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PAGANDO COM A MESMA MOEDA

NA MESMA MOEDA



Lá se vai Dona Maria puxando o carrinho de feira. Vendo-a assim andando cabisbaixa sem brilho no olhar, ninguém imagina a situação que se meteu horas atrás.

Ontem o marido chegou em casa bem além do horário de costume. O relágio já passara da meia noite e nada do esposo aparecer. Depois de inúmeras ligações onde a chamada caía na caixa de mensagens, com a cabeça repleta de maus pensamentos e a paciência a flor da pele, desabou cansada em baixo do edredom.

Ao acordar lá pelas tantas da madrugada com o figura roncando ao lado, pensativa concluiu:

“Safado! Sá pode ter vagabunda nessa histária!”

Levantou enfurecida e foi direto procurar vestígio de outra mulher nas roupas do companheiro. Encontrou o paletá jogado ao pé da cama. Pegou a vestimenta do chão, foi até a sala, acendeu a luz fraca do abajur, passou os olhos no tecido tentando encontrar algum cabelo diferente, mas não achou nada. Cheirou bem a roupa que não denunciou perfume algum. Porém bastou averiguar num dos bolsos que estava deflagrada a traição. Um guardanapo estampado por um beijo em batom vermelho, dizendo: “Pra você nunca me esquecer!”

Olhando enfurecida para aquele papel debateu-se numa mistura de choro e ádio ao mesmo tempo. Sentindo-se traída e com o coração partido viu o casamento de dez anos por acabar. Maquiavelicamente pensou: “será que corto o pinto dele enquanto dorme?, ou pago na mesma moeda?” Com raiva no olhar e respirando fundo, decidiu: “vou dar pro primeiro que aparecer... Quero que ele sinta o que estou sentindo...”

Ainda na madrugada, de pijama e salto alto entrou no taxi que havia chamado. Sentou-se no banco de trás e concluiu: “é... não vai ser com o primeiro.” Mal fechou a porta e o velhote sonolento ao volante, perguntou:

“Pra onde, Dona?”

“Centro da cidade” – falou rispidamente como se o senhorzinho fosse cúmplice do marido.

Num segundo o barulho do motor estava quebrando o silêncio da noite e, ao passarem por uma rua praticamente deserta Maria gritou:

“Pare aqui!”

O taxista freou e o carro parou em frente a um inferninho. Dois seguranças engravatados faziam guarda na entrada do estabelecimento. A moça desceu do veículo e encarando o mais brutamonte, indagou:

“Preciso do seu serviço!”

Antes que viesse a resposta, continuou:

“Tem que ser agora!”

“Infelizmente nesse momento não posso lhe ajudar, Dona.”

“Hum... E você?” – Disse olhando com desdenho para o mais baixo.

“Sem condições de abandonar meu posto.”

“Que pena!” – mal virou as costas para voltar ao taxi, escutou vindo do grandalhão:

“Que tipo de serviço a senhora precisa?”

Ligeiramente retrocedeu e bem ao pé do ouvido do rapaz sussurrando, disse:

“Quero que você me possua.”

Imediatamente o segurança olhou para o parceiro de portaria e falou:

“Avise ao chefe que fui socorrer um cliente.”

Ouvindo aquelas palavras o companheiro comentou:

“Vai perder o emprego, hein!”

Sem dar atenção ao comentário entraram no taxi e ela indicou ao motorista o único motel da cidade. Enquanto seguiam, o rapaz timidamente colocou a mão gigante sobre a coxa da Maria. Apenas nesse momento a moça se deu conta do que estava prestes a acontecer. Se não fosse a imagem do guardanapo no bolso do paletá lhe vir a mente teria desistido no mesmo instante. Porém ainda não sabendo se estava certa do que queria, com o coração em disparada tirou a mão dele e afastou-se no banco de trás. Cabreiro o moço puxou assunto:

“Você não...”

Batendo arrependimento graças a reputação de esposa fiel, respirando fundo falou sem o deixar terminar a frase:

“Preciso pensar. Deixe-me respirar.”

“Isso aqui não é uma pegadinha, né, moça?”

“Não... Não sei.”

Enquanto isso o motorista, também confuso, porém com o ouvido grudado na conversa dos dois, perguntou:

“Chegamos! Querem que eu estacione lá dentro?”

Com a voz da consciência lembrando-a que não conhecia e nunca desejou outro homem além do marido nem ouviu o que o taxista disse. E quando estava prestes a retroceder argumentando que tudo aquilo não passava de uma loucura, despertou com outra pergunta:

“Dona! Querem que eu estacione lá dentro?”

Voltando a si lembrou a traição do esposo. Afirmou:

“Pode sim.”

Apás pagar a corrida os dois entraram no quarto. Ela ainda sem estar totalmente decidida falou ao brutamonte:

“Não quer tomar um banho enquanto me preparo?”

“A Dona está certa! Preciso muito de uma ducha. Não vá fugir, hein!”

“Não se preocupe...”

Com isso havia ganho tempo. Sentou a beira da cama e começou a chorar. Desejou não ter achado o bilhete no bolso do paletá. Porém bastou imaginar o marido nos braços de outra que ficou fula novamente. Limpou as lágrimas e criou coragem de colocar um par de chifres no esposo.

Não demorou e o segurança saiu do banheiro com a toalha na cintura. Passando os olhos naquele corpo musculoso sentiu-se molhada. Bastou o rapagão chegar perto e abraçá-la para começar a ceder. Beijaram-se enquanto a toalha soltava da cintura do amante. Curiosa desceu a mão até as partes baixas do grandalhão, e com um pulo para trás, exclamou assustada:

“O que é isso?!”

“Vinte e cinco centímetros pra te levar às alturas...” – respondeu ele exibindo o instrumento quase totalmente ereto. Depois de falar pegou a delicada mão dela e a fez segurar naquela ereção descomunal.

Com os olhos arregalados, espantada e meio sem jeito iniciou um vai e vem encabulado. A essas alturas os líquidos vaginais já molhavam o forro da calcinha. Não demorou e o rapaz pegando-a pelos cabelos empurrou-a para baixo. Sem oferecer resistência ficou de joelhos abocanhando com prazer aquele membro que entrava e saía por entre seus lábios. Sugou, beijou, lambeu como nunca havia feito antes. Entregou-se de corpo e alma. Surpreendendo-se com o práprio desempenho ela sentiu aquela tora latejar mais forte até que, bum!, explodiu ejaculando até dentro da garganta. Com certo nojo concentrou-se e engoliu o líquido expelido, passou a mão no pouco que escorrera para fora da boca e com a língua timidamente limpou o membro que ainda pulsava forte. Mal terminou e foi puxada para cima. Beijaram-se freneticamente e acabaram indo para a cama. Deitada foi despida da parte de cima do pijama sem maiores delicadezas. Entregue e ansiosa seus mamilos denunciavam a excitação que estava sentindo com aquilo tudo. Vendo os lindos peitos apontando para cima o segurança se jogou de boca naquelas obras de arte. Apertou, lambeu, mordiscou e beijou intensamente enquanto ela soltava gemidos de prazer. Minutos depois sentiu a mão gigante do rapaz iniciar a exploração por baixo da calcinha ainda encoberta pela calça do pijama. Os dedos longos dele primeiro constataram que ela estava toda depilada e depois entraram na caverna molhada arrancando sonoros gemidos da Maria que nem lembrava mais que era casada. Em uma fração de segundos, parou de acariciá-la e arrancou calça e calcinha que foram jogadas ao chão. Como um lobo sedento apreciando a presa, falou:

“Dona! Que gostosa você é” – em seguida caiu de boca na bocetinha encharcada que se contraia implorando por ser penetrada.

Lambeu-a exaustivamente por toda a extensão do rasgo vaginal e depois penetrou o máximo que pode com a língua. Ela implorava:

“Não para, não para...”

A fez gozar e delirar de prazer enquanto aquela cintura fina se contrair descontrolada. Sugou muito toda a região se deliciando no gozo da não mais fiel Maria. Quando percebeu que aquela mulher antes indecisa já estava totalmente entregue, se pôs de joelhos na cama preparando o membro avantajado. Ela ainda curtindo um êxtase de prazer, sentindo que seria rasgada, temerosa olhou para o rapaz e falou:

“Por favor, seja carinhoso. Não vá me machucar!”

“Pode deixar Dona! Nunca nenhuma garota reclamou insatisfeita” – depois abriu as belas pernas da moça assustada.

Quase deitado por cima o brutamonte esfregou a cabeça do membro avantajado no clitáris fazendo-a morder os lábios de prazer. Nesse momento, cheia de vontade, pediu:

“Me come logo! Me fode, vai!”

Lentamente ele foi introduzindo todo o potencial na vagina que pulsava de desejo. Quando a cabeça vermelha começou a entrar, não imaginando o que viria pela frente continuou a dizer:

“Me come toda!”

Querendo muito possuir aquela obra prima de mulher o segurança enfiou tudo de uma vez numa sá forçada. Sentindo-se rasgada, suplicou:

“De vagar! De vagar!”

Já era tarde, euforicamente o troglodita sá se concentrava no entra e sai, entra e sai, ignorando as súplicas dela. Mesmo com todo o incomodo da dor entre as pernas, suando muito não queria que aquilo acabasse. Com a voz rouca e os olhos virados para traz sentindo o útero ser tocado pela primeira vez, continuou:

“De vagar! De vagar!”

E quando estava prestes a ter um orgasmo, o segurança ejaculou em meio a gemidos de tesão. Sentindo o líquido quente inundar sua vagina gozou como nunca havia gozado antes. Gritou de prazer como nunca havia gritado antes enquanto o homem músculos tombava na cama. Com a respiração ofegante, calados ficaram por minutos olhando para o teto. Querendo mais, bastou Maria recuperar o fôlego para começar a masturbar o agora emborrachado super membro quase falecido. Nesse instante ouviu o brutamonte falar arrastado:

“Dona! Vai com a boca que ele levanta rapidinho!”

Foi o que ela fez. Sugou tanto que o membro avantajado começou a dar sinal de vida. Logo estava ereto novamente pulsando entre os lábios dela que pegava gosto pela coisa. Recuperado o fôlego, o fortão voltou a ter o controle da situação. Colocou-a de quatro falando:

“Quero você todinha pra mim.”

Ingenuamente Maria ficou esperando ser comida na boceta novamente. Porém ele sem dá nem pena a agarrou vigorosamente pela cintura e forçando introduziu lentamente todo aquele membro no ânus da moça. Ela se debateu tentando sair daquela posição e sem conseguir escapar, gritava:

“Aí, não! Para! Aí, não!”

Já era tarde, pela primeira vez na vida alguém a enrabava. Descabelada e suando de dor continuou a implorar:

“Pare, tá doendo! Pare, por favor!”

Sem forças para lutar contra o troglodita entregou-se com as unhas agarradas ao lençol. Urrando e mordendo o travesseiro passou-lhe pela cabeça as inúmeras vezes que o marido insistentemente tentou penetrar aquela região, e sempre ouviu não como resposta. Suor e lágrimas se misturaram enquanto o rapagão concentrado sá pensava na terceira gozada que demorou em acontecer. A cada estocada sentia que era rasgada por dentro. Apás o esforço todo o brutamonte praticamente desmaiou na cama.

Maria passou a mão no ânus e com os dedos conferiu o tamanho do estrago. Toda ardida e com as pernas trêmulas, numa mistura de peso na consciência e satisfação, precisou criar coragem para levantar-se. Recuperou o fôlego e com passos sôfregos foi até o banheiro observando o esperma do segurança misturado com sangue escorrendo por entre as coxas. Entrou em baixo da ducha quente, lavou-se demoradamente e voltou para o quarto. Vestiu-se, pediu um taxi e em meio a raiva e suspiros deu uma última olhada no brutamonte estirado no colchão. Saiu deixando o rapaz desmaiado na cama.

Descalça segurando as sandálias na mão chegou na portaria do motel e pagou a conta com o cartão do marido propositalmente. Esperou alguns minutos pelo taxi que não demorou em chegar. Abriu a porta de trás do veículo, sentou-se sofrivelmente e indicou o caminho ao motorista.

Com o dia clareando entrou em casa ao som da sinfonia dos passarinhos. Exausta esticou-se no sofá esperando o esposo acordar. Mesmo tendo pago na mesma moeda queria satisfações. A vontade era a de meter o pé na bunda dele, dizer o quanto havia sido corno naquela noite, jogar suas roupas para fora como nos filmes da TV e ir atrás de um advogado procurando a separação.

Toda destrambelhada e forçando para não dormir escutou o radio relágio despertar. Poucos minutos depois vê o companheiro entrando na sala. Sem dar chance de ele pronunciar alguma coisa, levantou-se e desandou a xingar:

“Seu filho da puta! Como você explica isso?” – Grita mostrando o bilhete com o beijo estampado.

“Eu é que sei?!”

“Claro que você é que sabe, cretino! Tava no bolso do teu paletá!” – enfurecida aponta para o traje jogado no chão.

Esboçando um sorriso ele pegou a vestimenta, colocou sobre o sofá e afirmou.

“Quando terminou a reunião de ontem todos saíram correndo. Na pressa alguém levou o meu paletá por engano. Sá sobrou esse que não é o meu.”

“Não é o seu?!”

“Não...” – Falou e seguiu para o banheiro resmungando: “Hum... Mulheres...”

Olhando para o maldito traje e com o coração apertado Maria chorou compulsivamente.



Fim



Críticas e sugestões: gc2791@ymail.com