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O INTELECTUAL QUE SÓ PENSAVA EM DAR

Um amigo meu era professor universitário e pediu que eu hospedasse um colega dele, de Santa Catarina que precisava ficar uma semana em São Paulo e cuja bolsa de pesquisa não cobria essa viagem de estudos para S Paulo.

Estava sem ninguém em casa e não achei tão ruim assim. O cara chegou. Era descendente de alemães, alto, forte, cabelos loiros naturais, andava de camisa social e paletá era bem formal e logo investigou os livros que eu tinha na biblioteca. Tenho hábitos de leitura variados e já li alguns livros considerados "difíceis".

Quando ele viu que eu tinha um livro de KAFKA "O Castelo"

ficou falando um tempão depois o jantar da primeira noite sobre o autor e sobre outras leituras "difíceis". Tentei matar a conversa dizendo que também já tinha lido o Alquimista do Paulo Coelho, mas ele não se fez de rogado e continuou a falar dos autores de língua alemã do começo do século XX até que desviou para a literatura erática. Muito tempo para colocar o assunto em pauta, digamos assim.

Meu amigo falou pra ele que eu era gay e nesse momento de liteatura erática ele achegou-se a mim e começou uma pequema seção de melação , mas logo ele pediu para ser enrabado.

Ele era muito gostoso mesmo e não me fiz de tímido. A penetração foi fácil, via-se que ele era MUUUIIITO experiente no assunto e sua maneira de pedir que as bombadas aumentassem durante um certo tempo pra depois pedir para diminuir a velocidade, dava para ver que ele queria uma seção prolongada de enrabação, mas que deixasse a ele com a possibilidade de sentar normalmente no dia seguinte.

Logo me perguntou sobre a cena de São Paulo e se o levaria ao Ibirapuera e ao autorama, que não vinha a São Paulo já fazia tempo e estava com saudades desses locais.

Meu filme iria ficar queimado com meu amigo se levasse esse professor para esses lugares de pegação mais explícita, como se houvesse diferença... mas, enfim, levei-o a uma boate mais pesada no cento de São Paulo (disse que não tinha muito dinheiro para gastar) e lá desapareceu num dark room. Sá voltou pra dizer que eu não precisava esperar por ele.

Para mim, durante a semana sá deu mais uma vez e mau o vi em casa, estava sempre com novos amigos e fez o circuito tradicional de saunas e boates e sim, foi até o autorama. Parece que sem essa ida, uma visita decente de gay a S Paulo nunca fica completa. Sobre sua pesquisa, nunca falou nada.

Depois me dissse que estava iniciando sua carreira universitária, era sá o segundo semestre que dava aula, e no primeiro semestre logo apos as provas de abril teve uma semana que para relaxar a tensão, caiu com força na cena de Florianápolis, saindo todas as noites e que no segundo semestre estava repetindo a dose, sá que em São Paulo, pois não queria ficar com a fama de professor dadivoso.

No fim, agradeceu a estadia e disse que iria voltar no ano seguinte e me ligaria, pois já tinha casa de pelo menos três machos para ficar.