Apás a primeira experiência de transar com outro homem contando com a minha cumplicidade e lascívia, eu e minha esposa começamos a refletir sobre as implicações e repercussões de tal feito em nossa vida de casados. O tesão, sempre presente, estava lá, latejando nossas conversas temerosas e molhadas. Levantamos a possibilidade daquela ter sido a primeira e última vez, tanto ela tinha medo que eu me envolvesse com outra mulher, como eu tinha medo de que ela se envolvesse definitivamente com outro homem. Pensávamos como aquilo foi acontecendo e se realizou, bem como havíamos nos sentido. Percebemos que a nossa relação não foi abalada até aquele momento, eu revelei que ainda me masturbava pensando nela e no cara gozando sem pudores, mas que também sentia medo de perdê-la. Ela me disse que também não havia sentido o que pensava sentir depois do que fizemos. Falou que tinha medo de se enojar de minha atitude estranha de querer que a esposa gozasse com outro homem. Entretanto, estava mais apaixonada por mim, com muito mais tesão que antes, desconstruindo algumas imagens negativas sobre minha “loucura”. Beijamos-nos loucamente e, mesmo sem emitir nenhuma palavra sobre a realização de nossa fantasia, nossos olhos, nossa pressa nas mãos, nas pernas, nos beijos, na fúria que nos dominava na cama, além de olhares silenciosos, mas cheios de palavras apontava possibilidades não ditas, implícitas de desejo e lascívia. Algo que eu me deixava com ciúmes era o olhar dela para alguns tipos de homens. Eram sempre morenos, fortes e bem preparados fisicamente. Ela olhava discretamente, porém o suficiente para que eu percebesse.
O cotidiano voltou a fazer parte de nossa vida. Não um cotidiano enferrujado, mas de desejo permanente e muito gozos inexoráveis. Um dia, porém, minha mulher me falou que iria participar de um encontro na área de estudo dela, um encontro de final de semana, na cidade de São Paulo. Tudo bem, ela sempre participava de encontros assim e eu ainda a ajudava na preparação de seu material de apresentação. Ela viajou e eu fiquei em minhas atividades diárias. Contudo, logo na primeira noite do encontro, uma noite cultural, de recepção dos visitantes, ela me telefona. Perguntou como eu estava, etc. Em meio à conversa me revelou que estava no maior tesão, que tinha conversado com um cara muito interessante e que tinha notado que ele se interessou muito por ela, mesmo percebendo sua aliança. Falou-me que se sentiu intimidada, invadida pelos olhos daquele estranho que parecia querer devorá-la. Depois, com duas doses de whisky 19 anos, se sentiu mais tranquila e dominou a situação, embora confessasse que estivesse toda molhadinha. Falou-me que o cara chegou a tocar sua mão e a chamou para dançar, mas que ela, se sentindo intimidada, não aceitou, mas que ele insistiu para o dia seguinte. Eu perguntei como ela estava se sentindo. Revelou-me que ficou excitada, que não esperava aquela reação de seu corpo, de sua mente, que parecia uma vontade louca que subia pelas suas pernas, invadia a vagina, e deixava os seios durinhos. Parecia triste, parecia não querer estar na cama com aquele homem, mas ao mesmo tempo, o fato de telefonar já revelava sua excitação e um pedido implícito de aprovação.
Fiquei sem saber o que fazer. Ela ao perceber meu silêncio, surpreendeu-me dizendo: – Amor, sei que você deve estar muito excitado e que, ao desligar, vai bater a maior punheta do mundo, se o conheço muito bem, sua pica já deve tá soltando aquele líquido gostoso que eu adoro alisar. Sei também que você está com ciúmes, mas sabe também que o meu amor por você é único, você é o meu homem, meu companheiro, meu cúmplice. Foi você mesmo quem me iniciou nesse mundo de delícias, por isso, vou sair com aquele gostoso que pensa em me devorar e surpreendê-lo com a fúria sexual que me domina e que deseja sair, queimando sua pele, lambendo seu pau com minha língua de fogo, e derretendo meu desejo com minha buceta em chamas, como uma puta acesa na noite devassa de sua esposa fogosa e ardente. Fiquei atônito. Minha mulher me conhecia mesmo. Eu disse-lhe: – Vai puta! Realiza o seu desejo e o meu mais uma vez, se entrega e queima esse homem com seu fogo e mostra a ele o que uma mulher casada, livre e excitada é capaz de fazer. Eu fico por aqui, torcendo pelo seu gozo cheio de fúria e calor. Despedimos-nos com um até mais meu cúmplice, até mais minha cúmplice. Fiquei imaginando minha esposa louca e quente, ardendo em cima da pica, da língua e dos dedos daquele macho, que devia ser moreno, a preferência dela, abraçando-a, beijando-a e fazendo-a delirar de tesão, rebolando e gritando aos quatro ventos a realização de mais uma fantasia