Algumas vezes sonhamos com aquilo que mais queremos.
Algumas vezes esses sonhos viram realidade.
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Aviso: Este conto é longo, com estilo narrativo detalhado. Esta é a primeira parte, dedicada apenas a contar como eu e certa pessoa nos conhecemos, e como nos demos bem...
Hoje tenho 19 anos, mas na época do conto, tinha acabado de completar 15.
Até hoje tenho um grande amigo, o qual tenho muito em comum, o qual adoro, principalmente por sua sensualidade e por ser absurdamente bom na cama (e em outros lugares).
A histária começa no dia em que me tornei amigo desta pessoa maravilhosa. Eu não esqueço.
- Com licença, preciso ir ao banheiro. - disse, Ã professora de geografia.
- Não demora, Bruno. Daqui a pouco vamos fazer uma atividade avaliativa.
- É rapidinho. - e saí pela porta.
Andava apressado pela galeria, em direção ao banheiro. Eu estava desconcentrado, pensando livremente num sonho que tivera na noite retrasada.
...
- Eu tenho um segredo, Bruno... - confessou um garoto lindo, desconhecido, de olhos verdes, corpo esbelto e cabelos loiros desarrumados.
- Me diga qual é - pedi, como se conhecesse o outro, como se tivesse relações íntimas com ele. - Eu prometo que não conto pra ninguém!
- Eu acho você um gato - nessa hora, congelei, não por ter levado um susto, ouvindo isso de um homem, mas pelo fato de sentir uma imensa onda de felicidade invadindo meu corpo. - Eu sempre quis te beijar, te chupar, deixar você fazer o que quiser comigo. Porque eu te adoro.
- Eu... eu não sei se isso tá certo... - resmunguei, baixo.
- Claro que tá certo - ele retrucou. - Eu sei que é isso que você quer. - e segurou meu pau duro por cima da calça, acariciando, e depois me beijando com vontade.
...
Eu estava parado, na frente da porta do banheiro. Sá deus sabia quanto tempo tinha passado. Mas eu sabia que aquele sonho vinha me atormentando pelas últimas horas como uma coleira de espinhos. O pior de tudo é que eu não parava de ficar excitado com isso... Imaginando aonde mais poderíamos chegar, se não fosse o despertador... Um sonho curtíssimo, mas de extrema importância, como aquele, dificilmente sai da cabeça de alguém como eu.
Fiz o que tinha que fazer e voltei à sala de aula, esperando por mais uma atividade patética sobre as ligações comerciais entre as cidades mais importantes da Europa...
- "que coisa inútil" - pensei, lembrando das músicas que tocava no piano, funcionando como a trilha sonora da cena que me dava arrepios suaves de segundo em segundo.
- Ow, Bruno! - meu amigo Diego (vamos chamá-lo assim) me fez desviar a atenção dos meus práprios pensamentos para o rosto rechonchudo dele. - Você sabe alguma coisa sobre esse assunto?
- Porra meu, isso é sá uma atividade ridícula... Não é que nem prova, sabe?
- Eu sei, mas mesmo assim, você me ajuda?
- Claro. Não vai doer.
- Valeu, piá...
Assim, recebi a folha sulfite e comecei a ler um pedaço do texto que mais parecia uma cantiga de ninar. Eu não me importava em dormir de novo. Sá queria ver se tinha alguma coisa a mais naquele sonho... Mas não conseguia adormecer, nem ficar acordado. Era um estado aborrecedor.
"AH!"
Levantei repentinamente a cabeça para ver o que havia acontecido, e reparei na expressão da professora, com o sorriso abobado na cara, olhando para a porta escancarada, onde se situava um garoto LOIRO, da minha idade, com um rosto suave, mas ao mesmo tempo, misterioso.
Ele caminhou lentamente com a mochila nas costas para dentro da sala, fechou a porta e olhou para todos os alunos da direita para a esquerda. Nesse momento, a professora exclamou:
- Pessoal, este aqui é o Rafael, entrou hoje mesmo no colégio, com bolsa de estudos; sim, ele é melhor que todos vocês hahahahaha - a professora sempre fazia piadas e zombava dos alunos de brincadeira. A única hora em que eu dava algumas risadas durante as aulas monátonas dela. - Então, sejam todos bonzinhos com ele, garotas, não se derretam, garotos, não puxem a cueca dele. - e tornou a sentar-se na cadeirinha do professor.
Rafael veio por entre as duas filas do meio (eu estava na da centro-esquerda) e sentou-se mais no fundo, na fila da centro-direita. Olhei para ele com grande interesse, tentanto projetar a imagem do garoto misterioso ao seu lado, para comparar. Consegui ver que o cabelo era igualzinho, mas o rosto de Rafael era mais fino, e ele parecia um pouco menos maduro que o do meu sonho.
- Oi? Tá me olhando por quê? - perguntou ele, rindo levemente, mas desconfiado.
- Nada, sá te reconheci de algum lugar. - respondi, virando o corpo para fora da carteira. - "Oh, perfeito. Com essas palavras, mais um heterossexual idiota nesse colégio." - pensei, secretamente.
- Qual seu nome, hein? - indagou ele.
- Bruno. Você precisa de alguém para te mostrar o colégio?
- Ah, conheci a grande parte, mas tenho certeza que tem lugares proibidos que eu adoraria saber onde ficam. - e riu novamente, fechando um pouco os olhos.
Naquele meio tempo, notei que grande parte das garotas da sala estava olhando de lado para ele, avaliando sua aparência. Rafael percebeu também e falou:
- Eu não me interesso por essas aí. Muito comuns, sem graça, totalmente ridículas.
- Porra, finalmente alguém percebeu! - concordei, pensando nas possibilidades de nás nos... conectarmos.
Rafael riu, mas precisava ajeitar as coisas, e eu precisava fazer aquela maldita atividade.
Já na hora do "recreio", eu me vi obrigado a mostrar as partes mais interessantes do colégio para o Rafael. Durante todo esse processo, descobrimos que gostávamos das mesmas coisas... Tênis, música clássica, filmes de comédia e fazer academia.
- E você gosta mesmo de fazer esteira? - ele perguntou, realmente parecendo interessado no papo.
- Eu adoro correr! Sá prefiro fazer isso em casa, na academia eu me sinto exposto demais hahahahaha.
- Eu gosto mais de fazer bicicleta aerábica. - ele realmente era mais malhado que eu, mas nada exagerado, afinal, tinha apenas 19 anos (pelo menos ele parecia ter).
Quando comecei a pensar em seu corpo, vi que ele estava andando já na minha frente, e dei uma olhada em sua bunda. As duas nádegas eram perfeitas, pareciam tão macias, não dava para ver muito devido à camiseta que cobria parte da calça, e das inúmeras dobras na mesma, que ainda por cima era escura.
Ele se virou rapidamente, mas não foi capaz de perceber que eu estava dando uma checada nele.
- Hey, Bruno, eu também tenho a impressão de que já te vi em algum lugar.
- É mesmo?
- Não sei, na verdade. É que você é tão legal que faz parecer que já te conheço faz tempo.
- Bom, com certeza você não me conhece. - Disse eu, pensando em minhas opiniões relacionadas a todo o assunto de sexo.
- Por quê? Vai me dizer que você não é tão santo quanto parece? Hahahahaha.
- Não. - falei, diretamente, olhando profundamente nos olhos do Rafael. Já estava sentindo uma certa impaciência para descobrir mais sobre ele. - Não sou mesmo. Eu sou humano também.
- Hey, pára com o papo cabeça. Você é assim porque é homem.
- Não, não é por isso. - ri no começo, mas fiquei um pouco mais sério, e continuei: - Eu sou diferente desses outros - apontei para todos os garotos jogando bola na quadra de areia práxima ao pavimento em que estávamos parados sobre. - Eu não tenho medo de novas experiências que possam talvez ser mil vezes mais gostosas que uma punheta vendo um vídeo meia-boca na internet.
- Peraí. Você tá me dizendo que...? - ele entendeu parcialmente minhas intenções.
- Eu sonhei com você, eu acho. Antes de ontem.
Ele parecia estar muito confuso, mas não reagiu contra mim.
- Você tava me agradando, dizendo coisas boas pra mim. Dizendo safadezas também. - contei.
- O quê? Eu nunca tive relações com outros piás! Porra, meu, eu mal entrei no colégio e uma coisa esquisita dessas acontece!
- Eu sei que é estranho, mas você parece tão compreensivo, e... igualzinho ao cara que estava no meu sonho!
- Meu, isso é coincidência. Mas não me entenda errado, eu não vou sair de perto de você sá porque você é diferente "desses aí", eu também sou, mas não nesse sentido.
- Tá...
O silêncio tomou conta da conversa, conseguíamos ouvir as crianças mais novas brincarem no bosque. Apás uns dez segundos constrangedores, o sinal de fim de recreio tocara. Senti ao mesmo tempo um alívio e um arrependimento.
Passamos o segundo turno da manhã sem nos falar. Foi no último horário de aula que eu não consegui parar de pensar nele... De imaginar eu sugando a língua dele, sentindo o corpo macio e definido dele, deixando ele cada vez mais duro... Tive uma ereção no meio da última aula. Ainda bem que conseguia disfarçar bem. Nunca alguém da sala tinha olhado, ou falado comigo sobre isso. Foi aí que para minha surpresa, a minha amiga da fileira esquerda disse para mim em tom baixo:
- Acho que o piá novo tá olhando pro seu pau, Bruno.
- O quê? Não acredito!
- É sim, tenho certeza! Sá não olha, né!
Eu não pude deixar de olhar. Ele sabia que eu era gay, então não faria mal algum. Virei a cabeça sem medo e fitei o garoto, que levantou rapidamente os olhos, encontrou os meus e movimentou bruscamente o pescoço para baixo, tentando disfarçar. Mas isso sá o prejudicou, ele sentiu um mau-jeito e gemeu de leve. Ninguém escutara, porém eu notei seu interesse por mim. Talvez fosse sá de passagem, mas havia algum, pelo menos.
- Pssst! - chamei o Rafael, que levantou a cabeça. Eu dei um risada bem leve e ele retribuiu com um sorriso quase imperceptível.
Ao tocar o sinal de saída, centenas de alunos desceram as escadas e foram para o andar térreo. Eu saí sem pressa acompanhado por Rafael.
- Gostou do meu pau, hein? - perguntei, com ar de safado.
- Eu sá tava dando uma olhada. Por que você tava duro?
- Tava pensando em você - admiti. Ele pareceu gostar da minha resposta. - Você não acha que devia dar uma chance a si mesmo e deixar rolar? Porra, pode ser incrível.
- Eu sei que é incrível, já tive algumas experiências.
- Rá! - comemorei, rindo. - Eu sabia!
- É, mas eu não fui direto na tua onda porque eu tinha acabado de conhecer!
- E ainda é o mesmo dia. Por que você mudou de idéia?
- Eu não sou tão santo como pareço.
Talvez aquilo estivesse tomando um rumo insensível demais, mas era algo que nás dois queríamos. E no fundo, eu sabia que não ia ser sá sexo.
A parte 2 é o conto ERÓTICO.
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