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CONFISSõES DE UM COROA

Tenho 54 anos e escrevo aqui como forma de desabafo. Até porque, não poderia mesmo falar sobre isso com nenhuma pessoa que conheço ou convivo. Até que sou um cara bem liberal mas nunca tive experiência real com outro homem. O que relato aqui mexeu muito com a minha cabeça e tem me tirado o sono com frequência.



Tudo começou quando circulou um boato na empresa em que trabalho, sobre um colega nosso (Marcos) que tinha sido flagrado, uma noite dessas, comendo um viadinho conhecido na cidade, no carro dele. Deu b.o., mas o caso foi abafado e sobrou sá o boato, passado de boca em boca.



Não sou amigo do Marcos, até porque ele é um pouco mais novo que eu e é separado da mulher. Tem portanto outro circulo de amizades, mas não posso deixar de dizer que ele é um cara bem apessoado, tipo machão. Creio que agradaria qualquer mulher que caisse no seu radar, portanto, o boato me soou meio estranho no início. Talvez fosse sá maldade de algum outro cara, ou de alguma mulher.



Enfim, eu estava na minha até rolar esse lance. Depois disso e sem mesmo querer, comecei a reparar nas atitudes do Marcos. Percebi que ele dava muito mais atenção para alguns caras no trabalho do que para as mulheres. Comecei a achar que não era apenas boato.



Até que um dia me peguei imaginando a cena. Fiquei fantasiando como teria sido; o carinha de quatro no banco de trás do carro, recebendo aquela varona na bundinha. Sim, eu já tinha reparado isso também: Marcos tem uma senhora rola. Mesmo mole ela se destaca quando ele usa uma calça mais apertada.



Aos poucos fui me colocando no lugar do viadinho e comecei a me imaginar no carro, recebendo o mastro dele em mim. E tudo parecia meio normal. Comecei a aceitar a idéia de que estava ficando com vontade de experimentar. Mas não ia, como nunca fiz, tomar nenhuma iniciativa. Aquilo começou a se tornar uma obsessão: sempre que via o Marcos, ficava imaginando como seria ir pra cama com ele.



Comecei a entrar nos sites gay pornôs, de contos (como esse) e até nas salas de bate papo. Pena que nelas as pessoas sá pensem em msn, cam e fotos. Não parece ter por lá ninguém afim apenas de bater um papo sem compromisso.



Meu rendimento no trabalho caiu bastante e sá conseguia pensar em como eu poderia sentir aquele cacete duro em minhas mãos. Comecei a ficar com medo de alguém perceber alguma coisa, então tentava ser o mais normal possível. Nem mesmo olhava mais na direção do Marcos, quando ele passava por perto.



Um dia topei com ele no elevador. Estavamos sá os dois e trocamos um ola bem sem graça. Senti meu sangue ferver de tesão. Marcos aproveitou que estavamos sá os dois e deu uma boa coçada no saco. Eu, que estava bem ao lado dele, percebi mesmo sem olhar. Não sei porque, mas senti meu cuzinho se abrindo e minha bunda empinando. Fiquei com medo dele perceber, mas na verdade eu estava praticamente me oferecendo como prato principal, praquele macho comer.



Quando o elevador parou, fiz questão de sair na frente dele e tenho certeza absoluta que ele olhou minha bunda. Deve ter avaliado se valia a pena correr o risco. Digo isso porque nos dias que se seguiram cruzei muitas vezes com ele. Mais que o normal e isso me fez pensar que ele estava sondando o terreno.



Partia sempre dele a iniciativa de alguma conversa, mesmo que sem a menor importância. As vezes ele apenas fazia perguntas maliciosas, como no dia em que me perguntou se eu via jogo de futebol por causa dos jogadores ou da bola. Claro que levei na gozação, como se fosse uma pegadinha.



Aos poucos ele foi chegando mais perto. Quando ia falar alguma coisa, falava em voz baixa, o que me obrigava a chegar mais perto para entender. Até que um dia ele arriscou um esbarrão. Senti claramente seu cacete meio duro, roçando minha coxa. Como eu não reagi, ele entendeu como um sinal verde.



Naquele dia, na saida do trabalho, quando fui pegar o carro na garagem, Marco me alcançou. Foi logo dizendo que não aguentava mais e queria resolver tudo de uma vez. Disse que fazia tempos que astava me cercando, mas que eu não dava nenhuma abertura pra ele. Sá agora ele tinha criado coragem para falar.



Fingi que estava meio sem graça, mas estava mesmo era com medo de que alguém nos visse. Olhei para ele nos olhos e perguntei o que ele queria de mim. Marco foi direto e claro: quero te levar pra cama e te comer bem gostoso.



Ainda não entendo direito todas as sensações que tive naquele momento, mas quando consegui falar disse apenas que não podia. Disse que era casado e que não ia arriscar uma vida inteira por causa de um tesão. Marco olhou nos meus olhos por um tempo e disse que por ele estava tudo bem, então. Que não ia mais me procurar. Ia tentar esquecer tudo aquilo e disse que eu devia fazer o mesmo.



Por um momento eu vacilei. Queria dizer que não era nada disso e que eu queria mesmo era me entregar pra ele. Queria ir pra cama com ele e satisfazê-lo como uma femea faz com seu macho. Mas eu não disse nada. Apenas nos despedimos e cada um foi pro seu lado. Nunca mais trocamos olhares, nunca mais conversamos.



carlos555@bol.com.br