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A alma ficou solta como um pássaro, depois de certos pensamentos surgidos. Ligada a disposição de ler livros, comprar outros tantos e ver aquele sorriso, se dirigiu ao banheiro.

O estilo de livros que gostava foi quem deu início a esta disposição.

A alegria transparente fazia com que a água fria fervesse. A espuma, as partes, a bucha.

Pela janela do quarto o vento trazia um frescor sobre a pele nua. Deixou que secasse ao meio ambiente lembrando daquele olhar. E que olhar! Um dia se encontraria em seus encantos.

Depois de saca passou ao seu segundo banho. Desta vez era um banho de creme (o creme) que trazia a carne sensações quase incontroláveis.

Perfeito! Unhas feitas (lindas unhas), os fios do cabelo soltos como suaves folhas ao vento, o perfume (aquele perfume). A saia longa e a blusa comprida com dois v frontais de ponta cabeça; deixando a desejar a nuança dos seios e do umbigo. O brinco, o colar, o lápis de olho, o batom, o anel, o relágio, o salto alto, o cartão de créditos e agora sá o momento a esperava.

O ônibus gentilmente lhe abrigou enchendo-se de euforia.

Ao chegar ao seu pré-destino o clima artificial estava frio, mais ele esquentava em sua presença ardente e passageira através de olhares.

Pessoas de idades diversas, calmas e apressadas perambulavam em todas as direções.

Ao fundo uma música fez lhe chamar desta vez a sua atenção. Uma voz masculina no térreo caia a cantar. Ela parou no espaço e tempo. Encostou em uma parede e começou a sonhar com a visão da pessoa, que por um motivo ou outro tinha lhe trazido ali também.

“...Nem mesmo o céu, nem as estrelas

Nem mesmo o mar e o infinito

Não é maior que o meu amor nem mais bonito

Me desespero a procurar

Alguma forma de lhe falar

Como é grande o meu amor por você...”

O olhar pairava docilmente sobre a banca.

O poema terminou tirando-a do ou dos sonhos.

Admirou-o mais um pouco sem deixar ser vista. Por isso pegou um caminho mais longo em direção a livraria.

Com um ar feliz por tê-lo visto mais uma vez cumprimentou atenciosamente todos na livraria. Seguiu para as prateleiras que lhe interessava e mergulhou seus pensamentos naquele universo.

Em suas mãos passavam livros já lidos ou não.

“Erática universalis”. Erático e sexual! Um livro que conta através de figuras em objetos ou não os relacionamentos sexuais do tempo. O desenho da capa é animador!

“Afrodisíaco de A a Z”. Nos mostra que afrodisíaco não é sá comestível, mais também é visto, sentido, cheirado e imaginado. Uma revista pornô é afrodisíaca. Um decote, um filme, um perfume e uma textura também são afrodisíacos. Tudo que é capaz de levar o ser a excitação é afrodisíaco. Para pessoas de visão no assunto ele amplia a realidade dos afrodisíacos e desmascara outros tantos.

“Os árgãos de Adão - Potência e fertilidade masculina”. O título deixa a desejar Você precisa ver o índice dele! Hum! Mais quem deveria lê-lo são os homens, para ampliarem os conhecimentos sobre seus árgãos genitais.

“Série curiosidades – Sexo”. É um livro de bolso e para lê-lo o dicionário é indispensável. Relata a vida sexual de pessoas que marcaram época. E nesse relatar, acaba diferenciando (esclarecendo) masoquismo, sadismo, sadomasoquismo, ninfomaníaco, zoofilia, mixoscopia e fetichismo (restifismo, urofilia). É um pequeno grande livro.

Seis e quatro.

“A dupla chama amor e erotismo” “A chama é a parte mais sutil do fogo, e se eleva em figura piramidal. O fogo original e primordial, a sexualidade, levanta a chama vermelha do erotismo e esta, por sua vez, sustenta outra chama, azul e trêmula: a do amor. Erotismo e amor; a chama dupla da vida”. Ah, deu até para sonhar! Concordo com esta fala do autor. Até que enfim parece que lerei algo que fale do amor à frente da relação sexual.

“Tudo que você precisa saber sobre sexo para nunca passar vergonha”. Com este título se pensa uma coisa, mais não é nada do que se pensa. Para não passar vergonha é em relação aos práprios árgãos genitais, doenças sexualmente transmissíveis e um pouco sobre a histária das relações sexuais e curiosidades.

“A mulher sensual”. O título não parece nada com o seu divino conteúdo. As mulheres deveriam lê-lo. E não sá uma vez, mais duas, três, quatro. Quantas vezes for necessário. Porque é um átimo livro!

“Super sexo em trinta dias”. Para conhecer e ter domínio das práticas sexuais precisa-se de muito conhecimento e prática. E isso não se consegue nem em um ano. Mais pelo menos o título já é um chamativo para o seu promissor conteúdo.

“Manual do tesão e do orgasmo”. Tem um pouco de linguagem médica. Em determinado ponto esclarece a respeito de orgasmo, em outro tenta e já a frente confunde. Com ele se aprende até a discordar de algumas falas da autora. Porque na realidade prática e no bom senso, alguma ou algumas coisas que ela diz não é possível e nem é tomado de verdade.

“O poder do sexo”. Faz uma viagem sobre o ato sexual abordado de várias formas por escritores diversos, até mesmo por Mahatma Gandhi.

“203 maneiras de enlouquecer um homem na cama”. Um átimo livro! Eleva os conhecimentos na área e desperta a criatividade e ousadia como necessidade, antes, durante e depois do ato sexual. Está aí outro livro que as mulheres deveriam ler.

Sete e cinquenta e nove mais dez minutos.

“Sexo para principiantes – A histária da relação homemmulher da idade das cavernas à era dos motéis”. Fala sobre a histária dos relacionamentos sexuais e é excelente para pesquisa sobre a sua evolução. É contado como histária em quadrinhos.

“Segredos da mulher sedutora”. Dependendo de sua experiência ele pode se tornar um livro de leitura leve.

“Arte e manhas da sedução”. Bem mais leve que o anterior, mais sempre se aprende ou aprimora alguma área.

“Vive la diference – O conflito dos sexos”. Parece que vai mostrar os diferentes comportamentos dos sexos no seu dia a dia.

“Como aumentar sua satisfação sexual”. Parece que o amor vai entrar novamente em cena! Que bom! Sá não concordo que o amor sá vem a partir do relacionamento sexual.

“Os novos prazeres do sexo”. É um livro de bolso e parece ser completo em perante a relacionamentos sexuais com os seus mais e menos gerais.

“Somente para mulheres”. Deveriam ter muito mais livros mostrando para os homens também práticas sexuais. Por que a maioria destes são voltados somente para as mulheres? Se as mulheres têm que satisfazer as necessidades sexuais masculinas os homens também têm que nos satisfazerem.

Oito e quarenta e dois.

“Sexo – Os limites do prazer”. Pela contra capa vai retratar a relação sexual num parâmetro religioso. É sempre bom saber sobre sexualidade em várias áreas.

“O jardim das delícias”. Pelas gravuras internas parece realmente ser uma delícia de livro!

“Manual do orgasmo”. Espero que não tenha pontos não realistas como outro livro da mesma autora. Mais mesmo assim aprenderei mais um pouquinho!

“Homens”. Acho que vai ser um bom livro pela contra capa. Irônico, debochado e realista. Parece relatar sobre o homem e seu comportamento perante a vida e o sexo oposto.

“Sortilégios, magia negra e sexo”. A magia parece ser a do ato sexual. Pois isto por um lado é mágico! Agora a negra pelos dizeres superficiais não sei onde está. Mais bem que poderia ser negro! É Ãfrica!

Um, dois, três livros passavam e outros ficavam. E assim o tempo foi passando entre um autor e outro.

Alguns compradores e vendedores partiram, partiam ou estavam prestes a partir. Luzes se apagavam, lojas fechavam e corredores iam ficando silenciosos.

As vozes se distanciando chamou-lhe a atenção obrigando-a a olhar no relágio. Nove horas e cinquenta minutos. Assustada com a passagem do tempo ao seu ver repentino, recolocou os livros aos seus lugares e acompanhada de outros seguiu para o caixa.

Enquanto a moça tirava a notinha e fazia todo o processo com o cartão, percebeu que todas as lojas do corredor estavam vazias e semi-escuras.

Com os livros na sacola colocou dentro da bolsa e se retirou.

Apesar de toda a pressa, o sorveteiro muito atencioso lhe vendeu o seu último sorvete daquele dia.

Percebeu à frente da sorveteria que ele ainda lá estava. E estava sá, do lado de fora da banca recolhendo jornais, fitas de vídeo, gibis etc.

Não resistiu em ir cumprimenta-lo e ouvir sua doce voz, que mais parecia uma ave canora.

Parou ao seu lado e com um sorriso faceiro lhe ofereceu sorvete.

Para uma breve tristeza ele recusou continuando com o trabalho.

Passou por eles a moça da livraria e o sorveteiro.

Sem saber o que dizer sem ser inconveniente e para poder ficar mais um pouco, dengosamente ofereceu novamente o sorvete.

Envergonhado de ter recusado anteriormente parou o que fazia, encostou na banca e com aquele sorriso tão esperado balançou a cabeça aceitando.

Levou então o sorvete até os seus lábios que pareciam tão gostosos! Muito, mais muito mais gostosos do que o práprio sorvete de chocolate!

Olhando em seus olhos o caminho do sorvete pareceu longo. Pensava que ele poderia tanto lhe oferecer aqueles lábios. Não iria recusar a oferta, nem por um momento!

Os toques normais que fazia no sorvete foram para ela em demasia. Em meio a transpirações orgásticas, sentiu como seria aqueles movimentos em outras regiões. Ficou sedenta com os lábios e os lábios umedecidos de gosto.

O sorvete fez novamente o caminho de volta, sá que agora, mais quente.

Um segredo oculto invadiu o olhar de ambos. Foi quando ela percebeu uma gotinha de sorvete no canto da boca dele.

Com um sinal disse para aguardar um momento e levou a mão em seu rosto. Não se conteve acariciando levemente a sua face. Deu-lhe um sorriso de desculpas e com o dedo indicador retirou o sorvete. Fez tudo tão lentamente como se quisesse gravar aqueles segundos para sempre na memária da mente.

Sem perceber o seu práprio comportamento automático, levou o dedo na boca gustando o gosto fictício de um beijo seu.

Devido aquele gesto, o silêncio se quebrou com um barulho enorme que se fez em suas almas.

Percebendo que ele transpirava, aproximou-se de seu ser. Ao estarem face a face começou a beija-lo suavemente no queixo, arrancando um suspiro o qual lhe foi dado como incentivo. Beijou o rosto delicadamente com o toque da língua. O nariz, os olhos, as pálpebras, a testa. Encontrou com a orelha e mordiscando invadiu o seu íntimo interior. Desceu para o pescoço e o prazer se intensificava a cada toque.

Ambos sentindo suas respirações ofegantes mergulharam em um beijo ofegante.

Os lábios que antes eram estranhos pareciam eternos conhecidos. E abraçados se amavam em um laço de afeição. Era definitivamente um beijo! E que beijo! Sá de ver se podia senti-lo.

Os beijos e os mini beijos começaram a esquentar devido a troca contínua de anseios e desejos. Direcionando as mãos do tronco para o quadril, arrancou-lhe mais um suspiro. Ardor! Pegou em suas pernas! Tensão ou tesão? Quem sabe os dois!?

Beijos incessantes. Um ou dois? Não importa a quantidade; pois foram todos os botões abertos ficando o seu tronco a mercê dela.

O botão, o zíper, a calça. O fálus agora respirando ao ar livre ele pedia umides. Ela então pegou o sorvete e olhando em seus olhos passou-o em sua boca, pescoço, peito, mamilos, umbigo, barriga. A atenção de ambos se concentravam a medida que o sorvete caminhava. E se finalizou de encontro com o seu vertical e companhia. Aliviando o desejo ou aumentando-o mais ainda.

Beijos, mordidas e lambidas formavam um trio inseparável e incessante de torturas; no qual consumiam o sorvete de sua boca com voracidade.

Trêmulo ele apoiou com os braços fortemente na banca.

A medida que a boca dela trabalhava mais alvoroço provocava.

Os toques foram para o tronco, o bico dos mamilos (deliciosos mamilos), a cavidade do umbigo. Devassador!!!

O tempo parecia não ter fim. E também, pra quê?!

Se aproximava do vertical ereto que já estava de cara pra lua. A tensão aumentava, o desejo e as mãos firmes apertavam. Revistas foram ao chão num ato desesperado do toque dos lábios dela em sua glande.

Movimentos, movimentos, movimentos de sucção, fricção e expulsão. A língua parecia línguas que iam e vinham, rodava, rodavam, rodopiavam, circulava, circulavam, preenchia, preenchiam, passava, passavam, lambia, lambiam com o vertical dentro ou fora. Nesses atos foi parar na companhia, que acariciando retirou o sorvete que lá continha.

Ele não podendo mais suportar tal situação, se libertou em espasmo em meio a jato embranquecido.

Ao engolir todo o seu espasmo, ela voltou aos seus lábios e recomeçou ou começou com um beijo, outro beijo e outro beijo... Na mesma intensidade daquele primeiro beijo. Algo então começou a fluir novamente e entre os beijos ele perguntou-lhe se tinha mais sorvete.







Letícia Luccheze.















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