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MENINOS DA AMÉRICA EPISÓDIO 5 - 1° TEMPORADA

Episádio 5 – Amor confuso

Malcolm: Cara, não acredito que vc tirou um F.

Rudolph: Foi sacanagem da professora, eu tenho certeza que eu respondi tudo certo.

Malcolm e Rudolph estavam conversando no almoço no refeitário da escola. Gary conseguira o que queria: estragar o jogo do amigo.

Gary com o passar do tempo ia ficando cada vez mais frio com as pessoas, inclusive com Kimberly, sua namorada. A ponto de ela terminar o namoro.

Rudolph: A Kimberly terminou o namoro?

Gary; Terminou.

Rudolph; Porque?

Gary: Pq ela é uma idiota. Foi melhor assim, eu já não suportava aquela garota.

Gary estava impaciente com todos, parecia que todo mundo estava fazendo algo para deixar Gary com raiva. O único que tratava bem era o Rudolph. Teve uma vez que um garoto deixou cair seus livros nos pés de Gary.

Gary: Porra, meu irmão, será que sua mão tá furada. – Gritou Gary para o garoto chutando seus livros pra longe. O garoto não querendo confusão recolheu os livros e foi embora.

Rudolph: Gary, qual o problema? Pq vc falou assim com o cara?

Gary: Que culpa eu tenho se eu to rodeado por idiotas?

Rudolph achou absurdo aquele comportamento de Gary. Cada dia que passava Gary ia piorando, tratando os outros mal, arranjando encrenca com todos. Seu único amigo era Rudolph que reprovava o jeito dele, mas como a amizade deles era antiga não falava nada.

Em uma noite na casa de Gary, ele mostra pra Rudolph uma tatuagem que ele fez nas costas.

Rudolph: GENERAL LEE.

Gary: E aí, gostou?

Rudolph: Gary, General Lee?

Gary: Isso, gostou?

Rudolph: Não! Odiei!

Gary: Porque? Qual o problema?

Rudolph: Não tinha outra coisa pra vc escrever? Tinha que ser isso?

Gary: Qual o problema, cara? É sá uma homenagem à um grande soldado confederado. Eu vou até criar um grupo no MySpace.

Rudolph: Cê que sabe!



Em um domingo Rudolph conseguiu marcar um encontro com sua mãe em um bar.

Rudolph: Mãe, porque vc e o meu pai se separaram?

Rachel: Ele não te contou?

Rudolph: Não.

Rachel: Rudolph, eu não me sinto bem falando sobre isso. É melhor vc perguntar pro seu pai, ele é a melhor pessoa pra te responder. De mim, basta vc saber que eu e seu pai não nos damos mais. Pra uma mulher é muito difícil aceitar o que ele fez, ou o que ele faz. Pra mim não tem mais volta.

Rudolph: Mas, mãe, onde é que vc vai morar?

Rachel: Eu aluguei um apartamento. Não se preocupe comigo. Sá quero que vc vá me visitar de vez em quando.

Rudolph queria muito saber o motivo da separação de seus pais.



Na segunda Rudolph não encontrou Malcolm na escola. Na Terça havia o treino do time de basquete, Malcolm faltou também.

Rudolph: Tim, vc sabe porque o Malcolm não veio pro treino? – Rudolph perguntou para um garoto que também jogava basquete.

Tim: Sei não, cara.

Na quarta e na quinta Malcolm também não apareceu na aula. Quando chegou a sexta feira Rudolph já estava preocupado.

Rudolph: Porque será que o Malcolm faltou a semana inteira?

Gary: Talvez ele tenha sido morto por terroristas...

Rudolph: Gary, cala a boca.

Gary: Eu não sei porque vc fica se preocupando tanto com esse cara. Até parece que é uma coisa de outro mundo faltar aula.

Rudolph pensou que talvez o Malcolm estivesse doente. Decidiu naquela tarde depois da aula ir até a casa de Malcolm. Chegando lá, apertou várias vezes a campainha, mas ninguém veio atender.

Na semana seguinte também Malcolm não foi a escola. O treinador Backer já estava a ponto de cortá-lo do time de basquete. Mas, quem intercedeu foi Rudolph.

Rudolph: Treinador, a gente não sabe o que aconteceu com o Malcolm. Deixa ele no time até ele se explicar o que tá acontecendo. Se ele não tá vindo pra escola durante esses dias deve ter acontecido alguma coisa séria.

Na terça feira seguinte durante o treino de basquete Malcolm apareceu causando uma surpresa em todo mundo. Ele foi direto falar com o treinador, sem sequer olhar para o resto do time.

Malcolm: Treinador Backer, eu quero falar com o senhor.

Backer: Até que enfim, Sr. Monroe, posso saber o motivo de não ter aparecido aos treinos nessas duas semanas.

Malcolm: Treinador, sá basta o senhor saber que eu quero me desligar do time.

Backer: Vc não quer mais jogar?

Malcolm: Não!

O time todo ficou olhando aquela conversa. Principalmente Rudolph que quase não controlava o nervosismo e a cara que estava fazendo por ouvir que Malcolm não queria mais fazer parte do time.

Mais tarde, Rudolph decidiu ir até a casa de Malcolm. Ele apertou a campainha duas vezes e Malcolm veio atender.

Malcolm: Ah, oi Rudolph.

Rudolph: E aí, Malcolm. Cara, qual o problema? Pq vc não apareceu na escola essas duas semanas? Pq vc não quer mais jogar no time?

Malcolm: Rudolph, tá acontecendo uns problemas aqui em casa. E eu tenho que ajudar, não posso mais ficar brincando, me divertindo...

Rudolph: Mas, o time não é brincadeira. É coisa séria. Pô, a gente já ganhou tantas vezes com vc. Daqui a um mês, a gente vai viajar pra Cicero e eu não acredito que vc não quer ir.

Malcolm: Não dá mais.

Rudolph: Porque?

Malcolm: Meu pai tá com câncer.

Rudolph: Quê?

Malcolm: Ele descobriu que tem leucemia. E como eu sou filho único e minha mãe abandonou a gente, eu sou a única pessoa que pode cuidar dele. Por isso não posso ficar mais no time.

Rudolph: Malcolm, desculpa. Que barra vc tá passando.

Malcolm: Que barra meu pai está passando, vc quer dizer né. É ele que tem câncer, não eu.

Rudolph: E onde é que ele tá agora?

Malcolm: Em cima no quarto, dormindo.

Rudolph: Pra onde vc tava nos dias que faltou na escola?

Malcolm: A gente tava numa viagem à Flárida. Meu pai foi pra um hospital de Miami. – Malcolm começou a lagrimar – Desculpa, cara. Eu sou mesmo um froxo, ficar chorando na frente...

Rudolph: Não tem nenhum problema chorar.

Malcolm: É que meu pai é a única pessoa que eu conheço. Eu nem sei quem são meus parentes. E se eu perder meu pai, eu vou ficar sozinho no mundo.

Rudolph: Vc tem amigos!

Malcolm: Sá vc! Valeu, cara! Mas, eu prometo uma coisa, se meu pai morrer eu vou... eu vou viver pra salvar pessoas com câncer. Eu vou estudar muito pra ser médico e poder salvar pessoas com a mesma doença do meu pai.

Rudolph: Muito bem, é assim que se diz.

Malcolm: Rudolph, eu queria te agradecer por ser tão amigo.

Rudolph: Não tem que agradecer nada.

Malcolm: Eu fiquei pensando muito em algumas coisas. Algumas coisas que eu percebi e me fizeram ficar confuso. Mas, eu acho que agora eu já não to mais. E isso pode parecer...quer dizer...isso vai ser totalmente estranho, mas essa é minha forma de agradecer pela sua amizade.

Rudolph: Como assim... – Malcolm nem deixou Rudolph terminar de falar e deu um beijo na boca de Rudolph. Depois entrou correndo em sua casa deixando Rudolph totalmente abismado e chocado do lado de fora.

Rudolph: Eu não acredito – pensando – Eu não acredito que ele me deu um beijo.