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O IRMÃO ESPORTISTA XVI - MÃIE

O Irmão Esportista XVI – Mãie.





Acordei com o André me chamando para irmos dar uma volta no mar, o mano e o Gui já estavam preparando as pranchas para surfarem, eu levantei, tomei meu café, me troquei, passei protetor solar com a ajuda do Dé, hehehheh que me deu uns tapinhas na bunda, mas deixa eu descrevê-los, o mano estava de, aquela roupa de surfista, o Gui sá com uma bermuda, o Dé com uma sunga tipo shortinho e eu com uma bermuda também. Saímos de casa e fomos para a beira mar, o mano e o Gui como já disse foram surfar, o André e eu fomos caminhar e conversar.

- E ai, me conta como foi sua estréia na faculdade, meu gatinhu universitário. Disse o Dé.

- Foi legal, acho que estou no caminho certo, custei a me encontrar, fui de economia a artes visuais, hehehhhe, mas ta bem legal, ainda é muito começo, tudo é introdução, o pessoal fala que a gente sá vai começar a ver psicologia mesmo a partir da terceira fase e ainda vai ser muito pouco, daí pra frente que a coisa começa a esquentar.

- Legal, a minha também foi assim, mas se dedica agora no começo porque essas matérias que você pode achar que não tem nada haver com o seu curso, mais pra frente vão fazer falta.

- Realmente, mas eu me dedico tanto que passei sem ficar em dependências, hehehhehe, o único problema é ter que ficar numa sala onde sá tem mulher e os únicos homens que tem são feios, aix quem me dera fazer uma medicina ou fisioterapia que sá tem gato. Brinkei com o Dé

- É assim né, então ta, mas fico feliz em saber que não tem urubu encima do meu neném.

- Ehhehhehhe. Aixxxxxxx sem comentários né.

- Bom agora é não ter mais aula no sábado, agora sá na quinta fase, tem Ética ai é o sábado o dia todo, puts deve ser um saco.

- Não tem nada de saco, é importante, principalmente você que vai trabalhar com pessoas ter ética é fundamental.

- (silêncio)

- Sabe as vezes eu me pego lembrando daquela noite de natal que a gente fico junto.

- E pensa coisa boa? Perguntou ele

- Claro né. Falei olhando para ele sorrindo e ele sorriu olhando para o chão, me olhou com o canto do olho e começou a rir.

- (silêncio)

- Vamos voltar? Perguntou ele.

- Claro, ainda tenho que fazer umas coisas em casa.

- E a Liana?

- Ela esta em Balneário com a Paty, a que inveja cara, hehhehehe.



E assim voltamos para casa, conversando, rindo, nos divertindo, é legal fazer esses programas com a pessoa que a gente gosta, conversar se conhecer melhor, ele me contou varias coisas da sua vida, foi bem legal mesmo.

Chegando em casa fomos no quarto dar uns beijinhos, uns amassos, básicos né, também sou filho de Deus, hehehhe. Mas eu ainda não tava legal, tinha que contar pra ele sobre o Ale e resolvi acabar com aquilo logo.

- Dé.

- Oi.

- Eu... eu tenho que te contar uma coisa. Minhas pernas já tremiam, uma hora eu tinha que contar pra ele e achei esse o melhor momento.

- Sim, fale. Ele continuou em pé e eu sentei na cama, ele me olhou, percebeu que eu não estava muito bem, e também se sentou.

- O que foi Nando? Já perguntou preocupado.

- Eu... Dé... cara eu te amo e... por favor antes de fazer qualquer coisa, me deixa falar.

- Hei o que aconteceu?

- André... ai Deus... Dé eu te... sabe eu não tive como resistir, e quando eu vi que era uma burrada não tinha mais como sair, ele me forçou, me machucou, Dé desculpa cara, eu não queria mais não sabia... Eu custei a falar mais quando falei soltei tudo, quase tudo com frases totalmente desconexas e já começando a engasgar com o choro.

- Para, o que aconteceu? O Dé já me olhava com uma cara, olha mais do que ter que contar isso a ele, era olhar a sua feição, ele já sabia do que se tratava, mas estava precisando ouvir pra confirmar.

- Eu... eu transei com o Alessandro, foi a força cara ele me machucou, eu não queria mais não sabia dizer não, desculpa cara, me perdoa Dé... eu te amo cara. Eu não sabia mais o que falava, o que pensava, e já chorava pra cassete.

- Bem que eu desconfiei que ele te olhava de mais ontem, então é isso?

- Desculpa cara, por favor eu não quero te perder cara.

- Fernando eu não esperava isso de você. Disse ele trancando o choro.

- Desculpa cara, descul... Eu não me aguentava mais

- Fernando eu... preciso de um tempo... eu vou pra casa... pego minhas coisas e... preciso de um tempo depois a gente se fala. Olha eu queria morre naquele instante.



Ele se virou e saiu andando, eu vi que ele estava chorando, cara como dái isso, sei que sou eu o errado, porra sempre sou eu o errado cara, porque eu faço isso? Porque cara, porque tenho que machucar sempre as pessoas que gostam de mim? Eu fiquei ali com a cabeça entre os joelhos chorando, colocando pra fora essa dor que me angustiava, por mais que eu quisesse pensar que não, eu sabia que o que eu fiz foi horrível, porra tantas as vezes que eu cobrei isso do mano cara, e eu fiz pior, o Dé cara, e por mais que eu quisesse também ficar com raiva do Alessandro eu não conseguia, porque eu quis, eu fiz, ele não sabia que eu namorava e muito menos que se tratava do Dé, eu sou o culpado, sempre eu sou o culpado, cara como eu estava me sentindo mal, como eu queria a Liana ali comigo pra me dar uma força, queria minha mãe cara.

Fiquei um bom tempo ali ate que resolvi da uma volta no mar, sentei na areia e fiquei olhando o mar, pensando no que eu iria fazer daqui pra frente, sem o Dé, e como contaria pro mano, apesar de fazer um bom tempo que a gente não se relacionava como amantes, ainda tínhamos aquela coisa um pelo outro e eu sabia que ele não aceitaria isso de qualquer jeito. Quando o sol começou a ficar muito quente, fui para casa, já se tratavam de mais de duas da tarde. Quando cheguei o mano e o Gui estavam me esperando.

- O André? Perguntou o mano.

- Foi embora. Eu com aquela cara de quem choro muito, cansado, mal pra cassete, fui entrando, querendo chegar no banheiro para tomar um banho, e ficar lá deixando a água cair na cabeça.

- Foi embora? Porque você esta com essa cara Fernando? O que tu já aprontou em seu merda. O mano já falou se levantando e pegando no meu braço.

- Me deixa cara, eu sá quero um ba...nh...oooo... Voltei a chorar.

- Agora tu vai sentar aqui e me contar o que tu aprontou. Disse ele me jogando numa cadeira da cozinha.

- Calma Rodrigo. Disse o Gui.

- (silêncio) eu fiquei lá chorando de cabeça baixa sem nem conseguir olhar pra cara dele.

- FALA LOGO PORRA. Berrou o mano.

- EU TRANSEI COM O ALESSANDRO E ACABEI DE CONTAR PRO DÉ CARALHO. Falei já gritando também.

- Tu o que? Falou o mano se ajoelhando a minha frente.

- É isso mesmo cara, a gente termino, me abraça manu. Falei abrindo meus braços para abraçá-lo, eu precisava daquilo, como precisava.

- Seu viado filha da puta. A única coisa que senti foi um tapa de mão aberta no meu rosto, que me fez virar a cara, e assustado correr pro quarto.

- Calma Rodrigo, não faz assim que você sá vai piorar as coisas cara, por favor. O Gui tentando segurar o mano.

- Eu vou mata aquele pirralho cara, meu irmão, não não é meu irmão, não tenho irmão putinha. Cara eu do quarto sá ouvia ele falando e bufando.

- Rodrigo, ele é seu irmão sim querendo ou não, ele nesse momento esta precisando de você cara, ele aprontou, mas antes de julgá-lo vamos saber da historia primeiro como tudo aconteceu, eu quando vi o Alessandro não fui muito com a cara dele não, não estou dizendo que o nando é santo, mas vamos saber de tudo primeiro, se acalma cara, por mim.

- Já era difícil ver ele com o André, mas tudo bem, o André estava cuidando bem dele, mas porra cara, logo com o Alessandro, meu brother, não cara eu vou quebra a cara desse pirralho.

- Cala boca Rodrigo, você não vai fazer nada, cara para e pensa, apesar do nando ter 20 anos, você sabe que ele é muito inocente, tem pouca experiência na vida, você viu ele, queria te dar um abraço ele ta precisando de ajuda cara, não de esporro, a lição dele já esta sendo terminar com o André, você é o irmão dele Rodrigo a pessoa em quem ele vê segurança, proteção, para e pensa cara, o seu irmão ta precisando de você, por mim Rodrigo, conversa com ele com calma e ouve o que ele tem pra falar, depois você vê o que faz. Puts cara viu como o Gui é especial cara.

- Tudo bem, vem comigo Gui? Perguntou o mano, agora com um tom de voz bem mais calmo.

- Vamos.

- Nando, abre a porta cara. Disse o mano.

- Entra.

- SEU PIRRALHO... cara ele entro no quarto dando passos fortes, uma cara de mal, o Gui sá conseguiu colocar a mão nas costas dele mas não conseguiu segurar a fera. Eu naquele instante paralisei olhando nos olhos dele e já prevendo um puta de um soco.

- Mano... chegando perto de mim ele abriu os braços e me abraçou forte, puts eu não acreditei, abracei-o também e desabei né.

- Chora vai, bota pra fora, o mano ta aqui pra te proteger, chora isso. Dizia ele me abraçando com a cabeça em meu ombro e passando sua mão direita na minha cabeça fazendo um cafuné.

- O Dé termino comigo mano. Eu chorei, já tinha chorado pacas com o Dé mas aquele abraço eu juro que não esperava, me sentia naquele instante seguro, protegido, meu irmão cara, meu mano.

- Maninho, conta pro seu mano o que aconteceu direito, me explica vai. Disse ele se afastando.

- Eu transei com o Ale, mas eu juro mano, eu não queria, ele quase que me forçou, eu fui pq quis, mas eu não queria, não sabia dizer que não pra ele, e ele me forçou, ai contei pro Dé hoje ele tinha que saber e eu sei que machuco ele de mais e eu sei que ele vai termina comigo e eu sei que... Voltei a chorar.

- Hei calma. Ai o mano fez um sinal pro Gui que estava na porta, e o Gui veio e me abraçou.

- Gui não deixa o Dé termina comigo cara, não deixa, por favor cara, não deixa. Eu tava mal, tudo estava acontecendo tão rápido, a conversa com o Dé, a conversa com o mano, que ate aqui no texto eu ainda não consegui explicar o que eu sentia cara, era dor, medo, magoa, tristeza, sofrimento por fazer o Dé sofrer, insegurança, medo de perdê-lo, ciúmes de imaginar que ele poderia estar procurando consolo com outra pessoa, tudo cara, eu literalmente queria a minha mãe.

- Maninho me conta tudo desde o começo. Ai eu respirei e contei tudo como aconteceu, como vocês já sabem, contei ate a conversa com o Dé. Depois que contei tudo fiquei quieto na minha com muita, mas muita vergonha, de cabeça baixa, e me sentindo um nada completo.

- Maninho, o André, ele te machucou? Perguntou o mano.

- Não cara, eu que machuquei ele, ele saiu daqui chorando cara, pq eu faço isso? Pq eu so assim mano? Me explica cara, me explica.

- É a vida Nando, é a vida, isso também já aconteceu comigo antes, mas sou mais forte que você, por isso você quase nunca me vê chorando, mas sei o que você esta sentindo, o que você fez Fernando não é fácil de aceitar, o André deve sim estar mal pq eu sei que ele realmente gostava de você, mas espero que tenhas aprendido a lição, não vou falar nada com o Ale, mas vou ficar em cima de vocês, e você Fernando vai ter que aprender a negar também, mas caso ele tente algo, eu vou estar por perto, mas isso nem sempre vai acontecer carinha, e tens que aprender a andar com as práprias pernas. Disse o mano numa puta lição de moral.

- Brigado mano, me abraça vai. E assim ele o fez, eu apesar do acontecido estava mais calmo, saber que eu tenho o mano ali do meu lado, sempre foi motivo de segurança pra mim, mas a confirmação do mesmo é especial.

- Manu! Chamei

- Fala carinha.

- Te amo. Disse quando ele estava saindo do quarto pra mim dormir um pouco.

- Também te amo meu maninho. Me deitei e fiquei ali pensando no Dé, queria conversar com ele sabe.



Liguei o som do mano baixinho e fiquei ouvindo a radio, ate que toca uma música muito linda cara, eu quis não chorar mas é quase impossível, mas consegui me controlar e fiquei, sabe quando você fica com o olhar perdido viajando legal, ate que chamei o Gui.

- Gui, Oh Gui. Chamei

- Fala garoto. Falou ele abrindo a porta.

- Cara que música é essa? Perguntei, ele parou um pouco e ficamos escutando.

- É Sarah McLanchlan, mais precisamente Angel.

- Ahm, como você conhece? Pensei que você não curtia esse tipo de música.

- Minha irmã curte, ai já aprendi a ouvir, musicão em?

- Bah e como, quero comprar o CD dela.

- É temo do filme Cidade Dos Anjos.

- Nunca vi esse filme.

- Assiste, é muito bom.

- (silêncio)

- Gui!

- Oi.

- Liga pro André cara, eu tenho que falar com ele.

- Acho melhor não nando, espera ate amanha, deixa ele colocar a cabeça no lugar, pensar, se você ligar agora que ele deve estar com a cabeça quente, vai ser ate pior e ele pode te falar coisas que irão te ofender.

- Uhm.

- Nessas horas nando a tempo é o melhor amigo carinha, não adiante você ficar aqui nesse quarto também sofrendo, remoendo essa dor, se acabar, tinha que acontecer, e você vai crescer e o André também vai, nos práximos relacionamentos não cometerão esse erro.

- Ai Gui dái tanto cara. Lagrimas rolaram novamente dos meus olhos.

- Hei não fica assim carinha.

- É foda cara.



E ali fiquei o resto do dia, sai as vezes pra comer, tomar um banho, mas fiquei ali vendo tv, escutando radio, as vezes conversando com o mano, com o Gui, ate a Cíntia tadinha veio me consolar e mal sabe ela o motivo.

O mano ficou na dele, curtindo, jogando bola e tal, o Gui estava mais preocupado comigo, vinha me ver, saber se eu precisava de algo, ele é um amor de pessoa se você precisar dele é sá ligar que o Gui atende, as vezes me vem ate na cabeça de contar pra ele sabre o que ocorreu no começo com o mano e o André, mas não seria legal.

A noite eu estava um pouco melhor, já ria um pouco, eles alugaram um filme e ficamos assistindo, os dois na cama grande comigo, hahahahhah o Rodrigo perto de mim e do Gui se torna um palhaço, na verdade ele é um palhaço, hahahhaha, foi legal.

Dormi antes do filme acabar, acordei a noite e vi o mano bem coladinho no meu corpo me abraçando, levantei um pouco e vi o Gui na outra cama, o mano acordou.

- O que foi nando?

- Nada não, te acordei?

- Deixa pra lá, vem aqui vem. A cara de sono era um sarro, mas deitei e fiquei virado pro lado dele.

- Nando! Disse ele sussurrando, pois eu estava com meu rosto práximo ao dele.

- Oi.

- Te amo ta carinha. Ele disse sem abrir os olhos.

- Também te amo mano. Ele não falou mais nada, sá me puxou com sua mão que estava na minha nuca, para um beijo de carinho.



Depois do beijo, ele ficou fazendo cafuné na minha nuca ate dormir, eu tirei a mão dele lentamente me encolhi todo e fiquei pensando, apesar de tudo, e todas as brigas e tudo mais, não tinha esquecido do mano, como homem, mais o afeto dele por mim, o carinho, nossa é incrível, e receber essas coisas dele assim inesperadamente é formidável, mas mesmo assim, o Dé é o Dé e não quero que deixe de ser o meu Dé. Bem se isso será dessa forma ou não, sá no práximo conto. : D pode me ofende, hahahhaha adoro fazer suspense.