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LIBÂNIA LOURA - CONTO

Ela era o câo. Eu estava em minha casa quando a mulher, bem nova, chegou por lá. E de conversa em conversa, quando menos eu esperei, lá estava eu e Libânia deitados na cama que era dela. O marido, coitado, estava bêbado e dormindo. Eu e ele gozavamos de plena amizade. E foi assim por muito tempo. Ela nao desconfiava de nada e eu estava comendo a mulher do meu melhor amigo. E sá era fuc fuc, fuc fuc, eu metendo a pica e ela ai ai ai, gozando feito doida. Enfim, eu já nem podia mais com minhas pernas de tanto sacolejo com Libânio. Era todo dia. Quando a gente nao fazia em casa dela, lá estavamos nás numa foto deitados em cima da banca, sem dá nem piedade. Libania era mulher alegre pra valer. Na verdade, ela devia ter sido mulher da vida. Isso foi o que faltou para o deleite da puta.

Certa vez, nos fomos ao bar do Cacique e por lá ficamos até altas horas da madrugada. Quando saimos, ela pergunto:

--- Vamos? -

Eu respondi.

--- To morte. A cana me deixou acabado.

E ela então disse.

--- Froxo. Sá toma um golinho e entao diz que está morto!

Então, pra não perder Libania, comi a dona por tras de um carro que estava estacionado perto do bar. Isso era coisa de tres horas da manhã. Inda tava escuro por toda a rua.

Voltei pra casa, cambaleando e sem jeito. Deitei no sofá da entrada da minha casa, e ali dormi até o meio dia.

Acordei quando minha mãe me chamou.

--- Acorda, Divino, Ja está tarde. Olha a hora. -

Dizia minha mãe.

Então me levantei atordoado e foi tomar um banho frio, mas desses frios de trincar os dentes.

Quando estava almoçando numa banca no meio do terreno, em baixo de um cajueiro, eis que vem chegando Libania, toda alvoroçada me chamando depressa para ir a casa dela.

--- Pera! Deixa eu comer! -

Respondi com a boca cheia de farofa, arroz, feijão e o que tinha para comer.

--- Vumbora depressa. Hoje tem jogo e o corno foi ver o Corintias.-

--- Vou já. Deixa em terminar essa colher.

--- Vamos logo. Se não o corno volta.

--- Pera. Deixa de vexame.

Acabado o almoço lá estavamos nás na camarinha de Libania com ela atormentada e eu ainda banbo da cachaça que havia tomado, fazendo o que a mulher queria.

Foi nesse instante que o maridão chegou. Mas voltou tão desorientado que nem prestou atenção a mulher que tinha. Sá falou comigo,dizendo.

---Que merda muito aloprada essa. O Corintians estava vencendo e perdeu a partida. Inda teve dois caras expulsos pelo juiz de merda.

E eu, de susto e medo, sorrindo de qualquer jeito, chamei o meu amigo para gente tomar uma lapada, pois time ruim e mulher nojenta sá se vai mesmo com uma cachaça das mais ruins. Quando nás bibiamos, o corno me disse:

--- Tô cum raiva de minha mulher. Pra você ver. Nem chifre ela bota em mim!

--- É verdade, disse eu. Ela nem bota chifre. Vá verque é uma mulher decente. Né?

--- Não me inco,odo com isso. Mas o Corintians perder, aí é dose.

Disse ele. E a cana continuou até o dia amanhecer.