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CONTOS PROIBIDOS 5

Quem leu meus primeiros quatro contos chegou a uma conclusão ábvia: Não sou o cara mais fiel do mundo. Mas, o que posso dizer a meu favor é que não cobro fidelidade de ninguém, aliás, pra quem leu o segundo conto, sabe que o Victor e eu assumimos um compromisso um com o outro meio que no calor da emoção, mas apesar disso, nás tinhamos que continuar naturalmente nossas vidas, o Paulinho (irmão do Victor) volta e meia vinha que contar que o irmão estava dando uns pegas numas piriguetes (não sabendo ele que aquilo era pra manter o cartaz) e eu não podia negar que sentia um certo incômodo de ouvir isso, mas eu também estava fazendo minha média (Se bem que relativamente mais realista que meu benzinho), no entanto, cada vez que a gente se encontrava, ficava bem mais evidente que estávamos nos envolvendo mais e mais... Não importava quantas bocas eu beijasse ou quantos corpos eu tocasse eu me via desejando cada vez mais o meu benzinho, com ele tinha muito mais do que tesão, paixão, desejo... Com ele tinha carinho... Amor. E inusitadamente eu me descobri com muita saudades dele, uma vez que nossos encontros não eram exatamente tão frequentes quanto gostaríamos que fossem. haviam algumas roupas dele no meu apê, assim como do Paulinho, uma vez que era comum os dois estacionarem por aqui e até ficarem dias (meu apê é grande e moro sá...)... E isso me era muito conveniente, sempre que batia a saudade eu me apegava com as roupas dele, aplacando a solidão com o cheiro dele. Levo uma camiseta dele na mochila pro caso de saudades repentinas. O mais impressionante é que ninguém havia percebido que usavámos aneis identicos nas mãos esquerdas... Continuava sendo um segredo nosso.



Mas, enfim eu ainda ia caçar sempre que meu amor estava dificil de vir me ver... Além das minhas presas anteriomente conhecidos por vocês através dos meus contos volta e meia surgia carne nova no pedaço... Apareceu Davi... Garoto interiorano... Primo de uma muito bem conhecida minha a Vivi... Veio pra nossa cidade cursar o ensino médio, pois na cidadezinha no meio do mato onde morava, tudo ainda muito rústico, as escolas sá ensinam até o ensino fundamental, se os pais querem que seus filhos façam o ensino médio e além, têm que mandar os filhos pra morar com parentes que moram em cidades mais práximas da capital... Foi assim que o "bicho do mato" (apelido que eu dei a ele mentalmente assim que o vi pela primeira vez) chegou na minha floresta... Lembro nitidamente dessa primeira vez que o vi... Todas as manhãs eu acordo muito cedo e saio pra andar de bike (meu exercício matinal) e meu trajeto passa sempre na volta em frente a casa da Vivi (meio que propositalmente...) e como sempre a mãe dela D. Val, puxa conversa comigo, passei pelo portão e encostei minha bike no muro, de relance vi aquele cara de estatura mediana, cabelos negros luzídios... Pensei que fosse o irmão da Vivi, mas como ele é moreno, achei meio estranho o tom de pele do cara que passou... branquinho, mas um tanto queimado de sol... Acho que ele sá notou minha presença quando começei a falar... Percebi que fosse lá quem fosse tinha voltado, pois como estava voltado pra direção oposta pra porta não podia ver quem era, mas sempre sinto quando tem alguém me olhando... D. Val que estava de frente pra porta fez as apresentações:

__ Vem aqui Davi, esse é o Gabriel, amigo nosso... Gabriel, esse é Davi meu sobrinho que vai morar aqui em casa...



Foi aí que me voltei em direção a porta e vi aquele rapaz vindo em minha direção... Os olhos verdes musgo, rosto de garoto (apesar dos dezessete anos...), mas uma energia estranha emanou daquele apeto de mão com o qual nos cumprimentamos... Antes de chegar perto de mim, me pareceu que ele me analisou dos pés à cabeça e ao apertar a mão que eu lhe estendi ele me deu um olhar me encarando de um jeito que eu não soube definir o que queria dizer... Era meio que olhar nos olhos de uma fera que tentavam domesticar... (Por isso o apelido "bicho do mato") devo ter soltado o aperto de mão demasiadamente rápido... Tentei sorrir mas não sei porquê... Não consegui... Fiz pior, ergi a sombracelha meio que em tom de desafio... Foi uma sensação estranha, voltamos a Terra com a voz da D. Val:



__ à Propásito, Biel... Eu queria que você desse uma força pra ele...



__ Uma força... Em?



__ Um reforço nas matérias... Ele tem que fazer uma prova de admissão na escola de ensino médio e os jovens daqui da casa estão meio ocupados e como você já ajudou as meninas (todas as três filhas dela... Ajudei em todos os sentidos)... e meu filho quando eles estavam com dificuldade nas matérias... Podia fazer mais este favor pra mim?

__ Claro... (admito foi o sim mais dificil de sair da minha vida...)



Então ficou acertado... todos os dias apartir das sete da noite Davi ia até minha casa pro reforço da matéria... Até aquela noite eu não tinha conseguido esquecer aquela olhada de Davi... Me apeguei com as roupas de Victor e liguei pra ele várias vezes naquele dia... Pontualmente às sete horas o interfone tocou: Era o Davi quem tinha chegado. Mandei ele subir, assim que abri a porta notei logo uma coisa de cara: Ele estava meio apreensivo... Passou a mão nos cabelos muito lisos, num gesto de disfarçar o nervosismo... Sorriu de nervoso... E eu notei que o rosto dele se transformava quando sorria, o aperto de mão da manhã se repetiu, mas a sensação foi outra... Foi quase como se a mão dele acariciasse a minha e dessa vez não puxei de imediato. Convidei ele pra entrar e disse que estudaríamos ali na sala, onde tinha uma mesinha e podiamos sentar no tapete entra as almofadas pra não se tornar muito cansativo... Obrigatoriamente tinhamos que ficar lado a lado, percebi que disfarçadamente ele olhava algumas vezes pra mim, fizemos um bom progresso alternando meia hora pra cada matéria pra não tornar a revisão tediosa... por volta das dez horas paramos, perguntei se ele aceitava tomar alguma coisa (não ia oferecer bebida pra uma garoto que vinha estudar na minha casa) ele aceitou um refrigerante e comentei que por aquela noite estava átimo, continuaríamos na noite seguinte, então ele comentou que eu devia tentar a carreira de professor pois comigo tudo parecia incrivelmente mais fácil... Sorri, e disse que a carreira de professor não me tentava tanto e agradeci o elogio e disse que ele era esforçado com relação a muita gente que eu já tinha dado uma força antes... Sá então pareceu que tínhamos quebrado o gelo, percebi então uma caracteristica marcante nele, ele evitou me olhar ao perguntar se eu tinha namorada... De cara me surpreendi com a pergunta, mas respondi que não... (não estava mentindo afinal tenho UM NAMORADO)... Ele comentou se eu não me sentia muito sá de morar naquele apartamento grande... Comentei que volta e meia apareciam uns amigos pra me fazer companhia... Então começamos a conversar sobre nás... Contei a ele sobre meus pais, meus hobbies, meus amigos e outras coisas... Ele me contou sobre sua cidade, sua familias e sobre a vida monotona e sem surpresas que levava até algumas semanas, não tinha namoradas, mas já tinha ficado algumas vezes... Depois de algum tempo de conversa animada (quase onze e meia) o telefone tocou, era D. Val perguntando se o Davi ainda estava comigo... Pedi desculpas e disse que sim, depois dos estudos tinha convidado ele pra um refrigerante e puxado conversa e detido ele até aquela hora, mas ia deixar ele em casa em quinze minutos...Ela riu e disse que tudo bem, e que bom que ele estava se enturmando com alguém já que ele era muito retraído...

Então disse a ele que ia deixá-lo de carro em casa, ele pegou os livros e cadernos e descemos ainda conversando e o clima continuou o mesmo no carro, percebi que ele me olhava o tempo todo... Disse que meu cabelo era bacana, que eu devia fazer um sucesso com as meninas e tals... E eu me divertia com aquilo, o "bicho do mato" estava sentindo atração por mim e tentava disfarçar a todo custo"... Deixei ele em casa e o aperto de mão da despedida veio acompanhado de um sorriso que prometia...



... As aulas seguintes nos deixaram mais intimos e emtempo recorde eu era o melhor amigo do Davi, ele já vinha na minha casa mais vezes e sondava o terreno comigo me confidenciando coisas... Passamos pro estágio das intimidades e brincadeiras de amigos, logo as coisas teriam que esquentar, eu era paciente, já tinha suprido minha carência com Victor e outros amigos, mas eu sentia que ele queria que acontecesse e eu me senti tentado por aquele espécime... Afinal não é todo dia que você encontra um garoto do interior , criado no estilo machão rústico ali caindo em tentação... Eu era paciente e sabia esperar quando queria muito uma coisa, eu não tinha corrido atrás, mas agora queria ir fundo...literalmente falando... Ficavamos cada vez mais intimos e aos poucos aquele garoto estava se polindo com minha presença... Acho que antes de nos conhecermos ele nunca deixaria outro cara dar uma palmada na bunda dele, quando fiz isso da primeira vez, arrisquei pensando que ou ele se zangaria ou me daria uma porrada, mas ele incrivelmente correu pra tentar revidar... Não tinha vergonha diante de outro homem... Até que eu achei que era chegado o momento do tudo ou nada...



...CONTINUA NO PRÓXIMO CONTO...