instantes. Ela, então, trouxe um pequeno aparelho e introduziu água no meu ânus. Senti o líquido morno entrando até me dar a sensação de que eu deveria ir correndo para o sanitário. Ela disse para eu segurar um pouco e fosse evacuar toda a água. Era uma engenhoca de fazer enemas, para limpeza intestinal, como me explicara depois. Retornei seminua e ela pediu que eu sentasse como estava antes. Retirou os suportes das pernas e pediu que eu segurasse minhas pernas na altura dos joelhos. Naquela posição, minhas nádegas ficavam bastante afastadas, expondo meu ânus como ela queria. Com um pote de lubrificante, passou em cada nádega e um pouco mais em volta do ânus e no períneo. Lubrificou suas mãos já com luvas de látex. E assim começou meu ritual. Com o indicador massageava meu esfíncter, não sem antes passear por cada preguinha do meu ânus. Introduziu bem devagar o dedo indicador no sentido do períneo. Deixou-o se acostumar por um minuto e foi forçando até todas as falanges entrarem. Passou para os dedos mais grosso, fazendo sempre o mesmo movimento. Num segundo momento, passou para dois dedos. Logo depois, três. Com os três dedos dentro de meu ânus, fazia movimentos circulares, que faziam eu me contorcer na cadeira e soltar vários suspiros. Isso deve ter durado mais de quinze minutos. O quarto dedo e o quinto foram quase que simultâneos. Interrompeu para lubrificar mais uma vez e voltou com os cinco dedos. A essa altura, entravam com facilidade. Pediu que eu respirasse fundo e sem que eu percebesse tinha, agora no meu reto, toda a sua mão dentro de mim. Não sabia o porquê, mas o prazer que eu sentia era totalmente diferente do prazer vaginal. Era algo mais prolongado e menos explosivo. Ela pedia para eu ficar bastante relaxada e manter a respiração profunda. Aproveitando que eu estava fazendo tudo como me pedia, com a outra mão, já livre da câmera, introduziu-a na minha vagina. Nesse momento tive o mais intenso orgasmo de toda a minha vida. Era uma sensação de plenitude, um preenchimento completo. Indescritível e inesquecível. Com um cuidado todo especial, retirou bem devagar, primeiro a mão de meu ânus e depois a da vagina. Pedira que eu ficasse na mesma posição. Através da tevê, via tudo em detalhes. Meus dois orifícios totalmente abertos, expostos, subjugados. Minha agora linda e maravilhosa médica, então, com uma mão em cada uma de minhas nádegas, afastou-as o quanto pode e me lambeu. Enfiava sua língua quente e úmida, ora na vagina e ora no ânus. Sentia os movimentos circulares dentro de mim e percebi que gostava mais de ter a língua no reto do que na vagina. Ficou assim por uns bons minutos e eu voltei a gozar, agora em seu rosto. Ela sorveu o que pode de mim, e eu me senti realizada. Depois, veio até a minha boca e me beijou, deixando assim que eu sentisse o meu práprio sabor. Não senti qualquer repugnância, apenas desejo de chupar sua língua. Tomamos um banho juntas no consultário, em meio a beijos, abraços e ousadias. Vestimo-nos e fomos jantar no Shopping. Depois ela me levou para sua casa. Lá voltamos a fazer tudo de novo e, pela primeira vez, fiz um duplo fisting numa estonteante e deliciosa mulher. Durante nossos inúmeros orgasmos, finalmente, me dissera que já sabia, pela minha amiga, quais as minhas reais intenções ao consultá-la. Dissera que adorou minha encenação e que eu daria uma átima atriz.