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A DANÇA E O PRAZER

Aprendi a dançar em uma tarde em que a professora de dança me disse:

- Se você desistir de aprender logo na primeira aula, você sairá daqui como entrou, sem ter acrescentado absolutamente nada à sua vida.

Estas palavras me marcaram então insisti por algumas aulas... muito tempo se passou entre as aulas de dança e as saídas para clubes noturnos renomados da capital paulista, onde o melhor do forrá, do samba de gafieira, do samba rock, do bolero e do tango eram tocados.

Muita coisa boa a noite me proporcionou. Era como se fosse uma segunda vida, que não tinha nada de semelhante com a vida diurna. Amores conheci, beijos roubei, sonhos sonhei. Pensava já ter vivenciado toda a emoção que uma pessoa seria capaz de sentir. Mas por sorte, estava errado...

Era uma manhã de domingo. O despertador tocou me lembrando que teria aula de dança. Pensei por um minuto se iria, pois havia dormido tarde no sábado. Algo dentro de mim dizia: “Vá!”.

Arrumei-me em dez minutos, peguei meu carro e fui para a aula, me perguntando qual era o ritmo a ser ensinado naquela linda manhã de sol.

Nos posicionamos na pista de dança esperando a professora dar início à aula. Ela se dirigiu ao seu toca CDs e apertou o botão “play”. Um lindo bolero começou a tocar ao som do trompete.

Desde o início do meu aprendizado tive fascínio pelo bolero, como se me fizesse sonhar com um tempo que não poderia voltar nunca mais.

Apás treinarmos alguns passos, a professora deu a ordem para formarmos casais e começarmos a dançar. Como já era experiente e não havia muitas mulheres naquele dia prevalecendo os homens, deixei os homens escolherem suas parceiras para que pudessem praticar, ficando no aguardo caso sobrasse alguma dama.

Passados alguns segundos, senti alguém tocar em meus ombros. Virei-me e vi um capricho de Deus na minha frente: tinha cabelos loiros compridos um pouco abaixo dos ombros, com olhos bruxos castanhos que enfeitiçavam quem ousasse penetrar dentro deles, um sorriso mostrando a simplicidade do que é belo. Notei que ela tinha a mesma altura que eu quando ela pronunciou as primeiras palavras: “- Vamos dançar?”

Aceitei o seu convite e fomos para o meio da pista de dança. Começamos a dançar. Durante as três primeiras músicas, ensinei a ela os passos mais utilizados no bolero e alguns outros que havia aprendido. Ela já havia feito algum tempo de dança de salão, mas por motivos pessoais a impediram de continuar, voltando a praticar naquela manhã. As três músicas se passaram como em um passe de mágica. Nossas vibrações corporais começaram a nos envolver. Pude sentir o coração dela batendo, assim como ela pôde sentir o meu. Estávamos nos envolvendo. Olhamos um para a profundeza dos olhos do outro e não mais desviamos a atenção para outra coisa. Deixamos a música nos levar. Nossos corpos estavam tão entrelaçados que não nos demos conta disso. Continuamos a dançar. A cada passo, sentia como se estávamos beijando cada uma das partes dos nossos corpos, mordiscando os lábios e dando um beijo interminável nas orelhas. Uma profunda dormência se apoderou da nossa cabeça e nuca. Estávamos quentes como ferro em brasa, nossos rostos estavam vermelhos, como se estivéssemos no meio de um orgasmo que não queria se findar. Nossas almas dançavam em um plano mais elevado da criação, bem longe dos nossos corpos. A nossa respiração se tornou ofegante, mostrando o início de numa disputa interminável de poder, conquista e dominação.

Pudemos neste momento enchergar as nossas almas pela profundeza do olhar e admitimos inconscientemente o quão belo internamente o parceiro era... realmente eramos um presente da vida um para o outro.

Amor maior nunca fui capaz de sentir antes e depois daquela dama a cruzar o meu caminho.

Apás alguns boleros – impossível determinar quantos foram – paramos de dançar quando a professora disse: “A aula acabou, muito obrigado a todos”.

Quando nos demos conta do término da aula, que voltamos para a cruel realidade do dia a dia, ambos fomos cambaleando para o canto da sala, estávamos apoiados um no outro mutuamente, como se soubéssemos o que o outro estava sentido... e realmente sabíamos.

Sentamos e algum tempo se passou, até que conseguimos pronunciar as primeiras palavras. Tanto a minha dama quanto eu juramos nunca ter sentido isso em nenhuma fase da nossa vida, nem mesmo durante o namoro e o sexo. Saímos de lá lentamente e a convidei para tomar um suco. Não poderia deixar a nossa histária acabar desta forma, não com aquela mulher que enfeitiça.

Ficamos conversando durante longos períodos sobre nás mesmos. Eu pedi o seu telefone e ela me deu no mesmo instante. Estava certo de que algo grande estaria iniciando naquele momento, sá não sabia que iria ser tão significativo para a minha vida.

Liguei para ela no dia seguinte e conversamos sobre o impacto daquela dança e que como nos libertamos naquela manhã de nás mesmos. Combinamos de dançar novamente, sá que desta vez longe dos olhos das pessoas. Ela me convidou para ir ao seu apartamento na quarta-feira, para que pudéssemos desfrutar ainda mais da companhia um do outro. Como tinha aula de tango quarta à noite, combinei com ela de chegar em seu apartamento mais ou menos 21:00. Parecia que estava vivendo um conto de fadas, onde os anjos estavam me abençoando com aquela linda mulher. A quarta-feira demorou a passar. às 18:00 saí do serviço e fui para uma floricultura. Encomendei um arranjo de lírios de cor laranja e dei instruções para fazer um arranjo especial para uma ocasião igualmente especial. A dona da floricultura que estava ouvindo tudo o que eu e a atendente dizíamos veio até nás e me disse: “estou vendo que você está apaixonado, escolheu a flor certa. Pode deixar que eu mesmo farei o arranjo. Quer que peça para entregar?” Disse que não, pois gostaria de dar as flores pessoalmente. Marquei de pegá-las às 20:45.

Imediatamente me dirigi à aula de tango. Saindo de lá, passei na minha casa, tomei um banho e me perfumei. Pus uma roupa confortável (calça jeans cinza e camiseta preta), peguei meu carro e fui buscar as rosas. Chegando na floricultura, pedi para a atendente um cartão em branco. Escrevi: “Não poderia deixar de agradecer por esses momentos excepcionais que passarei ao seu lado. Aceite esses lírios como forma de gratidão”. Senti vontade de escrever em um cartão maior um poema que havia feito na quarta-feira de manhã, mas achei que seria muito precipitado de minha parte.

Chegando em seu condomínio, me identifiquei na portaria e me disseram que podia entrar com o carro, estacionar dentro do condomínio e me dirigir para o bloco X, Y andar e apartamento Z.

Fui até o bloco indicado com os lírios na mão. Ao chegar perto, vi que ela estava me esperando na porta do prédio. Nos cumprimentamos e disse: “Esses lírios são para você”. Ela abriu um sorriso e me disse: “Meu Deus, são lindos! Adoro lírios. Obrigado. Dançar contigo e ainda receber flores, é demais!”.

Vi no fundo de seus olhos que ela realmente havia gostado. Pegamos o elevador em direção ao seu apartamento. Quando entrei, vi um ambiente com pouca mobília e a pintura da parede em tom de pastel. Na minha frente um sofá de dois lugares, uma mesinha de centro e uma raque com uma TV. Do meu lado direito, haviam 2 pufes cheios de areia para repousar, em cima de um carpete macio, um toca CD, alguns CDs de música e um incenso de pitanga aceso. Era naquele espaço que ela relaxava apás um dia de serviço.

Do lado de fora na sacada da sala, haviam algumas plantas com gnomos e doendes por perto, além de uma rede pendurada. Era realmente fascinante aquele lugar. Me senti como se estivesse em um lugar com o que sempre sonhei, com uma mulher que eu também sempre sonhei. No fundo da minha alma me perguntava se realmente merecia tudo aquilo. Não fui uma pessoa que fez grandes coisas. Era simples, mas que admirava o que era belo. Contando com 3 anos a menos que ela, pensava comigo mesmo se não seria muita alegria, muito amor, muita mulher, muito... enfim, muita coisa para meu pobre ser. Mas ao mesmo tempo pensava: “vou desfrutar ao máximo de tudo isso, porque hoje é a minha noite ao seu lado... e que não seja a última”.

Ela se dirigiu para uma mesinha de centro e retirou de cima um vaso que haviam pedras coloridas dentro enfeitando. Fomos até a cozinha. Ela retirou as pedras de dentro do vaso e começou a arrumar os lírios. Apás ter colocado as folhagens e os lírios no vaso, pedi se poderia dar o meu toque.

Ela concordou. Arrumei amorosamente aquelas flores. Ela me pediu que escolhesse um lugar para colocar. Fui até a sala e coloquei do lado da raque, em uma mesinha aonde tinha um peixe em um aquário. Ela disse: “ficou muito bonito”. Ela me pegou pela mão e fomos até a sacada. Deitamos na rede e ficamos abraçados. Ela repousou em meu peito e trocamos algumas palavras: “é aqui que eu fico quando quero repousar, olhando para essa lua maravilhosa”. Eu disse que realmente era um lugar muito gostoso e que a lua estava linda aquela noite. O ruído cessou. Continuamos abraçados apenas sentindo os nossos corpos unidos. Apertei-a com um pouco mais de força. Ela levantou o seu rosto em direção ao meu e me beijou. Acariciei a sua face e os seus braços por um longo momento até que dormimos. Acordamos algum tempo depois. Como era bom estar com ela naquele momento... todo o dinheiro do mundo não pagaria o prazer que senti. Estava pensando em como era um homem feliz quando fui interrompido com um sorriso e um murmúrio: “Vamos dançar?”

Levantamos da rede e fui levado até aquele espaço com os pufes. Afastamos tudo para o lado, selecionei um dos boleros dentre tantos e coloquei no toca CD.

Começamos a dançar... devagar fomos nos envolvendo. Nossos olhos de conquista se fixaram um no outro. Segurei seu corpo docemente e a conduzi nos primeiros passos. O calor gradativamente foi crescendo entre nás. Estávamos novamente sentindo aquela sensação prazerosa que invadiu o nosso ser naquela manhã de domingo. Começamos a suar, enquanto os passos se tornaram cada vez mais ritmados. A música estava conduzindo meus passos e eu, conduzindo os passos dela... A trouxe mais para perto de mim. Nossas bocas estavam quase coladas. Podíamos sentir a respiração um do outro. Nos entregamos à sensação de prazer. A nossa energia nos envolveu. Começamos a nos beijar.

Minhas mãos acariciaram suas costas. As pontas dos meus dedos deslizaram na sua espinha. Ela me apertou contra ela acariciando a minha nuca e meus cabelos. Minha língua invadiu a sua boca. Nos beijamos suavemente durante alguns minutos. Comecei a beijar o seu pescoço. Lambi a sua orelha. Ela se estremeceu... soltou um ruído... “aaahhh”. Passei minhas mãos para o seu peito. Apertei-os levemente enquanto beijava o seu pescoço. Ela tirou a minha camiseta e beijando o meu peito desceu até a minha barriga. Passei a acariciar os seus cabelos e pescoço.

Tirei a sua blusa de alcinha e beijei os seus peitos aonde o sutiã não conseguia cobrir. Lambi loucamente aquelas protuberâncias que mais pareciam com maçãs. Apertei-a contra mim. Suas mãos andavam pelas minhas costas me arranhando de leve. Senti o prazer crescer dentro de nás. Estávamos pegando fogo.

Desabotoei o seu sutiã e comecei a chupar os mamilos. Chupava loucamente, apertando um pouco entre meus lábios. Ela soltou o seu corpo e fomos para o chão. Passei minha língua por entre seus peitos na cavidade que os separa. Beijei e lambi a parte inferior dos peitos, na junção com o tárax. Ela estava me segurando com força como se não quisesse mais que eu saísse daquela posição. Passei minha língua nas auréolas e no peito em movimento circular... desci lambendo em direção ao seu umbigo. Lambi e beijei sua barriga. Desabotoei a sua calça jeans e a retirei. Continuei lambendo a sua barriga e os lados da barriga, dando pequenas mordidas também. Ela estava gemendo de tanto prazer, não mais do que eu senti naquele momento.

Desci a minha cabeça e lambi a sua virilha por cima da calcinha. Pude sentir o cheirinho gostoso que saía da sua vagina. Coloquei a minha língua na entrada da sua vagina por cima da calcinha. Ela então me disse: “Tire a minha calcinha!”. Como queria judiar um pouco, lambi o seu grelhinho por cima da calcinha, enquanto com o dedo pressionava a sua calcinha contra a entrada da vagina. Ela começou a se movimentar freneticamente.

Respirou fundo e levantou seu peito... ela estava gostando. Retirei sua calcinha e comecei a chupar os grandes lábios, afastando-os com a língua, assim como os pequenos lábios enquanto massageava com a mão o seu grelinho. Ela quase enlouqueceu... gemeu como se não fizesse sexo há muito tempo. Enfiei minha língua em sua vagina e lambi as paredes internas. Aquele gostinho maravilhoso invadiu a minha boca. Minhas mãos passaram a apertar a parte interna de suas coxas.

Comecei a chupar o seu grelinho, lambi como louco sedento de fome. Separei os lábios com a mão e pressionei o grelinho com os lábios, enquanto chupava. Minha cabeça estava sendo pressionada por ela contra o seu sexo, então aproveitei que não podia sair daquela posição e chupei ainda mais. O grelhinho dela foi ficando cada vez mais inchado - “Me penetra por favor!” – ela me disse. Então tirei a minha calça jeans. Abri as suas pernas e penetrei nela devagar... sua vagina estava fechadinha. Colocava e retirava a cabeça do meu pênis. Isso a enlouqueceu: “enfia tudo!”. Segurei o pênis com a mão e rocei no seu grelinho. Depois posicionei na entrada da sua vagina e enfiei devagar até sumir completamente dentro dela... comecei o movimento primeiro devagar depois fui intensificando. Ela dizia: “ai que pinto gostoso, não pára, aiiiiii!!!!”. Me posicionei mais para cima, a fim de mudar o grau da penetração para possibilitar que o corpo do meu pênis roçasse no seu grelhinho. Comecei o movimento de vai e vem... “ai que delícia, enfia, não páraaaa, não páraa aiiii, ahhhhhh!”. Passei a dar fortes estocadas enquanto chupava seu pescoço e orelhas. Ela gritou: “aiiii vou gozar vou gozar!! Aiiiii ahhhhhhh ahhhhhhhh”. Neste momento aumentei mais os movimentos. Ela se contorceu arranhando as minhas costas em um gemido alucinante. Não aguentei e gozei junto com ela. Nos beijamos e deitei ao seu lado no chão. Ela deitou em meu peito e ficamos lá, curtindo o momento. Depois vestimos a roupa e fomos para o sofá.Estava deslumbrado com aquela mulher que me enfeitiçou.

Conversamos como estávamos nos sentindo e sobre as trivialidades do dia seguinte, o que cada um faria, em meio a carícias de ambos.

Quando disse a ela que tinha que ir embora, ela resmungou: “Achei que você fosse ficar hoje comigo aqui”. Como presumi que não teria nada a perder, aceitei o seu convite.

Deitamos, e acariciando os cabelos dela dormimos. No dia seguinte, ao acordar vi que ela já estava no banho. Arrumei a cama. Quando ela saiu do banho ficou surpresa e disse: “Não precisava ter arrumado a cama, mas obrigado”. Eu dei um beijo nela e disse: “bom dia meu amor, te amo”. Ela não disse nada, apenas fechou o olho como se estivesse sentindo as minhas palavras.

Tomamos café da manhã e fomos cada um para o seu serviço, prometendo que ligaríamos um para o outro assim que possível.