Era o ano de 1986: Cometa Halley, havia acabado o primeiro Rock´in Rio, bandas brasileiras de rock iniciando suas carreiras, brincadeiras dançantes, Roberta Close, Chacrinha... foram os anos da minha adolescência! Fase linda, cheia de descobertas inocentes, turma enorme numa cidadezinha do interior de São Paulo, onde a violência, droga, sexo não existia... tudo era lindo, simples e puro.
Foi nesse meio tempo que o amor e o sexo surgiu na minha vida... e justo com o paquerinha da minha irmã e seu futuro namorado! A gente não manda no coração...
Éramos uma turma enorme de meninos e meninas, treinávamos voleibol e atletismo juntos na escola, nos reuníamos nos finais de semana nos sítios de nossos pais para fazer galinhadas, nadar em cachoeiras, comer frutas nos pés, tocar violão e cantar, caminhar, enfim, vivemos uma adolescência maravilhosa.
Nessa turma, havia um garoto com 19 anos, baixo pra idade, cabelos lisos e loiros, olhos verdes, coxas torneadas, sem pêlos no corpo. O seu lábio superior era maior que o inferior e descobri (até hoje) que quem possui esse formato de boca beija muito bem, beija gostoso, beija sensual. Pois bem, esse menino paquerava minha irmã, uma paquera pura, sem insinuação sexual alguma. Sempre saíamos juntos, mas eu nunca imaginei nada com ele nem com outro garoto da turma. Não havia nessa época a exploração sexual que há hoje em dia na tv, revistas, jornais, músicas... não havia a Internet. Éramos todos P U R O S, no sentido literal da palavra.
Num sábado do mês de junho, estava super frio, houve um baile no clube da cidade e estava lotada. Dançávamos todos juntos, quando nás, os meninos, fomos sentar na beirada do palco, bem na frente da banda, enquanto as meninas continuaram a dançar. Todos bem juntos, mãos nos bolsos das jaquetas. De repente, sinto uma mão no meu bolso que começou a acariciar minha mão, meus dedos, a palma da minha mão... era ELE... não consegui olhar diretamente nos olhos dele, e fui sentindo uma sensação estranha, mas gostosa: meu pinto ficou duro e latejava por baixo do jeans... acho que ele percebeu minha situação, pois começou a simular o ato sexual fazendo dos seus dedos um cu e do meu dedo indicador um pinto... aquilo me surpreendeu, e senti meu pinto todo molhado... ficou fazendo isso até que a seleção de música acabou e as meninas vieram ali onde estávamos. Acabou o baile, fomos todos até a padaria esperar abrir para comermos pão quentinho e depois fomos todos pra casa.
Eu não consegui dormir sem bater uma punheta imaginando tudo o que havia acontecido.
Num outro sábado, uns 19 dias depois disso, estávamos todos na praça conversando, brincando, tomando refrigerante. Estava muito frio e a maioria da turma foi embora lá pelas 22h. Ficamos apenas eu, ele e outro amigo em comum. Lá pelas 23h, me despedi dos dois e comecei a descer pra minha casa: até hoje moro na entrada da cidade, numa chácara. Estava no meio do caminho quando ouço um assobio. Viro-me pra trás e ele vinha correndo, os cabelos loiros ao vento, sorrindo... meu coração acelerou no mesmo momento... ele parou perto de mim, passou o braço nos meus ombros e disse: ‘Vou ti levar em casa.” Senti-me no céu. Senti-me uma menina no primeiro encontro. Fomos andando devagar, não havia ninguém na rua. Ele me apertando de encontro ao corpo quente dele.
Ao chegarmos em frente a minha casa, as luzes estavam apagadas, e sentamos na varanda de frente pra rodovia. Ele se aconchegou mais em mim, passava as mãos no meu pescoço, beijava meu rosto e acariciava minha rola por cima da calça... eu estava sem palavras, sem reação, sentindo coisas que jamais havia imaginado que existiam. De repente, ele me pede: “Vá lá dentro e pegue uma coberta.” Eu fui, no total cuidado pra não fazer barulho, peguei a coberta, saí, ele estava de pé, pegou minha mão e fomos pra rodovia, que parecia um breu de tão escura.
Andamos uns 200 metros e paramos numa ponte, onde há até hoje canaletas de concreto onde escorre a água da chuva. Ele pegou a coberta, estendeu-a na canaleta, deitou-se e me puxou pra junto de si. Ficamos ali deitados, olhando as estrelas no céu preto... sem eu perceber, ele se deita em cima de mim e ficou me olhando com aqueles olhos verdes lindos... começou a me beijar na boca. MEU PRIMEIRO BEIJO!!! Me beijava, lambia meus lábios, mordiscava meu queixo, passava a língua na minha orelha, por cima dos meus olhos (até hoje tenho um tesão incrível nesse local). E suas mãos percorriam meu corpo todo... por cima da roupa. Sem falar nada, ele fica de pé, tira toda a roupa e eu, deitado, vi aquele corpo lindo dele com o céu estrelado ao fundo... ele já estava com a pica dura: média, poucos pêlos, grossinha... ele me puxou, tirou toda a minha roupa também, me deitou e deitou-se por cima de mim... eu sentia pela primeira vez um corpo de homem junto ao meu, eu sentia o pinto dele pulsar na minha virilha e barriga, eu sentia o cheiro dele enquanto a boca faminta dele percorria todo meu rosto, pescoço, peito... quando ele mordiscou meus mamilos e eu suspirei, ele levantou a cabeça e disse olhando os poucos pêlos que eu tinha entre minhas tetas: “Aqui está a minha bucetinha.” E lambeu toda essa região indo até meu umbigo... nesse momento, ele começou a bombar minha barrigvirilha e eu comecei a mexer também, mais por instinto do que por conhecimento... ele me beijava, passava as mãos no meu corpo, chupava meu pescoço... percebi o corpo dele quente e ele começou a foder minha boca com a língua e eu sugava a língua dele com volúpia... de repente, sinto ele gozar em minha barriga... sinto a porra dele escorrer para minha virilha, lambrecando meu pau, meu saco e indo até meu rego... ele pára de me beijar, me olha e sorri... enfia sua mão entre nossos corpos e pega no meu pau, já todo melado e começa a me masturbar olhando diretamente nos meus olhos... tento beijá-lo, mas ele não deixa e fica me encarando, olhando minhas expressões de desejo, de antegozo... não aguento e gozo! E grito junto com o gozo e sinto a língua dele invadir minha boca e descobrir cada recanto dela... sinto a língua dele na minha gengiva e meu pau solta mais porra ainda... quando ele percebe que eu havia acabado de gozar, deita sua cabeça no meu peito e ficamos uma meia hora assim, relaxados, todos lambuzados de porra. Sem falar nada, ele se levanta, se limpa com sua cueca, pega a minha e me limpa também. Coloca sua roupa e me ajuda a colocar a minha. Pega a coberta, me abraça e me leva até a porta de casa. Ali, me abraça apertado, me beija longamente, passa as mãos nos meus cabelos e diz: “Foi nossa primeira e única vez.” E sai... vai indo embora. Eu fico parado, sem saber o que falar ou fazer, sá observando-o ir... não sei ao certo o tanto de tempo que fiquei ali... sá sei que entrei, escovei os dentes, tirei toda minha roupa e me enfiei debaixo das cobertas com o cheiro das nossas porras no meu corpo... e dormi! Dormi com um sorriso nos lábios e com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
E assim foi... na outra semana ele foi na minha casa, pediu pra minha mãe deixá-lo namorar minha irmã, ela consentiu, e os dois iniciaram um namoro que durou 6 anos. Eu? Evitava vê-los juntos, evitava conversar com ele... doía muito...
Há 19 anos ele se mudou pra Campinas. Hoje o vejo raramente e quando isso acontece tudo volta na minha memária. É uma saudade gostosa, sem rancor, mágoa ou raiva... saudade do meu primeiro amor!
Quem quiser me contatar: wqjuninho@hotmail.com
Lembrando: todos os meus contos são verídicos, aconteceram comigo.
Abração a todos.