Diversas e diversas vezes eu me excito com o odor dos meus pés. Chego em casa depois de um dia inteiro na rua. Como esteve frio, saí de calças jeans compridas e então calcei qualquer meio mesmo, não precisavam estar alvas e limpas. Hoje usei um par de meias que estavam no cesto de roupas usadas. Elas estavam endurecidas e lembrei-me que havia secado a porra no meu corpo de uma punheta que bati na cama no começo da semana. Pude até planejar este momento.
Quando desdobrei as meias aproveitei cada partícula de sabor que se desprendia das fibras antes de calçá-las nos pés já suados de uma manhã de trabalhos em casa com chinelos de borracha. Quando escolhi meus sapatos não pus o conforto na frente do prazer - fiquei com uma bota de couro, solado grosso, cadarço de corda de algodão e arremate do tornozelo em lã. Agora ainda sinto o couro no ar.
Por todo o dia andei sentindo os pés bem aquecidos e suados dentro deste calçado. Sentia-os deslizarem e então colarem à meia e à sola.
Por todo o dia cruzei as pernas e com este movimento me deliciei com o perfume das minhas botas. Este é azedo, é animal, é madeira. Quando estive sá, no começo da tarde num banheiro público tranquei-me no reservado e depois de minutos observando do alto meus pés calçados pude sofrer com a ereção que predizia a satisfação que teria ao descalçar os pés. Sentei-me no vaso e cruzei as pernas e lentamente aproveitando cada círculo de aproximação cheguei o nariz à s botas. As coxas naquela posição me comprimiam os testículos e o pau já não me cabia nas calças. Com uma mão eu o reprimia. O perfume me fazia delirar. Acho que passei o resto da tarde com o olfato afinado naquela fragrância e excitado com o desfecho.
Então cheguei em casa, desabotoei dois botões da camisa e me sentei em uma cadeira fincando o solado das botas no tapete. A contração das minhas pernas e a distensão dos músculos das minhas costas me permitiram relaxar depois de tanta ansiedade por aquele momento.
Desamarrei o laço do cadarço e soltei-o. Depois afrouxei e laciei o couro junto do tornozelo para permitir a retirada do sapato. A fragrância das meias já me punha em loucura. Sentia cada fatia do complexo cheiro como se fossem notas de uma canção que me conduzia a outro estado. Estava louco de tesão. Enfiava os dedos entre o couro e o algodão das meias. Era quente e úmido e o sabor destes dedos era a recompensa por um dia tão ansioso e de planos tão safados. Quando descalcei este pé despreocupei-me com o práprio e me atirei ao chão de quatro com o nariz enterrado na bota. Estava quente e doce e me inspirava ondas que contraiam todo o corpo com as golfadas da respiração. O pau que me escapava pela braguilha mas era comprimido pelo elástico das cuecas estava duro como rocha e babava outro tão suave e aromático licor... A meia estava ainda toda grudada ao pé e pude descolá-la rapidamente e ainda dispensei-a. Queria recolher todas as impressões que ela deixara naquele pé. Percorri-o todo com o nariz e o extremo dos lábios. Podia passar horas diferenciando os odores específicos de cada movimento imputado à carne de cada zona correspondente do pé. Guardei a língua para correr-me do maciço sob os dedos até a coroa de pelos sobre estes. O odor masculino, de madeira, tabaco e suor me punha louco junto do sabor azedo da pele delicada dos dedos calçados por todo o dia. Repeti o ritual de descalçar-me com o outro pé e quando me enterrei as narinas na nova bota, meti o pau dentro da outra e soquei tanto durante o transe que pude sentir-me esfolando-o, mas o prazer me retirava da terra e me punha no profundo do prazer. Podia sentir-me como que por todo o tempo preso, pequenino, entre um pé e uma bota. Deitei-me com as costas no chão e atolei-me as narinas numa das meias. O aroma nelas era menos agradável e mais violento. Deixei uma das botas ao lado da minha orelha e a outra meti sobre o caralho. Arremeti dentro dela com o tesão que sentia inebriado pela meia. Segurava a bota que comia tocando meus dedos em sua sola imunda. Socava uma punheta delineando um sapato ao redor do meu pau. Em instantes eu enchia o calçado de esperma violentamente. Contraia todo meu corpo, expelindo jatos de porra e forçando os pulmões a encherem-se de ar e este filtrado e impregnando-se em fétido betume com aquela meia no nariz. Ainda excitado, mas calmo e calculista, agora de quatro recolhia com a outra meia as colheradas de porra de dentro da bota. E chupei cada centímetro desta meia fundindo os sabores extasiantes do chulé e da porra que jorrava depois de três dias de descanso.
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