Aviso: Alteramos a página inicial para mostrar os novos contos que foram aprovados, não deixe de enviar seu conto.

TRANSA ARRISCADA - O DIARIO DE UM ADOLESCENTE 7

Eu não sabia o que pensar. Quem poderia ter visto? Quem quer que fosse eu tava realmente fudido.



“Caio! Caio! Acorda! Acho que alguém viu a gente!” disse eu, sacudindo o Caio.

“Como assim? Sério?!” disse ele, ainda meio tonto de sono. “Quem foi?”

“Não sei, não consegui enxergar…” falei. Â“É melhor a gente ir logo pro hotel”.

“É…” concordou Caio, levantando rápido e se vestindo de novo com a minha sunga, que estava logo ali práximo da gente.



Me vesti também e, depois de um mergulho na água pra tirar o que tinha sobrado das secreções nos nossos corpos, nás fomos quase correndo para o hotel.



Ao entrar no hotel, a gente se separou pra entrar nos quartos.



Logo reparei se tinha algum sinal de vida. Tinha certeza que tinha sido a Camila quem viu a gente lá. Ela deveria estar preocupada e tudo mais. Louca pra ficar no meu pé, como sempre. Mas Camila estava lá, deitadinha na cama, toda embrulhada por causa dos mosquitos. Sua respiração estava lenta e profunda, característica de quem dorme pesado. Mas aquilo era fácil de disfarçar, sá no dia seguinte eu iria poder analisar isso de verdade.



Mas quem disse que eu dormi? Deveria ser umas 23h e eu fiquei até perto de 4h da manhã me revirando na cama, pensando nas consequências do que eu tinha acabado de fazer. Como eu podia ter feito sexo numa praia pública e dormido logo depois? Aquele maldito clima romântico tinha me subido à cabeça. Eu sou sempre tão são, penso tanto antes de fazer as coisasÂ… Lua cheia filha-da-puta.



Acordei sem nem ter percebido quando eu tinha dormido. Camila não estava lá.



Saí do quarto e fui até o refeitário. Todos estavam lá menos Caio e Gustavo. Minha mãe passou por mim, sem falar nada pra se servir na mesa. “Puta merda! Será que foi ela quem foi atrás de mim na praia? Bem capazÂ… caralho!” pensei. Se tinha sido ela, eu tava muito mais fudido do que eu tinha pensado. Quando chegasse em São Paulo, iria ouvir muito, mas muito mesmo. O único motivo dela não ter se manifestado até aquele momento, deveria ser a presença de todos, já que ela tem muita vergonha do que eu souÂ…



Me servi de alguns pedaços de queijo e um suco de melancia, sá pra não estranharem, porque eu tava realmente sem nenhum apetite. Me sentei na mesa onde tava o meu povo e dei um sorriso forçado pra Camila. Ela respondeu com um frio “Bom dia, Lucas!”.



LUCAS?! Ela NUNCA me chama de Lucas, SEMPRE de “Lu”! Putz, foi ela que viu! Agora tava fria comigoÂ… Será que ela contaria pra minha mãe? Nãããão, pior, NA ESCOLA! Caraca, tava fudido, nunca mais ia pegar nenhuma menina. Talvez essa fosse “A Vingança de Camila” por eu tê-la usado sá pra sexoÂ…



“Nota mental: nunca mais irritar uma mulher” pensei.



Fiquei horas mexendo no queijo com o garfo, pensando merda, quando vejo aquele meu príncipe entrando no ambiente. Ao contrário de mim, ele parecia ter dormido muito bem à noite. Seu topete estava impecável e molhado. Seu sorriso quando me viu, iluminou o ambiente e quase me cegou. Me notei de queixo caído, com o queijo já fora do prato. Ele riu de mim, eu abaixei a cabeça sem graça. Será possível que eu finalmente tinha ficado um bobo apaixonado?



Caio olhou pros lados e saiu do refeitário sem nem ao menos se sentar em alguma mesa. Antes de sair, me lançou um olhar significativo. Entendendo, nás o seguimos – eu e a minha insanidade. O vi entrando no quarto dele e do Gustavo. Fui atrás. Quando o vi da porta, ele tirava a camisa lentamente ao ritmo de Me & Mr Jones de Amy Winehouse, música que tocava ao fundo. Não tinha música melhor pro momento.



Vi cada parte do seu corpo se revelando pra mim novamente, mas dessa vez de uma forma muito melhor. Ele se virou e não aguentou segurar o riso. Nem eu. A dançinha dele me encantava. Cheguei nele e ajudei com o resto da roupa. Antes de tirar a bermuda, ele enfiou a mão no bolso e tirou algo bem rápido:



“Olha o que eu tenho agora.” falou ele rindo, me mostrando um pacote de camisinha.



Eu não aguentei o riso. Ele me conteve com um beijo. Suas mãos corriam meu corpo, enquanto eu me despia. Em pouco tempo eu e ele estávamos nus, nos abraçando. Seu membro encostava no meu e me deixava louco. Sexo poderia ser sá aquilo que eu não me importaria.



Caio me empurrou na parede e se agachou um pouco pra carregar as minhas pernas. Encaixei elas ao redor dos seus quadris e nos beijamos de novo. Pelo canto do olho vi que ele rasgava o pacote da camisinha. Não o vi colocando nele, mas senti uma pressão embaixo, que nunca tinha sentido antes. Foi um pouco difícil no começo, mas quando a cabeça entrou, o resto deslizou mais tranquilamente. Engoli o meu gemido, com medo de que alguém que passasse do lado de fora do quarto ouvisse, mas me arrepiei todo quando senti que ele tava completamente dentro de mim. Estiquei a cabeça pra trás e minhas unhas cravaram em seus ombros instintivamente. Ele não se preocupou muito em gemer baixo nesse momento e eu muito menos liguei pro seu gemido alto.



Caio me carregou pra um banquinho práximo e sentou nele. Ainda no ritmo do CD mais recente de Amy Winehouse, fiz meus movimentos frenéticos, com gemidos altos e baixos, muitos beijos e carinhos, até os dois se satisfazerem.



Depois entramos no chuveiro.



Enquanto a água descia pelo meu corpo, Caio ficou horas me olhando. Aquilo tava me deixando constragido, meu corpo não é a coisa mais linda do mundo.



“O que foi?” perguntei, rindo.

“Quero ficar contigo sabia?” disse ele, olhando nos meus olhos. “Sei que te conheço pouco pra dizer isso, mas nesse momento, eu sinto que quero ficar contigo pro resto da minha vida…”



Mas é um filho-da-puta mesmo. Queria me fazer chorar na frente dele logo depois da nossa primeira transa de verdade? Pra isso não acontecer, puxei ele pra debaixo do chuveiro comigo. E a gente ficou se beijando por um bom tempo, sem medo. De novo eu tinha perdido a noção do que era seguroÂ…



Mais tarde, a noitinha, eu tava sozinho no quarto, me arrumando pra nossa saída daquela noite, quando entra o Gustavo no quarto.



“LucasÂ… eu tô meio cansado sabe? Meus pés doemÂ… Faz uma massagem pra mim!” disse Gustavo, em tom de ordem.



Eu ri.



“Pára com isso, tá doido?” falei, abaixado, amarrando o meu sapato, de costas pra ele.

“Eu tô falando sério!”

“Cala a boca, Gustavo, eu não vou fazer isso pra ti!” disse, sem nem olha pra ele.

“OKÂ… talvez se vc souber que eu sei de um segredo seuÂ… seu e do CaioÂ… vc faça a massagem…” disse ele, diabolicamente.



CONTINUA...



(Não sei com que frequência o site atualiza os contos aqui, mas no meu blog eu posto um capitulo toda sextas - www.odiariodeumadolescente.wordpress.com - entrem lá e me adicionem no MSN > um_adolescente@live.com)